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    quinta-feira, 1 de julho de 2010

    Provocações Holandesas

    O jornal holandês "De Volkskrant" publicou uma matéria, na edição dessa quinta-feira, em que destaca depoimentos de ex-craques da "Laranja Mecânica" sobre o clássico Holanda x Brasil nas Copas de 1974, 1994 e 1998. A legenda da foto acima insinua que o atacante Patrick Kluivert "passou por cima" do volante Dunga - então capitão -, hoje treinador da seleção brasileira.
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    O jornal criticou o ex-zagueiro Luis Pereira por ter usado de jogadas violentas para marcar o meia Johan Neeskens na Copa de 1998. O ex-zagueiro Stan Valckx disse que teve muito trabalho para marcar Romário. Chegou a ficar exausto. Reconheceu o valor dos brasileiros, mas alfinetou quando disse que "o Brasil não era bom, mas eficaz. Sabiam exatamente o que estavam fazendo na América, ou seja, buscar título".
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    Essa matéria é uma repercussão das críticas do ex-atacante Cruijff à qualidade da seleção brasileira. O jogador holandês chegou a dizer que não pagaria ingresso para ver a seleção do Dunga jogar. Daí em diante, os holandeses menos cotados também acharam-se no direito de criticar a seleção brasileira.
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    Dunga jogou bem. Não entrou na provocação de Cruijff. Não deu eco às críticas dos holandeses e deve ter "vacinado" os seus comandados sobre a polêmica, cujo objetivo é criar um ambiente hostil e tirar a concentração dos brasileiros. Não é legal, mas é normal. Os adversários sempre usam esse tipo de provocação. Felizmente, os nossos provocadores pararam de "vuvuzelar" o Dunga.
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    Os holandeses sabem que vão enfrentar um adversário de qualidade. Estão fazendo o jogo emocional que lhes convém. Os brasileiros insatisfeitos com as opções do Dunga, ao contrário, transformam-se em algozes, tentam desqualificar os pontos positivos da equipe e vibram negativamente como se fossem os adversários.
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    Criticar, pode e deve. Cada um dos 200 milhões de brasileiros gostaria de escalar a seleção brasileira, mas somente o Dunga tem esse poder oficial. Errado ou certo, já chegou às quartas de final. Não há mais tempo para resmungar ausências de jogadores preferidos e questionar esquema tático. É hora de torcer e vibrar positivamente.
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    Além do mais, a "Laranja" já não tem a força mecânica dos tempos de Cruijff.

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