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    domingo, 5 de setembro de 2010

    Treinadores afundam Vovô e Leão

    A sensação de estar afundando junto com o barco incomoda duas grandes torcidas nordestinas: a do EC Vitória e a do Ceará SC. Nesses dois casos, os dirigentes são os responsáveis diretos pelas campanhas confusas depois da Copa 2010. Os dois clubes trocaram treinadores, pioraram o desempenho no Brasileirão e afundam lentamente.
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    O Ceará perdeu PC Gusmão para o Vasco da Gama, contratou Estevam Soares, mas não teve paciência para esperar a reformulação do time com os novos jogadores contratados. Demitiu Estevam e contratou Mário Sérgio. Um time inteiro foi mandado embora. Os jogadores indicados por Estevam mais os indicados por Mário Sérgio acrescentam pouco tecnicamente.
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    A razão é a velha conhecida mudança constante de filosofia de trabalho. Mário Sérgio chegou mudando até o que estava dando certo. Mexeu na defesa que era o melhor setor da equipe. O time alvinegro ganhou instabilidade, despencou do G-4 e está na 11ª posição.
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    No tira-teima de sábado, PC Gusmão aplicou a velha tática de jogar atrás, principalmente depois que fez o primeiro gol. Nada de novo. Mário Sérgio continuou cometendo equívocos. Escalou o jovem zagueiro Pablo, fora da posição, intranquilo e desentrosado. Nada de novo. Ceará 0 x 2 Vasco da Gama.
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    No Vitória, de uma hora para outra, sem explicações convincentes, a diretoria resolve trocar Ricardo Silva por Toninho Cecílio. Ricardo acabara de disputar a final da Copa do Brasil. Toninho chegou com fama de durão e espalhou um clima de insatisfação entre os jogadores. Sacou o artilheiro Schwenck, entre outras 'lambanças' que tem promovido no time.
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    Depois da humilhante goleada (4 x 1), sofrida para o Atlético goianiense, um dos lanternas da competição, Toninho Cecílio não consegue explicar nada, com de respostas evasivas, mas segue cheio de razão. O time do Vitória perdeu o gosto de jogar, o espírito guerreiro, a união. Os dirigentes provocaram isso nos dois casos.
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    Seria preciso uma análise bem detalhada para saber o que passa na cabeça desses dirigentes. Quando eles irão entender que time ruim não funciona com treinador algum; que treinador ruim não funciona com time nenhum. O Ceará precisava de jogadores de qualidade, trocaram o treinador; o Vitória também precisava qualificar o time, trocaram o treinador. Os dois estão afundando.
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    O comportamento da diretoria do São Paulo deve servir de modelo para aqueles que querem formar um time vencedor a qualquer custo. Os dirigentes sampaulinos fecham os ouvidos e tomam decisões racionais nos momentos de crise. Foi assim ao final do contrato do treinador Ricardo Gomes e o tempo prova que eles estão certos.
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    O treinador interino Sérgio Baresi tem tropeçado, mas os dirigentes têm o apoiado, dividindo responsabilidades. Aos poucos, o time está reagindo e o São Paulo já é o 10º colocado. Aliás, o futebol brasileiro tem, cada vez mais, dirigentes e treinadores inventores. A reboque, jogadores sem qualidade técnica e salários exorbitantes.

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