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    quinta-feira, 30 de setembro de 2010

    Vírus 'futelítica' volta a atacar

    Que deculpem-me os bons políticos, mas o dever de cronista profissional (lugar de torcedor é na arquibancada) não pode ser deixado de lado para evitar críticas a quem quer que seja, diante de mais uma ameaça ao futebol cearense. Nesse caso, nem vou fazer manifestação em nome do futebol nacional, vítima de inúmeros aproveitadores de plantão. Quero dar um grito no ouvido dos dirigentes que estão bem aqui ao lado.
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    Se estivesse com um megafone em mãos apontaria, primeiro, na direção de Porangabuçu. Depois, apontaria na direção do Pici. Apesar da proximidade (cerca de três kilômetros), o recado precisa ser dado com clareza, de preferência com a torcida como testemunha.
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    Ceará Sporting e Fortaleza Esporte Clube representam a força máxima do futebol cearense, dentro e fora de campo, mas suas estruturas ainda não são fortes o suficiente para resistir aos ataques do vírus "futelítica" - uma mistura perigosa de pseudodirigentes e políticos de plantão à cata de votos.
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    O Ceará viu-se livre desse vírus, na temporada passada, mas não erradicou o mal. Antes disso, uma combinação de "futelítica" atacou o clube com uma força impressionante. O Fortaleza vive em constante luta. Melhora, passa um período sem sintomas, mas o vírus está correndo nas veias, esperando um momento de baixa imunidade para atacar.
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    No caso do Ceará, o problema é que o vírus enganou a todos. No período em que o clube parecia estar curado, a torcida sentiu firmeza nas atitudes dos dirigentes, o ambiente ganhou harmonia e o time ganhou qualidade sem gastos estratosféricos. A saúde do alvinegro era tão boa que a passagem da 2ª para a 1ª Divisão do Brasileiro aconteceu sem maiores sofrimentos.
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    Faltou vigilância dos Conselhos e da torcida do clube e, quando ninguém esperava, num piscar de olhos, o vírus voltou a atacar. A saúde do clube ficou abalada e o setor que mais está sofrendo é o departamento de futebol. Os reflexos dos equívocos atingem duramente o time. O Ceará forte, vibrante, imbatível do início do Brasileirão está enfraquecido e confuso.
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    Todos perguntam o que fazer. Agora? Parece ser um caso sem jeito imediato. O processo de cura não é tão rápido como o processo de contaminação. Basta dar uma olhada na história de vários clubes que sofreram esse ataque, durante muitos anos, para chegar à conclusão do resultado mais provável.
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    Bahia, Rio de Janeiro, Pernambuco, Sergipe, Alagoas são alguns dos estados que podem servir de exemplo. Em alguns casos, os clubes quase desapareceram. Estados como Alagoas e Sergipe desapareceram do noticiário nacional sem citar Pará, Maranhão e Piauí.
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    Recado dado!

    Um comentário:

    OPOSIÇÃO FORTE E DE LUTA disse...

    Caro Jota, concordo em parte com seu comentário. Aliás, concordo com 99%.
    Sou radicalmente contra o uso de camisas de clubes com pretensões políticas. Aqui em nossa terra temos vários exemplos: Gomes Farias, Evandro Leitão, Eugênio Rabelo, André Figueiredo e outros de outrora. Observe que todos ligados diretamente ao CSC.
    Já pelo Fortaleza são poucos que se aventuram na esfera política. Em regra lá para bandas do Pici somente torcedores tentam. Leonel Alencar, Leonelzinho, Adler (TUF).
    Como você comentou brilhantemente em seu blog, pelo Brasil afora, existem clubes que estão em situação de calamidade porque tiveram seus focos modificados para política ou como berçário para aqueles que querem nascer para a política.
    Vou ficando por aqui porque o assunto é polêmico e extenso.
    Um abraço. Sempre estou ligado na Globo Fortaleza.