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    domingo, 29 de abril de 2012

    Ceará x Fortaleza: deu a lógica na final



    A definição dos finalistas do Cearense 2012 saiu com mais naturalidade do que se imaginava. O Horizonte foi goleado, por 4 x 1, pelo Fortaleza, no primeiro jogo e perdeu o segundo, por 1 x 0. O Tiradentes fez o inverso: perdeu o primeiro para o Ceará, por 2 x 0, e foi goleado no segundo jogo, por 4 x 0. Mais uma final carimbada: Ceará x Fortaleza, com vantagem alvinegra.

    A discussão que segue, agora, é quem tem o time melhor, quem chega mais inteiro à final, quem será o campeão? Perguntinha chata, difícil de responder. Independente da velha e surrada frase: "Clássico é clássico e ninguém é favorito". O Ceará conta com uma boa vantagem, mas não pode cochilar.

    O Ceará chegou a ficar 11 pontos atrás do Fortaleza, mas corrigiu a equipe, voltou a vencer, ultrapassou o rival e chega à final com a vantagem de jogar por dois resultados iguais. Mais que isso, o Ceará chega à final com o elenco inteiro e motivado.

    O Fortaleza também não tem do se queixar. Chega à final completo. Os jogadores que os dois times perderam pelo caminho já não fazem falta. O Ceará ficou sem João Marcos e Juca, machucados. O Fortaleza ficou sem Rai, também por contusão. Enquanto isso, os dois treinadores encontraram a recomposição de suas equipes com naturalidade.

    O time alvinegro é mais maduro, mais acostumado a decisão e chega à final motivado pela vantagem. O tricolor tem um  time menos habituado a decisão, mais jovem e também chega à final motivado. Por isso tudo, tenho certeza que será uma decisão bem disputada, diferente dessas semifinais.

    A vantagem alvinegra deve ser considerada, sim. Acontece que uma vantagem torna-se perigosa quando é usada como estratégia. Não acredito que a comissão técnica do Ceará utilize esse expediente. A vantagem deve ser usada como reserva para o último caso.

    Aos tricolores caberá a missão de ter toda cautela necessária para não permitir aumento da vantagem alvinegra. Ao mesmo tempo deverá trabalhar forte para estabelecer a sua vantagem. Isso significa dizer que o Fortaleza deverá ter cuidado para não levar gols e competência para vencer (e bem) pelo menos um jogo. 

    Penso que a decisão será mais emocionante que todo o campeonato.        

    sábado, 21 de abril de 2012

    Sempre há um jogo para deletar


    O Ceará empatou em casa, no estádio Presidente Vargas, com o Paraná Clube, em 2 x 2, quando todos esperavam uma vitória tranquila pela Copa do Brasil. Tenho dito que focar excessivamente no adversário, deixando de lado suas próprias fraquezas não é o melhor caminho para chegar à vitória. Talvez, um pouco disso aconteceu com o Ceará naquele primeiro jogo. Na casa do adversário, perdeu a classificação sem perder o jogo. 

    Lá, em Curitiba, na Vila Capanema, o Ceará enfrentou um adversário determinado a garantir a vantagem construída aqui, como prevê o regulamento, com o peso "2" para o gol fora de casa. O simples empate, em 1 x 1, foi o suficiente para seguir na competição. O Paraná Clube foi valente, prevenido, cercado de estratégias e ainda recebeu uma mãozinha do árbitro goiano André Luis Castro, que permitiu o jogo desleal. 

    Decisão é assim. Além de jogar muito futebol, é preciso doar até o pescoço se for preciso. Já não temos mais jogadores com esse espírito, principalmente quando já estão com a vida resolvida. Até por isso, o Ceará deveria ter optado por jogadores mais dispostos a "botar a canela" no jogo. O problema é que não lembro deles em Porangabussu.

    Um jogo pra deletar da memória!   

    sexta-feira, 20 de abril de 2012

    Sempre há um jogo para esquecer!



    O Fortaleza voltou pra casa classificado para a oitavas de final da Copa do Brasil porque goleou o Náutico, por 4 x 0, no primeiro jogo, no estádio Presidente Vargas. No estádio dos Aflitos, sem a mesma impetuosidade, encontrou um adversário faminto por gols. Se não tivesse recuado tanto, fazendo uma verdadeira barreira à frente do goleiro João Carlos, talvez tivesse perdido por mais de 2 x 1.

    Classificação garantida, o Fortaleza vai enfrentar o Grêmio portoalegrense. Primeiro jogo no estádio Presidente Vargas e o segundo, consequentemente, no estádio Olímpico. Mesmo não estando num bom momento, o Grêmio não pode ser comparado com o Náutico de agora. Para avançar, o tricolor deverá mudar alguns conceitos e comportamentos em campo.

    Lições, duras lições que podem servir!     

    segunda-feira, 16 de abril de 2012

    Queda do Ferroviário parece mentira

    Valdemar Caracas é fundador e símbolo coral

    Na última vez que entrevistei o eterno presidente do Ferroviário Atlético Clube, Valdemar Cabral Caracas, 104 anos, a primeira coisa que ele me disse foi o seguinte: "Se você veio aqui pra falar de futebol pode voltar. Não quero me preocupar com isso". Desconversei, falei sobre a vida dele, mas era inevitável falar sobre futebol. Imagino o quanto Caracas estava triste com o futebol. E agora, com a queda do Ferroviário para a 2ª Divisão, o que pensar da reação dele?

    Não é preciso ficar diante daquele torcedor, pai, avô, filho, neto, bisneto... Isso mesmo, Valdemar Caracas vivenciou todas as gerações da família coral, testemunhou dificuldades diversas, mas não acreditava que um dia ouviria falar de rebaixamento. Foi a pior das maldadas perpetradas contra o Ferrão ao longo dos 79 anos de existência.

    Precisaríamos de tempo e espaço para comentar a história de um clube com quase oito décadas. Não vamos fazer isso agora. Nesse instante, o sentimento é de alguém que sente a dor de pessoas queridas. Muitos amigos estão sentindo a queda do Ferrão, perplexos porque duvidavam disso. Talvez, sentidos porque nada fizeram para evitar isso.

    Há quem defenda que foi melhor assim. Com o rebaixamento, a oportunidade de ressurgir das cinzas. A realidade é diferente da filosofia. O Ferroviário vinha caindo, em queda livre, desde que passou a euforia da conquista do último título, em 1995. A inveja, a vaidade, a disputa entre alas de conselheiros, os conflitos internos, a desorganização administrativa, entre outros fatores, derrubaram o clube.

    Seria preciso estabelecer uma nova ordem pra fazer valer a filosofia do começar de novo. Quem vai comandar essa nova ordem no Ferroviário? O Começar de novo não deve ser com os mesmos erros e vícios, alimentados pelas mesmas pessoas que desconstruíram o que encontraram no clube até o último título.

    A ameaça, agora, é darem fim à Vila Elzir Cabral. Eu e o futebol cearense desconhecemos a atual situação da Vila. Já li e ouvi notícias, tratando de dívidas astronômicas que só seriam saldadas com a entrega de todo o patrimônio, que, por sua vez, estaria protegido por instrumentos legais. Mentira ou não, melhor assim. Por último, tenho ouvido notícias sobre possível venda da Vila. Será mesmo?

    Em meio ao bombardeio sofrido pelo torcedor coral, nas últimas horas, a diretoria anunciou no site do clube (www.ferrão.com.br) que vai mover uma ação de protesto contra o Crateús por utilização de jogadores irregulares. Será mesmo? Prefiro aguardar, esperando que não seja mais uma mentira entre tantas desse Cearense 2012.

    Até o rebaixamento do Ferroviário, para seus mais ilustres torcedores, parece uma mentira!            

    quinta-feira, 12 de abril de 2012

    Fortaleza passa folgado pelo Náutico



    O Fortaleza alternou muito durante o jogo, mas goleou o Náutico, por 4 x 0, no estádio Presidente Vargas, e coloca uma folgada vantagem sobre o time pernambucano para o jogo de volta, nos Aflitos, próximo dia 18, às 21h50min. Rafinha (16') e Jailson (18') marcaram no 1º tempo. Geraldo (23') e Cléo (28') marcaram no 2º tempo. O Náutico foi um time fragilizado na maior parte do jogo.

    O melhor momento dos pernambucanos foi nos últimos 25 minutos do 1º tempo. Eduardo Ramos, Derlei e Siloé criaram lances de perigo. Dorielton fez um gol, aos 43', mas estava em posição de impedimento. E foi só. Nos 20 minutos iniciais, o Fortaleza imprimiu um forte ritmo e fez dois gols. Depois, houve aquela "natural" relaxada e o time Timbu cresceu.

    Na segunda etapa, o time voltou a campo com a advertência do treinador Nedo Xavier para não diminuir o ritmo, mesmo assim não conseguia ser um time organizado como no início do jogo. Até o terceiro gol, o time alternou muito, com apenas três descidas perigosas (10', 11' e 18'). A partir do gol de Geraldo (de pênalti), o time acertou, o Náutico sentiu e 5 minutos depois saiu o gol que definiu o placar, quando Cléo aproveitou falha do zagueiro Marlon.

    Definitivamente, o time do Náutico é cheio de deficiências: desarrumado taticamente, sem articulação, fragilizado emocionalmente. O meia Eduardo Ramos perdido pelo meio e Siloé isolado na frente se perdem na fragilidade da equipe. O goleiro Gedeão fez boas defesas e evitou uma goleada maior. Muito há de ser feito para recuperar o time Timbu.

    Salvo os momentos de alternância, o Fortaleza jogou um futebol que lembrou os momentos iniciais do Cearense, quando disparou na liderança. O garoto Jefferson sentiu um mal estar e foi substituído por Lucas no finalzinho do 1º tempo. Com isso, Eslei voltou a jogar mais atrás, ainda assim buscou a articulação de jogadas e foi decisivo no lance do pênalti sofrido por Jailson, que originou o gol de Geraldo.

    Fortaleza jogou com João Carlos (seguro), Rafinha, Ciro Sena, Cléber Carioca e Kauê; Jefferson (Lucas), Marielson, Eslei (Gilmak) e Geraldo (Bismarck); Cléo e Jailson. O Náutico jogou com Gedeão (seguro, apesar da goleada), Diego Bispo, Marlon e Ronaldo Alves; Marquinho (Leno), Eli Carlos, Derlei, Eduardo Ramos e Jeferson (Filipe); Siloé (Rodrigo Tiuí) e Dorielton.

    O árbitro foi Elmo Resende Cunha (GO), com os assistentes Jesmar de Paula (GO) e Isac Márcio Oliveira (RN). Jesmar de Paula anulou o gol irregular do Náutico com propriedade num lance difícil. A renda foi R$ 273.773,00 - público pagante de 17.882. O Fortaleza teve descontados R$ 25 mil (Justiça do Trabalho) em favor do lateral Patrick.     

    Ceará, Sport, Bahia, Vitória e árbitro capixaba melam...

    Árbitro capixaba Marcos da Penha  foi  sampaulino

    Foi uma noite pra ver "urso de gola", uma expressão utilizada para expressar vexames, muito mais que alegrias para alguns de nós nordestinos. Pior que isso foi ver que o nível da arbitragem nacional sofre de crises espasmódicas de acordo com a importância dessa ou daquela equipe. O São Paulo não precisava de ajuda do árbitro capixaba, Marcos André da Penha, que prejudicou o time do Bahia de Feira/BA durante os 90 minutos do jogo.

    O São Paulo venceu, por 5 x 2, num jogo com três gols de pênalti e eliminou o Tremendão. Até aí, tudo normal. Foram sete gols e a equipe melhor qualificada tecnicamente venceu. O que não agrada é ver o árbitro marcar um pênalti, aos 10 minutos, quando o atacante Luis Fabiano salta antes do choque com o goleiro que já está caído. O encontro entre os dois era inevitável pelo traçado da jogada, mas não houve choque.

    Além de marcar o pênalti "cavado", o capixaba expulsou o goleiro Dionantan (como manda a regra), reduzindo o Bahia de Feira numericamente. O técnico Arnaldo Lira foi forçado a tirar o experiente Jackson para colocar o goleiro Felipe. Todo o time foi obrigado a correr mais. E contra quem! 

    Não é correto dizer que o resultado do jogo seria outro caso a marcação não tivesse ocorrido. Mas é correto dizer que o método de arbitrar foi passional. Ao longo do jogo, atacante João Neto agarrado dentro da área não foi pênalti. Zé Roberto derrubado ao lado da área não foi falta. Sem citar lances menos discutíveis. Assim, a democracia da Copa do Brasil vai terminar sempre quando um time grande enfrentar um time pequeno.

    SURPRESAS

    O Ceará Sporting foi surpreendido pelo jovem time do Paraná Clube. Começou à frente do placar, cochilou, sofreu um gol bobo e teve de correr atrás do empate: 2 x 2. O calouro técnico Ricardinho colocou em campo um time formado na Base do clube. Dos 19 jogadores que vieram ao estádio Presidente Vargas, nove saíram da Base e honraram a camisa. O Ceará está obrigado a empatar sem gols ou vencer em Curitiba se quiser seguir na competição. 

    As surpresas não pararam por aí. O Sport de Recife foi desclassificado em casa pelo Paysandu ao sofrer uma goleada de 4 x 1. O Bahia perdeu para o Remo, em Belém, por 2 x 1. Começou perdendo, empatou, mas não segurou o placar. Tricolor ter de ganhar em Pituaçu para seguir na Copa. ABC 1 x 1 Vitória, em Natal, obriga o rubro-negro baiano a vencer dentro de casa. O Chapecoense/SC, em casa, deu calor no Cruzeiro e quase não cedeu o empate: 1 x 1. O time mineiro decide em casa sem grande vantagem.

    COPA DO NORDESTE

    O diretor técnico da CBF, Virgílio Elízio da Costa Neto, estava em Feira de Santana/BA, no estádio Jóia da Princesa, e viu de perto a goleada do São Paulo. Ao falar com a imprensa local, Virgílio Elízio confirmou que a Copa do Nordeste será realizada com 16 equipes, de janeiro a meados de março de 2013, com provável início no dia 13.

    Virgílio elogiou o público presente ao Jóia da Princesa nessa época de magras arrecadações pelo Brasil a fora. Bahia de Feira 2 x 5 São Paulo teve renda de R$ 650.040,00 - público pagante de 15.834. No PV, Ceará 2 x 2 Paraná Clube (sem o mesmo apelo) teve renda de R$ 145.124,00 - público pagante de 11.952 (destacando o ingresso de sócio torcedor).

    A noite não poderia ser encerrada com uma das pérolas do comentarista Neto, da TV Bandeirantes. Ao criticar o gramado do estádio Jóia da Princesa, deu a classificação de "pasto". Talvez, Neto tenha sentido saudades dos tempos em que se servia dos "pastos" pelo interior de São Paulo. O piso do campo não está bem conservado, é verdade, mas o gramado não chega a ser um pasto. Aliás, nem choveu por lá.          

    segunda-feira, 9 de abril de 2012

    Fortaleza joga Ferroviário na degola

    Bandeira coral enxugou lágrimas  no PV

    Não foi a primeira vez que o Fortaleza aplicou 3 x 1 no Ferroviário, mas dessa vez o gosto foi o mais amargo de todos, levando inúmeros torcedores corais às lágrimas. O rebaixamento ainda não está decretado, oficialmente, contudo, essa derrota, na 21ª rodada, afundou o time coral, que precisará vencer o Guarani de Juazeiro e torcer por um tropeço do Icasa diante do Itapipoca, em casa, na última rodada classificatória. Convenhamos, muito difícil.

    O Fortaleza poderia ter definido a vitória ainda no 1º tempo, quando o jogo foi bastante movimentado, com jogadas de ataque nos dois lados. Era lá e cá. A superioridade técnica do tricolor era notória, no entanto, o Ferroviário jogou com muita disposição física e dificultou a vida do adversário. Mas não basta somente disposição física. 

    Apesar do esforço coral, o Fortaleza abriu o placar, aos 30', com Jailson, depois de um contra-ataque em jogada errada na saída de bola. Esley ligou com Geraldo, que cruzou para o atacante tricolor fazer 1 x 0. O Ferroviário reagiu e empatou, aos 35', com um gol de Bruno Morais. Daí em diante, o jogo seguiu equilibrado pela disposição física do Ferroviário - apenas isso.

    Eu havia dito no intervalo que o Fortaleza começaria a ter facilidades com o desgaste natural do Ferrão. E não deu outra. Aos 9', Geraldo desempatou com um gol de pênalti, cuja marcação do árbitro Carlos Custódio suscitou dúvidas. Depois, pelas lentes da TV, viu-se que não houve impedimento de Jailson e que Cléo recebeu a carga por trás. A dúvida é se ele teria marcado o mesmo pênalti na área do Ferrão.

    Diferente do primeiro gol, o jovem time do Ferroviário sentiu o desempate. O treinador Roberto Cearense mexeu demais na equipe tentando atacar mais. Trocou o lateral esquerdo Felipe Cauã por Marclécio, o meia Márcio Tarrafas por Jânio Daniel e o atacante Bruno Morais por Éverton. Nedo Xavier, do Fortaleza, respondeu com ofensividade e se deu bem. Roberto Cearense não obteve resposta positiva dos reservas.

    O meia Bismarck entrou no lugar do volante Esley, o meia Marquinho entrou no lugar do lateral direito Raul e o meia Lucas entrou no lugar do volante Marielson. Foi um passo importante para o terceiro gol. Aos 33',  num contra-ataque, a bola parou no pé direito de Geraldo, pela direita da grande área, e dali saiu o chute fraco da perna direita. O bom goleiro Handerson falhou e sofreu o gol.

    Mesmo com a expulsão de Jailson, aos 40', o Ferroviário não tinha mais forças para reagir. A vantagem numérica do Ferrão não superaria a vantagem técnica do tricolor, ainda que faltasse mais tempo para terminar o jogo. É a pura realidade. Os garotos do Ferrão merecem aplausos pelo esforço, mas o time é limitado tática e tecnicamente.

    O Fortaleza ainda "limpou" os cartões - uma prática farsista do futebol. Receberam o terceiro cartão amarelo os meias Marquinho, Lucas e Geraldo, o atacante Cléo, além de Jailson, que terminou expulso depois de ter recebido o terceiro amarelo. O Ferroviário perdeu o zagueiro Eduardo com o terceiro cartão amarelo e vai sentir falta dele.

    O Ferroviário jogou com Handerson, Helton Meruoca, Guilherme, Eduardo e Felipe Cauã (Marclécio); Nego, Jardel, Raphinha e Márcio Tarrafas (Jânio Daniel); Canga e Bruno Morais ( Éverton). O Fortaleza jogou com João Carlos, Raul (Marquinho), Ciro Sena, Cléber Carioca e Kauê; Jefferson, Marielson (Lucas), Esley (Bismarck) e Geraldo; Jailson e Cléo. Renda: R$ 74.895,00 - público pagante 3.641.

    Agora, aos torcedores corais, restam apenas esperança e fé.     

    quinta-feira, 5 de abril de 2012

    Somente o Ferroviário fez o dever

    Nedo com dificuldades para devolver harmonia ao time

    Tivemos uma rodada com três jogos nesta noite de quarta-feira: Tiradentes 0 x 0 Fortaleza, no PV; Itapipoca 1 x 3 Ferroviário, no estádio Perilo Teixeira; Horizonte 1 x 3 Palmeiras, no estádio Domingão. Somente o Ferrão atingiu o objetivo desejado e mantém acesa a chama da esperança para evitar o rebaixamento.

    O Horizonte começou vencendo e não teve competência para segurar a volúpia do Palmeiras. Perdeu com a diferença de dois gols e saiu da Copa do Brasil. O Horizonte não perdeu apenas o jogo, perdeu 60% da renda: R$ 110.480,00 - público pagante 8.361, como determina o regulamento. 

    O Palmeiras impôs seu favoritismo. Pressionou o tempo inteiro, criou oportunidades e tirou proveito de falhas de marcação do Horizonte em jogadas de velocidade. Apesar de ocupar a 3ª colocação do Cearense 2012, é clara a fragilidade da equipe quando o adversário tem melhor qualidade.

    O Fortaleza não conseguiu vencer o Tiradentes. O empate devolveu a liderança ao tricolor do Pici, mas a diferença para o Ceará é de apenas um ponto com um jogo a mais. Com um simples empate diante do Crateús, nessa quinta-feira, no PV, o Ceará retomará a liderança.

    A queda de rendimento do Fortaleza deixa sua torcida em alerta. Ainda que o Ceará tropece no Crateús, a rodada de domingo será no fio da navalha. Ninguém poderá errar, sob pena de perder a liderança e ver o rival colocar uma vantagem de dois ou mais pontos.

    Francamente, vejo o treinador do Fortaleza, Nedo Xavier, com a cabeça ardendo para acertar de novo o futebol do time dele. Com algumas mudanças circunstanciais (contusões e cartões), o time tricolor perdeu a harmonia, a objetividade e a precisão nas conclusões.

    O Ceará, ao contrário, chega à reta final do campeonato em ascensão. O treinador PC Gusmão ganhou novas opções dentro do próprio grupo, como Willian Thiego e Potiguar, acertou o posicionamento da equipe e passou a vencer sem as dificuldades antes observadas.

    O único vencedor da noite foi o Ferroviário para felicidade geral. Um time sem rival, que comove até o torcedor do adversário mais ferrenho, conseguiu dar sinais que pode sair do rebaixamento. Domingo, no PV, vai enfrentar o Fortaleza com a necessidade de uma vitória para continuar respirando. Haja esperança! 

    segunda-feira, 2 de abril de 2012

    Neto Baiano esclarece "bola murcha"



    Nessa entrevista, o atacante Neto Baiano (o maior artilheiro do Brasil na atualidade) fala sobre uma das fortes razões que ajudam a afundar carreiras de alguns jogadores, quando não liquidam de vez. Quando programas de qualidade conseguem arrancar tais confissões, do próprio jogador, está sendo prestado um serviço social.  

    Muitas vezes, ficamos querendo adivinhar porque esse ou aquele jogador não está bem, porque não esteve bem aqui e está jogando demais bem ali pertinho, porque foi contratado por uma fortuna e não joga mais nada, enfim...

    Muito bom quando ouvimos do próprio jogador. Aliás, Neto Baiano esteve por aqui no futebol cearense, em 2007, vestindo a camisa do Fortaleza e não conseguiu jogar um bom futebol. Talvez, agora, ele esteja respondendo às nossas antigas interrogações.