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    sexta-feira, 2 de julho de 2010

    LARANJA indigesta e melhor

    Ninguém é infalível e eu também perdi.
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    Os prognósticos eram difíceis na primeira fase da Copa 2010 da África do Sul, mas a partir das oitavas de final já tinhamos opinião formada sobre as melhores seleções e os resultados ficaram previsíveis. Acertei todos. Quase perdi no Japão, mas imaginava que os asiáticos iriam dar trabalho. Em decisão, detalhe faz muita diferença e o Japão derrapou nos pênaltis.
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    Nas quartas de final, acertei no Uruguai, mas no fundo do coração queria a seleção de Gana classificada. Tal qual o Japão, derrapou nos pênaltis. Já na prorrogação dava sinais de quem não estava preparada para vencer uma decisão. No primeiro jogo, um clássico, sabia que bastava ser ligeiramente melhor para garantir a classificação. E a Holanda foi melhor, sim.
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    As duas seleções chegaram às quartas de final com campanhas parecidas. Na história, também empatam nas campanhas. Agora, dizem que o Brasil não havia enfrentado seleção forte. A Holanda também só havia enfrentado seleções de nível sofrível. Continuam parecidas. A diferença só foi perceptível no jogo dessa sexta-feira. E não foi, essencialmente, na bola.
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    O controle emocional fez a diferença. Os nervos mais estáveis estavam do lado da "Laranja". Os jogadores brasileiros só conseguiram segurar os nervos durante 45 minutos. E venceram por 1 x 0. Nos outros 45 minutos, os holandeses fizeram um gol de jogada ensaiada, aos 23 minutos, depois que os instáveis brasileiros já haviam estragado tudo, aos 8 minutos, com um gol contra.
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    Há quem diga que isso não conta. Quem já decidiu alguma coisa na vida sabe que conta muito. Os jogadores brasileiros não perderam na bola, perderam nos nervos. A súmula do jogo é testemunha. Não dá mais para avaliar futebol sem levar em conta vários aspectos que podem influenciar na preparação do atleta.
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    Para os desafetos do Dunga não poderia acontecer resultado melhor. Os nossos 200 milhões de treinadores têm motivos de sobra para explicar a derrota. Alguns preferem elencar as queixas e apontar os erros do comandante Dunga. Os místicos recorrem até ao pé frio do cantor Mick Jagger. Cada um tem suas razões, mas o razoável é dizer que Sneijder, Robben e sua turma foram melhores.
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    Alemanha x Argentina, outro clássico desse sábado, também reserva muitas lamentações para o fim do jogo. Quem sairá chorando? Difícil acertar esse prognóstico. Se os alemães saírem não há dúvida que a derrota será melhor assimilada. Se os argentinos saírem, assim como no Brasil, os desafetos de Maradona terão "prato cheio para um jantar sinistro".

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