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    sexta-feira, 30 de setembro de 2011

    Sobra torcida, falta bola no Nordeste




    O blog "Pombo sem asa", escrito pelo jornalista Bernardo Pombo, no site globo.com, apresenta uma estatística com 100 clubes das quatro séries do Campeonato Brasileiro 2011. Sete clubes do Nordeste e um do Norte do país estão entre os 25 melhores colocados no ranking.

    O melhor posicionado é o Santa Cruz/PE com a média de 33.450 pagantes por jogo, somando 167.250 torcedores em cinco jogos da Série D, números que o Santa arrasta desde a temporada passada, quando aumentou a pressão pelo retorno à Série C.

    O Esporte Clube Bahia é o quarto colocado com média de 21.060 torcedores por jogo, somando 273.785 pagantes em 13 jogos na Série A. O Sport do Recife é sexto colocado com média de 17.698 pagantes por jogo, somando 230.074 torcedores em 13 jogos na Série B.

    Na 15ª colocação está o Ceará Sporting com 11.201 pagantes por jogo, somando 145.612 torcedores em 13 jogos na Série A. O Náutico é outro pernambucano ocupando a 21ª posição com 9.704 pagantes por jogo, somando 116.444 torcedores em 12 jogos na Série B.

    O Esporte Clube Vitória é o segundo baiano, ocupando a 22ª posição com média de 9.501 pagantes por jogo, somando 114.012 torcedores em 12 jogos na Série B. O Fortaleza Esporte Clube é o 25º colocado com média de 8.503 pagantes por jogo, somando 34.013 torcedores em quatro jogos na Série C.

    Alguns números causaram espanto na mídia do Sul e Sudeste, que insiste em fazer "vistas grossas" para o potencial de público das regiões mais pobres do país. O Paysandu/PA, por exemplo, se arrasta na Série C, mesmo assim ostenta a 17ª posição no ranking, acima do Vasco da Gama/RJ, líder do campeonato.

    Lamentável que o cenário favorável, quando o assunto é potencial de torcida, não seja aproveitado com administrações capazes de garantir finanças saudáveis e, consequentemente, equipes competitivas no gramado. Temos o Remo/PA, outra força na arquibancada, fora das quatro divisões nacionais.

    Estados como Manaus, Maranhão, Piauí, Paraíba e Sergipe, cujo povo é apaixonado pelo futebol, estão fora do cenário nacional por força da desordem administrativa que campeia no futebol do Norte e Nordeste e pela forma discriminatória como essa banda do Brasil sempre foi tratada pela CBF.

    quarta-feira, 28 de setembro de 2011

    Fortaleza ganha no tapetão, mas tem recurso

    Carlinhos Bala foi o "vilão" da história

    Um primeiro tempo que durou mais de 5 horas, na Segunda Comissão Disciplinar do STJD, terminou com goleada do Fortaleza sobre o Campinense/PB e mais uma vez o meia Carlinhos Bala foi o centro das atenções. Diferente do campo de jogo, agora, Bala foi penalizado com suspensão de seis jogos e multa de R$ 10 mil reais, enquanto o Fortaleza foi multado em R$ 25 mil e absolvido da acusação de ter combinado resultado com o CRB/AL dentro de campo, o que equivale a permanecer na Série C.

    O Fortaleza foi multado em R$ 20 mil pelo atraso de jogo no 2º tempo e em R$ 5 mil pelo arremesso de uma garrafa no gramado. O CRB também foi multado em R$ 20 mil pelo atraso de jogo. Carlinhos Bala foi multado em R$ 10 mil reais e suspenso por seis jogos por ter faltado com o fair play. Quanto aos jogadores do CRB, Paulo Rodrigues pegou um jogo de suspensão, Cristiano pegou dois e Maisena foi absolvido.

    Não vi novidade alguma. Já previa esse encaminhamento, embora não tivesse externado meu pensamento para evitar certos comentários tendenciosos. O Campinense não apresentou novidades contundentes. O vídeo que circulou na web tem falhas de edição e textos com deliberada intenção de macular o resultado daquele jogo Fortaleza 4 x 0 CRB/AL, realizado no Estádio Presidente Vargas, sob a tensão da ameaça de rebaixamento.

    O advogado Osvaldo Sestário trabalhou para livrar o CRB da acusação indireta, o que enfraqueceu a tese do Campinense, cujo advogado Carlos Portinho terminou enfrentando um "batalhão" de advogados. Contra ele, ainda trabalharam Paulo Rubens pelo Fortaleza, Marcelo Desidério e Jorge Mota pela Federação Cearense de Futebol e Alessandro Carracena pelo árbitro Gutemberg de Paula Fonseca, que terminou absolvido, apesar de ter cometido falhas na súmula.

    Os auditores não acompanharam a iniciativa do procurador William Figueiredo, para quem "os artigos indicados nos permitem até anular essa partida para que esse campeonato não fique manchado", sentenciou.  Os auditores entenderam até que houve pressão de alguns jogadores do Fortaleza em determinados momentos, mas nunca combinação de resultados dentro de campo.

    O árbitro Gutemberg de Paula Fonseca também foi absolvido. A única penalidade que poderia ter sofrido seria relacionada a falhas na súmula do jogo. O árbitro não relatou, por exemplo, que jogadores do Fortaleza foram até as proximidades do banco de reservas do CRB para pressionar o atacante Aloísio. Quanto aos xingamentos dentro de campo, ele considerou fato corriqueiro. De fato, não há novidade.

    Carlinhos Bala confessou que xingou jogadores do CRB e, por isso, foi severamente punido. Ninguém mais confessou delito algum e, por isso, ninguém mais foi punido. As multas estavam previstas. Os jogadores do CRB foram punidos pelas expulsões, com exceção do lateral Maisena que apenas disse: "Deixa eu fazer", já explicado por ele mesmo que se oferecera para cobrar o tiro de meta, mas o momento não era aquele do vídeo.

    É quase certo que o Campinense vai recorrer da decisão no pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva. Se isso ocorrer, o Fortaleza terá de jogar o 2º tempo desse embate. Por outro lado, é certo que o Fortaleza vai tentar reverter a condenação de Carlinhos Bala com outra alternativa de punição. Mais certo ainda é que o Fortaleza deixou o Tribunal com a sensação de que o pesadelo não acabou. 

    O Fortaleza ainda será julgado em outro processo que envolve o Flamengo/RJ. O time carioca reclama da arrecadação apresentada (cerca de 17 mil pagantes), em jogo pela Copa do Brasil 2011, no Estádio Presidente Vargas. Segundo denúncia, teriam sido vendidos mais de 25 mil ingressos na véspera do jogo de um total de 50 mil ingressos colocados nos pontos de venda.

    Haja fôlego para o 2º tempo!

    domingo, 25 de setembro de 2011

    Róger faz a diferença na vitória do Ceará

    Róger fez um golaço de bicicleta

    O Ceará Sporting conquista o primeiro resultado positivo sob o comando do técnico Estevam Soares, depois de um jogo difícil, contra o Coritiba/PR, no Estádio Presidente Vargas, em que o atacante Róger fez a diferença com dois gols (o primeiro de bicicleta) e o zagueiro Edmilson cobrou uma falta com maestria. O Coxa vendeu caro a derrota por 3 x 2 e lutou pelo empate até o minuto final.

    Ao cessar uma sequência de seis jogos sem vencer, o Ceará dá uma respirada, sobe para a 14ª posição e fica um pouco mais distante da zona de rebaixamento, com 30 pontos ganhos. Uma derrota ainda não deixaria o alvinegro na zona, mas permaneceria bem próximo dela, com apenas dois pontos de diferença do Atlético/MG, seu próximo adversário.

    O jogo teve uma marcha de placar empolgante porque os dois times buscaram o caminho do gol o tempo inteiro. Enquanto o Coritiba pressiona a tabela em busca das primeiras posições, o Ceará entrou em campo com a pressão psicológica da necessidade de reabilitação. O técnico Estevam Soares arriscou tudo quando promoveu quatro mudanças na equipe sem ter tido tempo para treinar.

    João Marcos foi mantido na lateral direita, Edmilson entrou na zaga, Eusébio substituiu Heleno (suspenso), Leandro Chaves substituiu Thiago Humberto de última hora e Róger entrou no ataque. Foram mudanças surpreendentes, mas cada uma delas não ficou sem explicações do técnico Estevam Soares.

    A estreia de Leandro Chaves foi a única que fugiu à opção técnica. Somente depois do jogo é que veio a explicação que Thiago Humberto sentiu uma contusão após o treino apronto. Estevam arriscou e Leandro não decepcionou na estreia inesperada. Com boa qualidade no passe e bem articulado, Leandro fez o lançamento do golaço de Róger e contribuiu bem com a vitória.

    Edmilson cumpriu a função dele sem comprometer e ainda fez um golaço de falta. Róger fez um golaço de bicicleta (o primeiro do jogo), fez o gol da vitória e se movimentou bem durante o jogo, tirando as dúvidas do torcedor sobre a qualidade do futebol que motivou sua contratação.

    No geral, o time do Ceará jogou buscando equilíbrio nos três setores. Não houve preocupação exagerada com o defensivismo, embora o Coritiba tenha o melhor ataque da competição, com 44 gols. Por isso, o placar foi frenético. Róger abriu o placar aos 9', Bill empatou aos 20', Edmilson desempatou aos 40' e o Ceará fechou o 1º tempo com 2 x 1.

    No início do 2º tempo, o atacante Bill empatou de novo em lance de desatenção do time alvinegro. Róger desempatou aos 23', mas em nenhum momento o Ceará ficou sossegado com a vitória. Dessa vez, as alterações de Estevam Soares deram certo e mantiveram o equilibrio da equipe.

    O Ceará jogou com Fernando Henrique, João Marcos, Fabrício, Edmilson e Vicente; Michel, Eusébio (Boiadeiro), Rudnei (Marcelo Nicácio) e Leandro Chaves (Egídio); Osvaldo e Róger. O árbitro carioca, Marcelo de Lima Henrique, auxiliado por Rodrigo Pereira Jóia (RJ) e Márcio Correia Dias (PA), está entre os melhores que apitaram por aqui nessa temporada.         

    sábado, 24 de setembro de 2011

    Mais um capítulo do caso Fortaleza x CRB/AL



    O Superior Tribunal de Justiça Desportiva julga na terça-feira a polêmica em torno do jogo Fortaleza 4 x 0 CRB/AL, pela Série C, acatando denúncia oferecida pelo Campinense/PB. O tricolor do Pici é acusado de ter combinado o resultado com o time alagoano.

    Um festival de vídeos aparece na web apontando para todas as direções. Neste vídeo, o produtor faz uma defesa do Fortaleza com boa sustentação de fatos. Soube, inclusive, que o Departamento Jurídico do tricolor recorreu ao material para fortalecer a defesa que será apresentada naquela côrte.

    Até que termine o julgamento mais aguardado do ano, continuemos a apreciar a criatividade da turma que manipula bem a tecnologia da informática.

    quinta-feira, 22 de setembro de 2011

    Palmeiras vence Ceará com gol contra e ajuda do apito

    Zagueiro Thiago Mathias fez gol contra

    O Ceará Sporting enfrentou um Palmeiras rápido e "porradeiro" e ainda teve contra si a falta de atitude do árbitro carioca, Wagner Magalhães, principalmente no primeiro tempo, segurando o cartão. O resultado foi uma bola cruzada na área por Márcio Araújo, Luan escorou e o zagueiro Thiago Mathias cortou contra a própria meta. Com um gol contra, aos 43 minutos, o Palmeiras se manteve à frente do placar até o fim do jogo.

    Não adiante reclamar e não foi somente a falta de cartões para punir as jogadas desleais do Verdão que determinaram a derrota do Ceará, mas é preciso reforçar que as fracas atuações disciplinares dos árbitros novatos estão prejudicando algumas equipes, principalmente as tidas como menores.

    Na dividida nem é preciso dizer quem leva vantagem. Marcos Assunção merecia ter recebido o 2º cartão amarelo, no 1º tempo, e Wagner Magalhães foi omisso. No finalzinho do 2º tempo, a bola foi cortada duas vezes com o braço dentro da área do Palmeiras e o árbitro mandou seguir o jogo. A imprensa paulista também viu pênalti a favor do Verdão. Não adianta ficar reclamando. Vamos ao jogo.

    É verdade que a força e a velocidade do Palmeiras devem ser levadas em conta. É o que sobra. Futebol de qualidade não existiu em campo. No 2º tempo, o Ceará melhorou a posse de bola, jogou mais no campo adversário, mas pecou muito nas finalizações. Essa diferença básica no comportamento das equipes ajuda a explicar porque o goleiro Deola pouco jogou enquanto Fernando Henrique foi o melhor do Ceará.

    No 2º tempo, a Palmeiras administrou mais que transpirou. O Ceará jogou melhor articulado com as entradas de Eusébio, Thiago Humberto e Marcelo Nicácio. Luis Felipe Scolari mudou mais por questões táticas para preservar o resultado. Afinal, ao Palmeiras interessava vencer independente de placar.

    O Ceará volta para casa sem Heleno (3º cartão amarelo). Terá o retorno de Osvaldo para o jogo de domingo, às 18h, no Estádio Presidente Vargas, contra o Coritiba. Apesar da derrota, o alvinegro segue fora da zona de rebaixamento, mas está bem próximo dela (16ª posição, com 27 pontos) e assim será até o final da competição caso não volte a vencer seguidamente.       

    Ceará contrata zagueiro e volante. Cadê o meia?



    Conheça um pouco do novo zagueiro do Ceará Sporting, Daniel Marques, 28 anos, um paulista de Jaú, que estava atuando no Grêmio Barueri. Fica claro que foi indicação do técnico Estevam Soares. Trata-se de um zagueiro vigoroso.

    O Ceará também contratou o volante Juca, 31 anos, gaúcho de Passo Fundo, que estava sem contrato. Atuou no espanhol La Coruña, na temporada passada, depois de ter jogado em clubes brasileiros como Internacional, Criciúma e Botafogo para não citar todos.

    Ah! Juca é sobrinho de Paulo Cézar Carpegiani e filho de Roberto, ex-Internacional.

    A diretoria ainda havia dito que contrataria um meia, de preferência que jogasse pela direita, correspondendo à carência da equipe. Mesmo com atraso, o Ceará correu por fora do mercado inflacionado, fez algumas contratações, mas não reforçou o time como era esperado.

    Até o final da tarde, dessa quinta-feira, podem surgir novidades, além do aniversário do volante Eusébio. 

    terça-feira, 20 de setembro de 2011

    Carlinhos Bala esclarece polêmica




    O jornalista Marcelo Bloc, do jornal Diário do Nordeste, conversou com o meia-atacante Carlinhos Bala, do Fortaleza, na tentativa de esclarecer a polêmica gerada com a goleada de 4 x 0, aplicada sobre o CRB/AL, na última rodada da fase de classificação da Série C. Pivô das polêmicas, o meia tem dado explicações à mídia nacional.

    Bala é acusado de ter combinado o resultado do jogo com alguns jogadores adversários. O jogador admite que disse "só falta um", mas estava fazendo um desabafo e reforçando o desejo do Fortaleza, que era golear o CRB para evitar qualquer chance de rebaixamento.

    Outros jogos, cujos resultados favoreceram a equipes que precisavam golear ou a equipes que precisavam apenas empatar, também geraram polêmicas, mas nunca nessas proporções. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva aguarda as denúncias, que não chegam de nenhuma equipe entre as que estão protestando.

    domingo, 18 de setembro de 2011

    Lágrimas, suor e dúvidas no Ceará e no Fortaleza




    A rivalidade é isso aí.

    Já aconteceu de tudo depois da tarde desse sábado, quando o Fortaleza conseguiu fugir do rebaixamento para a Série D do Brasileirão e o Ceará Sporting foi goleado pelo São Paulo. Ninguém tem dúvidas quanto aos quatro gols sofridos pelo alvinegro, mas a vitória tricolor...

    Quanto ao placar (4 x 0), coincidentemente, confortou a torcida do Fortaleza e decepcionou a torcida do Ceará. Não se fala nisso. Mas no jogo em si, a torcida do Ceará não para de fazer críticas, levantando suspeitas sobre a vantagem no saldo de gols, construída pelo Fortaleza nos minutos finais da partida .

    Além do vídeo acima, com o propósito de fazer insinuações (de armação) contra o Fortaleza, recebi ligações telefônicas insinuando que a torcida do Ceará (fingindo ser do CRB/AL) teria ido ao Estádio Presidente Vargas para desestabilizar o Fortaleza.

    Mais que isso. A torcida teria sido paga para fazer o serviço. Fato é que nem um lado nem outro prova nada. Tudo não passa de insinuações. A torcida do Ceará, ressaqueada com a goleada sofrida, cutuca a torcida rival, que revida com velhas táticas de acusar sem provar.

    A verdade é que a torcida do Fortaleza não para de comemorar a permanência na Série C, como se fosse a conquista de um título, o pentacampeonato, por exemplo. É exagero, sim. Mas cada um comemora o que conquista e o Fortaleza não foi além disso nessa temporada.

    A torcida do Ceará está, digamos, desconfiada com o futuro. A derrota para o São Paulo poderia ter sido encarada como normal se não fosse a goleada. O Palmeiras será o próximo adversário e não será nada fácil. Os mais críticos estão divididos entre culpar a diretoria ou o técnico Estevam Soares.

    Prefiro não levar em consideração tudo isso. Continuo afirmando que os dirigentes são os primeiros responsáveis por tudo que acontece. Depois, a responsabilidade é dividida entre comissão técnica e jogadores. O calvário do Fortaleza cessou na Série C. O Ceará segue na disputa da Série A.

    Os dirigentes tricolores ganharam mais tempo para refletir. Os dirigentes alvinegros não dispõem do mesmo tempo, mas todos precisam refletir rapidamente sobre o futuro de suas gestões enquanto é tempo. No futebol não dá para contar com a sorte o tempo inteiro.

    sábado, 17 de setembro de 2011

    Um vídeo para filosofar




    Aproveitando o fim de semana para fazer reflexões sobre as derrotas e as vitórias. Alguns reclamam, outros festejam. Nunca estarão todos satisfeitos. Alguém vai estar, sempre, em desvantagem mesmo que lute bastante pela vitória.

    No futebol é bem assim: uma torcida sorri, a outra chora. No fundo, ninguém quer sofrer, mas nem todos serão vencedores. O consolo é saber que o vencedor de hoje pode ser o perdedor de amanhã.

    Mais que isso, é importante saber que as derrotas farão parte das histórias do passado em breve. As vitórias vão permanecer latentes em nossas vidas. Usemos, pois, as vitórias acumuladas para "descontar" o saldo negativo das derrotas.

    Vitórias e derrotas existem e são inevitáveis.

    Melhor, então, aprendermos a dosar as emoções. Melhor entendermos que os derrotados precisam ser consolados para que nos consolem quando forem vencedores. É verdade que alguns vencem mais que perdem; outros perdem mais que vencem. E daí?

    Por tudo isso, a vida fica melhor quando aprendemos a ponderar, a escutar, a refletir e a filosofar.

    quarta-feira, 14 de setembro de 2011

    Estevam Soares volta ao Ceará como saiu

    O Atlético/GO derrubou e trouxe de volta Estevam Soares 

    Parecem números de profecia.

    O técnico Estevam Soares está retornando ao Ceará Sporting depois de 400 dias pelo mesmo caminho que saiu. Ano passado, na 13ª rodada do Brasileirão, Estevam caiu depois de um empate sem gols contra o Atlético goianiense. Este ano, um empate em 1 x 1, contra o mesmo time, na 23ª rodada, determinou a queda de Vágner Mancini e o consequente retorno do "Capitão".

    O futebol é uma gangorra sem fim. Não há dúvida que o dirigente demite, às vezes, para dar satisfação ao próprio ego; às vezes, para "limpar a barra" com o torcedor. Estou certo que foi assim nas demissões de Estevam e de Mancini. Os dirigentes alvinegros chegaram a admitir que estão reparando uma injustiça ao trazer o "Capitão" de volta.

    A troca de técnico, no entanto, não determina que o Ceará estará livre do rebaixamento para a Segundona. Os dirigentes precisam reconhecer, publicamente, que deixaram de qualificar a equipe lá atrás nas primeiras rodadas. O tempo passou, as oportunidades passaram e a necessidade de reforços apertou às vésperas do encerramento do prazo de inscrições.

    O Ceará tem deficiências nos setores de criação e finalização. Mancini sabia disso e os dirigentes também, mas quem contrata não é o técnico. Quando o time não ganha, porém, quem "paga o pato" é o técnico. O dirigente sai da história como inocente. Essa farsa precisa acabar para que os técnicos possam trabalhar com tranquilidade. Os dirigentes precisam ser mais cobrados pelas torcidas.

    Vejam a situação do Fortaleza, por exemplo, para sermos bem práticos. O time era sofrível para competir com o Ceará no Campeonato Cearense 2011, mas os dirigentes levaram a torcida a acreditar que aquele time ganharia o pentacampeonato. Quando o fracasso ficou evidente, os dirigentes dissolveram a comissão técnica e mandaram quase todo time embora. Pronto, tudo resolvido!

    Contrataram quase dois times e uma comissão técnica, com direito a pré-temporada de 40 dias, para as disputas da Série C. Parecia estar tudo certo, mas não houve tempo para entrosar a equipe e o desempenho em campo foi um fiasco. Mais uma vez, os técnicos foram os crucificados. 

    Ferdinando Teixeira correu para a aposentadoria, Arthur Bernardes desistiu pelo caminho, o assistente Marquinhos ficou um jogo e entregou a equipe, Ademir Fonseca chegou e saiu sem estreia e Júlio Araújo ficou com a pior missão: salvar ou rebaixar a equipe para a Série D.

    A moral da história é que o primeiro time a se classificar para a próxima fase da Série C, América de Natal/RN, é treinado por Flávio Araújo, aquele mesmo que treinava o Fortaleza quando a comissão técnica foi dissolvida e quase todo o time foi mandado embora. Apesar de tantos desacertos, os dirigentes simplesmente pedem desculpas e nada mais acontece.

    Essa história está surrada, mas nunca é demais lembrar aos que a conhecem. Também não é demais lembrar  aos que acreditam que só aconteceu com o rival. No mundo do futebol, ninguém está imune aos castigos da bola. Pior ainda é desconhecermos quem julga as peripécias dos cartolas já que o torcedor é impotente.    

    terça-feira, 13 de setembro de 2011

    Novo PV aos 70 anos de fundação




    Não dá para calcular quantas jogadas promoveram alegrias e tristezas aos milhares de torcedores que frequentaram o Estádio Presidente Vargas nesses últimos 70 anos. Mas é possível pinçar alguns dos craques que vivenciaram esses momentos. Foi isso que a Prefeitura de Fortaleza procurou fazer para homenagear os 70 anos de fundação do PV, chamado por muitos de "Gigantinho do Benfica", na festa de reinauguração do estádio.

    Vale a pena conferir e guardar como lembrança.

    Zona assusta cartolada do Ceará

    Gilson Kleina está no G-4 da Segundona 

    Vou dormir e quando acordar o Ceará Sporting poderá ter anunciado ou estar anunciando seu novo treinador para substituir Vágner Mancini, dispensado após o empate, em 1 x 1, contra o Atlético goianiense, no último domingo, no Estádio Presidente Vargas, pela 23ª rodada do Brasileirão. O presidente Evandro Leitão não pensava na demissão, mas foi voto vencido na reunião de diretoria, daí a demora na definição do novo contratado.

    Alguns nomes frequentaram a lista de especulações, mas o nome do treinador da Ponte Preta, Gilson Kleina, figurou com mais firmeza. Não sei quais os critérios utilizados pelos dirigentes alvinegros. Talvez seja a posição que a Macaca ocupa na Segundona (3ª colocada com 40 pontos), porque nos outros quesitos não impressiona.

    O paranaense Kleina tem 43 anos, emergente como Mancini, com menos de dez anos no comando de equipes profissionais. Time de tradição só treinou o Paysandu, em 2005, e o Paraná Clube, em 2007. Ano passado esteve no Boa Vista (RJ), Ipatinga (MG) e Duque de Caxias (RJ), onde esteve também em 2009. Atualmente enfrenta críticas da crônica de Campinas (SP) por ter empatado dois jogos seguidos.

    A vida de treinador é assim. Eles deveriam vestir a roupa de super-homem e ter superpoderes, inclusive poderes sobrenaturais. Empatar duas ou três vezes não serve. Perder nem pensar. Ganhar só de goleada para provar que o time é imbatível. Placar apertado demonstra fragilidade. E por aí vai.

    Só não há questionamentos com as contratações desastrosas dos dirigentes. Parece ser um pecado falar na falta de qualidade da maioria dos jogadores que pulam de time em time como macacos pulam de galhos. Sem falar que cada treinador, agora, leva consigo uma romaria de auxiliares e pede para contratar outro time, sempre os mesmos jogadores que não deram certo em equipes passadas.

    O Ceará Sporting demorou de surtar, mas a 15ª posição, com 27 pontos, perturbou a cartolada em Porangabuçu. Eles só esqueceram que contratar reforços é preciso, trocando ou não o treinador. Desde o início do Brasileirão tenho dito que o time não estava qualificado para enfrentar a competitividade do certame. Os furos começaram a aparecer com as suspensões e contusões.

    Saídas dos volantes Michel e João Marcos, do zagueiro Fabrício e do meia Rudnei foram o suficiente para desarticular, taticamente, o Ceará em alguns jogos. Além de perder o treinador, o time alvinegro pode perder o zagueiro Fabrício que não resistiu à proposta tentadora do Sport (R$ 100 mil/mês). E ainda não foi uma grande turbulência, mas o Vovô balançou.      

    quarta-feira, 7 de setembro de 2011

    Ceará não freia o Botafogo e sai goleado

    Capitão Fabrício reclamou, fez falta dura e  foi expulso de campo

    O Ceará não suportou a volúpia do Botafogo/RJ e foi goleado, por 4 x 0, sem contestações. Completo até os 43' do primeiro tempo, quando o zagueiro Fabrício foi expulso, perdeu por 1 x 0. Com dez jogadores no segundo tempo, o alvinegro foi apático, com a única alternativa do contra-ataque, sofreu três gols e não conseguiu reagir.

    Com a derrota, o Ceará caiu duas posições na tabela antes mesmo do fim da rodada. O Botafogo ficou a um ponto do líder São Paulo, também momentaneamente. Os jogadores do Botafogo valorizaram o jogo com o foco na liderança e gastaram todas as energias que tinham.

    Não há receita pronta. O Botafogo joga um futebol simples e competitivo. Muita velocidade, deslocamentos constantes e bom aproveitamento nas finalizações. Os meias Maicosuel e Elkeson jogam como verdadeiros atacantes. Herrera e Loco Abreu têm a única preocupação com a área e quando a bola chega eles estão lá, prontos para finalizar.

    Além de toda pressão exercida pela torcida do Botafogo (36 mil pagantes), o Ceará ainda sofreu um gol aos 5' do primeiro tempo. Cometendo falta ou não, o atacante Herrera estava lá na área para receber o cruzamento de Elkeson. Depois desse momento, o Ceará ainda conseguiu equilibrar o jogo, mas o adversário foi sempre superior tecnicamente.

    Na volta para o segundo tempo, sem o zagueiro Fabrício (expulso), o Botafogo teve mais espaço para jogar e fez prevalecer a superioridade numérica. O técnico Caio Júnior ainda deu um "empurrão" no time com a troca do lateral esquerdo Márcio Azevedo por Éverton, que passou a jogar do meio para a frente.

    Depois do segundo gol de Herrera, aos 12' do segundo tempo, o time alvinegro foi perdendo força e poder de marcação. O gol de Loco Abreu, aos 27', foi um exemplo disso. Elkeson disparou pela direita, tocou para Maicosuel, que não chutou para o gol, deu a bola voltando para Loco Abreu com total visão do gol.

    No último gol, aos 37', a bola foi cruzada da esquerda e o pequeno Cidinho cabeceou entre os zagueiros. Enquanto isso, o time do Ceará não esboçou reação nem mesmo quando esteve completo. Foram poucos lances de área, ameaçando o gol de Jefferson, em jogadas isoladas de Washington, João Marcos e Osvaldo. 

    Francamente, o Botafogo foi muito superior ao Ceará. Jogou um futebol atropelador em busca da liderança. O Ceará teve deficiências diversas, sim. Deficiências à parte, o placar correspondeu à superioridade técnica do time da estrela solitária. A derrota não pode ser atribuída a esse ou aquele. Não há como omitir essa verdade.    

    Ficha técnica de Botafogo 4 x 0 Ceará, às 16h, no Estádio João Havelange (Engenhão), Rio de Janeiro, pelo Brasileirão, no dia 7 de setembro de 2011.

    Botafogo: Jefferson, Lucas, Gustavo, Fábio Ferreira e Márcio Azevedo (Éverton); Marcelo Mattos, Renato, Maicosuel e Elkeson (Alex); Herrera (Cidinho) e Loco Abreu. Técnico: Caio Júnior.

    Ceará: Diego, Boiadeiro, Fabrício, Erivélton e Vicente; Heleno, Eusébio, João Marcos (Kléber) e Thiago Humberto (Felipe Azevedo); Osvaldo e Washington (Edmilson). Técnico: Vágner Mancini.

    Gols: Herrera, aos 5’ do 1º tempo; Herrera, aos 12’; Loco Abreu, aos 27’; Cidinho, aos 37’ do 2º tempo.  

    Cartões amarelos: Herrera e Elkeson (Botafogo); Heleno, Fabrício, Erivélton e Edmilson (Ceará).

    Cartão vermelho: Fabrício (Ceará).

    Renda: R$ 760.960,00 para um público pagante de 36.995.

    Árbitro: Edivaldo Elias da Silva (PR), auxiliado por Gilson Bento Coutinho (PR) e José Amilton Pontarolo (PR).  

    terça-feira, 6 de setembro de 2011

    Boas campanhas melhoram ranking do Ceará Sporting

    Ceará subiu no elevador da IFFHS

    O Ceará Sporting pegou o elevador nessa temporada e subiu do 167º andar para a posição de 119º no ranking da IFFHS (Federação Internacional de História e Estatística do Futebol). A divulgação dessa segunda-feira foi uma parcial mensal do ranking dos 400 melhores times do mundo. O Ceará subiu 48 posições e o Santos desceu cinco posições, caindo da 8ª para a 13ª posição.

    A primeira colocação segue com o Barcelona (ESP), campeão das Supercopas da Espanha e da Europa, seguido pelo Real Madrid (ESP). O Barça tem 331 pontos contra 309 do Real Madrid. O Santos, primeiro entre os brasileiros, tem 210 pontos. O Ceará tem 108 pontos, abaixo do Botafogo (RJ), com 122, e acima do Corinthians (SP), com 103.
      
    Na montagem do ranking, a IFFHS leva em consideração os resultados dos últimos 12 meses. Cada país tem um peso para seus resultados. Os mais fortes têm peso 4, os demais têm peso 3, 2 e 1. O Brasil faz parte do grupo mais forte, ao lado da Inglaterra, Espanha, Itália, Alemanha, França e Argentina.

    Nesta temporada, o Ceará foi campeão cearense, chegou às semifinais da Copa do Brasil, disputou a Copa Sul-Americana e segue fazendo uma campanha de razoável para boa no Brasileirão da Série A. Esses indicadores foram decisivos para a subida alvinegra no elevador da IFFHS.


    Veja abaixo a lista com os 18 brasileiros no ranking da IFFHS:
      1º - Santos (13º)
      2º - Cruzeiro (24º)
      3º - Internacional (37º)
      4º - Grêmio (39º)
      5º - Palmeiras (42º)
      6º - Vasco da Gama (62º)
      7º - Fluminense (68º)
      8º - Flamengo (81º)
      9º - São Paulo (91º)
    10º - Botafogo (94º)
    11º - CEARÁ (119º)
    12º - Corinthians (141º)
    13º - Avaí (168º)
    14º - Atlético/PR (176º)
    15º - Goiás (127º)
    16º - Atlético/MG (134º)
    17º - Atlético/GO (178º)
    18º - Coritiba (285º)


    Confira como é feita a pontuação para chegar ao ranking da IFFHS:


    Países: Inglaterra, Espanha, Itália, Alemanha, França, Brasil e Argentina.
    Peso: 4
    Campeonato nacional: 4 pontos por vitória; 2 pontos por empate.
    Copa nacional: 12 pontos por fase galgada, a partir das oitavas de final.
    Champions e Libertadores: 14 pontos por vitória; 7 pontos por empate
    Liga Europa e Sul-Americana: 12 pontos por vitória; 6 por empate.


    Países: Portugal, Turquia, Holanda, Rússia, Ucrânia, Uruguai, Paraguai, Equador, Chile e Colômbia.
    Peso: 3
    Campeonato nacional: 3 pontos por vitória, 1,5 por empate.
    Copa nacional: 9 pontos por fase galgada, a partir das oitavas de final.
    Champions e Libertadores: 14 pontos por vitória; 7 por empate.
    Liga Europa e Sul-Americana: 12 pontos por vitória; 6 por empate. 


    Ranking de clubes do IFFHS - 09/2011
    Clique AQUI e efetue Download

    domingo, 4 de setembro de 2011

    Ceará cochila e deixa Inter empatar

    Washington poderia ter voado mais 

    Um cochilo dos jogadores alvinegros no início do segundo tempo e o Ceará deixou escapar uma vitória importante contra o Internacional, no Estádio Presidente Vargas, pelo segundo turno do Brasileirão. Washington fez um gol de pênalti, aos 35', e poderia ter feito pelo menos mais dois para garantir a vitória, mas pecou nas finalizações. O Internacional pressionou muito e, no segundo tempo, o atacante Jô tirou proveito da bobeira alvinegra para empatar: 1 x 1 foi placar justo.

    O atacante Washington entrou bem no jogo. Fez um gol, deu trabalho ao goleiro Muriel, acertou o poste direito do Inter e ainda ajudou na marcação, mas não foi o suficiente. Mais uma vez, o time sentiu a ausência de um meia que desse mais assistência aos atacantes. Enrico não conseguiu desempenhar essa função e o meio ficou mais vulnerável com a saída dele para a entrada de Felipe Azevedo.

    O primeiro tempo foi do Ceará, o segundo tempo foi equilibrado, com ligeira vantagem do Internacional, que fez a diferença na condição física. Para o técnico Vágner Mancini, o Ceará sentiu emocionalmente o gol sofrido aos 30 segundos, tendo demorado para voltar a entrar no jogo. Precisamente, aos 18', o zagueiro Erivélton só não fez o gol de cabeça por causa da defesaça de Muriel. Foi o primeiro ataque alvinegro após o gol do Inter.

    Os colorados fizeram várias incursões perigosas, esbarraram no goleiro Diego e só não ganharam o jogo porque o goleador Jô (justo ele) chutou para fora uma bola que tinha endereço certo. Eram 40 minutos de jogo e um gol àquela altura "sepultaria" o Ceará. Por outro lado, Osvaldo não conseguiu traduzir em um gol sequer as várias jogadas ofensivas que criou.

    De qualquer maneira, o gol do Ceará nasceu com jogada individual de Osvaldo, pela esquerda, de fora para dentro da área, quando terminou derrubado pelo zagueiro Rodrigo Moledo. É fato que "aquele" meia segue fazendo falta. O próprio dirigente Robinson de Castro reconheceu, depois do jogo, que há necessidade dessa contratação e confessou estar pesquisando o mercado.

    O Ceará termina a rodada na mesma 13ª colocação, com 26 pontos. O Inter também estacionou na 10ª colocação, com 29 pontos.

    Ficha técnica do jogo no Estádio Presidente Vargas, às 18h, pelo Brasileirão

    Ceará: Diego, Boiadeiro, Fabrício, Erivélton e Vicente; Michel, Heleno, Eusébio (Edmilson) e Enrico (Felipe Azevedo); Osvaldo e Washington. Técnico: Vágner Mancini.

    Internacional: Muriel, Nei, Rodrigo Moledo, Juan e Kléber; Bolatti, Guiñazu (Sandro Silva), Oscar (Alex) e Andrezinho; Dellatorre (Wilsinho) e Jô. Técnico: Dorival Júnior.

    Gols: Washington, de pênalti, aos 35’ (Ceará); Jô, aos 30 segundos do 2º tempo (Internacional).

    Cartões amarelos: Rodrigo Moledo e Nei (Internacional).

    Renda: R$ 109.108,00 para um público pagante de 11.732.

    Árbitro: Wilson Luiz Seneme (SP), auxiliado por Fábio Rogério Baesteiro (SP) e Kildenn Tadeu Lucena (PB).         

    Árbitro ruim 'mela' Vitória 1 x 1 Icasa




    Mais de 24 horas depois do empate Vitória 1 x 1 Icasa, nesse sábado, no Barradão, pela Segundona, as decisões do árbitro alagoano Flávio Feijó de Omena continuam rendendo acalorados debates entre torcedores das duas equipes, cronistas e curiosos de plantão. Fraco disciplinarmente, Omena perdeu o controle do jogo, enervou as duas equipes e transformou lances comuns em eternas polêmicas.

    Vitória x Icasa já é um clássico do Nordeste e, pela necessidade de pontuar, as duas equipes entraram em campo dispostas a buscar a vitória. Seria importante, portanto, a presença de um árbitro mais experimentado com aquele tipo de confronto. Ao contrário, a Comissão Nacional de Arbitragem escalou um árbitro estreante.

    Deu no que deu. Todo mundo reclamou do alagoano. No final, o Icasa sentiu-se prejudicado com a marcação de um pênalti no finalzinho do jogo, que garantiu o empate ao Vitória. Os caçadores de pênaltis, recorrendo aos recursos da TV, reviram o lance mil vezes para justificar o erro (?) do árbitro, como se essa fosse a questão decisiva.

    Antes de apontar se foi erro ou não, é importante dizer que estão sendo escalados árbitros inexperientes para jogos importantes. Até mesmo alguns árbitros experientes têm cometido erros grosseiros e nenhuma providência tem sido tomada. O que os árbitros escrevem tem 'fé de ofício' e o prejuízo dos clubes vai para a lata do lixo.

    quinta-feira, 1 de setembro de 2011

    Carlinhos Bala é o "fogueteiro" da vez no Pici




    O novo técnico do Fortaleza, Ademir Fonseca, chegou ao Pici como já era esperado, levando consigo uma bateria de rojões, a exemplo do que fez recentemente no São Caetano/SP. A novidade, para a maioria dos jogadores, foi logo apresentada e o atacante Carlinhos Bala foi o escolhido para soltar os primeiros foguetes antes dos treinos dessa quinta-feira.

    Ademir Fonseca conversou, demoradamente, com os jogadores e não escondeu o que sentiu. Para o técnico, o time do Fortaleza precisa ser acordado. "O time está gelado como um defunto, alguém que morreu", ironizou a situação.

    Ele sabe que não adianta apelar somente para treinamentos. Faltam dois jogos, contra o América/RN, lá em Goianinha, e contra o CRB/AL, aqui no Estádio Presidente Vargas, e a missão é vencer e vencer para aguardar uma série de combinações com esperança em uma possível classificação.

    Caso o tricolor tropece nesses jogos, o fantasma do rebaixamento para a Série D vai rondar o Pici. Por isso tudo, Ademir Fonseca acredita que não haverá salvação se os jogadores não acordarem para a realidade. O discurso é coerente, mas não é novo. Os técnicos anteriores não pensavam diferente.