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    terça-feira, 30 de novembro de 2010

    Decisão no Barradão sem mala

    Vitória x Atlético goianiense, no estádio Barradão, será uma decisão com mais emoção que Fluminense x Guarani de Campinas, Goiás x Corinthians, Cruzeiro x Palmeiras, Grêmio x Botafogo, juntos. Pelo menos é o sentimento que tem o torcedor do rubro-negro baiano. Somente a vitória salvará o Vitória, sem trocadilhos. Um empate salvará o Dragão goiano. Um vai cair e ninguém tem direito a mala. O Brasileirão chega à última rodada assim. Decisão nas duas pontas da tabela. O Guarani de Campinas, rebaixado, é o namoradinho da rodada, paquerado pelo Corinthians e pelo Cruzeiro, para tirar pontos do Fluminense. Segundo os porta-vozes da mala branca, todos os caminhos levam ao Guarani. Para afastar de vez essa onda de mala branca pra lá e mala preta pra cá, a sugestão vem de Salvador, do amigo, jovem advogado, Antonio Gustavo, sócio do amigo-irmão Antonio Tillemont. Guga sugere que a CBF coloque os clássicos regionais nas últimas rodadas. Assim, seriam eliminadas as especulações de entrega de jogo para favorecer quem quer que seja. Boa sugestão! Se, agora, já fosse assim o torcedor do Vitória não teria emoção menor. A diferença é que, talvez, tivesse de decidir a própria sorte fora de casa - no estádio de Pituaçu. Por enquanto, fé, concentração e buscar inspiração naquele 4 x 0, pela semifinal da Copa do Brasil.

    sexta-feira, 26 de novembro de 2010

    Palpiteiros fracassam no Brasileirão

    Quem já jogou ou joga partidas de palitinhos sabe que a intuição funciona muito mais que a lógica. Pois, algumas questões sérias são tratadas, em algumas oportunidades, como se fosse um jogo de palitinhos. Senão vejamos:
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    Palpiteiros do Brasileirão
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    Na largada do Campeonato Brasileiro, os palpiteiros de plantão usaram e abusaram de cálculos, fórmulas, classificações antecipadas e todo tipo de elucubração mental com a intenção de estabelecer uma relação entre as equipes fortes e as mais fracas da competição. Criaram falsas expectativas e motivaram debates irritados entre algumas torcidas.
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    Ao comparar os palpites e a realidade da tabela de classificação, faltando duas rodadas para o final do Brasileirão, é fácil perceber o quanto os palpiteiros chutaram. Pra início de conversa não vi nem ouvi nenhum deles apostando no Fluminense como favorito ao título. O Corinthians e o Grêmio ganharam um voto ou outro, aleatoriamente. As apostas foram para o Santos. Erraram feio.
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    Na turma da degola, cujo prognóstico é mais fácil, chutaram pelo menos dez equipes para obter boa aproximação. Assim mesmo, colocaram o Ceará Sporting e o Atlético paranaense entre os degolados. Acerto mesmo não chega a 30 % mesmo com tantas chances. Erraram feio, de novo.
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    Imagina o saldo dos que apostaram baseados nessa turma que dá palpites como joga palitinhos. O Santos, por exemplo, era apontado como favorito ao título por causa do "bom" de Neymar e Ganso, além da conquista da Copa do Brasil. O Ceará subiu rebaixado porque não tinha tradição e era do Nordeste. Quebraram a cara.
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    Nenhum dos palpiteiros acreditava na reação do Fluminense, Vasco da Gama e Grêmio; na regularidade do Ceará, mesmo com a boa arrancada nas primeiras rodadas; nas péssimas campanhas do Flamengo e Atlético mineiro; nas campanhas trôpegas de Inter, Palmeiras e São Paulo. Não dá para acreditar!
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    Praça no Campo do América
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    Também já não dá para acreditar em algumas histórias que estão surgindo em torno da propriedade do terreno (4.378,15 m²) do Campo do América, na esquina da rua José Villar com a rua Tenente Benévolo, no Meireles. O que os moradores mais antigos dizem é que o América Football Club, fundado em 1920, nunca foi dono daquele terreno.
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    No projeto encaminhado ao INSS, para transformar a área em utilidade pública, antes da suspensão do leilão, está bem claro que "o terreno foi entregue ao INSS em pagamento de dívidas", embora não haja informações consistentes. Agora, surge a informação dando conta que a Prefeitura de Fortaleza já havia adquirido o terreno durante a administração da prefeita Maria Luiza Fontenele, na década de 1980.
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    Um morador antigo do bairro, o De Assis, mais conhecido como Caboclo Tricolor, vem garantindo a mim há algum tempo que o América Football Club nunca jogou no Campo do América, embora tivesse um campo de treinamento alí próximo. De onde surgiu essa informação que mais parece um palpite?
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    O Caboclo Tricolor também já lembrou a mim que o Campo do América teria sido a Praça Edmilson Soares, caso um "tal projeto" tivesse sido levado a sério em tempos que ele não anotou na memória. Sabem quem poderia contar toda verdade? Já morreu. Um veterano, chamado Geraldo Algodão, que cuidava daquele campo como a própria casa.
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    Fora os palpiteiros, resta apenas uma fonte segura a consultar: os cartórios da região. E ninguém pensou nisso ainda.

    quinta-feira, 25 de novembro de 2010

    Não é que Vampeta tinha razão

    Quando o ex-volante Marcos Vampeta disse a um dirigente: "Vocês fingem que pagam e a gente finge que joga", os fingidos ficaram zangados. Os falsos moralistas logo saíram em defesa da chamada ética do futebol. Duro é entender, anos depois, que Vampeta disse uma verdade que pode ser aplicada a diversas situações no futebol.
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    Também já ouvi jogadores dizerem que "o futebol é uma grande mentira". Eles têm lá suas razões para fazerem essas afirmações. Do lado de cá do muro dos clubes, longe da realidade, não dá para concordarmos plenamente, mas, convenhamos, alguns dirigentes nos levam a crer em algumas dessas provocações.
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    Vejam o caso do Fortaleza Esporte Clube. Eleições antecipadas para agilizar a sucessão presidencial. Depois das eleições finalizadas, festa para a posse dos eleitos do Conselho Deliberativo que elegem a Diretoria Executiva. No final das contas, o próprio presidente eleito para o Conselho, Mozart Martins, diz não saber se foi lavrada a ata de posse. E não foi.
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    Quer dizer: se não há Conselho empossado também não pode haver eleição e posse da Diretoria Executiva. E ainda exigem que o presidente, Renan Vieira, deixe o cargo antes da data legal (31 de dezembro). Renan até admite deixar, mas quer de volta R$ 1,5 milhão que aplicou no clube. Os novos dirigentes dizem que pagam, mas querem auditoria neutra.
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    Nessa confusão toda, o clube está parado. Funcionários e jogadores de férias. Ninguém sabe, ao certo, quem ainda retorna, quem está sendo contratado, que time poderá entrar em campo no Campeonato Cearense em janeiro de 2011. Não há orçamento para 2011 nem balancete de 2010. Vampeta e os colegas dele tinham ou não tinham razão?
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    Para não ficarem com a razão completa, os dirigentes (eleitos, mas não empossados) anunciam a contratação do treinador Flávio Araújo (foto), depois da minissérie "Flávio divide dirigentes". o receio, agora, é que Renan Vieira saia ao fim do mandato, mas leve as chaves caso não tenha devolvido o dinheiro "emprestado" ao clube na hora do sufoco.
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    "Eu não sabia disso!"
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    Até parece que o Palácio do Planalto fez escola. O presidente do Ceará Sporting, Evandro Leitão, não sabia que o clube tem direito a uma premiação (R$ 1 milhão no caso do Ceará), caso garanta a classificação para a Copa Sul-Americana. Também não deve saber que é o cartel, chamado Clube dos 13, que controla a dinheirama dos patrocinadores e TV repassada aos clubes.
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    Os dirigentes do Guarany de Sobral e do Icasa de Juazeiro do Norte também não sabiam que o critério de desempate na Copa Fares Lopes era o número de cartões recebidos pelos jogadores. Pelo desconhecimento, o Guarany festejou a classificação que não levou e o Icasa também amargou a desclassificação, apesar de ter melhor campanha que o adversário.
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    Parece que somente os dirigentes do Horizonte sabiam disso. Eles não fizeram a melhor campanha em campo, mas foram os mais disciplinados. Por isso, deixaram para trás o Guarany e o Icasa. Como prêmio, por saberem mais que os outros, ganharam uma vaga para a Copa do Brasil 2011.
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    E os caras ainda não querem ser chamados de brincalhões.

    terça-feira, 23 de novembro de 2010

    Campo do América e a Cracolândia

    Assim será o novo visual do Campo do América, garante o secretário de Esporte do Estado, Ferruccio Feitosa, quando é interrogado sobre o futuro daquele espaço comunitário (ainda), localizado no Meireles, na esquina da rua José Villar com a rua Tenente Benévolo. Nas últimas semanas, a comunidade não fala em outra coisa e fica exposto mais um conflito de realidades da cidade que cresce desordenada e injusta.
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    O bairro pobre foi engolido pelo progresso. Ganhou delegacia, mansões, equipamentos como hospitais, escolas, comércio, Universidade Sem Fronteiras, Museu da imagem e do Som, Mausoléu Humberto Castelo Branco, Palácio da Abolição, vida urbana agitada e perigosa. Não ganhou humanização, apenas números.
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    A Fundação Dias Macedo e a Paróquia da Paz foram os primeiros a oferecer educação, o posto médico mais próximo fica na distante Av. Abolição e o lazer é espontâneo. Como pode-se perceber, o Poder não tem tido presença proativa na comunidade. Daí, a conflitante realidade vivida pela burguesia e pela pobreza no mesmo espaço físico, alimentada por uma velada disputa de interesses.
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    Ironicamente, destacam-se, hoje, como necessidades da Comunidade do Campo do América: a manutenção do campo de futebol e o fim da "cracolândia", do ou lado da quadra, entre a rua José Villar e a rua Costa Barros. Uma infeliz réplica das inúmeras "cracolândias" espalhadas pelo País por causa da falta de políticas públicas definidas para atacar a problemática das drogas.
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    A fôrça da mobilização da comunidade, em alguns dias, acordou as autoridades e evitou o leilão do terreno (publicado pelo INSS). O governador Cid Gomes prometeu negociar a compra da área, avaliada em mais de R$ 6 milhões pela especulação imobiliária. A prefeita Luziane Lins mandou representantes, mas não apareceu na mobilização do último domingo.
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    Preto Zezé, presidente da Central Única das Favelas, é o único cheque que a comunidade tem como garantia nessa negociação. Vencida a primeira etapa, a Cufa vai em busca da oficialização do interesse dos Governos na compra do terreno. A efetivação de um projeto sócio-esportivo vai ajudar na melhoria de perspectivas das crianças, na saúde dos adultos e na vida social de todos.
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    Agora, será preciso acontecer o quê para despertar a necessidade de outra mobilização pelo fim da "cracolândia"? São dezenas de jovens e adultos perambulando naquele trecho de rua, durante toda a noite e madrugada, sob os olhares "inúteis" da polícia. Comércio e consumo de drogas são atividades normais como um mercado paralelo.
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    Durante o dia, qualquer pessoa pode perceber a vida miserável a que os viciados entregam-se com absoluta liberdade. Não há repressão aos traficantes, muito menos qualquer iniciativa para recuperar os viciados e proteger os incautos. A polícia fica "inútil" diante da Lei frágil que não impede a circulação das drogas, não prende os traficantes e já não pune os viciados.
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    O pior dessa história é que o Governo não cumpre o prometido na Lei 11.343/2006 e também não é punido pelo Ministério Público. Ou alguém pode informar os endereços das Casas de Recuperação, construídas para abrigar os viciados protegidos pela Lei, cujas famílias não podem pagar o tratamento particular?

    quarta-feira, 17 de novembro de 2010

    La Pulga manda recado a Mano

    Ainda bem que esse amistoso Brasil 0 x 1 Argentina, no Khalifa Internacional Stadium, em Doha, no Qatar, aconteceu agora, no início do trabalho do treinador Mano Menezes, quando todos estão cheios de boa vontade com ele e a paz está reinando entre a Rainha do Plim-Plim e a CBF - por motivos óbvios. Essa derrota é um alerta em tempo de redescobrir o futebol brasileiro.
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    Nem a rivalidade entre brasileiros e los hermanos foi motivo suficiente para inflamar os críticos ácidos. O passeio do Lionel Messi, La Pulga, pela defesa da Seleção Brasileira, aos 47' do 2º tempo, arrastando quatro zagueiros, como um arrastão de trio elétrico em último dia de carnaval, mereceu um comentário básico de Mano Menezes: "Pesou a falta de experiência".
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    Eis a questão. Remontar uma seleção nacional, entre uma copa e outra, é uma árdua tarefa para qualquer treinador. Não basta ser competente. Precisa contar com uma boa safra de craques, herdar meia dúzia de craques da seleção envelhecida e não entrar no oba-oba da imprensa. Mano não começou bem, concedendo privilégios (televisivos) e perdendo para o arquirrival.
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    - Nem tudo está perdido. Diria-me o amigo Santa Rosa, um veterano motorista de táxi, com toda razão. Mano deve reconduzir alguns jogadores experientes, mas é preciso dosar a tolerância. Deve dosar a tolerância também com alguns dos mais jovens, que exageram no estrelismo. Deve dosar até o espírito festivo da seleção. Isso nunca deu certo.
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    Em 1962, a seleção não contou com a categoria de Pelé, mas contou com Amarildo. Em 1970, já não contava com os dribles desconsertantes de Mané Garrincha, mas contou com a fúria de Jairzinho. Em 1994, Romário e Bebeto desiquilibravam no ataque. Lúcio foi uma verdadeira muralha em 2002. Só para citar quatro exemplos.
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    Nos quatro casos, o título veio. Tudo foi muito diferente em 1966, por exemplo. É fácil explicar. A seleção não foi renovada porque ainda vivia sob o signo do bicampeonato de 1962 e chegou fragilizada à Copa da Inglaterra. Mano deve ter cuidado para não repetir esses erros nem cometer equívocos com o pretexto de ser diferente do antecessor Dunga.

    segunda-feira, 15 de novembro de 2010

    Guarany é campeão mesmo?

    Não quero azedar a conquista do Guarany de Sobral (CE). Muito pelo contrário, gostaria de saber quem garante que o jogo decisivo desse domingo, Guarany 4 x 1 América (AM), valeu mesmo. Afinal, a Diretoria de Competições da CBF determinou que o jogo fosse realizado com a ressalva "que não fosse homologado o resultado da partida até que o recurso do América seja julgado pelo Pleno do STJD".

    Caso o América perca no Pleno, o Madureira (RJ), que protestou contra o América, vai querer entrar em campo para disputar o título. Os dirigentes do Guarany dizem que não colocam mais o time em campo porque já estão liberando os jogadores. E aí, como ficará?

    A CBF não entregou a taça original. O Guarany recebeu uma réplica. Mais uma vez, a CBF permite que uma de suas competições termine sub-júdice. A verdade é que já existe um campeão 2010 da Série D, o Guarany. O Madureira pode "melar" o campeonato e requerer o título.

    Enquanto isso, viva o Guarany de Sobral!

    sábado, 13 de novembro de 2010

    Nordestinos mantêm o bolo

    Com essa vitória (1 x 0) sobre a Ponte Preta (SP), o Icasa de Juazeiro do Norte (CE) garante sua permanência na Segundona de 2011. O ASA de Arapiraca (AL) também não cai mais. As atenções, agora, estão voltadas para o Náutico (PE), que ainda corre o risco de rebaixamento. O bloco do Nordeste (seis equipes) já perdeu o América (RN), rebaixado para a 3ª Divisão. O Bahia está subindo para a 1ª Divisão e o Sport (PE) dificilmente vai entrar no G-4, mas também não cai.

    Faltou um pouco mais de força ao Sport para já ter garantido o seu retorno à 1ª Divisão. O empate em 1 x 1, nessa sexta-feira, contra o Santo André, em plena Ilha do Retiro, criou uma situação embaraçosa para os rubro-negros pernambucanos. O Sport vai jogar contra o América (MG) e a Portuguesa (SP), duas equipes que disputam a última vaga do G-4. O Sport depende dele e dos adversários dos seus concorrentes.

    O Bahia não conseguirá ser campeão, mas cumpriu o objetivo de retornar à elite do futebol. O Náutico precisa de mais dois pontos para evitar o rebaixamento e deixar o Nordeste com o mesmo número de representantes na Segundona 2011 já que o ABC (RN) está subindo da 3ª Divisão.

    Pena que o Nordeste não consegue impor um número expressivo de representantes na 1ª Divisão. O Bahia está voltando, mas o Vitória está ameaçada de rebaixamento. O Ceará já garantiu sua presença no Brasileirão 2011. Se o Vitória conseguir reverter o quadro, o Nordeste aumenta o bolo na elite com três equipes - muito pouco para a riqueza de público nos estádios dessa banda do País.

    quinta-feira, 11 de novembro de 2010

    Ceará pode endurecer o debate

    O Ceará Sporting poderia ter vencido esse jogo.

    O empate em 2 x 2 foi fruto da liberdade que os jogadores mais técnicos tiveram: Louco Abreu e Jobson de um lado; Magno Alves e Geraldo do outro. Tivesse o Ceará feito uma marcação mais forte sobre os dois "loucos" do ataque botafoguense e o resultado poderia ter sido diferente. Valeu pela superação das dificuldades e a certeza, rodada a rodada, que o rebaixamento está cada vez mais distante.

    Mas esse jogo é passado. As atenções do Ceará saltam os limites do Brasileirão com a possibilidade de garantir uma vaga na Copa Sul-Americana. Ainda que esse objetivo não seja atingido, o alvinegro terá cumprido o papel de representante cearense no cenário nacional.

    O presidente Evandro Leitão só precisa ter cuidado com o discurso quando fala da participação do Ceará nas competições regionais. Tem razão quando fala em valorizar as cotas que serão pagas pela Liga do Nordeste e pela Federação Cearense de Futebol, mas deve evitar as frases de efeito, de intimidação, beirando a arrogância, para justificar que vai exigir valores elevados.

    Evandro já disse, por exemplo, que não vai disputar o Campeonato do Nordeste com as regras anunciadas pela Liga e não vai aceitar transmissão de TV nos seus jogos do Campeonato Cearense com as mesmas cotas pagas este ano. Pelo visto, o Ceará está certo que vai disputar somente o Brasileiro 2011, porque ainda não é certo que dispute a Copa do Brasil e a Sul-Americana.

    Que exagero!

    Todos sabem que em uma ou duas reuniões a Liga do Nordeste vai ajustar a tabela para não concorrer com os regionais. Mesmo desorganizada, a competição deste ano foi rentável e promete melhores cotas para 2011. Não houve foi interesse dos clubes, principalmente Ceará, Bahia, Vitória e Náutico.

    Quanto ao Campeonato Cearense, os clubes nunca tiveram poder para renegar as míseras cotas que recebem da FCF, detentora dos contratos de televisamento dos jogos. Pior que reclamar das cotas é aceitar transmissões de jogos locais, inclusive clássicos, como aconteceu este ano.

    O Ceará deve moderar o discurso e radicalizar na iniciativa de liderar um movimento junto aos demais clubes cearenses e nordestinos para endurecer o debate nos arbitrais. Fora disso, o presidente Evandro Leitão "vai dar bom dia a cavalo", isto é, vai bradar sozinho e vai ficar fora das disputas.

    Não é o grito que vai decidir nada. Ou alguém acredita que vai? E caso o grito não resolva, o Ceará vai guardar as camisas e esperar o Brasileirão 2011? Claro, que não. Por isso, está na hora de trocar o discurso pela atitude líder de um clube que ganhou credenciais para endurecer o debate.

    quarta-feira, 10 de novembro de 2010

    Icasa vence Bragantino e relaxa

    Relaxado por uma semana, na 13ª posição, com 44 pontos.

    O Icasa de Juazeiro do Norte (CE) ainda tem três testes de coronárias para a torcida até terminar a missão na Segundona. Três sábados seguidos: Ponte Preta, em Campinas (SP); Coritiba, em casa, no Romeirão; e Ipatinga, em Ipatinga (MG). A julgar pela vitória dessa terça-feira, o Verdão promete muitas emoções.

    O perigo é a instabilidade da equipe. Começa atacando e termina atacando, mas falta tranquilidade para finalizar as jogadas de área. Depois, desgaste físico e emocional. Até Guto fazer o 1º gol, aos 34' do 1º tempo, o goleiro Gilvan fez várias defesas incríveis.

    O Bragantino empatou, aos 12' do 2º tempo, com Júlio Cezar, e o drama aumentou. O jogo ficou mais aberto e o desgaste era maior no time do Icasa. O gol da vitória saiu, aos 40', com ajuda do volante Éder Silva, que tocou a cabeça na bola, após a cobrança de falta de Junior Xuxa, e atrapalhou Gilvan.

    Não foi fácil passar pelo Bragantino e não será fácil garantir a classificação. Essa vitória sobre o Bragantino reacendeu o fogo da esperança icasiana. Melhor seria estar festejando o acesso à 1ª Divisão, mas não deu dessa vez.

    Já que o Guarany de Sobral subiu para a 3ª Divisão, juntando-se ao Fortaleza, e o Ceará Sporting está garantindo permanência na Primeirona, que o Icasa também garanta permanência na Segundona.

    Haja emoção, Verdão!

    segunda-feira, 8 de novembro de 2010

    "Caixas pretas" no Fortaleza e no Ferrão

    Já está na hora de abrir as "caixas pretas" no Fortaleza EC e no Ferroviário AC.
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    No instante em que estou digitando esse post, a nova diretoria do Fortaleza está sendo empossada, no Clube Náutico Cearense, em reservada solenidade. Mozart Martins assume o Conselho Deliberativo e Paulo Artur assume a presidência da Diretoria Executiva.
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    E mais nenhum componente da diretoria foi anunciado. E nenhum projeto de impacto foi anunciado. E nenhuma notícia nova em relação ao time para 2011 foi anunciada. Apenas a possibilidade de mudanças no estatuto do clube foi comentada como fato novo.
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    No Ferroviário, aos poucos a "caixa preta" vai sendo aberta, mas ainda não o suficiente para que a torcida tenha certeza que a parceria anunciada é um negócio e tanto. Pelo menos está sendo tudo rápido e, em linhas gerais, o presidente recém-eleito, Luiz Gonzaga Neto, tem falado sobre a parceria. Não falou tudo, é verdade. Ainda parece mais um aluguel do clube.
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    No último domingo, dia 7, o presidente Luiz Neto (à direita), o treinador Mirandinha (à esquerda) e o representante da Associação dos Amigos do Ferroviário Atlético Clube, Emmanuel Garcia, falaram sobre a parceria no Programa Contexto Esportivo, na Rádio Clube 1200 AM, conduzido por Gualber Calado, Saulo Tavares e Benê Lima. Vou publicar as principais frases deles no programa.
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    Presidente Luiz Gonzaga Neto disse:
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    Origem - "Venho da arquibancada para assumir essa responsabilidade que poucos queriam".
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    Relacionamento - "A palavra do momento é união entre diretoria executiva, conselho deliberativo, conselho fiscal e grupo gestor".
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    Crise - "O clube passa por dificuldades. Estamos cientes, mas não assusta".
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    Treinador Mirandinha disse:
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    Parceria - "O grupo irá gerir todo o controle sobre o profissional, sub-20 e sub-17. Nos responsabilizamos por todas as despesas. Não vamos entrar em números por questões de confidencialidade, mas o Ferroviário terá participações em todas as receitas que forem geradas pelo departamento de futebol".
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    Apoio - "Tenho ao meu lado o Marcos Gaúcho, gestor de Negócios, e o Rômulo continuará como jogador coral. Outros dois investidores também fazem parte do grupo, que oportunamente estaremos divulgando".
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    Objetivo - "O nosso projeto é para médio e longo prazo, mas sabemos também que um time da grandeza do Ferroviário necessita de resultados imediatos. Assim, vamos atacar de cima para baixo, focando primeiramente o time profissional".
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    Função - "Serei o treinador e vou colaborar com o pessoal da gestão, administrativamente. Já acumulei essas funções em outras situações e deu certo. Vou usar a experiência e o tempo o dia inteiro dentro da Vila Olímpica Elzir Cabral."
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    Sonho - "Em 2014, queremos estar na Série B do Brasileiro".
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    Emmanuel Garcia, da AAFAC, disse:
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    "Estamos dando total apoio ao novo presidente e ao grupo gestor. Trabalharemos em conjunto para aperfeiçoarmos cada vez mais o patrimônio do clube. Para isso, contamos com a participação ativa do sócio torcedor do clube neste importante momento".
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    O torcedor do Ferroviário tem ouvido pouco, insuficiente para entender o que está acontecendo, e continua incerto em relação ao futuro do clube. A palavra parceria, por si só, não diz muita coisa sem os detalhes da transação. No Ferrão, a "caixa preta" só será totalmente aberta quando a bola rolar.
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    O torcedor do Fortaleza sabe, apenas, que o ex-presidente Renan Vieira disse ter R$ 1 milhão e meio nos cofres do clube. Quer receber, pelo menos, R$ 500 mil ao entregar as chaves ao novo presidente. No tricolor, a "caixa preta" também só deverá ser aberta quando a bola rolar.

    sábado, 6 de novembro de 2010

    Grêmio sem piedade do Ceará

    A goleada de 5 x 1, aplicada pelo Grêmio sobre o Ceará Sporting, no estádio Olímpico, foi o reflexo da postura dos dois times. Não há descompasso entre o placar e o rendimento de uma e da outra equipe. O Grêmio jogou para vencer, cumprindo a promessa do treinador Renato Gaúcho. O Ceará jogou vacilante, seguindo as características do treinador Dimas Filgueiras.

    O Grêmio buscou a jogada aérea desde o início do jogo. O Ceará criou as duas melhores oportunidades até sofrer o primeiro gol, mas esbarrou na qualidade técnica do goleiro Victor. Os três gols do Grêmio, no primeiro tempo, nasceram com a permissão do Ceará: duas faltas nas proximidades da área e uma saída errada dos zagueiros Fabrício e Diego Sacoman.

    Os nervos dos jogadores alvinegros também não resistiram. Depois do segundo gol, o nervosismo aflorou. Geraldo e Heleno receberam cartão amarelo. Heleno terminou expulso de campo. Nessa hora, Dimas é atacado pela síndrome da retranca. Ele perdeu um volante (Heleno), tirou um atacante (Washington), mas recompôs com um zagueiro (Anderson).

    Somente no segundo tempo é que teve a coragem de colocar o meia Reina. Assim mesmo, antes disso, trocou Eusébio (lateral-esquerdo) por Careca (volante). O excesso de cuidado numérico na defesa não é compatível com o cuidado tático na transição dos setores defesa/meio-campo/ataque. Nos 21 minutos finais, saindo um pouco mais para jogar, o Ceará fez três bons ataques. Em um deles, aconteceu o gol de Magno Alves - único que parece entender o Reina.

    A goleada do Grêmio ainda poderia ter sido maior caso o assistente Fernando Lopes não tivesse errado em três marcações de impedimento de atacantes gremistas. A sensação que sinto, agora, é a mesma que sentia quando participava das sabatinas de matemática, no colégio primário, e a cada erro era castigado com um "bolo" (surra de palmatória) na mão. Ia trocando de mão até que as duas estavam ardendo e vermelhas. E não adiantava fechar a mão. Não havia perdão. Era assim mesmo!

    Após a sabatina (surra de palmatória) não havia aprendido nada de matemática. Melhorava, apenas, o suficiente para não ser reprovado nas provas de recuperação. Fiz a grotesca analogia para exprimir o sentimento que tenho em relação a treinadores de ideias fixas - como o Dimas Filgueiras. O medo não impediu a goleada.

    Será que ele aprendeu que o jogo é jogado; que o único remédio contra um adversário de qualidade é ser competitivo; que jogar dentro do próprio campo atrai mais ainda o adversário; que amontoar defensores não impede a fome de gols de artilheiros; que... que... que... ?

    sexta-feira, 5 de novembro de 2010

    O que reservam Grêmio e Ceará?

    Só para refrescar a cabeça dos menos avisados.

    O Ceará venceu o Grêmio, por 2 x 1, pela 15ª rodada do Brasileirão 2010, no estádio Castelão. Os gaúchos foram logo surpreendidos por William Magrão com um golaço de cabeça (contra). Depois, o zagueiro Anderson devolveu o "presente" com outro gol contra as redes do Ceará. Era um jogo totalmente fora da imaginação de jogadores, torcedores e cronistas. O meia Geraldo colocou mais uma "pitada" de surpresa nos planos dos gremistas com aquele gol do desabafo.

    Coincidentemente, o placar 2 x 1 tem perseguido o Grêmio no estádio Olímpico. Só perdeu quadro jogos em casa, todos por 2 x 1, para o Corinthians, Fluminense, Santos e Palmeiras. Inegavelmente, os quatro são times de melhor qualidade técnica que o Ceará, mas nada impede que o alvinegro também vença o tricolor dos pampas em pleno Olímpico. Melhor, ainda, se for por 2 x 1.

    Entendo que as duas equipes podem realizar uma partida bem disputada, desde que o treinador do Ceará, Dimas Filgueiras, não tenha daquelas recaídas do retranquismo. O jogo é jogado, sem medo de ser feliz. Para evitar a derrota anunciada, o Ceará deverá encarar o time do Grêmio. E nem é preciso dizer que devem ser tomados alguns cuidados com o adversário.

    Grêmio x Ceará é o clássico dos extremos (geográficos)!

    quinta-feira, 4 de novembro de 2010

    Magnata iluminado ofusca Mengão

    Nessa, Wanderley Luxemburgo tem razão.

    Ceará 2 x 2 Flamengo, no Castelão, foi um jogo com "gosto" de decisão, embalado pelo barulho que vinha da arquibancada: 44.171 pagantes mais 7.048 caronas. Mesmo em desvantagem, os rubro-negros zoaram bastante. Por isso, o jogo foi cheio de alternativas, vacilos, equlíbrios, desequilíbrios e quatro gols inesperados. Renda de clássico: R$ 1.078.080,00.

    Os dois times buscam uma vaga na Copa Sul-Americana. Os dois times não perdem faz tempo (Ceará há oito jogos; Flamengo há seis jogos). Os dois times correm da zona de rebaixamento. As necessidades parecidas empurraram as duas equipes ao ataque. O torcedor foi premiado com os gols e ninguém saiu chorando do estádio.

    O Ceará, agora, vai torcer por um tropeço do Vasco da Gama diante do Grêmio Prudente para não perder a 11ª posição. O Vitória empatou com o Santos, em 1 x 1, e continua dois pontos atrás do Flamengo. Nessa 33ª rodada, Grêmio e São Paulo venceram e subiram juntos na tabela. Corinthians e Botafogo também venceram e aumentaram a pressão no G-4. Foram os melhores resultados.

    Foi uma noite iluminada de Magno Alves, o Magnata, que havia dito antes do jogo: "Espero ganhar do Flamengo, hoje, para ficar igual no placar. Já joguei quatro contra eles, perdi duas, empatei uma e ganhei outra". Não foi dessa vez, Magno Alves, mas valeu pelos dois golaços.

    Confira os resultados e a classificação: www.futebolinterior.com.br/placar/placar.php?id_placar=271.

    terça-feira, 2 de novembro de 2010

    Fla x Ceará, Cambistas e Assaltantes

    Ceará x Flamengo, no Estádio Castelão, pela 33ª rodada do Brasileirão, passou a ter uma importância enorme não somente pelo interesse do torcedor alvinegro. As duas equipes começam a brigar por uma vaga na Sul-Americana. O Flamengo, além de pensar na Sul-Americana, precisa se afastar mais ainda da zona de rebaixamento.
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    O Ceará está na 11ª posição, com 43 pontos, e não chegará à 10ª ainda que vença, porque o Palmeiras (na 10ª posição) tem 47 pontos. O Flamengo, na 13ª posição, com 39 pontos, também poderá ter situação inalterada ainda que vença. Uma derrota, no entanto, para qualquer um, poderá resultar em perda de posição, caso seus perseguidores vençam.
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    Com esse quadro, o jogo ganhou um clima de decisão dentro e fora de campo. Pior para os torcedores retardatários, que estão enfrentando a figura do cambista, quando acreditava-se ser esse um "fantasma" do passado. O ingresso de meia-entrada, para estudante, desapareceu nos pontos de venda, mas é possível comprá-lo em frente à sede da Organizada Cearamor com ágio de R$ 5.
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    Na noite da segunda-feira, dia 1º, diretores da Torcida Organizada Cearamor procuraram a Polícia Civil para prestar queixa de assalto praticado, por três homens, na porta da sede da Organizada, na Av. João Pessoa, em Porangabuçu, defronte da sede do Ceará Sporting. Foram roubados R$ 45 mil e 3.600 ingressos. Um prejuízo estimado de R$ 140 mil.
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    Hora depois, policiais em ronda prenderam um homem suspeito e apreenderam um carro que teria sido utilizado no assalto, mas não encontraram vestígios do roubo. Aliás, a Polícia Militar e o Ministério Público suaram para provar o envolvimento de dirigentes dessa mesma Cearamor em uma recente ocorrência de roubo de carro e venda de drogas na sede da Organizada no último mês de agosto.
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    Kilmer de Campos, plantão esportivo da Rádio Globo Fortaleza, fez um levantamento dos 16 jogos oficiais entre Ceará x Flamengo. O rubro-negro carioca tem a vantagem, mas os resultados mostram que as partidas sempre foram bem disputadas. Confira a estatística:
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    Jogos: 16
    Vitórias do Flamengo: 9
    Empates: 4
    Vitórias do Ceará: 3
    Gols do Flamengo: 25
    Gols do Ceará: 15
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    Os jogos Ceará x Flamengo
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    Série A
    31.10.1971 - Ceará 0 x 1 Flamengo - Presidente vargas
    01.10.1972 - Ceará 1 x 3 Flamengo - Presidente vargas
    26.09.1973 - Ceará 1 x 1 Flamengo - Presidente vargas
    04.07.1985 - Ceará 1 x 1 Flamengo - Castelão
    21.07.1985 - Flamengo 2 x 2 Ceará - Maracanã
    14.08.2010 - Flamengo 1 x 0 Ceará - Maracanã
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    Copa do Brasil
    26.03.2003 - Ceará 1 x 0 Flamengo - Castelão
    02.04.2003 - Flamengo 1 x 0 Ceará - Maracanã
    13.04.2005 - Flamengo 0 x 2 Ceará - Pedro Pedrossian (Morenão)
    20.04.2005 - Ceará 1 x 1 Flamengo - Castelão
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    Taça Brasil
    08.11.1964 - Ceará 1 x 2 Flamengo - Presidente Vargas
    18.11.1964 - Flamengo 3 x 1 Ceará - Maracanã
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    Amistosos
    04.04.1948 - Ceará 0 x 3 Flamengo - Presidente Vargas
    13.04.1950 - Ceará 3 x 4 Flamengo - Presidente Vargas
    13.12.1969 - Ceará 1 x 0 Flamengo - Presidente Vargas
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    Torneio Duque de Caxias
    25.08.1976 - Ceará 0 x 2 Flamengo - Presidente Vargas