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    sábado, 25 de julho de 2009

    FORTALEZA LONGE DA TORCIDA E "SEM VAIAS"

    Talvez o psicanalista, Sigmund Freud, pudesse nos explicar a quantas anda o desequilíbrio emocional de alguns dirigentes, comissão técnica e jogadores do Fortaleza. Antes e depois da derrota para o Bragantino, por 2 a 1, de virada, na última terça-feira, em pleno estádio Castelão, vários episódios negativos ganharam repercussão. Ironicamente, de um lado a diretoria reclamava de estádio e cofres vazios; do outro, o técnico Giba desejava campo vazio para treinar em paz com seus comandados.

    Ausência da torcida nos jogos do estádio Castelão, inadimplência que beira os 40% no Projeto Sócio-Torcedor e taxas que chegam a R$ 21 mil para abrir o Castelão nos dias de jogos são os principais inimigos da diretoria tricolor. O vazio nos cofres impediu o pagamento dos salários de julho e motivou o diretor de futebol, Renan Vieira, a transferir os próximos jogos para o estádio Domingão, em Horizonte, na Região Metropolitana de Fortaleza.

    Enquanto Renan chama a torcida, o técnico Giba quer distância dela. Antes do jogo contra o Bragantino, na segunda-feira, Giba disse que a presença de torcedores no CT, em Maracanaú, para fazer protestos, era reflexo da falta de estrutura do clube. Depois da derrota, culpou a imprensa e a torcida pelo resultado. Agora, mais calmo, pediu apôio incondicional da torcida, mas avisou que torçam "sem vaias".

    Desse jeito, fica igual à história do estica-encolhe. No próximo sábado, quando jogar contra o Bahia, no Castelão, torcida, dirigentes e o técnico Giba podem até fazer as pazes, mas será um jogo de despedidas. A partir do dia 8 de agosto, quando jogar contra o Vila Nova, o Fortaleza estará, em Horizonte, a 40 km daqui. E quem aparecer por lá, não deverá esquecer de torcer "sem vaias".

    Próxima terça-feira, às 21 horas, contra o Vasco da Gama, certamente o Fortaleza não encontrará arquibancadas silenciosas no estádio de São Januário. Com os pés no G-4, a torcida vascaína trocou as vaias pelos aplausos. Antes disso, o presidente do clube, Roberto Dinamite, sofreu fortes pressões; o técnico Dorival Junior teve o cargo ameaçado, mas tomaram atitudes bem diferentes das que estamos presenciando por aqui.

    Giba acusou a imprensa de torcer contra o time dele; o presidente do clube, Lúcio Bomfim, acusa a Secretaria de Esportes do Estado de cobrar taxas indevidas na ordem de R$ 1.250,00. Depois do jogo contra o Bragantino, até a Polícia Militar foi chamada por causa da acirrada discussão em torno da "maldita" taxa de aluguel do Castelão.

    Nem a regularização do meia-esquerda, Rogerinho, deu certo. O jogador tem direitos federativos registrados nos Emirados Árabes, mas está emprestado à Ponte Preta. Basta o repasse do empréstimo, mas a Ponte quer devolver o contrato. Se os tricolores não convencerem os dirigentes da macaca vão ter de esperar pela janela internacional, no próximo mês.

    O pior é que nem todo silêncio, nesse momento, pode ser bom para os tricolores. Seria o caso de perguntar ao Freud: "A quantas anda a instabilidade emocional dos tricolores do Pici. Qual seria mesmo o melhor remédio. O silêncio?".

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