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    sexta-feira, 29 de julho de 2011

    Ceará quebra o tabu do Atlético-PR

    Nicácio garantiu a vitória com dois gols

    Ô jogo bom!

    O Ceará Sporting venceu o Atlético-PR, por 2 x 1, de virada, no Estádio Presidente Vargas, e saltou para a 9ª colocação, perdendo para o Cruzeiro por um gol no saldo. Os atleticanos venceram o 1º tempo, fruto da desatenção de alguns alvinegros, que permitiram a preparação da jogada e um chute certeiro de Madson. Os alvinegros venceram o 2º tempo, com dois gols de Marcelo Nicácio nos dez minutos finais.

    Não foi fácil tirar o gol sofrido. O Ceará andou disperso, lento e vacilante. Sofreu o gol aos 16 minutos, pressionou o restante do 1º tempo, mas não tinha velocidade e pontaria. O Atlético jogava no próprio campo, encurtando o espaço e saindo com bom toque de bola e objetividade. Em 45 minutos, foram 11 escanteios alvinegros contra três atleticanos. Depois do gol, o Atlético só construiu dois ataques perigosos.

    A falta de atenção foi reclamada pelo lateral Vicente no intervalo do jogo. Para o 2º tempo, o técnico Vágner Mancini respondeu com a saída do lateral Boiadeiro e a entrada do meia Enrico. O Ceará melhorou, mas não acertava o gol. Com a troca do atacante Washington por Nicácio, aos 20', e do meia Felipe Azevedo por Egídio, aos 30', o time ganhou mais ofensividade e melhorou a pontaria.

    A vitória haveria de sair. Só dava o Ceará no campo de ataque. O Atlético paranaense limitou-se a processar alterações e ainda amargou a expulsão do zagueiro Fabrício (2º cartão amarelo no jogo), aos 36 minutos. Aos 39', Fabrício premiou a ele mesmo (festejou 200 jogos pelo Ceará), quando deu o passe para o gol de Nicácio. Aos 47', João Marcos cruzou para o 2º gol de Nicácio com a cabeça.

    É bom ressaltar que o Atlético paranaense mostrou uma excelente condição física e, em alguns momentos, parecia estar envolvendo o Ceará pela força física. As três alterações de Mancini foram decisivas para a virada. Voltou a usar a carimbada troca do lateral pelo meia, quando tirou Boiadeiro e deslocou João Marcos para aquele setor.

    O lateral Vicente realizou uma partida espetacular. Como lateral esquerdo, foi o principal atacante alvinegro, somando cruzamentos e chutes ao gol. Merecia ter balançado as redes. O goleiro Diego foi inspirado em dois lances perigosos dos atleticanos e Heleno sustentou a turma do meio. Não foi um dia brilhante do volante Michel. O restante do time foi bem. Valeu pelo conjunto da obra.   

    quarta-feira, 27 de julho de 2011

    Bala, Pimba, Bernardes e etc.

    Torcida quer Carlinhos Bala de bola cheia

    "Ninguém aguenta pancada. Nem mulher de ladrão, apesar de toda maré mansa". O amigo João Pimbinha, confesso apaixonado tricolor, disparou essa pérola para justificar a contratação do meia-atacante, Carlinhos Bala, quinze dias após o presidente do Fortaleza, Osmar Baquit, ter dado um "tiro" na polêmica negociação para contratá-lo, iniciada pelo presidente do Conselho Deliberativo, Mozart Martins.

    As duas derrotas na largada da Série C do Brasileirão levaram a diretoria tricolor a mudar a ideia de grupo fechado, plantada pelo então treinador Ferdinando Teixeira, quando algumas posições eram questionadas. Em campo, ficou provado que o grupo não estava preparado ao ponto de não receber mais reforços. Os três setores mostraram problemas e o time mostrou desentrosamento.

    Além de Carlinhos Bala, chegaram também o meia William Fabro, paranaense de 34 anos, que estava no Brusque/SC, o meia Gabriel Pimba, baiano de 21 anos, pertencente ao Atlético/PR, com passagem pelo ABC/RN, e o atacante Patrick, mineiro de 21 anos, também do Atlético/PR, com passagem pelo Portimonense/POR.

    Vejam só: Estão chegando dois veteranos e dois jovens valores. Longe de imaginar que os quatro vão entrar no time. No máximo dois, sem arriscar palpites. Com idades baixas, o Fortaleza tem os volantes Régis e Ronaldão, o meia Eduardo e o atacante Vinícius (nenhum aproveitado). Para que joguem, será preciso que Gabriel e Patrick sejam bem melhores que os da casa. Penso assim, diferente de alguns dirigentes.

    Os fatos seguem provando a teoria. Não dá para formar um time em dois meses. O nome disso é "moqueca", "arrumadinho", "combinado", sem qualquer semelhança com os saborosos pratos da culinária brasileira. Por isso, quando a torcida pede a cabeça do superintendente Jurandi Júnior não vejo aí uma solução, talvez mais um problema. Pedir mais contratações também pode significar mais problemas em vez de soluções.

    Os maiores erros do Fortaleza estão sendo cometidos desde que terminou a fracassada temporada passada. Houve racha entre dirigentes e conselheiros, baixo investimento no time para o Cearense/2011, afastamento da torcida e foco apenas no título estadual - o maior de todos os erros. Com a miopia no objetivo, o fracasso no estadual gerou a crise que dissolveu a comissão técnica e o time. Foi isso só.

    É preciso ter calma. O treinador Arthur Bernardes precisa ter tempo para trabalhar, apesar de não ter tempo na Série C; a diretoria precisa seguir unida, apesar das várias correntes; o time precisa jogar mais tempo para ficar provado quem pode ajudar e quem não tem nada a contribuir. O que não foi feito antes, precisa ser feito agora, mesmo que tenha de amargar o purgatório da Série C por mais uma temporada.

    O primeiro teste das mudanças será na próxima terça-feira, no Estádio Presidente Vargas, contra o Maranguape, pela Copa Fares Lopes. Depois disso, muito treino tático para enfrentar o Guarany de Sobral/CE, no sábado, dia 6, pela Série C. Não há outra saída.

    Que a semana seja de maré mansa!          

    segunda-feira, 25 de julho de 2011

    Maquete virtual da Arena Castelão

    Jurandi admite "blá, blá, blá" no Pici

    Jurandi reconhece ruido na diretoria tricolor

    Nada como ter vivenciado os dois lados da moeda.

    O superintendente do Fortaleza, Jurandi Júnior, vivenciou intensamente o lado vitorioso e o lado fracassado do futebol, na última década, em suas idas e vindas entre o Pici e Porangabuçu. Tem autoridade para falar sobre contratações equivocadas e acertadas, intromissões no trabalho técnico, comportamento inadequado de torcidas organizadas e ruido na comunicação entre dirigentes.

    Tudo isso é fato. Jurandi só não vai conseguir convencer o mais humilde dos torcedores que um time formado às pressas, com jogadores de qualidade técnica mediana para baixo, desentrosado e jogando sob pressão possa garantir resultado dentro de uma competição "tiro curto". Esses ingredientes não combinam para a formação de time vencedor.

    O Portal Verdes Mares publicou, na noite do sábado, um post com o título "Criticado, Jurandi Júnior desabafa e garante permanência no Fortaleza" em que o dirigente tricolor assume a contratação do atual time e acerta em vários pontos, mas parece exagerado na dose de otimismo.

    Jurandi tem razão, por exemplo, quando diz que determinadas pressões prejudicam o trabalho; que a troca de treinador também causa prejuízo; que muita gente está falando no Pici, mas pedir calma até o fim da competição parece muito cômodo para uma torcida que começa a ter fadiga com tantas campanhas ruins em sequência. E para um time que não suportará mais uma temporada na Série C do Brasileirão.

    Como conhecedor dos dois lados da moeda, Jurandi sabe muito bem que trocar de treinador a cada fracasso resulta em refazer o time em curtos períodos, sinônimo de um desencadear de equívocos. Esse método nunca deu certo e não será, agora, no Fortaleza, que vai dar certo só porque foram contratados jogadores titulares em suas equipes de origem.

    Talvez tenha sido esse o grande equívoco da diretoria tricolor. Lá atrás, no Campeonato Cearense 2011, quando priorizou um pentacampeonato que mais serviria para alimentar paixões que garantir futuro. O penta teria sido conquistado, naturalmente, caso tivessem formado um time competitivo, a partir da união sincera dos principais dirigentes tricolores.

    Sem o título estadual, os dirigentes caíram na tentação de mudar tudo. E esfacelaram o que já era enfraquecido. Acabaram a base do time, dissolveram a comissão técnica, abalaram o emocional dos torcedores e o elo entre os dirigentes. Passou a sobrar choques de opiniões e faltar sinergia para mover o clube. Poderia resumir tudo isso com a expressão "faltou planejamento".

    Tomara que Jurandi seja inspirado pelos deuses da bola, ainda que tenha de sonhar com gurus alvinegros para afinar os discursos no Pici, acalmar os torcedores descontentes e ajudar o treinador Arthur Bernardes nas próximas avaliações, dispensas e contratações. Com duas derrotas nos dois jogos iniciais e uma troca de treinador, qualquer erro futuro será o fim da picada.            

    sábado, 23 de julho de 2011

    As dores que afetaram Ferdinando

    Com arte, o torcedor tricolor revela sua passionalidade 

    A decisão do técnico Ferdinando Teixeira, 65 anos, de anunciar aposentadoria logo após a estreia com derrota na Série C do Brasileiro, abre um leque de provocações, especulações, insinuações e, mais uma vez, abre o caloroso debate em torno das ingerências que atrapalham as comissões técnicas de equipes de pequeno e médio porte. A críticas maldosas saltaram os muros do Pici e atingiram Ferdinando em cheio.

    "O pau que dá em Chico dá em Francisco", segundo o velho e pertinente adágio popular. O torcedor tricolor sentiu na pele a gozação que fez com o torcedor alvinegro, dias atrás, quando o meia Belletti anunciou aposentadoria depois de ter assinado contrato com o Ceará. A diferença é que Belletti não suportou as dores do corpo e Ferdinando Teixeira não suportou as dores da alma.

    Ao explicar a decisão, Ferdinando admitiu que o corpo não reagiu bem após a derrota para o CRB/AL, por 1 x 0, mas admitiu, também, ter consciência que uma parte da diretoria queria que ele saísse do comando da equipe. Os ataques sofridos não atingiram só a pressão arterial do técnico. Sabiamente, como bom professor, Ferdinando juntou o útil ao agradável (para alguns) e decidiu voltar para casa.

    Ciúmes, jogo de vaidades, choque de ideias, entre outras situações, precisam ser administradas pela diretoria para que a comissão técnica não seja afetada. Pelo visto, isso não aconteceu nesses dias pós derrota. Todos têm direito de desejar esse ou aquele jogador no time, muitos escalam o time preferido, mas o técnico tem o direito supremo (intocável) de escalar o time que achar melhor. Pelo visto, isso não aconteceu no tricolor.

    As respostas às interrogações, que porventura ainda existam, foram dadas pelo técnico Arnaldo Lira ao listar as exigências para aceitar o desafio de substituir Ferdinando. Lira pediu R$ 40 mil/mês, R$ 40 mil de "luvas", cinco jogadores indicados por ele e NENHUMA interferência no trabalho técnico. Para alguns, a pedida foi exagerada e esnobe. Entendo que a pedida foi provocativa. Lira já sabe o que enfrentaria por aqui.

    Soube até que o conselheiro Ribamar Bezerra, autor da sondagem, estava disposto a aceitar a proposta, mas não faltou quem reprovasse a última exigência em letras maiúsculas. Essa prática de exigir resultado imediato das comissões técnicas, muitas vezes sem os jogadores indicados pelos profissionais, é comum em equipes que não atingiram solidez administrativa ou não incorporaram o estágio empresarial.

    Marcelo Villar também não veio porque sabe que não há estabilidade para desenvolver o trabalho. No Treze/PB há duas temporadas, chegou ao bicampeonato estadual, consolidando credibilidade. Preferiu arriscar mais uma temporada, com salário reajustado, a arriscar alguns jogos por uma boa quantia financeira. Assim como Lira, Villar também sabe com quantas correntes diferentes teria de lidar no mesmo clube.

    Sai do futebol um homem de bem, vencedor, com história para contar aos netos e ser contada pelos historiadores do futebol. Poderia ter saído antes, em silêncio, para buscar qualidade de vida ao lado da família, mas não rejeitou o que seria mais um desafio. Acontece que nem pôde lutar para vencê-lo porque não tinha trincheira. Sem trincheira, é melhor sair da guerra. Fica o recado aos comandantes do "quartel" Pici.

    Valeu, Ferdinando!             

    sexta-feira, 22 de julho de 2011

    Bernardes na mira do Fortaleza

    Último clube de Bernardes foi o Duque de Caxias/RJ

    Depois do anúncio de aposentadoria do treinador Ferdinando Teixeira, o Fortaleza bateu em várias portas até acertar a contratação do carioca Arthur Bernardes, 56 anos, com 23 anos de experiência na função (metade do tempo no exterior) e dois títulos conquistados (Espanha, em 1990, e Emirados Árabes, em 1997). Marcelo Villar e Arnaldo Lira disseram não ao tricolor. O primeiro teve reajuste de salário no Treze/PB e o segundo fez uma proposta de Série A.

    Arthur Bernardes treina a terceira equipe brasileira depois que retornou da Coréia do Sul, onde comandou o Jeju United FC nas temporadas de 2008 e 2009. Retornou ao Brasil ano passado, quando treinou o América/RJ de Romário até o final da Copa Rio. Em setembro, assumiu o Duque de Caxias para disputar o Campeonato Carioca, mas os maus resultados forçaram sua saída em março deste ano.

    Ainda lembro de Arthur Bernardes no Esporte Clube Bahia, em 1994 (nessa época eu cobria o Vitória), quando o Esquadrão de Aço foi campeão baiano. O técnico campeão, no entanto, foi Joel Santana, que substituiu Arthur Bernardes e deu uma arrancada para o título com um empate no Ba x Vi, em 1 x 1, gol de Raudinei no último minuto.

    Depois que saiu do Bahia, Arthur Bernardes foi treinar o Clube Futebol União, na Ilha da Madeira, em Portugal. Antes do Bahia, Bernardes treinou Madureira/RJ, América/MG, Atlético/MG, Sport/PE, América/SP, Fluminense/RJ, Goiás/GO e Marília/SP.

    Depois que voltou de Portugal, Bernardes passou pelo Flamengo como assistente, em 1995, e seguiu para o mundo árabe, onde trabalhou em sete equipes, durante um período de dez anos, com duas saídas para o Alianza de Lima, no Peru, e Botafogo/RJ.

    Depois que retornou, definitivamente, do mundo árabe, Bernardes treinou o Marília/SP e o Juventus/SP. Em 2008, fez a primeira incursão no futebol coreano e retornou ao Brasil depois de duas temporadas. Como é fato, trata-se de um treinador com larga vivência no futebol do mundo árabe, passagens pelo futebol português e coreano.

    Apesar das notícias dando conta da contratação do treinador Arthur Bernardes pelo Fortaleza, o site do clube nada publicou sobre o assunto até o momento da publicação deste post. O presidente Osmar Baquit teria confirmado um encontro com o treinador, ainda esta tarde, aqui em Fortaleza, para definir a contratação de forma oficial.

    quinta-feira, 21 de julho de 2011

    Enfim, Vavá agora é do Fortaleza!

    Que esse ok seja pra valer

    Em pouco mais de quatro anos de carreira (surgiu tarde no amadorismo), o atacante Vavá já fez e desfez esse gesto em algumas oportunidades, inclusive, para o próprio Fortaleza, que acaba de anunciá-lo como contratado (só falta assinar) para as disputas da Série C do Brasileirão. Por causa dessa instabilidade, o goleador já enfrentou dificuldades no Ceará e não veste a camisa do tricolor do Pici há mais tempo.

    As conflitantes transferências de Vavá, desde que saiu de Crateús/CE, em 2007, até agora, no Ceará Sporting, dão a impressão que trata-se de um jogador veterano. Nada disso. Exatamente na segunda-feira, dia 18, o cidadão Vágner Paulo da Silva completou 29 anos. Um dia depois, o atacante Vavá ganhou do alvinegro como presente a rescisão do contrato que só terminaria no fim do ano.

    Foi a primeira vez na carreira que Vavá encerrou uma história sem novela. Antes, "estrelou" uma novela longa para se transferir do Uniclinic, clube que o trouxe de Crateús, tendo sido emprestado ao Ceará, voltado à Lagoa Redonda, e emprestado mais tarde ao Mogi Mirim/SP para, finalmente, retornar ao Ceará e conseguir dar um fim ao 'melodrama'.

    Nesse meio tempo, enquanto Uniclinic, Ceará e o empresário Fábio Vieira disputavam os direitos federativos e econômicos dele, amargou contusões e isolamentos por falta de atividade. Se no Uniclinic era goleador, no Ceará ele não deslanchou e sofreu com as contusões. O apelido "Vavazim de Açúcar" passou a ter duplo sentido: carinho e crítica ao mesmo tempo.

    No auge das polêmicas, o Fortaleza fez pelo menos duas incursões para levar o artilheiro, mas o Ceará barrou as investidas. O próprio Vavá, em uma dessas oportunidades, teria dado marcha a ré nas negociações, deixando os tricolores irritados. E já fez o mesmo com Icasa e Ferroviário. 

    Somente em 2010, livre de polêmicas e emprestado pelo alvinegro ao América de Natal/RN, Vavá pôde provar que sabe fazer gols. Voltou e foi emprestado ao Treze de Campina Grande/PB, onde foi bicampeão 2010/2011 e confirmou sua condição de artilheiro. Em 2010, foi artilheiro com dez gols e fez os dois gols do título. Virou ídolo da torcida do Galo da Borborema.

    Agora, quando esperava-se que o Ceará o emprestasse de novo ao Treze ou o aproveitasse, eis que veio a liberação, presente tão esperado por Vavá. Ao Fortaleza cabe realizar um velho sonho, desde a época em que Ribamar Bezerra era presidente tricolor, e foi ele mesmo quem cuidou de fechar a ida do artilheiro para o Pici.

    Assim, fica provado que não existe "grupo fechado", como andaram dizendo o presidente Osmar Baquit e o técnico Ferdinando Teixeira. Pode até existir "corpo fechado", na terra do saravá, mas no grupo sempre cabe  mais um quando os resultados não estão sendo satisfatórios.

    Por falar nisso, ainda podem desembarcar, no Pici, o meia carioca Tony, ex-Ceará, e o volante/zagueiro Erandir, revelado pelo próprio Fortaleza no início da década passada. "Fechem o corpo" e "abram o grupo" se não quiserem permanecer no purgatório da Segunda Divisão Brasileira.         

    Ayrton Senna no túnel do tempo



    "Trailer do filme "Senna", documentário sobre a trajetória de Ayrton Senna, pontuado por suas realizações nas pistas e fora delas, sua busca por perfeição e o status de mito que ele alcançou. O filme abrange os anos da lenda do automobilismo como piloto de Fórmula 1, desde sua temporada de estreia em 1984 até sua morte precoce uma década depois. O filme faz uso imagens inéditas, tiradas dos arquivos da F1. Direção de Asif Kapadia, roteiro de Manish Pandey e produção de James Gay-Rees, Tim Bevan e Eric Fellner".

    - Eu estava ultimando os detalhes para viajar aos Estados Unidos, onde cobri a Copa do Mundo de 1994, aquela do tetra. No dia do acidente, um domingo de sol, em Salvador, estávamos esperando mais uma vitória com uma animada comemoração, como sempre acontecia. Foi terrível ter perdido Ayrton Senna daquela maneira. Teria sido um ano quase completo para o esporte brasileiro. Faltou o título dele. Por isso, nunca é demais relembrá-lo.

    quarta-feira, 20 de julho de 2011

    Você já foi à Toronto? Então, vá!

    Uma viagem fascinante à Toronto, no Canadá.

    Morre líder de torcida à moda antiga

    Lourinho retirado de campo pelo árbitro Manoel Lima Matos


    As torcidas organizadas, em todo o Brasil, deveriam ter decretado luto pela morte de Lourival Lima dos Santos, o Lourinho, aos 67 anos completados no dia 26 de março, ocorrida nessa terça-feira, em Teresina/PI, onde morada desde 2002. A homenagem seria justa porque trata-se de um dos primeiros líderes de torcida deste país, cujo objetivo real era alegrar os estádios e 'empurrar' o time do coração, o Bahêêêa, respeitando o torcedor adversário, sempre.

    Lourinho virou uma lenda viva nas décadas de 1970, 80 e 90, quando o Esporte Clube Bahia 'cantava de galo' no futebol baiano. Lourinho agitava a torcida tricolor, tirava 'sarro' com as torcidas adversárias, principalmente a rubro-negra, apavorava as equipes adversárias com seus bozós, suas macumbas, dentro e fora de campo, sem nunca partir para a agressão física como nos dias de hoje.

    Lembro-me bem quando Lourinho 'amarrou' as mãos do goleiro Taffarel e 'espetou' os jogadores do Internacional na disputa final do Brasileirão de 1988. Os jogadores colorados viraram bonecos hipnotizados pelo vodu que Lourinho garantia existir e funcionar. No Estádio Beia Rio, em Porto Alegre, Lourinho driblou a segurança e espalhou as bruxarias pelos vestiários. Espantou os gaúchos.

    Espantou até o técnico Evaristo de Macedo e os primeiros que chegaram ao vestiário do Bahia. Pelo sim ou pelo não, o tricolor conquistou aquele título em terras gaúchas e não faltou quem acreditasse que os bonecos e as bruxarias de Lourinho 'deram uma força' na conquista.

    Um post publicado pela Rádio Metrópole de Salvador relembra um episódio que marcou a vida de Lourinho como chefe da torcida tricolor: "Na final do Campeonato Baiano de 1971, Lourinho soltou uma pomba branca dentro do Estádio da Fonte Nova, antes do jogo, com fitas azuis, vermelhas e brancas amarradas nas patas. A pomba voou e parou em uma das metas. Foi exatamente ali, aos 13 minutos de jogo, que Artur fez um gol. O Bahia sagrou-se bicampeão naquele ano".

    Lourinho já não liderava a torcida tricolor fazia muitos anos. Depois dele... é difícil falar em um líder com as mesmas características. O anão Evilásio Ferreira, que também morreu em fevereiro passado, passou a ser um símbolo de alegria da torcida tricolor. Os dois tinham, exclusivamente, o objetivo de animar a torcida. Lourinho era um folclore à parte.

    Também lembro-me que Lourinho passou a trabalhar com o deputado Paulo Maracajá, então presidente do Bahia, prestando serviço na Assembleia Legislativa e na sede de praia da Avenida Otávio Mangabeira. Não dou conta da época. Em 2002 aposentou-se e foi morar no Piauí. Por que no Piauí, já que nasceu em São Miguel das Matas, no Centro Sul da Bahia?

    Quem arrisca indicar outro líder de torcida que tinha ou tenha a mesma alegria e o mesmo desejo de Lourinho, quando a missão era ajudar o Bahia a vencer mais uma partida, mesmo que fosse amistosa ou para cumprir tabela? Lourinho não era chefe de torcida, era embaixador da alegria da torcida tricolor.

    Axé, boa viagem, Lourinho!

    terça-feira, 19 de julho de 2011

    História mineira do futebol feminino



    Parabéns à pesquisadora Teresa Cristina Montes Cunha, filha do maior incentivador do futebol feminino no Brasil, por ter mantido viva a chama do 'futebol de saia' durante todos esses anos.

    Acesse o blog da Teresa Cristina para conhecer uma história fantástica:

    Róger chega e Geraldo quer sair

    Meia Geraldo quer sair

    No mesmo instante em que o atacante Róger chega ao Ceará Sporting, o meia Geraldo pede para ser liberado com os olhos no Esporte Clube Vitória. Duas situações diferentes. Enquanto Róger chega com chances de ganhar uma vaga no ataque alvinegro, Geraldo quer sair porque está cada vez mais distante da condição de titular.

    Segundo os dirigentes rubro-negros, a oferta partiu do empresário do jogador. A proposta do Vitória, segundo o repórter Silva Rocha, da Itapoan FM (Salvador), pode passar dos R$ 50 mil/mês, acima do atual contrato de Geraldo no Ceará. Esse é o principal atrativo do possível negócio. 

    O Ceará contra-atacou com a proposta de prorrogação do contrato de Geraldo até o Cearense de 2012 (a proposta do Vitória vai até dezembro/2011). Qual seria a preferência de Geraldo entre cerca de R$ 15 mil reais/mês a mais no bolso e seis meses a mais de contrato? Seguramente, pesa a proposta financeira.

    A proposta do Vitória ainda é mais tentadora para Geraldo porque a possibilidade dele ser titular, nesse momento, é real. O técnico Geninho tem cobrado dos dirigentes rubro-negros a contratação de um meia que dê cadência ao jogo. A manutenção da titularidade só o tempo dirá.

    O presidente do Vitória, Alex Portela, esperava resposta positiva do Ceará, nessa segunda-feira, com base nos entendimentos mantidos na última sexta-feira. Com o recuo dos dirigentes alvinegros, a resposta ficou para esta terça-feira. Quem arrisca um palpite?

    O atacante Róger chegou disposto a brigar pela camisa 9 no momento em que Washington começa a afinar a       artilharia. Róger avisou que retornou do Japão por opção pessoal e sabe que só será titular quando apresentar o melhor rendimento entre os atacantes.

    O discurso chegou afinado, resta provar que não perdeu o faro de gol entre o fuso horário Brasil/Japão. Antes de seguir para a Ásia, Róger foi pontual como artilheiro por onde passou. Com ele nunca teve jejum de gols. Pior para os reservas Marcelo Nicácio e Felipe Azevedo, embora tenham balançado as redes também.          

    domingo, 17 de julho de 2011

    Ceará e Washington em dia de festa

    Washington comemorou aniversário com dois gols

    Depois da decepcionante participação da Seleção Brasileira na Copa América, com quatro pênaltis desperdiçados na decisão contra o Paraguai, o Ceará Sporting goleou o América-MG, por 4 x 0, no Estádio Presidente Vargas, pela Série A do Brasileirão, subiu no elevador da classificação e estacionou na 9ª posição com 14 pontos ganhos. Perfeita comemoração para o aniversariante atacante Washington.

    A vitória alvinegra serviu como resposta a vários questionamentos que vinham sendo feito. O atacante Washington provou (não para mim) que sabe fazer gol, principalmente se a jogada for pelo alto. A cabeça é o ponto forte dele, mesmo quando a bola parece perdida. Washington fez dois gols da goleada (41' do 1º tempo e 23' do 2º tempo).

    O zagueiro Fabrício abriu a goleada (32' do 1º tempo) e Felipe Azevedo fechou o placar (35' do 2º tempo). O meia Thiago Humberto teve bom índice de participação nos gols, contrariando as críticas daqueles que cobram a presença de Geraldo no time, como se o meia não desempenhasse o papel de criação de jogadas.

    O banco de reservas também funcionou. Felipe entrou no lugar do atacante Washington e logo deixou o gol dele. Assim, o técnico Vágner Mancini começa a sentir que tem elenco para resolver problemas durante um jogo, mesmo quando o placar é favorável. Mancini ainda utilizou o volante Rudnei e o meia Geraldo.

    Sem falar que o volante Edmilson estava no banco de reservas e não houve necessidade de utilizá-lo; o lateral esquerdo Egídio estreou bem, mas não é titular porque Vicente cumpriu suspensão automática; o atacante Róger acaba de ser contratado e vira mais uma opção de ataque.

    O time do América mineiro segue na zona de rebaixamento, mas nem por isso a vitória alvinegra deve ser minimizada. O time mostrou equilíbrio entre os setores e aproveitou as oportunidades construídas, situação tática perseguida pelos treinadores, e com Mancini não era diferente.

    Finalmente, a diretoria alvinegra escreveu certo por linhas tortas. Demorou para qualificar o time, mas está conseguindo eliminar situações que incomodavam. O atacante Júnior Pipoca, por exemplo, foi-se embora e Róger está chegando. O meia-atacante Iarley estava perdendo espaço e também foi-se embora. Não fez falta.

    Agora, o meia Geraldo pediu para ir embora porque recebeu um convite do Esporte Clube Vitória. Também não fará falta, embora o presidente Evandro Leitão e o técnico Vágner Mancini tenham ressaltado a importância do jogador no grupo. Assim é a trajetória do Brasileirão.                

    sábado, 16 de julho de 2011

    Postura do Fortaleza decepciona

    Ewerton fez o gol e deu trabalho aos zagueiros tricolores

    A torcida do Fortaleza sentiu o gosto amargo da derrota na estreia da Série C do Brasileirão, nesse sábado, no Estádio Rei Pelé, em Maceió/AL, e protestou contra a postura defensiva da equipe. O CRB, ao contrário, foi um time atirado ao ataque desde o primeiro minuto, fez o gol aos 12' do 2º tempo, e só sentiu pressão tricolor depois dos 16', quando o técnico Ferdinando Teixeira resolveu abrir mão dos três volantes.

    Depois do jogo, Ferdinando concordou que o time apresentou postura defensiva, futebol lento e pouco ofensivo, mas alertou que não foi essa a orientação dele. Por que, então, pergunto eu, o técnico permitiu que a equipe jogasse todo o primeiro tempo com tanta cautela? O primeiro ataque foi aos 33 minutos e Eslei jogou fora uma boa oportunidade de abrir o placar.

    Imaginei que o Fortaleza voltasse para o segundo tempo com mais agressividade. Ledo engano. Nem Ferdinando corrigiu a postura tática com uma óbvia alteração: a saída de um dos volantes para a entrada de um meia que puxasse o time ao ataque. Talvez, esse tenha sido o pecado do comandante da equipe.

    O CRB foi melhor no 1º tempo e em boa parte do 2º tempo. O que dizer, então? Enquanto o Fortaleza teve 45 dias de preparação, o CRB queixa-se de não ter tido preparação adequada, recorrendo a dois amistosos para avaliação da equipe.

    Mesmo sem a condição física ideal, o CRB voltou agressivo no 2º tempo até que fez o gol, aos 12', com Ewerton, após cruzamento do lateral direito Pio, por cima de dois zagueiros tricolores. Somente depois do gol, Ferdinando resolveu mexer no time. Trocou o volante Luciano Sorriso pelo meia Pereira e o Fortaleza passou a mandar no jogo.

    Dezoito minutos depois, aos 34', Ferdinando tirou outro volante, o Russo, e colocou o meia Lelê. A pressão tricolor aumentou. Um zagueiro do CRB evitou um gol que seria marcado por Wellington Amorim e o assistente Wladson de Oliveira anulou um gol de Rodrigo Dantas, que havia entrado no lugar de Léo Andrade, embora o atacante não estivesse em posição de impedimento.

    A sensação de decepção da torcida tricolor passa, também, pela forma de jogar da equipe. Ninguém imaginava um Fortaleza cauteloso, mais defensivo que ofensivo, sem poder de fogo durante os dois tempos do jogo. Antes de pensar em qualquer mudança, o técnico Ferdinando Teixeira deve pensar na postura tática.

    O presidente Osmar Baquit também sentiu o golpe da derrota, mas foi prudente nas declarações e alertou que não pode desmanchar tudo que foi feito até agora por causa da derrota na estreia. A reação é correta, mas a postura dele mudou ao anunciar que deve contratar um atacante. É o tal do imediatismo.   

    Foi desrespeito ou paixão?



    Esse vídeo foi produzido no Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza, por torcedores (provavelmente do Ceará), postado no You Tube e reproduzido por um dos blogs do Jornal Diário do Nordeste. A partir daí, as provocações feitas ao meia Geraldo, do Ceará Sporting, ganharam enorme repercussão.

    Foi uma infeliz coincidência. O jogador alvinegro foi ao aeroporto acompanhar familiares e deu de cara com torcedores tricolores que manifestavam apoio ao time no embarque para Maceió/AL, às vésperas da estreia no Brasileirão da Série C.

    Depois das vaias, um grupo de torcedores não fica satisfeito e se aproxima de Geraldo cantando músicas curtas (improvisadas), com versos desrespeitosos. Nada justifica o desrespeito aos familiares e ao próprio jogador, que manteve-se calmo, indiferente. Ainda bem.

    Homens, vestidos de preto (devem ser seguranças do aeroporto), acompanharam Geraldo na saída, mesmo assim o assédio não diminuiu. Não sei qual foi a reação do jogador depois que saiu dali. Não sei qual teria sido a reação de outra pessoa que tivesse comportamento impulsivo.

    As opiniões em torno do infeliz encontro são variadas, mas o bom senso prevalece. A maioria entende que os familiares e o jogador deveriam ter sido respeitados naquele instante. Não foi apenas uma gozação, foi uma ofensa. O respeito precisa ser incorporado, definitivamente, ao futebol.

    Geraldo engoliu um 'sapo', mas os familiares (criança, mulher...) levaram consigo uma péssima imagem, que não traduz a forma ordeira e acolhedora do povo cearense. Não estamos tratando de camisa do time preferido, estamos tratando de cidadania acima de tudo.

    Foi mal, pequeno grupo vestido com camisas do Fortaleza!

    quinta-feira, 14 de julho de 2011

    Deu Pato, Ganso, Neymar e 'frango'



    Depois daquelas duas engasgadas com a Venezuela (0 x 0) e com o Paraguai (2 x 2), qualquer mortal torcedor brasileiro tinha todo direito de estar desconfiado com a Seleção Brasileira. E a desconfiança só diminuiu depois do quarto gol. Até ali (...) o frango de Júlio Cézar me deu arrepios, medo e vergonha. 

    Robinho e Maicon voltaram bem, mas foi o lateral direito que fez a diferença, arrebatando a camisa de Daniel Alves. Se o técnico Mano Menezes quiser sofrer menos para reconquistar a confiança dos brasileiros deve promover mais alterações na equipe. A lateral esquerda e o meio-campo ainda precisam melhorar, quem sabe até uma mexidinha no gol faria bem à equipe. 

    Finalmente, apesar da demora, Neymar entrou no jogo com toques rápidos e objetivos. O Ganso teve que sofrer várias faltas para entender, também, que dar toques rápidos na bola seria mais produtivo. Pena que Mano o tirou do jogo quando a dinâmica ideal começa a engrenar.

    Pato fez dois gols sem ter de ser individualista como tentou jogar contra Venezuela e Paraguai. Neymar fez dois gols em jogadas trabalhadas coletivamente. Quem está sem bola também joga para confundir a marcação dos zagueiros. A jogada de fundo, como o cruzamento da direita por Maicon, também facilita para o atacante que sofre forte marcação nas jogadas pelo meio. Só faltou a esquerda jogar. 

    É tão simples jogar sério, objetivamente, aliando técnica, velocidade e a arte peculiar do futebol brasileiro. Os meninos precisaram de dois jogos para colocar o óbvio em prática. É verdade, também, que os equatorianos são de certa forma ingênuos, apesar do futebol corrido e agressivo, mas a Seleção Brasileira melhorou de fato.

    Domingo tem o tira-teima com os paraguaios. E agora, não tem volta. Os jogos são eliminatórios. Brasil x Paraguai é um clássico sul-americano e uma final antecipada da Copa América 2011. Então, fico imaginando que Mano Menezes será capaz de ousar, se preciso for, para evitar um vexame na terra de 'los hermanos'.

    terça-feira, 12 de julho de 2011

    Baquit para Bala; Evandro manda 'bala'


    O presidente do Fortaleza, Osmar Baquit, resolveu 'dar um tiro na conversa' e sepultou a possibilidade de contratação do meia-atacante Carlinhos Bala, pelo menos até a estreia na Série C do Brasileirão, próximo sábado, às 17h, no Estádio Rei Pelé, contra o CRB/AL. É que não falta quem aposte que um resultado negativo na estreia dará nova força aos simpatizantes da contratação.

    Mas o basta chegou em boa hora, ou, poderia dizer, com algumas horas de atraso. Nunca o presidente 'Trovão' foi simpático à ideia, que nasceu dentro de uma corrente paralela à diretoria, mesmo sendo assinada pelo presidente do Conselho Deliberativo, Mozart Martins. 

    O técnico Ferdinando Teixeira também nunca demonstrou alegria e interesse pela contratação de Carlinhos Bala. Imagino que Ferdinando nada tem contra o jogador. Pelo que entendi, Ferdinando não gostaria  de mudar, repentinamente, a linha de trabalho adotada desde que aqui chegou.

    Eu, pelo menos, não desconheço a qualidade do meia-atacante Carlinhos Bala, mas entendo que contratá-lo por salário maior, no fim da preparação do grupo, às vésperas da estreia, poderia criar situações novas que Ferdinando, talvez, não estivesse disposto a administrar. 

    Por isso, ao mesmo tempo, concordo com aqueles que imaginam mudanças à vista caso ocorra um tropeço na estreia. Concordo por saber que funciona assim mesmo, mas não defendo esse comportamento volúvel do dirigente. Acho que o trabalho deve ser consciente e o resultado deve ser perseguido, mesmo que sejam necessários alguns ajustes.

    Enfim, o interesse e o desinteresse pela contratação de Carlinhos Bala foi tão confusa como é tão incerta a avaliação do time tricolor para a estreia na Série C. Para mim, qualquer avaliação só terá valor a partir da estreia. Até lá, pouco pode ser dito sobre o time. Prefiro esperar a estreia enquanto dou crédito ao trabalho. Após a estreia, sim, caberá nota ao resultado.

    Torcida cobra atacante; Evandro Leitão dá ouvidos às críticas


         
    O presidente do Ceará, Evandro Leitão, perde uma boa oportunidade de dedicar mais atenção à torcida alvinegra. Enquanto a torcida faz couro pedindo a contratação de um atacante, Leitão tapa os ouvidos para responder a provocações de setores da crônica esportiva.

    Perdeu tempo ensinando o que todo torcedor consciente faz: ouvir, ler e assistir quem tem compromisso com a notícia. Perdeu a calma de um presidente que está dando certo e voa em outras 'paragens', sem conflitar com a condição de cartola, sonho de muitos, realidade vivida por ele.

    Pior foi não ter ido direto ao assunto. Lançou 'veneno' para todo lado, mesmo que tenha 'rabiscado' o endereço, mas deixou muitos cronistas sob suspeita. Nunca é bom incomodar pessoas que não têm nada a ver com insinuações comprometedoras. Eu, por exemplo, não coloco a carapuça, mas aplaudiria a crítica direta.

    A torcida está nervosa. O time do Ceará tem oscilado, com deficiências claras, principalmente no meio e no ataque. A diretoria criou expectativas por Mota, Roger, entre outros menos cotados. Enquanto não chegar a solução, as críticas vão continuar e as cobranças também. Dar ouvidos às críticas é como dar um 'tiro no pé'.

    Mauro Carmélio manda recado


    O presidente da Federação Cearense de Futebol, Mauro Carmélio, não compareceu ao Fórum Esportivo, às 20h dessa segunda-feira, programa semanal da Rádio Globo Fortaleza, para rebater as críticas do vice Idemar Citó, segundo as quais, ele foi 'abandonado' logo após o acordo que elegeu Carmélio presidente da entidade. Citó nunca assumiu a condição de vice-presidente da FCF.

    O diretor institucional da FCF, jornalista Carlos Silva, compareceu em nome de Carmélio e negou que tenha havido 'traição' ao vice. Silva foi categórico em afirmar que 'Idemar Citó está seguindo orientações de pessoas que pensavam em dominar a administração da federação e ficaram frustradas'.

    Garantiu ainda que a sala do vice-presidente está pronta, o aguardando. Não foi isso que nos disse Idemar Citó na semana passada, alegando até não ter tido acesso ao estatuto da entidade pelas vias naturais. O clima ficou tão 'gelado' que o advogado Marcelo Desidério, diretor jurídico da FCF, sugeriu que Citó fosse a um cartório para ler o estatuto.

    Enfim, Carlos Silva trouxe uma novidade na área de marketing. Segundo ele, a FCF vai assumir a negociação dos contratos de publicidade estática para o Cearense 2012. Sobre o contrato atual, Silva informou que os direitos são da Vitrine Mídia, que faturou o montante de R$ 160 mil, com repasses de R$ 20 mil para a FCF e cotas individuais de R$ 14 mil para 10 clubes. 

    Fortaleza e Ceará não participaram desse bolo. Nesse tocante, o mistério continua. Aliás, a Associação dos Clubes que será fundada hoje, segundo Idemar Citó, quer tirar da federação essa e outras negociações que são feitas em nome dos clubes. Restaria à FCF, apenas, a administração do futebol - sua verdadeira missão.         

    sexta-feira, 8 de julho de 2011

    Carlinhos Bala, vem ou não vem!



    A torcida do Fortaleza está dividida, irriquieta e preocupada desde que as notícias dão conta das negociações para contratar o meia-atacante Carlinhos Bala.

    Explico: Criaram uma imagem de Carlinhos Bala "diabinho", parecida com outros tantos "diabinhos" que já desceram no Pici para bagunçar o coreto, e criaram uma dúvida cruel entre os torcedores tricolores. As opiniões sobre a contratação do jogador são bastante diversas e polêmicas.

    O discurso da diretoria dando conta que o grupo estava definido e a declaração do técnico Ferdinando Teixeira desconhecendo a contratação causaram desconforto em outra parte da torcida. Na tentativa de consertar tudo, a "imprensa oficial" avisa que a ideia partiu do presidente do Conselho Deliberativo do Clube, Mozart Martins, como se ele exercesse mandato paralelo (?).

    A preocupação de outros tricolores é com a repercussão dessas notícias dentro do elenco, ainda mais que Carlinhos Bala vai se constituir no maior salário do Leão, segundo as cifras divulgadas: R$ 40 mil na mão e R$ 40 mil por mês. A diretoria tem falado em salários modestos.

    A dúvida, agora, é com o desfecho do imbróglio. Segundo o conselheiro tricolor, Mozart Martins, Carlinhos Bala foi a Portugal e retorna segunda ou terça-feira para assinar contrato. Até lá, muitas especulações no reino do Leão do Pici.

    Estranho mesmo nisso tudo é o recuo do presidente Osmar Baquit, que não costuma alimentar especulações, que já havia dito que não iria mais contratar ninguém e não tem aparecido para falar de uma contratação que seria a mais arrojada da administração dele. Acompanhemos capítulo a capítulo.

    Fortaleza x Horizonte

    O técnico Ferdinando Teixeira está convencido que a equipe precisa melhorar em vários aspectos até a estreia pela Série C do Brasileiro, dia 16, contra o CRB/AL, no Estádio Rei Pelé, em Maceió. Nesse sábado, o Fortaleza realiza o quarto jogo-treino, contra o Horizonte, no Estádio Presidente Vargas.

    O time que Ferdinando Teixeira pensa como titular está bem claro, embora ele mesmo admite que podem ocorrer mudanças. Apenas o lateral esquerdo Guto mexeu na formação inicial de Ferdinando e segue no time escalado para enfrentar o Horizonte.

    Fortaleza x Horizonte, às 16 horas, no PV. Fortaleza escalado com Lopes, Márcio Gabriel, Bonfim, Dezinho e Guto; Russo, Magal, Luciano Sorriso e Eslei; Léo Andrade e Wellington Amorim.            

    quinta-feira, 7 de julho de 2011

    O Galo escapou de uma goleada


    Foi um placar magro demais.

    O Ceará venceu o Atlético mineiro, por 3 x 0, no Estádio Presidente Vargas, pela 8ª rodada do Brasileirão, mas poderia ter aplicado uma goleada histórica no Galo. O oportunismo do atacante Marcelo Nicácio, a insistência do lateral Boiadeiro e a velocidade do atacante Osvaldo garantiram o placar a favor do alvinegro com muito atraso porque o primeiro tempo do Atlético foi horrível.

    Não fosse a boa atuação do goleiro Giovanni e o placar do jogo teria sido construído antes dos 30 minutos iniciais. O meia João Marcos, o zagueiro Sacomam e o próprio Osvaldo perderam três boas oportunidades de marcar pela presença eficiente do goleiro mineiro.

    A saída de Marcelo Nicácio, aos 40', por contusão, deu uma certa folga à defesa do Atlético. Felipe Azevedo nunca esteve dentro da área ou ameaçando o gol adversário. Mesmo com a 'permissão' alvinegra, o goleiro Fernando Henrique só participou do jogo em dois momentos: aos 27', após uma bola 'espirrada', e aos 44', quando Serginho Mineiro cobrou falta e assustou o goleiro alvinegro.

    O Ceará voltou bem no segundo tempo, mas o Atlético também melhorou e o jogo seguiu equilibrado por um bom tempo. Aos 20', o técnico Vágner Mancini tirou o meia Thiago Humberto e colocou o volante Rudnei. Eu não entendi, mas Mancini explicou depois que estava preocupado com a reorganização do Galo. Rudnei entrou bem, ajudou na marcação e jogou objetivamente. Ajudou na reta final.

    Com o Atlético todo na frente, o Ceará encaixou dois contra-ataques e liquidou o placar. Vicente repetiu uma jogada pela esquerda e Boiadeiro fez 2 x 0, aos 33', para dar tranquilidade aos alvinegros. Aos 38', Osvaldo ganhou de dois zagueiros e entrou na área, quase sem ângulo, para fechar 3 x 0.

    Depois do jogo, os jogadores foram levados pelo presidente Evandro Leitão para agradecer a torcida. Ufa! Passou o sufoco da comissão técnica. A diretoria saiu do PV mais aliviada e a torcida festejando o abandono da zona de rebaixamento. Poderia ter sido melhor diante da fragilidade dos mineiros.     

    terça-feira, 5 de julho de 2011

    As detonadas do Fórum Esportivo


    O infindável atacante Túlio Maravilha, 42 anos, no Canedense/GO até 31 de julho de 2011, já acertou sua transferência para o Sport Club Maguary, segundo revelação do presidente do clube, Aguiar Júnior, que admite existirem detalhes financeiros a serem definidos. A informação foi prestada no programa Fórum Esportivo, às 20h, na Rádio Globo Fortaleza.

    O Maguary já está trabalhando uma campanha de marketing para anunciar a contratação e promover a estreia do artilheiro, segundo o dirigente cintanegrino. O próprio Aguiar ensaiou o verso de uma marchinha para o jogador: "Túlio Maravilha, nós gostamos de Você. Túlio Maravilha, faz o milésimo no PV". 

    Também participaram do programa, o técnico do Maguary, Mirandinha (ex-Fortaleza), e o vice-presidente da Federação Cearense de Futebol, deputado Idemar Citó, que anunciou, com exclusividade, o rompimento com o presidente da entidade, Mauro Carmélio. Citó ainda confirmou a fundação da Associação dos Clubes e admitiu estar analisando a possibilidade de recorrer à Justiça para anular a última eleição da FCF. 

    Túlio Mil Gols!

    O artilheiro Túlio Maravilha persegue a marca dos seus 1.000 gols, objetivo que não atingiu jogando pelo time de Senador Canedo/GO, pela 2ª divisão do Campeonato Goiano 2011, dividindo a condição de vereador em Goiânia/GO. Segundo estatística do próprio jogador, faltam 37 gols para atingir a marca perseguida por ele.

    O presidente do Maguary, Aguiar Júnior, acredita que o Campeonato Cearense da 3ª divisão se encaixa como uma luva nas pretensões de Túlio. Segundo Aguiar, um pool de empresas está sendo formado para garantir financeiramente o contrato. Túlio chegaria sexta-feira para o treino apronto, jogaria domingo e retornaria para Goiânia, onde mantém a forma física enquanto exerce o mandato político.

    Túlio seria recepcionado no primeiro jogo, dia 28 de agosto, um domingo, pelas "Princesas" e seria simbolicamente chamado de "Príncipe" pela óbvia razão do Sport Club Maguary ser o "Clube dos Príncipes". O sonho de Aguiar Júnior é que o milésimo gol seja feito por Túlio com a camisa do Maguary ou com a camisa do Botafogo/RJ, em um jogo contra o Maguary, seguindo desejo do artilheiro.

    O técnico Mirandinha disse concordar com a concessão feita ao atacante por ser um jogador diferenciado em uma situação também diferenciada. Para Mirandinha, Túlio Maravilha pode contribuir técnicamente com a equipe, apesar da idade, além de garantir visibilidade e rentabilidade financeira ao clube. 

    Idemar Citó reclama "abandono"

    O vice-presidente da FCF, Idemar Citó, criticou duramente o presidente Mauro Carmélio, acusando-o de tê-lo abandonado na administração da entidade, desde que assumiu o mandato para o quadriênio 2009/2013. Segundo Citó, o isolamento não permitiu que ele tivesse acesso nem sequer ao estatuto da federação.

    Claro que Citó pode ter acesso ao estatuto pela internet ou, pessoalmente, em cartório, como alfinetou o diretor jurídico da FCF (via twitter @jlacerdacomenta), Marcello Desidério. Acontece que Citó endureceu mais ainda nas críticas, alegando que a "Federação Cearense de Futebol é um cartel familiar", com o que ele não concorda. O vice não esperava esse tratamento do presidente e lamentou a postura de Mauro Carmélio.

    Idemar Citó demonstrou sentimento de traição, quando reconheceu que aceitou fazer uma composição com Mauro Carmélio, a partir do momento em que crescia na campanha pela presidência da federação. Logo depois da eleição, os projetos dele foram "jogados na lata do lixo".

    O insatisfeito Idemar Citó deixou o programa admitindo que pode recorrer à Justiça para pedir anulação da eleição de Mauro Carmélio. Garante ter argumentos jurídicos que podem respaldar a decisão. Enquanto nada disso acontece, a Associação dos Clubes será fundada na próxima terça-feira, dia 12 de julho, no Clube Náutico Cearense.

    A Associação tomará da FCF o poder de negociação com patrocinadores e TV. O Fortaleza ainda não aderiu ao movimento, mas Idemar Citó aposta na proximidade entre ele o também deputado Osmar Baquit, presidente do clube, para fechar a adesão tricolor. O Ceará Sporting é um dos líderes da iniciativa.

    Aguardemos os próximos capítulos dessa novela ou dessa opereta bufa. O tempo, senhor da razão, vai nos dizer quem está com a verdade.