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    quinta-feira, 29 de julho de 2010

    Que tal a Cidade da Copa 2014?

    Ilha do Retiro que nada, nem Arruda, muito menos Aflitos. Recife vai construir uma cidade para abrigar os jogos da Copa 2014, no Brasil, com toda infraestrutura que a Fifa gosta de contar nos mundiais de futebol. Como há 510 anos, os índios pernambucanos estão cedendo suas terras para a instalação de uma nova colônia - a World Cup. Que tal?

    A virada é no Barradão

    O Santos FC vencer o ECVitória, por 2 x 0, na Vila Belmiro, em um jogo decisivo, é um resultado mais que normal. Aliás, a decisão tem 180 minutos. Terminou o primeiro tempo, na casa do Santos, com a torcida peixeira fervendo o caldeirão da Vila. Na próxima quarta-feira, teremos o segundo tempo, na casa do Vitória, com a torcida rubro-negra fervendo o Barradão. - O Santos foi superior, no geral, mas não massacrou o Vitória. Fez dois gols em raros momentos de fragilidade da defesa rubro-negra. O time que quer vencer uma decisão não pode desconcentrar em nenhum momento. O Vitória desconcentrou no início do jogo e cometeu faltas bobas na entrada da área. - O meia Ramon equilibra o jogo enquanto tem fôlego. Quando cansa, Renato entra cheio de preguiça e acaba a ligação entre defesa e ataque. Isolados, os atacantes ficam impotentes entre zagueiros de qualidade. - O jovem goleiro Lee deu show de bola e esbanjou tranquilidade quando ficou cara a cara com Neymar e pegou o pênalti. Dunga tinha razão. Não venham dizer que é a idade. Lee é tão jovem quanto Neymar, somente 22 anos. A questão é SE-RI-E-DA-DE. Quis esnobar o adversário e prejudicou o Santos. Poderia ter liquidado o Vitória. - Ruim ter perdido o valente Vanderson e o artilheriro Schwenck pelo 3º cartão amarelo. Cartão amarelo que o árbitro Gaciba escondeu para alguns jogadores do Santos. Apesar de tudo isso, o Vitória pode se recompor e tirar a diferença dos dois gols dentro do estádio Barradão. - Calma, concentração, força, eficiência, competência, pressão são alguns ingredientes indispensáveis para colocar as mãos na taça. Força, Leão!

    quarta-feira, 28 de julho de 2010

    Novo Estádio Mané Garrincha

    Vou mostrar os projetos dos estádios para a Copa 2014, no Brasil, esperando que eles continuem originais e não sangrem os cofres públicos. É importante que cada um possa deixar a impressão que ficou. Opina aí sobre o projeto do Distrito Federal, cuja ordem de serviço acaba de ser assinada.

    terça-feira, 27 de julho de 2010

    As duas faces do Leão

    A torcida do Fortaleza EC ganhou um novo vídeo, que destaca os principais momentos de glória do clube, uma forma de acordar os mais desmotivados com a atual situação tricolor. É verdade que o time atual está bem abaixo das tradições do Leão do Pici, mas a torcida deve continuar com a postura de time grande, acreditando que é possível retomar seu lugar no ranking dos melhores do futebol nacional. - É verdade, também, que a torcida não deve ficar ausente dos estádios, envergonhada ou desgostosa com a atual diretoria e com o time. Jogadores passam, dirigentes passam, mas o clube permanecerá vivo e voltará a ser forte se continuar contando com a força de uma grande torcida. - Sou a favor da proximidade da torcida, através de representantes legais, para dividir com os dirigentes as angústias e alegrias. As diferenças ideológicas jamais devem ser colocadas em primeiro plano quando o assunto é salvar o clube do abism o. O Fortaleza EC continua desunido. - O orgulho de poucos afastou o coração (a torcida) do corpo (o time). É preciso unir de novo. Não dá para viverem separados. O Fortaleza EC é muito grande para continuar sofrendo as humilhações de uma 3ª divisão, ameaçado a cair para uma 4ª divisão - o inferno do futebol. - Só há uma saída: "Uni-vos, tricolores!"

    domingo, 25 de julho de 2010

    Foi assim há 17 anos

    A torcida do Esporte Clube Vitória não vibra com uma decisão nacional desde 1993, quando o rubro-negro baiano decidiu o título do Brasileiro, no estádio Morumbi, em São Paulo, contra a forte equipe da Sociedade Esportiva Palmeiras. O Vitória perdeu, por 2 x 0, gols de Edmundo e Evair.

    No primeiro jogo, no estádio da Fonte Nova, o Vitória já havia perdido, por 1 x 0, gol de Edilson. Apesar das duas derrotas, a torcida rubro-negra valorizou o vice-Campeonato Brasileiro. De lá para cá, o Vitória nunca mais apareceu em final de competição nacional. Daí, a explosão de emoção da galera.

    O goleiro Viáfara, que aparece entre os torcedores, não joga a primeira decisão por suspensão. O colombiano é um "paredão" no gol rubro-negro e virou símbolo da torcida. Ele mesmo se declarou um apaixonado torcedor do Vitória quando não está jogando.

    Vitória é desse jeito: "Amor assim nunca se viu".

    sábado, 24 de julho de 2010

    Leão II, a vergonha dos pelegos!

    E quando pensei que o repórter Roque Santos receberia, ao menos, apoio moral pela agressão física a que foi vítima, durante a confusão no gramado do estádio Barradão, após o empate entre Vitória e Goiás, em 2 x 2, na última quarta-feira, eis que ouço cronistas e até sindicalistas rebuscando palavras para resguardar a atitude covarde que o Brasil assistiu pela TV.
    -
    Milhares de pessoas viram o treinador Emerson leão com o dedo em riste ante um repórter que só queria fazer uma pergunta; viram uma grande confusão com empurra-empurra, socos e pontapés; viram o atacante Rafael Moura desferir um golpe, típico de luta livre, no rosto do repórter Roque Santos, levando-o a nocaute; viram o desiquilíbrio emocional de boa parte dos jogadores goianos, que eram solidários ao treinador.
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    Depois dos ânimos acalmados, a Polícia Militar conduziu os agressores, apontados pela vítima (nem precisava, todo mundo viu), à 10ª Delegacia, para as formalidades de praxe nessas ocorrências. Foram ouvidos pela autoridade policial, Emerson Leão, Rafael Moura e Romerito, que terminaram indiciados por agressão (qual o grau?). A vítima, Roque Santos, também foi ouvida. Está aberto um inquérito policial.
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    Na repercussão da notícia, o que se ouve? Cronistas esportivos, que no fundo imaginam-se outros SERES, recorrendo a uma proibição da presença de repórter dentro do campo nas competições da CBF. E daí? Que punam o repórter! Aliás, punam todos (das TVs também) que entram no campo a todo instante, retardando o início do jogo ou até controlando o início do jogo.
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    Paralelamente a isso, unam-se todos (Associação de Cronistas, Sindicatos da classe e defensores dos Direitos Humanos) contra os crimes perpretados alí no gramado do estádio Barradão: agressão física, constrangimento, danos morais, desrespeito ao público pagante do "espetáculo" e ao público de casa. Não, o que vejo e ouço são preocupações com a posição infratora do repórter - pelo visto, inédita no Brasil.
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    Da ação do dedo em riste até o soco, parece não ter acontecido nada de errado. Aliás, para o árbitro do jogo, Péricles Bassols, "o treinador Emerson Leão reagiu a uma provocação do repórter". Os cronistas "preocupados" com a invasão de campo pelo repórter agredido já encontraram mais um aliado. Francamente!
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    Antevendo essas atitudes, faz muito tempo venho alertando companheiros que trabalham no estádio Castelão que a presença de repórteres dentro do campo não é legal. Se as agressões tivessem acontecido aqui, em Fortaleza, as reações teriam sido parecidas. Os dentes quebrados e o sangue que jorrou da boca da vítima não teriam nenhuma importância perante o "cumprimento do código de bom comportamento" daqueles que se manifestam como pelegos de plantão.
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    Não sou corporativista nem sindicalista. Até tenho raízes sindicalistas, afinal, sou trabalhador, já fui da militância e iniciei-me no jornalismo como colunista sindical. Sou é defensor do cumprimento da Lei, defensor do respeito às normas e regras do jogo, defensor dos Direitos do Cidadão. Nessa hora não é possível olhar para esse ou aquele lado. É preciso olhar para a Lei.
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    Fico a imaginar se o repórter Roque Santos tivesse agredido o treinador Emerson Leão e os jogadores do Goiás Romerito e Rafael Moura. Tivessem todos com as bocas arrebentadas e as roupas ensanguentadas. Nem sequer, por certo, estariam verdadeiramente preocupados com a elementar pergunta: "Como tudo começou?".
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    É, depois da surra, vergonha de novo!
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    Agora, leiam decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva da CBF sobre o caso: http://www.radiometropole.com.br/esportes/index_noticias.php?id=VFhwTk5VMTZaejA9

    quinta-feira, 22 de julho de 2010

    Ceará foi arrastão em 1984

    Vídeo da final do Campeonato Cearense de 1984, quando o Ceará Sporting foi campeão arrastão, e ganhou 2º turno vencendo o Guarany de Sobral, por 2x0, com gols de Katinha e Anselmo. Time base era formado por: Rafael, Alexandre, Djalma, Argeu e Bezerra; Caçapava, Lira e Assis Paraiba; Katinha, Anselmo e Josué. Tinha ainda Samuel (goleiro), Everaldo (lateral direito), Lula Pereira (zagueiro), Wolney (atacante) entre outros... A lembrança foi-me feita pelo torcedor alvinegro Weiber Castro, leitor desse blog, ouvinte da programação esportiva da Rádio Globo Fortaleza e desportista dos bons. Assim como os demais torcedores alvinegros, Weiber continua festejando a boa fase do alvinegro na temporada.

    SEM PALAVRAS!

    Leão, a vergonha!

    O treinador Emerson Leão continua com jeito de cangaceiro. Uma vergonha!

    Vitória e Goiás realizaram uma partida bem disputada durante os 90 minutos. Os zagueiros do Vitória erraram no início do primeiro tempo; os zagueiros do Goiás erraram no final do primeiro tempo e no final do segundo tempo. O jogo só terminou empatado porque o atacante Soares estava em posição de impedimento e desviou a atenção do goleiro Rodrigo Calaça, quando Ramon fez o gol (anulado), antes do gol de Soares (o gol do empate). O Vitória teria vencido não fosse esse detalhe.

    Terminado o jogo, o repórter Roque Santos, da Rádio Metrópole FM, tentou ouvir o treinador Leão na saída do campo. Não devia, mas tentou sair na frente dos outros. Nenhum pecado mortal. O truculento Leão reagiu como se estivesse sofrendo um ataque marginal. Atrás dele, alguns jogadores partiram para uma briga típica de moleques de rua.

    O repórter Roque Santos foi a nocaute após ter recebido um violento soco do atacante Rafael Moura. Ainda bem que nenhum torcedor nem jogador do Vitória tomou partido da situação. Até a polícia demorou para entrar em ação. O espetáculo covarde, promovido pelo time goiano, relembra outras situações protagonizadas pelo truculento Emerson Leão. A impunidade o premiou, sempre.

    Dessa vez, ele (Leão), o zagueiro Marcão, o meia Romerito e o atacante Rafael Moura não passaram impunes. Imediatamente, o major Marcelo Adans, comandante do policiamento, intimou os brigões e os conduziu à 10ª Delegacia, no bairro Pau da Lima, em Salvador, próximo ao estádio Barradão, onde foram tomadas as medidas cabíveis.

    Deve ter sido patético, no caminho para a Delegacia, dentro da Van da PM, cara-a-cara, os agressores e o repórter Roque Santos com a boca quebrada e ensanguentada. Todos em silêncio, tipo meninos travessos do colégio primário, em tempos de infância, punidos pelo diretor. A diferença é que o diretor puniria mesmo. Em casa, os brigões ainda seriam punidos de novo. Nesse caso... Vergonha!

    quarta-feira, 21 de julho de 2010

    Internacional Board é brasileira?

    Parece até o jeitinho brasileiro!
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    A subcomissão técnica da Internacional Board da Fifa ao menos não fez ouvidos de mercador, depois de tanto barulho da crônica internacional, em consequência dos erros grosseiros de árbitros escolhidos a dedo para apitar na Copa da África do Sul.
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    Sempre cautelosa, a Internacional Board empurrou para bem longe (outubro...) a discussão sobre o uso de tecnologia no futebol, mas inclinou-se ao óbvio, autorizou o acréscimo de dois assistentes atrás dos gols para esfriar o debate.
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    Atitude que já deveria ter sido aprovada para a Copa 2010, afinal, as exigências de agora seriam as mesmas de antes. A inclusão de mais dois assistentes (um atrás de cada gol) certamente teria evitado alguns vexames pelos quais passou a Fifa durante o mundial. Precisou Joseph Blatter ter que pedir desculpas ao México e à Inglaterra.
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    A Internacional Board determinou quatro critérios básicos, não descobriu que a "galinha nasceu primeiro", como parece a alguns. Ora bolas, os quatro assistentes devem ser utilizados em ligas profissionais de clubes, custos adicionais das confederações e obrigatoriedade em todas as partidas da competição. Qual o problema?
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    Bastou os "velinhos" entenderem que algo precisava ser feito e as regras do jogo foram aceitas pela CBF para o Campeonato Carioca de 2011 e Campeonato Baiano Feminino de 2010. As Federações Paulista, Baiana e Pernambucana vão definir quando começam.
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    A Uefa já colocará em prática nas temporadas 2010/11 e 2011/12 na Liga dos Campeões; 2010/11 e 2011/12 na Liga Europa e na Supercopa da Uefa 2010 e 2011. A Federação Francesa de Futebol vai utilizar a novidade na Copa da Liga 2010/11.
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    Também confirmaram a utilização dos quatro assistentes, a Federação Mexicana de Futebol no Torneio Clausura 2010, Torneio Apertura 2011 e Torneio Clausura 2012 e a Federação Asiática de Futebol vai inovar na Copa do Presidente da AFC 2010 (de 24 a 26 de setembro).
    -
    Não esperemos atitude mais inovadora que essa da Internacional Board, pelo menos até a Copa 2014, no Brasil. Caso cheguemos lá com essas novidades aprovadas já terá sido um grande avanço. Nesse aspecto, os "velhinhos" da Internacional Board são bem parecidos com a vontade das nossas autoridades.

    terça-feira, 20 de julho de 2010

    Magno Alves na mira do Ceará

    O atacante Magno Alves de Araújo, 36 anos, pode ser o novo contratado do Ceará Sporting. A diretoria alvinegra estaria esperando uma resposta do jogador até a noite dessa terça-feira, segundo uma fonte. O treinador Estevam Soares seria a ponte que abriu a negociação, mas a diferença financeira entre as duas propostas estaria sendo a principal barreira.

    O baiano Magno Alves é, comprovadamente, artilheiro desde que apareceu no Valinhos (SP), Independente (SP), Araçatuba (SP), Criciúma (SC) e chegou ao Fluminense (RJ), em 1998. Daí em diante escreveu o nome nas artilharias das competições que disputou.

    No Fluminense, foi destaque no Torneio Rio/São Paulo e na Copa João Havelange marcou 20 gols. Fez cinco gols na goleada de 6 x 1 sobre o Santa Cruz. Ajudou o Flu a ganhar o Campeonato Brasileiro da Série C, em 1999.

    Em 2001, foi artilheiro do Brasileiro com 11 gols e chegou à seleção brasileira no grupo que disputou a Copa das Confederações. Também ajudou a ganhar o Carioca de 2002. Como tantos outros, abriu o caminho de ida para o futebol da Ásia.

    Em 2003, mudou-se para o Jeonbuk FC (Coréia do Sul); em 2004, foi para o Oita Trinita (Japão); em 2006, para o Gamba Osaka (Japão); em 2007, para o Al-Ittihad (Arábia Saudita); ainda em 2008, foi para o Umm-Salal, onde fez 36 gols em 45 jogos - sua maior marca no exterior.

    Mas nesses sete anos de Ásia, Magno Alves nunca mergulhou em crise de gols. Apenas uma desconfiança é natural quando o jogador está retornando do exterior e nunca é demais perguntar. Magno ainda tem a mesma velocidade e explosão?

    No Campeonato Brasileiro não basta ter faro de gol. A última experiência que o Ceará Sporting teve mostrou bem esse detalhe. Quem não lembra do atacante Rômulo?

    sexta-feira, 16 de julho de 2010

    "Guerra fria" ameaça a Copa 2014

    Só não vou dizer que tenho vergonha de ser brasileiro ou frases do tipo, mas tenho a sensação de estar sendo possuído por uma legião de desconfiados patriotas quando o assunto é a Copa 2014, no Brasil. Os brasileiros não conseguem sentir firmeza nas autoridades que mandam nesse País.
    -
    É incrível como a onda de desconfiança está aumentando.
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    E não é sem motivos. O principal deles é a crise (verdadeira guerra fria), entre o Governo de São Paulo e a CBF (Ricardo Teixeira), gerada pela desclassificação do estádio do Morumbi para o Mundial.
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    Não é pouco o que ouvimos e lemos a respeito dos problemas com licitações para as obras dos estádios pelo Brasil a fora. Questões elementares sob contestação. Denúncias de superfaturamento e beneficiamento de empresas. Que vergonha!
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    Claro, em nenhum momento a Fifa vai estar numa situação confortável em relação à credibilidade do Comitê Organizador Local. Além das constantes notícias desalentadoras, as autoridades não conseguem tocar as obras nos prazos acordados.
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    Por tudo isso, cresce uma inquietação entre os mais preocupados com o interesse anunciado do Canadá em sediar a Copa 2014. Essas situações são naturais às vésperas de qualquer Copa do Mundo. O problema é que as coisas acontecem de forma lenta e imprecisa por aqui.
    -
    Vejam a responsabilidade da Inglaterra, por exemplo, que está indecisa sobre a candidatura para a Copa 2018 por causa da campanha na África do Sul. A seleção da Inglaterra ficou nas oitavas de final, motivo suficiente para motivar reflexões nos dirigentes ingleses. Eles têm vergonha!
    -
    A candidatura conjunta Espanha/Portugal pra a Copa 2018 não é por acaso. A Espanha tem investido bastante, desde os Jogos Olímpicos de 1992, na formação de atletas e na infraestrutura dos estádios. Nos últimos dez anos, os espanhóis investiram mais de 200 milhões de euros em seus estádios. O título que acabam de conquistar não foi por acaso.
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    Bélgica e Holanda estão analisando a possibilidade de abrir candidatura para a Copa 2022, mas demonstram prudência nas declarações. Até um consórcio formado pelo Peru, Colômbia e Equador surge como uma possível candidatura para a Copa de 2026.
    -
    É isso mesmo! Todos têm direito a postular candidatura. O direito é democrático e a Fifa não costuma fazer restrições. A Fifa costuma ser rigorosa na cobrança do cumprimento das obras que constam do caderno de encargos. É exatamente aí que o perigo ronda a Copa 2014, no Brasil.
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    Francamente, quero continuar tenho orgulho de ser brasileiro.

    quarta-feira, 14 de julho de 2010

    Ceará x Corinthians, o retorno

    O retorno, de novo!

    Depois de um mês separados pela Copa do Mundo, Ceará Sporting e a torcida voltam a se encontrar no estádio Castelão. O cartaz não poderia ser melhor: Ceará x Corinthians - pela 8ª rodada do Brasileiro da Série A. O horário não poderia ser pior: 21h50min. É hora de saber quem ganhou e quem perdeu com a parada do campeonato enquanto assistíamos a Copa da África do Sul.

    Ceará e Corinthians estão rigorosamente iguais na classificação: 81 % de aproveitamento, 17 pontos ganhos, 5 vitórias, 2 empates e nenhuma derrota. O desempate só acontece em dois critérios importantes: O Coringão fez 15 gols, o Vovô fez 7; o Coringão sofreu 8 gols, o Vovô somente 1; apesar disso, a vantagem do Coringão é de apenas 1 gol de saldo.

    Deve-se levar em conta o detalhe que o ataque do Corinthians marca mais que o ataque do Ceará. Também conta o detalhe que a defesa do Ceará sofre menos gols que a defesa do Corinthians. Esse tira-teima acontece logo mais aos olhos de 40 mil fanáticos torcedores do Vovô.

    Na história, o Corinthians leva vantagem. Foram 13 jogos: 1 vitória do Ceará, 8 vitórias do Corinthians e 4 empates. O Ceará venceu o Corinthians, aqui em Fortaleza, por 1 x 0, pelo Brasileiro da Série A, em 1977. Faz tempo! Os dois últimos jogos ocorreram, em 2008, pela Série B: 2 x 2, no Castelão; 2 x 0 para o Corinthians no Pacaembu.

    O Ceará volta a campo com treinador novo em lugar de PC Gusmão, que trocou o clube pelo Vasco da Gama. Estevam Soares começa o trabalho sem os titulares Anderson (zagueiro) e Heleno (volante). Com Heleno, o time joga com três zagueiros e três volantes ao mesmo tempo. É a diferença. O Corinthians não conta com Ronaldo Nazário, Jorge Henrique e Dentinho. Faltas relativas.

    Ceará Sporting: Diego, Jorge Luiz, Fabrício e Erivelton; Oziel, Michel, João Marcos, Geraldo e Ernandes; Misael e Washington. Treinador: Estevam Soares.

    Corinthians: Julio Cesar, Alessandro, Chicão, William e Roberto Carlos; Ralf, Elias (Paulinho), Bruno Cesar e Danilo; Defederico e Iarley. Treinador: Mano Menezes.

    Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (RJ).

    domingo, 11 de julho de 2010

    Fórlan é símbolo sul-americano

    O jovem atacante uruguaio Diego Fórlan é o símbolo do futebol sul-americano na Copa 2010 da África do Sul encerrada, nesse domingo, com o título inédito da Espanha. Fórlan foi escolhido o Bola de Ouro do mundial por uma comissão de jornalistas convidados pela Fifa. O Uruguai não chegou à final por um triz, mas Fórlan chegou à artilharia com cinco gols e encantou a todos.
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    O alemão Schweinsteiger foi eleito o craque e o também jovem alemão Thomas Müller foi escolhido como a revelação do mundial por um Grupo de Estudos Técnicos da Fifa, formado por ex-jogadores, técnicos e outros especialistas. Müller foi decisivo na campanha alemã. Só não jogou na derrota para a Espanha, por 1 x 0, nas semifinais. Também marcou cinco gols.
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    Os outros artilheiros: o espanhol David Villa e o holandês Sneijder não brilharam na final como as duas torcidas esperavam. O canhotinha Robben até que se esforçou bastante, mas foi neutralizado pela forte marcação da "Fúria". Villa não encontrou o caminho do gol e terminou substituído. Decisão é assim. Nem tudo sai como fica ensaiado.
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    Tinha amigos vendo o jogo e reclamando da qualidade técnica, do acúmulo de faltas, das punições aplicadas pelo árbitro inglês Howard Webb. Decisão é assim. O jogo é truncado, a bola demora chegar ao ataque, o nervosismo contribui para o número de chances desperdiçadas lado a lado. Apesar dos 14 cartões, o controle do árbitro resultou em apenas uma expulsão.
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    A Copa da África do Sul cumpriu bem o papel de promover as igualdades. Igualou, também, Holanda e Espanha - agora, cada uma com quatro vitórias. O título ficou para quem nem sequer tinha o sabor de um vice - no máximo, a Espanha chegou às quartas de final. A Holanda acumula mais um vice - 1974, 1978 e 2010.
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    Se é para aceitar, democraticamente... Que assim seja. O Brasil saiu de mãos abanando, mas cheio de responsabilidades para o mundial de 2014, com o compromisso de fazer melhor que os sul-africanos. Para quem dizia que eles não conseguiriam nem começar a Copa, fica a lição de obstinação pelo prometido, o respeito de um povo pelo líder Nelson Mandela e a certeza de que é possível, sim. Tem que querer.
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    Aliás, a Espanha foi campeã porque lutou por isso. Os jogadores espanhóis foram mais óbvios, apesar do equilíbrio do jogo. Os holandeses fugiram um pouco da característica habitual. Chutaram pouco de longe e não encontraram espaços para provocar os espanhóis. E cometeram um erro capital o jogo inteiro com os zagueiros jogando em linha.
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    Foi assim que Iniesta recebeu a bola pela direita do ataque espanhol, livre, e chutou. O zagueiro holandês chegou atrasado porque a marcação deles é dura. A vitória só sairia assim. Os holandeses ainda ensaiaram reclamar posição de impedimento de Iniesta, mas foi em vão. A verdade é que eles desperdiçaram oportunidades parecidas o jogo inteiro.
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    Afinal, um título no lugar certo. Melhor que a tortura de cobranças de pênaltis. Os goleiros já haviam sofrido o bastante para frear os atacantes. Parabéns, Espanha!

    Paciência, prefiro não torcer!

    Quebrei a cara!
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    Nem eu nem ninguém que vinha acompanhando a seleção da Alemanha, desde o início do Mundial da África do Sul, imaginava que o time mudaria a forma de jogar na hora de decidir a passagem para a fase final. Mudou e quebrou a cara. Eu também quebrei a minha. Na derrota para a Espanha, por 1 x 0, vi uma Alemanha diferente, sem ímpeto, mansa, medrosa.
    -
    No jogo desse sábado, contra o Uruguai, os alemães venceram muito mais pela superioridade técnica que pelo desejo de serem terceiros colocados no Mundial. Certamente, o placar não teria sido um apertado 3 x 2 se a situação fosse outra. Era visível no rosto de cada um deles a expressão de quem não estava dando importância àquilo. Os alemães mostraram mais uma vez que no futebol a falta de vontade de vencer ajuda a perder.
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    Confesso que fiquei decepcionado com a seleção alemã. Ao mesmo tempo lembrei-me de um jovem amigo alemão, o Patrick, que sempre "pintou" esse quadro frio em relação a pequenas conquistas dos alemães em competições importantes como a Copa do Mundo. Eles queriam o título, mas desejaram pouco.
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    Diferentemente, comportam-se os espanhóis. Até pensei que o intenso desejo da "Fúria" fosse prejudicá-los nos momentos decisivos. Errei. Parece uma seleção muito concentrada, carregada de energia, mas gastando na medida certa. O atacante David Villa, o meia Iniesta e até Puyol (que era tido como patinho feio da seleção) realizam partidas acima dos seus limites.
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    Por isso, não vou torcer na decisão desse domingo. Quero sentir o jogo com frieza. De um lado, os holandeses Van Persie, Robben, Sneijder e cia encaram essa oportunidade como única; do outro, o goleiro Casillas comanda uma locomotiva, disposta a ultrapassar qualquer barreira. Resta saber quem terá a coragem de lançar-se primeiro, arriscar-se mais.
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    Para mim, o fato mais positivo da Copa 2010 da África do Sul é o encontro inédito de duas seleções técnicas para decidir o título. Não fico machucado, como alguns amigos, por serem seleções europeias. Elas foram melhores. Dessa vez, o sul-americanos não foram bem representados pelo Brasil e restou-lhes o inédito quarto lugar do Uruguai (muito comemorado por eles).
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    Paciência, não vou torcer!
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    Ainda bem que o periquito Mani, lá em Cingapura, desmentiu o polvo Paul, lá na Alemanha. Paul apontou a Espanha campeã; Mani apontou a Holanda campeã. Paul tem 100 % de acertos. De uma forma ou de outra, continuo com a sensação que as duas seleções chegam à decisão sem favoritismo. Digamos que a Espanha está mais ligada no objetivo.
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    Vai vencer quem tiver mais desejo pela taça, quem "doar" mais "sangue", quem arriscar mais nas jogadas divididas e tantas outras obviedades. O que dá frisson no torcedor é não ter a certeza de que lado estará a obviedade. O que decepciona o torcedor é ver o time com melhor qualidade não ser óbvio. Daí, é melhor não torcer.

    terça-feira, 6 de julho de 2010

    Holanda chegou, Alemanha campeã

    Estou bem nos palpites.

    Continuo acertando os vencedores dos jogos da Copa 2010 da África do Sul. O meu coração sul-americano, contagiado pela porção africana, pendia para os uruguaios, mas a razão mostra que os holandeses estão jogando uma bola redonda, competitiva e letal. A raça uruguaia não superou a qualidade do futebol jogado por eles, regado a frieza e um pouco de manha.

    Aliás, com quem os europeus aprenderam a ser malemolentes, cheios de artimanhas, com pitadas do comportamento sul-americano? É verdade que não têm a mesma ginga, mas aprenderam o suficiente para irritar a seleção brasileira, desestabilizar todo o time e tirar proveito disso.

    A seleção da Holanda chegou à final do mundial, é fato. Agora, aposto na seleção da Alemanha, dona de um futebol "trator", de muita força. A Espanha joga um futebol mais leve, mais próximo da Holanda, portanto, sujeito a ser "atropelado" pelos alemães.

    Às vezes, a prática mostra outra realidade. De qualquer maneira, imagino a decisão entre Holanda x Alemanha. Os deuses do futebol serão injustos se comungarem com a ausência dos alemães na final. Eles são os melhores desde o início. Fizeram 13 gols e sofreram apenas dois até agora.

    E já adianto. Aposto na Alemanha também no jogo final.

    segunda-feira, 5 de julho de 2010

    Impedimento e a mão de Suárez

    O atacante Suárez, do Uruguai, joga no Ajax da Holanda e fez 49 gols em 48 jogos pela última temporada daquele país. Artilheiro com aproveitamento de quase 100 %. Nenhuma dúvida quanto a competência dele dentro da área (adversária). Agora, dentro da área (dele), jogando com as mãos, ninguém esperava tanta competência.

    A defesa que Suárez fez, no jogo contra a seleção de gana, classificou o Uruguai e rendeu-lhe elogios de vários goleiros. No futebol, assim como na vida, é preciso apostar. Suárez apostou e ganhou. Se não tivesse dado certo teria causado uma polêmica discussão de opiniões divididas. Vai ser sempre assim. Bom que Suárez acertou.

    Um detalhe: vejam que o debate acima é motivado pela dúvida da posição de impedimento de um jogador de Gana. É claro que o assistente, o árbitro, seja lá quem for (menos a câmera), não teria condição de marcar um impedimento como esse. Por isso, continuo defendendo que a regra de impedimento em vigência é cruel para os árbitros. Carece de modificação.

    A Fifa tem medo de facilitar as situações complicadas no futebol. Não vejo como tornar as coisas mais fáceis pode tirar a graça do futebol. Que graça tem um time perder com jogada irregular, como o México perdeu para a Argentina, por 3 x 1, com aquele gol do argentino Tevez? Se o Suárez não comete o pênalti e a bola entra, o debate agora seria em torno de injusta desclassificação do Uruguai.

    Que a Fifa seja contagiada pela coragem de Suárez!

    sexta-feira, 2 de julho de 2010

    LARANJA indigesta e melhor

    Ninguém é infalível e eu também perdi.
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    Os prognósticos eram difíceis na primeira fase da Copa 2010 da África do Sul, mas a partir das oitavas de final já tinhamos opinião formada sobre as melhores seleções e os resultados ficaram previsíveis. Acertei todos. Quase perdi no Japão, mas imaginava que os asiáticos iriam dar trabalho. Em decisão, detalhe faz muita diferença e o Japão derrapou nos pênaltis.
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    Nas quartas de final, acertei no Uruguai, mas no fundo do coração queria a seleção de Gana classificada. Tal qual o Japão, derrapou nos pênaltis. Já na prorrogação dava sinais de quem não estava preparada para vencer uma decisão. No primeiro jogo, um clássico, sabia que bastava ser ligeiramente melhor para garantir a classificação. E a Holanda foi melhor, sim.
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    As duas seleções chegaram às quartas de final com campanhas parecidas. Na história, também empatam nas campanhas. Agora, dizem que o Brasil não havia enfrentado seleção forte. A Holanda também só havia enfrentado seleções de nível sofrível. Continuam parecidas. A diferença só foi perceptível no jogo dessa sexta-feira. E não foi, essencialmente, na bola.
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    O controle emocional fez a diferença. Os nervos mais estáveis estavam do lado da "Laranja". Os jogadores brasileiros só conseguiram segurar os nervos durante 45 minutos. E venceram por 1 x 0. Nos outros 45 minutos, os holandeses fizeram um gol de jogada ensaiada, aos 23 minutos, depois que os instáveis brasileiros já haviam estragado tudo, aos 8 minutos, com um gol contra.
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    Há quem diga que isso não conta. Quem já decidiu alguma coisa na vida sabe que conta muito. Os jogadores brasileiros não perderam na bola, perderam nos nervos. A súmula do jogo é testemunha. Não dá mais para avaliar futebol sem levar em conta vários aspectos que podem influenciar na preparação do atleta.
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    Para os desafetos do Dunga não poderia acontecer resultado melhor. Os nossos 200 milhões de treinadores têm motivos de sobra para explicar a derrota. Alguns preferem elencar as queixas e apontar os erros do comandante Dunga. Os místicos recorrem até ao pé frio do cantor Mick Jagger. Cada um tem suas razões, mas o razoável é dizer que Sneijder, Robben e sua turma foram melhores.
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    Alemanha x Argentina, outro clássico desse sábado, também reserva muitas lamentações para o fim do jogo. Quem sairá chorando? Difícil acertar esse prognóstico. Se os alemães saírem não há dúvida que a derrota será melhor assimilada. Se os argentinos saírem, assim como no Brasil, os desafetos de Maradona terão "prato cheio para um jantar sinistro".

    quinta-feira, 1 de julho de 2010

    Provocações Holandesas

    O jornal holandês "De Volkskrant" publicou uma matéria, na edição dessa quinta-feira, em que destaca depoimentos de ex-craques da "Laranja Mecânica" sobre o clássico Holanda x Brasil nas Copas de 1974, 1994 e 1998. A legenda da foto acima insinua que o atacante Patrick Kluivert "passou por cima" do volante Dunga - então capitão -, hoje treinador da seleção brasileira.
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    O jornal criticou o ex-zagueiro Luis Pereira por ter usado de jogadas violentas para marcar o meia Johan Neeskens na Copa de 1998. O ex-zagueiro Stan Valckx disse que teve muito trabalho para marcar Romário. Chegou a ficar exausto. Reconheceu o valor dos brasileiros, mas alfinetou quando disse que "o Brasil não era bom, mas eficaz. Sabiam exatamente o que estavam fazendo na América, ou seja, buscar título".
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    Essa matéria é uma repercussão das críticas do ex-atacante Cruijff à qualidade da seleção brasileira. O jogador holandês chegou a dizer que não pagaria ingresso para ver a seleção do Dunga jogar. Daí em diante, os holandeses menos cotados também acharam-se no direito de criticar a seleção brasileira.
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    Dunga jogou bem. Não entrou na provocação de Cruijff. Não deu eco às críticas dos holandeses e deve ter "vacinado" os seus comandados sobre a polêmica, cujo objetivo é criar um ambiente hostil e tirar a concentração dos brasileiros. Não é legal, mas é normal. Os adversários sempre usam esse tipo de provocação. Felizmente, os nossos provocadores pararam de "vuvuzelar" o Dunga.
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    Os holandeses sabem que vão enfrentar um adversário de qualidade. Estão fazendo o jogo emocional que lhes convém. Os brasileiros insatisfeitos com as opções do Dunga, ao contrário, transformam-se em algozes, tentam desqualificar os pontos positivos da equipe e vibram negativamente como se fossem os adversários.
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    Criticar, pode e deve. Cada um dos 200 milhões de brasileiros gostaria de escalar a seleção brasileira, mas somente o Dunga tem esse poder oficial. Errado ou certo, já chegou às quartas de final. Não há mais tempo para resmungar ausências de jogadores preferidos e questionar esquema tático. É hora de torcer e vibrar positivamente.
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    Além do mais, a "Laranja" já não tem a força mecânica dos tempos de Cruijff.