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    quinta-feira, 11 de junho de 2009

    MP PEGA DIRIGENTE QUE NÃO QUER ÁRBITRA EM JOGO "MACHO"

    Atenção Senhores!

    O aviso é direto para os dirigentes esportivos que não conseguem engolir as "barbeiragens" de árbitros e seus assistentes. A quantidade de erros nos jogos, pelo Brasil a fora, acumula material suficiente para montar um rico material de aprendizado. A Comissão de Arbitragem da CBF - Confederação Brasileira de Futebol não consegue melhorar o nível dos árbitros. O resultado é uma sucessão de erros e muita confusão. Mas tenham cuidado com o que falam.

    O Ministério Público do Trabalho - MPT anunciou, em Salvador, que indiciará, em inquérito civil público, o vice-presidente executivo do Vitória, Jorge Sampaio, por prática de discriminação sexual contra a árbitra de futebol, Márcia Bezerra Lopes Caetano (Fifa-RO). Na avaliação do Órgão, ela (foto) foi ofendida pelo dirigente após não validar, no último domingo, 7 de maio, um gol do Vitória contra o Palmeiras, pelo Campeonato Brasileiro.

    Para Jorge Sampaio, a assistente cometeu um erro grave ao não ver que o goleiro Marcos, do Palmeiras, pegou dentro do gol uma bola cabeceada pelo atacante rubro-negro, Roger. Após o jogo, Sampaio pediu o afastamento da arbitragem feminina nas partidas entre homens.

    "Quero um encontro com o Sérgio Corrêa (chefe da Comissão de Arbitragem) para mostrar à CBF que mulher tem que apitar e bandeirar jogo de mulher. Futebol feminino existe para isso. A bola entrou e não foi pouco. Pelo menos dois palmos", bradou o indignado dirigente.

    O indiciamento foi pedido pelo coordenador do Núcleo de Combate à Discriminação no Trabalho do MPT/BA, procurador Manoel Jorge e Silva Neto. Segundo ele, “é inadmissível que em pleno século 21 ainda persistam idéias discriminatórias com as referidas pelo dirigente de futebol do Esporte Clube Vitória”.

    Uma coisa é certa: a bola ultrapassou a linha antes da defesa do goleiro Marcos e o Palmeiras ganhou o jogo por 2 a 1. Ontem, o atacante argentino Tevez perdeu um pênalti e perdeu o jogo, por 2 a 0, para o Equador. Nenhum argentino reclamou, mas o árbitro chileno, Carlos Chandía, deveria ter mandado repetir a cobrança. O goleiro Elyzaga se adiantou e tirou vantagem.

    Palmas para o Ministério Público do Trabalho, que mostrou estar vigilante, pelo menos com o futebol. O dirigente terá de responder pela "discriminação sexual", enquanto a Comissão de Arbitragem da CBF continua de braços cruzados, assistindo a erros que chegam a alterar o resultado do jogo.

    O Ministério Público do Trabalho tenta manter o respeito social; a Comissão de Arbitragem joga embaixo do tapete da CBF o rosário de erros do seu quadro de árbitros. Também pudera. O que faz a Fifa - Federação Internacional de Futebol para melhorar a qualidade dos árbitros ou diminuir o índice de erros desses "poderosos"?

    Veja o vídeo com as declarações de Jorge Sampaio:

    http://www.youtube.com/watch?v=UdMOzLFMR-w

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