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    quarta-feira, 1 de julho de 2009

    TOMEI ALGUNS SUSTOS NAS MINHAS VIAGENS DE AVIÃO

    O local da queda do avião com 150 passageiros a bordo, na última segunda-feira, é destino turístico no sudeste da África (foto). Comores é formado por três ilhas, ao norte de Madagascar, perto da costa de Moçambique, no Oceano Índico. Moroni é a capital da União das Comores (antiga República Federal Islâmica de Comores), que conta com uma população de 613.606 habitantes e, desde que conquistou sua independência da França, em 1975, sofreu vários golpes de Estado.
    O árabe e o francês são as línguas oficiais do território e 86% de sua população professam o islamismo. O islamita Abdallah Mohammed Sambi é o atual chefe de Estado, e a Presidência da União é rotatória, entre as três ilhas, a cada quatro anos. A nova Carta Magna, aprovada em referendo, em 2001, rebatizou o país como União das Comores e estabelece que cada uma das três ilhas tem garantida sua autonomia, seu próprio presidente e Constituição.
    Bem. Foi só um pouco da história desse povo, calejado pelo sofrimento, que também está chorando por mais uma tragédia aérea. Na verdade, depois da queda do avião da Air France, no Oceano Atlântico, comecei a refletir sobre sustos que levei em algumas viagens de avião e de veículos terrestres.
    Para muitos, uma pergunta fica sem resposta: - Por que aconteceu comigo? Para outros, o alívio sem explicação: - Nossa! Como escapei dessa!? Hoje, ao ver o noticiário sobre os recentes acidentes aéreos, começou a rolar um filme na minha memória sobre viagens que fiz em condições adversas.
    Na ponte-aérea Rio/São Paulo, nos antigos aviões Fokker 100, enfrentamos uma tempestade com relâmpagos e trovoadas. Ao meu lado, o repórter Jura Silva pedia um copo cheio de whisky. Depois de muita insistência, conseguiu e bebeu. Dormiu, com medo de morrer, e deu trabalho para sair do avião.
    Em outra viagem, com destino Salvador(BA)/Belém(PA), enfrentamos rápida turbulência. Fomos orientados a colocar o cinto de segurança e retornar a cadeira para a posição normal. Vieram a seguir as instruções de praxe. Quando tudo parecia bem, a sorridente aeromoça distribuía bonbons, com uma bandeja na mão direita. De repente, um vácuo fez o avião despencar alguns metros, a bandeja voou pelo corredor e a moça caiu. Foi só um susto.
    Retornando do Sul do país, o Boeing pousou com dificuldades no Aeroporto Jorge Amado, em Ilhéus, no Sul da Bahia. Pista pequena e chuva forte atrapalharam a visão do piloto. Já em Salvador, ainda com chuva forte, o piloto resolve arremeter (desistir do pouso). Eu olhava pela janela, via uma lâmina d'água sobre a pista e começava a ficar preocupado. Quase voltamos a Ilhéus, mas parou de chover e a torre autorizou o pouso, em Salvador, minutos depois.
    Francamente, cansei e não quero mais relembrar esse filme. Todos corremos o mesmo risco. Tive a felicidade de sair ileso, mas sinto tristeza pelos que não tiveram essa mesma felicidade. Dessa forma, segue a vida. O progresso nos proporciona conforto, comodidade, rapidez e praticidade, entre outras coisas, mas nunca vamos saber aonde isso (...) vai parar.
    Até mais.
    Para quebrar o gelo, curta com o homem que ganhou com o medo de avião:

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