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    quinta-feira, 30 de setembro de 2010

    Vírus 'futelítica' volta a atacar

    Que deculpem-me os bons políticos, mas o dever de cronista profissional (lugar de torcedor é na arquibancada) não pode ser deixado de lado para evitar críticas a quem quer que seja, diante de mais uma ameaça ao futebol cearense. Nesse caso, nem vou fazer manifestação em nome do futebol nacional, vítima de inúmeros aproveitadores de plantão. Quero dar um grito no ouvido dos dirigentes que estão bem aqui ao lado.
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    Se estivesse com um megafone em mãos apontaria, primeiro, na direção de Porangabuçu. Depois, apontaria na direção do Pici. Apesar da proximidade (cerca de três kilômetros), o recado precisa ser dado com clareza, de preferência com a torcida como testemunha.
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    Ceará Sporting e Fortaleza Esporte Clube representam a força máxima do futebol cearense, dentro e fora de campo, mas suas estruturas ainda não são fortes o suficiente para resistir aos ataques do vírus "futelítica" - uma mistura perigosa de pseudodirigentes e políticos de plantão à cata de votos.
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    O Ceará viu-se livre desse vírus, na temporada passada, mas não erradicou o mal. Antes disso, uma combinação de "futelítica" atacou o clube com uma força impressionante. O Fortaleza vive em constante luta. Melhora, passa um período sem sintomas, mas o vírus está correndo nas veias, esperando um momento de baixa imunidade para atacar.
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    No caso do Ceará, o problema é que o vírus enganou a todos. No período em que o clube parecia estar curado, a torcida sentiu firmeza nas atitudes dos dirigentes, o ambiente ganhou harmonia e o time ganhou qualidade sem gastos estratosféricos. A saúde do alvinegro era tão boa que a passagem da 2ª para a 1ª Divisão do Brasileiro aconteceu sem maiores sofrimentos.
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    Faltou vigilância dos Conselhos e da torcida do clube e, quando ninguém esperava, num piscar de olhos, o vírus voltou a atacar. A saúde do clube ficou abalada e o setor que mais está sofrendo é o departamento de futebol. Os reflexos dos equívocos atingem duramente o time. O Ceará forte, vibrante, imbatível do início do Brasileirão está enfraquecido e confuso.
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    Todos perguntam o que fazer. Agora? Parece ser um caso sem jeito imediato. O processo de cura não é tão rápido como o processo de contaminação. Basta dar uma olhada na história de vários clubes que sofreram esse ataque, durante muitos anos, para chegar à conclusão do resultado mais provável.
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    Bahia, Rio de Janeiro, Pernambuco, Sergipe, Alagoas são alguns dos estados que podem servir de exemplo. Em alguns casos, os clubes quase desapareceram. Estados como Alagoas e Sergipe desapareceram do noticiário nacional sem citar Pará, Maranhão e Piauí.
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    Recado dado!

    quarta-feira, 29 de setembro de 2010

    Bahia confirma freguesia

    A torcida do Esporte Clube Bahia tem toda razão de estar feliz. Depois de muito sofrimento, o time dá sinais de estar no rumo certo para voltar à 1ª Divisão do Brasileiro, porém não está livre dos tropeços que costumam desviar os distraídos. Aquela pedra no caminho...

    O Bahia está encontrando algumas pedras pelo caminho e precisa ter cuidado. O doping (mesmo involuntário) do goleiro Renê, as contusões e as suspensões. A derrota para o Icasa, de goleada, é uma topada e tanto. Despencou o time para a 3ª posição com América mineiro e Ponte Preta na cola.

    Acho, no entanto, que doeu mais no coração do torcedor tricolor. Além da derrota, dentro de casa, a dolorida anotação na caderneta da freguesia. Não faz muito tempo, dia 1º de junho, em Juazeiro do Norte (CE), o Icasa aplicou uma goleada de 4 x 0 no Bahia. Dois gols em cada tempo. Dois gols de Junior Xuxa no primeiro tempo.

    Nessa goleada, Junior Xuxa inverteu. Fez dois gols no segundo tempo e transformou-se no "carrasco" do Verdão do Cariri para golear o Bahia. Se a tradição for confirmada, o Bahia volta para a 1ª Divisão e contrata o "carrasco", principalmente se o Icasa subir também - menos provável.

    segunda-feira, 27 de setembro de 2010

    Ceará procura Xerife ou Mágico

    Quem vai dar jeito no time Ceará Sporting, agora?
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    Esta é a pergunta que está atormentando a cabeça dos dirigentes alvinegros, ecoando de todos os lados, desde o momento em que o Avaí fechou a goleada (5 x 0), na Ressacada. No balanço do desespero, PC Gusmão e Antonio Lopes são os dois nomes mais badalados, em Porangabuçu, nas últimas horas, para comandar o time nos próximos jogos.
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    Seria a volta da "tropa" de Gusmão ou a estreia do "delegado" para arrumar um time que começou o Brasileirão bem (até a Copa do Mundo), depois desarrumou. Doce ilusão desses dirigentes que acreditam no acaso. Desde as primeiras rodadas, quando PC Gusmão ainda estava no comando alvinegro, estava claro que o time precisava de reforços de qualidade.
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    Nem um, nem outro vai atuar como mágico. Quando Dimas Filgueiras assumiu o time, na saída de Mário Sérgio, e ganhou do Santos, por 2 x 1, no Castelão, voltávamos a alertar que nem tudo estava resolvido. Passada a euforia, a volta da realidade e a mesma conversa de contratar treinador "salvador da pátria". E não contratam jogadores de qualidade.
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    Aliás, PC Gusmão está empregado, no Vasco da Gama, apesar dos tropeços. Para ele, também passou a euforia da invencibilidade (com empate) que não leva time nenhum a lugar nenhum. Os dirigentes perderam tempo (cinco rodadas), acreditando no "milagre" do São Dimas, agora atropelam as decisões e ameaçam errar de novo.
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    Desde a saída de PC Gusmão, antes da Copa do Mundo, vários jogadores foram contratados, mas somente o atacante Magno Alves respondeu positivamente. Os lados continuam com problemas e ninguém foi contratado, Geraldo continuou sozinho no meio-campo enquanto acreditavam na regularização do colombiano Reina, que foi devolvido ao Cruzeiro após mais de um mês de espera.
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    O prazo de contratações está acabando. Os dirigentes alvinegros, preocupados com as eleiçoes, perderam o "bonde" e a oportunidade de terem azeitado o time quando todos os ventos sopravam a favor de Porangabuçu. Bem diferente do comportamento que tiveram na temporada passada, quando o time subiu para a Série A.
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    A partir de agora, a torcida do Ceará deverá estar preparada para tudo. O time pode reagir, sim. E, se não reagir, vai ficar perambulando nas proximidades da zona de rebaixamento ou até dentro dela. A situação poderia estar mais aliviada caso as atenções não fossem desviadas com o "bonde" do famoso jogo de interesse político.
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    Uma velha história que pode ser contada por muitos clubes que "desceram a ladeira".

    sábado, 25 de setembro de 2010

    Brasil Fora de Série, Rumo ao Inferno

    O jogo que a torcida do Fortaleza quer esquecer.

    Uma lição que deve ser aprendida pelos dirigentes que gostam do improviso. Jogar na Série C é como perambular nas cercanias do inferno. E, se cair para a Série D estará dentro do inferno. Sem falar que a CBF não está preocupada nem um pouco com a indigência dos clubes, apesar dos cofres abarrotados de dinheiro (pelo menos é o que sugere pensar o volume de contratos milionários anunciados a cada dia).

    quinta-feira, 23 de setembro de 2010

    Árbitro sergipano irrita cartolas

    O árbitro sergipano Claudio Francisco Lima e Silva chegou ao quadro de árbitros da CBF em 2009, mas somente agora, em 2010, começou a ser escalado para jogos da Série A. Ainda este ano, apitou ASA 1 x 1 Vitória, pela Copa do Brasil, e sete jogos pela Série B. A estreia dele no Brasileirão foi no dia 12 de setembro, em Campinas (SP), estádio Brinco de Ouro, no jogo Guarani 1 x 0 Atlético-PR.
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    Todos os árbitros chegam ao quadro nacional pelas boas atuações nos campeonatos regionais e não foi diferente com Claudio Lima e Silva. Da mesma forma, as boas atuações nos campeonatos nacionais levam os melhores árbitros ao quadro da Fifa. O que costumamos observar, no entanto, é que a maioria não consegue manter o mesmo desempenho ao ser projetado na carreira.
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    O sergipano Claudio Lima e Silva está entre esses árbitros "enganadores". Já no campeonato sergipano encontrei várias reclamações às atuações dele em jogos mais decisivos. Por isso, prefiro acreditar que a sequência de erros cometidos por ele, na Série A, é resultado da falta de qualidade e não da falta de vergonha.
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    As duas últimas atuações do árbitro sergipano foram provocadoras de iras dos dirigentes do Vitória e do Ceará. No primeiro caso não houve prejuízos aos rubro-negros. No segundo caso, os alvinegros tiveram um gol completamente legal anulado. Apesar do flagrante das imagens, a Comissão Nacional de Arbitragem mantêm-se calada.
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    Ceará
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    A diretoria do Ceará Sporting encaminhou representação à Comissão de Arbitragem da CBF protestando pelo gol de Marcelo Nicácio, anulado no segundo tempo do jogo contra o Cruzeiro, em Sete Lagoas (MG), na última quarta-feira. Não interessa que o Cruzeiro venceu, por 2 x 0. Interessa que o gol foi legal e o Ceará foi prejudicado.
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    Vitória
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    No domingo passado, o Vitória também foi prejudicado pelos erros de Claudio Francisco Lima e Silva e seus assistentes. Coincidência: Sete Lagoas (MG). No pênalti cometido pelo goleiro Fábio Costa, do Atlético, sobre Elkesson, o árbitro deixou de aplicar o cartão vermelho. A regra é clara. O atacante estava quase embaixo do gol quando foi derrubado.
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    Em outro lance, Elkesson foi derrubado dentro da área e o sergipano nada marcou. Os prejuízos não foram maiores porque o Vitória jogou bem e ganhou o jogo por 3 x 2. Alguns dizem logo que é roubo mesmo, mas deve-se levar em conta vários fatores como cansaço, insegurança, despreparo psicológico...
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    Não quero fazer defesa dos árbitros, mas entendo que passou da hora de serem tomadas algumas providências para fortalecer o trabalho deles. Defendo duas novas situações, pelo menos: profissionalizar a categoria, através de cursos de nível superior, e agregar ajuda da tecnologia à arbitragem.
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    Não são decisões fáceis de serem tomadas, mas necessárias.

    terça-feira, 21 de setembro de 2010

    Semelhanças Perigosas

    O que há em comum entre Lúcio Bonfim (e) e Renan Vieira (d)? Ambos exerceram a presidência do Fortaleza no mesmo período de mandato. O primeiro saiu antes do fim, o segundo concluiu o mandato interrompido, mas cometeu erros parecidos com os cometidos pelo primeiro. A teimosia foi o erro mais comum entre os dois.
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    Renan Vieira conquistou o tão sonhado tetracampeonato estadual, mas experimentou o amargo gosto da desclassificação ainda na primeira fase da 3ª divisão do Brasileiro. Não dá para negar que Renan Vieira sofreu mais que Lúcio Bonfim.
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    Talvez seja essa a tênue diferença entre um e outro. O torcedor tricolor não pode acusar o Renan Vieira de omisso. Pode até culpá-lo de individualista, concentrador ao ponto de não construir (ou descontruir) um grupo que o ajudasse a dividir preocupações, inclusive, as financeiras.
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    Um administrador individualista termina dividindo as glórias, mesmo que não queira. Difícil é dividir as derrotas, mesmo que queira. Renan ficou sozinho, mesmo no momento de glória, quando todos festejavam o tetracampeonato. Nem o próprio Renan consegue explicar a solidão administrativa a que foi "condenado".
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    Por outro lado, há os que dizem que Renan nunca esteve sozinho; Renan sempre tomou decisões, sozinho. Como errou mais que acertou, pagou caro, perdeu quase tudo e inviabilizou a possibilidade de reeleição.
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    O Ano 2010 acabou para o Fortaleza. Resta a Copa Fares Lopes (abre vaga para a Copa do Brasil 2011), que não interessa porque o título estadual já garantiu uma vaga ao tricolor na Copa do Brasil. Seja lá qual for a decisão a ser tomada por Renan, passou a hora de zerar tudo, reconstruir fortes pilastras de profissionalização para assegurar dias melhores à família tricolor.
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    Renan ironizou seus sucessores ao dizer que o próximo presidente do clube não pode ser "liso" (pobre) nem um maluco como ele. Impossível, Renan, é ter time competitivo com administração empírica.
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    Que aprendam, definitivamente.
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    O CEARÁ DORMIU NO SONHO
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    Passada a euforia da vitória contra o Santos, por 2 x 1, no estádio Castelão, a torcida do alvinegro de Porangabuçu volta a ficar assustada com a dura realidade do Brasileirão 2010. Os dois empates inesperados (0 x 0 contra o Vitória, no Barradão, e 1 x 1 contra o Goiás, no Castelão) deixaram a torcida preocupada.
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    Minha avaliação não mudou, mesmo após a surpreedente vitória, contra o Santos, quando muitos atribuíram o resultado à "estrela" do treinador Dilmas Filgueiras. O Ceará precisa contar com jogadores de qualidade no meio-campo e no ataque para ter maior volume de jogo. Não dá para sustentar boa posição na tabela sem ter time competitivo.
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    Os dirigentes do Ceará já cometeram sucessivos erros que podem custar caro aos torcedores alvinegros com uma queda para a 2ª divisão. Dispensaram Renê Simões (errado), trocaram Estevam Soares por Mário Sérgio (errado), trocaram Mário Sérgio por Dimas Filgueiras (certo), mas não contrataram os jogadores que o time precisa (errado).
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    O time sentiu as ausências de jogadores como Diego, Misael, Washington e Fabrício (machucados), além de Michel, Heleno, Anderson e João Marcos (suspensos) por causa da limitação do elenco. Essa é a realidade. Trocar de treinador mais uma vez sem contratar jogadores será outro tiro no pé.
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    Como diz meu amigo Armandão Carcará, em Salvador: "Depois que a onça morre até cachorro vem e mija em cima". Não é meu caso. Tenho ouvido colegas, treinadores e torcedores sensatos que também pensam como eu desde o início do Brasileirão.
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    Não é conselho, é aviso mesmo.

    sábado, 18 de setembro de 2010

    O Segredo dos Vencedores

    Estava refletindo sobre a situação do Fortaleza EC no jogo desse domingo, contra o Águia, em Marabá, no Pará, ao mesmo tempo que encontrava esse vídeo. Mera coincidência. Achei pertinente e resolvi ilustrar o texto. Afinal, como estão dizendo os torcedores tricolores, o Leão vai travar a "Batalha de Marabá". Uma vitória, classifica. Derrota ou empate, desclassifica.

    Pena que faltou unidade ao Fortaleza desde o início da competição. O único setor que manteve-se inalterado foi a comissão técnica. O time sofreu constantes alterações sem efeito prático. E ninguém além dos próprios jogadores sentem na pele a necessidade da unidade fortalecida.

    O elenco de jogadores é como a tropa; a partida é como a batalha. A tropa precisa estar unidade em torno de um objetivo o tempo inteiro, avançando sempre, mesmo que haja recuo temporário. Os tropeços são inevitáveis, mas logo devem ser superados por vitórias maiúsculas. Essa é a história dos vencedores.

    A trajetória do Fortaleza nessa disputa da Série C é pontilhada por lentos avanços, com tropeços constantes, baixas seguidas no elenco, frustrações, que resultam em desconfiança. A essa altura não dá para pensar em planejamento estratégico. A hora é de SUPERAÇÃO.

    É a única saída que resta aos jogadores do Fortaleza. Mesmo sem a unidade necessária, porque o treinador Zé Teodoro mexeu no time mais uma vez, o coletivo precisará ressurgir, criando uma onda, uma bola de fogo capaz de consumir o adversário. Não é fácil, mas é possível.

    A torcida tricolor, apaixonada, acredita em tudo: milagre, superação, força de vencedores, bravura...

    quinta-feira, 16 de setembro de 2010

    Neymar vira moleque de verdade

    Lamentável como o garoto santista bom de bola, Neymar, está mesmo com o juízo nas nuvens. Domingo passado, foi no estádio Castelão; nessa quarta-feira, foi na Vila Belmiro. Dessa vez, parece não haver dúvidas da rebeldia porque Neymar virou-se contra seu criador, o treinador Dorival Junior, por ter sido orientado a não cobrar o pênalti que resultou no quarto gol da vitória sobre o Atlético-GO, por 4 x 2.

    Neymar foi tirar satisfação com o treinador, discutiu, xingou, fez tudo que tem feito e tem sido motivo de gracinhas para alguns cronistas, dirigentes, torcedores e até o próprio Dorival. O treinador do Atlético goianiense, Renê Simões, ficou indignado e bradou: "Ou educam esse menino ou estaremos criando um monstro". Renê completou: "Ele não é um homem nem um grande jogador, apenas um projeto disso".

    Dessa vez não foi somente o treinador Renê Simões que saiu da Vila Belmiro decepcionado com Neymar. Até mesmo os colegas dele reprovaram a atitude agressiva e desrespeitosa. Bem que todos poderiam ter observado a realidade faz tempo. Que ainda tenha jeito e não precisemos aturar mais um "bad-boy" no futebol brasileiro.

    Não aprovo agressões de torcedores, palavrões, músicas chulas, ofensas morais, mas essa brincadeira no estilo rap, criada por algum torcedor alvinegro (do Ceará), está sendo bem visitada na internet. Que tudo isso sirva de reflexão para Neymar e de lição para os que insistem em dizer que "estão caçando o 'moleque' e tentando acabar com o futebol alegria", sem antes repreenderem a falta de educação do 'moleque'.

    terça-feira, 14 de setembro de 2010

    Parem de mimar Neymar!

    Confesso que já deveria ter opinado, aqui, sobre essas cenas vergonhosas, proporcionadas pelos "nervosinhos" jogadores do Santos FC, time que aprendi a adimirar por tudo que representou a geração Pelé, Mengalvio, Pepe, Clodoaldo, Coutinho, entre outros craques. Esses sim, verdadeiros craques, que jogavam, davam espetáculos, ganhavam os jogos e saíam sorrindo.

    Demorei porque queria ter algumas certezas já que não vi o jogo. Estava em Sobral, testemunhando a classificação do Guarany para a próxima fase da Série D com uma vitória suada, por 2 x 0, sobre o Santa Cruz. Aproveitei para ver vários vídeos e ouvir alguns comentários sórdidos.

    Não vou esticar a conversa. Já foi dito muita besteira. Poucos comentários imparciais, serenos, esclarecedores, à luz da verdade ou das Normas do Jogo. Até o árbitro Heber Roberto Lopes andou escrevendo o que ninguém viu. Quem viu qualquer jogador ser agredido, jogado ao chão ou coisa parecida?

    Alguns desafiam as imagens e chegam a dizer que não havia segurança no Estádio Castelão. Logo, pedem interdição do estádio e punição ao Ceará SC com perda do mando de campo e multa máxima. Quase todos esqueceram algumas perguntas básicas: - Quem provocou o tumulto? - Quem iniciou empurra-empurra e bate-boca? - Quem colocou dedo em riste no rosto do policial?

    Não vou perguntar mais. Estou lembrando das cenas, igualmente,vergonhosas que foram proporcionadas por jogadores do Goiás, com aval do treinador Emerson Leão, no Estádio Barradão, dias atrás. A Polícia Militar da Bahia levou os envolvidos à Delegacia, onde foi aberto BO.

    Talvez, faltou ao policial, que saiu correndo, a iniciativa de dar voz de prisão a Marcel, por ter-lhe chamado de "safado" e "merda" com o dedo quase furando-lhe o olho. Aí, talvez estivessem pedindo a prisão do policial. Devemos ter cuidado para não alimentarmos a inversão de valores. Policial não deve bater, cidadão não deve ofender.

    É que preciso que parem de mimar o Neymar, achando engraçadinho as "pataquadas" que ele faz em campo. Jogar futebol moleque é uma coisa, humilhar o adversário é outra. Reclamar de excesso de faltas é aceitável, peitar o adversário e bradar como um valentão é condenável. Não gostar de perder é natural, desviar as razões da derrota é confessar falta de espírito esportivo.

    O Ceará obteve uma vitória (2 x 1) limpa, sem trapaças, sem ajuda de arbitragem, com número legal de jogadores, no tempo regulamentar, nas mesmas condições em que venceu jogos anteriores. Ao que parece, a única anormalidade foi Neymar não ter aceitado a marcação que recebeu. Alguém deve avisar ao garoto que até Pelé, o Rei, recebia marcação e fugia dela, marcava belos gols e garantia as vitórias que consagraram o Santos.

    Ora, amigos! Digam a Neymar que jogue como homem ou volte ao parque infantil.

    sexta-feira, 10 de setembro de 2010

    Se der para aprender...!

    O moleque Noah Shawn tem sete anos de idade, joga no Fc. Bayern München, na Alemanha, com pinta de gente grande. Faz gosto ver. Muitos jogadores pernas-de-pau precisariam treinar 100 anos e não fariam o mesmo.

    Eu preciso dizer mais alguma coisa?

    segunda-feira, 6 de setembro de 2010

    Lição para goleiro 'calouro'

    O jogo era válido pela Conferência Leste da MLS, entre DC United x Columbus Crew, nos Estados Unidos da América. O primeiro é líder com 44 pontos e o segundo é lanterna com 15 pontos. O jogo, provavelmente, terminaria empatado caso o jovem goleiro Bill Hamid, de 19 anos, não aprontasse uma lambança 'daquelas'.

    Aos 23 minutos do primeiro tempo, o zagueiro recuou a bola (por sinal Jabulani) e o goleiro do DC United não conseguiu rebatê-la. O argentino Guillermo Schelotto (não tem nada com isso) estava atento e abriu o placar. O Columbus ganhou três pontos, na maior moleza, com um gol de presente.

    Uma lição que não deve ser aprendida por goleiro nenhum, principalmente pelos iniciantes na carreira. Para evitar esses vexames, conheci alguns treinadores que colocavam os goleiros para treinar na 'linha', na posição que achassem melhor para desenvolver habilidades com os pés.

    Aprendam a lição.

    domingo, 5 de setembro de 2010

    Treinadores afundam Vovô e Leão

    A sensação de estar afundando junto com o barco incomoda duas grandes torcidas nordestinas: a do EC Vitória e a do Ceará SC. Nesses dois casos, os dirigentes são os responsáveis diretos pelas campanhas confusas depois da Copa 2010. Os dois clubes trocaram treinadores, pioraram o desempenho no Brasileirão e afundam lentamente.
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    O Ceará perdeu PC Gusmão para o Vasco da Gama, contratou Estevam Soares, mas não teve paciência para esperar a reformulação do time com os novos jogadores contratados. Demitiu Estevam e contratou Mário Sérgio. Um time inteiro foi mandado embora. Os jogadores indicados por Estevam mais os indicados por Mário Sérgio acrescentam pouco tecnicamente.
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    A razão é a velha conhecida mudança constante de filosofia de trabalho. Mário Sérgio chegou mudando até o que estava dando certo. Mexeu na defesa que era o melhor setor da equipe. O time alvinegro ganhou instabilidade, despencou do G-4 e está na 11ª posição.
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    No tira-teima de sábado, PC Gusmão aplicou a velha tática de jogar atrás, principalmente depois que fez o primeiro gol. Nada de novo. Mário Sérgio continuou cometendo equívocos. Escalou o jovem zagueiro Pablo, fora da posição, intranquilo e desentrosado. Nada de novo. Ceará 0 x 2 Vasco da Gama.
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    No Vitória, de uma hora para outra, sem explicações convincentes, a diretoria resolve trocar Ricardo Silva por Toninho Cecílio. Ricardo acabara de disputar a final da Copa do Brasil. Toninho chegou com fama de durão e espalhou um clima de insatisfação entre os jogadores. Sacou o artilheiro Schwenck, entre outras 'lambanças' que tem promovido no time.
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    Depois da humilhante goleada (4 x 1), sofrida para o Atlético goianiense, um dos lanternas da competição, Toninho Cecílio não consegue explicar nada, com de respostas evasivas, mas segue cheio de razão. O time do Vitória perdeu o gosto de jogar, o espírito guerreiro, a união. Os dirigentes provocaram isso nos dois casos.
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    Seria preciso uma análise bem detalhada para saber o que passa na cabeça desses dirigentes. Quando eles irão entender que time ruim não funciona com treinador algum; que treinador ruim não funciona com time nenhum. O Ceará precisava de jogadores de qualidade, trocaram o treinador; o Vitória também precisava qualificar o time, trocaram o treinador. Os dois estão afundando.
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    O comportamento da diretoria do São Paulo deve servir de modelo para aqueles que querem formar um time vencedor a qualquer custo. Os dirigentes sampaulinos fecham os ouvidos e tomam decisões racionais nos momentos de crise. Foi assim ao final do contrato do treinador Ricardo Gomes e o tempo prova que eles estão certos.
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    O treinador interino Sérgio Baresi tem tropeçado, mas os dirigentes têm o apoiado, dividindo responsabilidades. Aos poucos, o time está reagindo e o São Paulo já é o 10º colocado. Aliás, o futebol brasileiro tem, cada vez mais, dirigentes e treinadores inventores. A reboque, jogadores sem qualidade técnica e salários exorbitantes.

    sexta-feira, 3 de setembro de 2010

    MS x PCG: duelo do ano

    Chegou a hora do duelo mais esperado da cidade: MS x PCG. Façam suas apostas e comprem seus ingressos para o embate, neste sábado, às 18h30min, no estádio Castelão. Alguém tem coragem de oferecer vantagem?
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    Boa parte da torcida do Ceará SC está incomodada com esse duelo. Não sabe se torce por Mário Sérgio ou por PC Gusmão. Os mais apaixonados e fiéis ao clube aguardam os resultados prometidos pela diretoria alvinegra com a contratação do "Vesgo". Os que apenas torcem pelo prazer do gol estão dispostos a festejar com PC Gusmão caso vença o jogo.
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    Percebam como uma atitude precipitada pode dividir uma massa. A diretoria do Ceará teve pressa com Renê Simões e Estevam Soares. Em vez de contratar jogadores de qualidade trocou de treinador duas vezes. Desperdiçou o tempo do acerto do time. Agora, sem tempo, com o inconveniente do entra e sai de jogadores, tem necessidade de vencer. E o time...
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    Parte da torcida, na sua passionalidade, sente-se traida. Não quer mais saber de pancadas nas costas. Por isso, o sentimento de reviver as emoções com o treinador do Vasco da Gama. É uma atitude que cheira a traição, por outro lado, mas os passionais não têm sentimento. Passionais buscam a felicidade cegamente.
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    Por tudo isso, o clima não é típico de um simples jogo entre Ceará x Vasco da Gama, pelo Brasileirão. O clima é de um reencontro com aquele que deu prazer e está do outro lado, mas não deve ser odiado. Existem até os que são capazes de perdoar, se algum 'crime' houve, pelo desligamento repentino do PC Gusmão naquela véspera de Copa do Mundo.
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    Eu sou contra esse tipo de manifestação, mas não posso impedi-la. Conselhos também não cabem. Ainda assim, dá para dizer que o melhor papel da torcida é torcer, torcer, sempre torcer. Caso preciso for, protestar com vaias, mas ordeiramente. Torcer contra, nunca!
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    O Ceará é 7º colocado, com 25 pontos; o Vasco é o 11º colocado, com 23 pontos. Duas equipes em posições intermediárias na tabela. O Ceará está invicto no Castelão e vai lutar por isso; o Vasco tem problemas no time e histórico de empates, apesar de ter melhorado desde a chegada de PC. Não há motivos para desespero.
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    Só existe uma realidade. Mário Sérgio foi contratato para mudanças radicais e está mudando. Foi uma decisão de risco da diretoria. Um time já foi mandado embora e outro time contratado. Voltamos ao velho dilema de colocar o trem nos trilhos em plena viagem. Somente o "maquinista" Mário Sérgio pode planejar e proporcionar uma "boa viagem" aos alvinegros, arrumando bem o time (do gol ao último atacante).