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    quarta-feira, 10 de junho de 2009

    ORA, BOLAS. USEM O FUTEBOL CONTRA O CRACK DO MAL!

    Todos dizem, a uma só voz, que o esporte é o melhor remédio para curar os doentes das drogas e o melhor alimento para ter uma vida saudável. Os governos também usam essa máxima, principalmente, em tempos de campanha eleitoral, mas a prática não é bem essa.
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    Em Santa Catarina, por exemplo, a reclamação é de que será suspenso, em julho, o repasse de verba a uma Ong responsável por um projeto que cuida dessas questões faz dez anos. Na capital Florianópolis, o projeto busca no esporte a alternativa para recuperar jovens dependentes de crack.
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    O padre Vilson Groh, líder comunitário, está convicto de que a adrenalina do esporte pode substituir a busca do prazer vivenciada pelos usuários do crack em mais de 10 comunidades da Grande Floripa, onde adolescentes e jovens estão ameaçados de morte pelas drogas e seus traficantes.
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    Ocorre que esse quadro é real, de Norte a Sul do Brasil, em todas as cidades. Apesar das providências apresentadas pelos governos, a situação é tão crítica que as drogas saíram dos becos, vielas, favelas e guetos e invadiram as residências e escolas. Ainda não é sentida uma mobilização capaz de conter o avanço da "maldita", quanto mais de eliminá-la.
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    Aqui, no Ceará, as autoridades reconhecem o problema e quem quiser pode constatá-lo nas ruas, em qualquer direção. O uso do crack resulta na perda de peso repentina, queimaduras nas mãos e na boca, faltas sucessivas às aulas e comportamento apático ou agitado demais. Depois, o viciado começa a roubar e vender tudo o que tem para comprar a droga.
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    Portanto, iniciativas pálidas não vão servir para nada. É urgente a necessidade de uma mobilização geral, a começar em cada lar (meu, seu e acolá), passando pelas escolas e retornando à comunidade em forma de ondas. Os governos podem gerir um megaprojeto, mas a sociedade civil deve ser a grande responsável pela coordenação, execução e avaliação.
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    E já passou da hora dos clubes de futebol entrarem em cena. Cada cidade, cada estado encontrará uma usina de geração de sonhos em seus clubes. Cada clube tem espaço e motivos de sobra para acolher centenas de jovens e adolescentes em suas dependências. Eles, por sua vez, terão motivos de sobra para suar por uma realidade palpável em vez de usar drogas.
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    O que falta, então? Temos tudo o que precisamos para colocar o plano em ação. Não quero ofender ninguém, ou melhor, todos aqueles que usam o título de autoridade nesse País. Mas parece mesmo que sobra discurso e falta vontade de arregaçar as mangas.
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    E tudo deve começar pelo Poder que do Povo recebe essa confiança. Não será bom se um dia o Povo precisar, por necessidade, encampar uma luta na contra-mão do Poder. Ou estou falando sozinho!?

    Um comentário:

    Soraya Piancó disse...

    Hoje quando estava lendo mais um artigo fantástico desse glogueiro, coincidentemente ouvia na TV que o nosso flamigerado governo Federal, vai implantar mais leis de cotas, dessa vez acreditem....para MISS, Deus do céu, enquanto vemos problemas serrissimos como o que nos alerta o jornalista, esses mesmo governantes preocupam-se em as negras terem a sua cota obrigatória pra participar de concursos de beleza. Amigos, preciso dizer mais alguma coisa? Que país é esse?
    Meus sinceros pésames a nós reles mortais brasileiros que nos preocupamos com o futuro do nosso Brasil...Sinto muito.