Desculpem-me, caros internautas.
Gotaria de ter escrito algo mais interessante nesse domingo de sol radiante aqui, em Fortaleza, cidade de clima tropical, no estado Ceará, que tem enfrentado um período muito chuvoso nos últimos oito meses - situação pouco comum nessa região do Brasil. Ocorre que não resisti ao convite do amigo Demyr Jack para visitarmos a casa do irmão dele, o Vilmar.
O Demyr prometeu, mas não foi. Seguimos na frente (eu, professor-radiologista Zé Armando, Dr. Ronaldo e o artista plástico Filé, vulgo Rádio). Vilmar, músico pagodeiro, já nos esperava com carne assada, uma gostosa feijoada, bebida na mesa e clips sensacionais, entre eles, Clara Nunes, Beth Carvalho, turma da Mangueira e outras preciosidades.
O Filé quase se converteu ao candomblé só de ouvir Clara Nunes, o Dr. Ronaldo ganhou uma coleção que trata da Hermenêutica Jurídica, de Alípio Silveira, e Zé Armando foi quem mais saboreou a feijoada. Eu aproveitei de tudo um pouco. Rara oportunidade.
De volta, fim de tarde, quase entramos numa blitz do Detran. Zé Armando suou frio. Vilmar comentou a fortuna arrecadada pelos órgãos de trânsito (só a AMC - autarquia municipal - prevê arrecadar R$ 40 milhões este ano) e chegamos à conclusão que o governo ganha mais do que o povo. A arrecadação aumentou, mas o número de acidentes não diminuiu.
E nem vamos falar das pistas esburacadas nas rodovias e nas cidades. O Fusca sobreviveu ao massacre dos buracos e chegamos ao Bar do Canecão, no Meireles, onde encontramos o zagueiro Bau, o professor Neiva, o distinto Tarzan e o "cantor" Queca. Nova resenha começou.
Tarzan tinha um sapato usado dentro de uma embalagem nova e tentou vender ao Canecão como novidade. Estilo brutos, Canecão atirou a caixa no peito do Tarzan - assim conhecido pela fama de carregar objetos pesados. Tarzan deixou uma lição: Abaixo o preconceito! O último que ele derrubou foi o exame de próstata e, depois disso, já mudou alguns conceitos...
Entre uma discussão e outra, sempre um aprendizado. O "cantor" Queca ensaiou alguns versos de uma canção de Antonio Marcos, com o título "Quem Dá Mais", cujo refrão diz: "Quem dá mais, por um cara que ousou acreditar nos seus / Quem dá mais, por um homem que insiste na palavra Deus / Quem dá mais, por um louco que discorda do computador / Quem dá mais, por um velho ultrapassado que ainda crê no amor".
Estabeleceu-se uma grande confusão. Trocaram Deus por Zeus e vieram as explicações em torno da mitologia grega. "Zeus é o rei dos deuses, soberano do Monte Olimpo e deus do céu e do trovão. Seus símbolos são o relâmpago, a águia, o touro e o carvalho. É conhecido por suas aventuras eróticas, que resultaram em muitos filhos ilegítimos", ensinou Dr. Ronaldo.
Mas não era nada disso, a música fala mesmo é de Deus. Tudo superado, aprendizados de botequim à parte, recados consultados no celular, consultas no blog e o mapa geovisite mostrava muitas visitas (obrigado). Resolvi escrever, embalado pela sargenta Soraya, que ficou de plantão e perdeu a cultura ambulante que as andanças nos dão.
As mulheres nunca acreditam que aprendemos com os amigos, nas resenhas do botequim, enquanto elas se preocupam conosco. No final, voltamos para casa mais sábios. Mesmo assim, nenhum companheiro jamais conseguiu convencê-las de que gastamos todo esse tempo trocando idéias sobre temas que, provavelmente, não nos levarão a lugar algum.
Atire a primeira pedra quem discorda de mim!
Um comentário:
Caro amigo JL, preferia que ao invés de pagodeiro, fosse SAMBISTA. rsrsrs...
Brincadeira parceiro. grande abraço!
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