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    sexta-feira, 16 de julho de 2010

    "Guerra fria" ameaça a Copa 2014

    Só não vou dizer que tenho vergonha de ser brasileiro ou frases do tipo, mas tenho a sensação de estar sendo possuído por uma legião de desconfiados patriotas quando o assunto é a Copa 2014, no Brasil. Os brasileiros não conseguem sentir firmeza nas autoridades que mandam nesse País.
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    É incrível como a onda de desconfiança está aumentando.
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    E não é sem motivos. O principal deles é a crise (verdadeira guerra fria), entre o Governo de São Paulo e a CBF (Ricardo Teixeira), gerada pela desclassificação do estádio do Morumbi para o Mundial.
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    Não é pouco o que ouvimos e lemos a respeito dos problemas com licitações para as obras dos estádios pelo Brasil a fora. Questões elementares sob contestação. Denúncias de superfaturamento e beneficiamento de empresas. Que vergonha!
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    Claro, em nenhum momento a Fifa vai estar numa situação confortável em relação à credibilidade do Comitê Organizador Local. Além das constantes notícias desalentadoras, as autoridades não conseguem tocar as obras nos prazos acordados.
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    Por tudo isso, cresce uma inquietação entre os mais preocupados com o interesse anunciado do Canadá em sediar a Copa 2014. Essas situações são naturais às vésperas de qualquer Copa do Mundo. O problema é que as coisas acontecem de forma lenta e imprecisa por aqui.
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    Vejam a responsabilidade da Inglaterra, por exemplo, que está indecisa sobre a candidatura para a Copa 2018 por causa da campanha na África do Sul. A seleção da Inglaterra ficou nas oitavas de final, motivo suficiente para motivar reflexões nos dirigentes ingleses. Eles têm vergonha!
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    A candidatura conjunta Espanha/Portugal pra a Copa 2018 não é por acaso. A Espanha tem investido bastante, desde os Jogos Olímpicos de 1992, na formação de atletas e na infraestrutura dos estádios. Nos últimos dez anos, os espanhóis investiram mais de 200 milhões de euros em seus estádios. O título que acabam de conquistar não foi por acaso.
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    Bélgica e Holanda estão analisando a possibilidade de abrir candidatura para a Copa 2022, mas demonstram prudência nas declarações. Até um consórcio formado pelo Peru, Colômbia e Equador surge como uma possível candidatura para a Copa de 2026.
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    É isso mesmo! Todos têm direito a postular candidatura. O direito é democrático e a Fifa não costuma fazer restrições. A Fifa costuma ser rigorosa na cobrança do cumprimento das obras que constam do caderno de encargos. É exatamente aí que o perigo ronda a Copa 2014, no Brasil.
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    Francamente, quero continuar tenho orgulho de ser brasileiro.

    Um comentário:

    Renato Wanderley disse...

    Na minha avaliação, a burocracia continua sendo um dos males do nosso país. Até agora nada foi feito para as disputas do Mundial. O que se ouve muito são promessas aliadas a projetos de não saem do papel. Como contribuinte (já que pago impostos) fico esperando pelas nossas autoridades.