CHINESINHO HERDA MALDIÇÃO DO VESTIÁRIO

Em pé: Cícero, Pedro Basílio, Zé Paulo, Wilkson , Joãozinho e Douglas. Agachados: Nado, Rubens Salim, Erandy, Chinesinho e Mimi. Time do Fortaleza da década de 1970.

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Francisco Gomes de Sousa, hoje com 62 anos de idade, já não tem a força que o notabilizou como médio-volante nas peladas do bairro Varjota. Dalí, guiado pelo supervisor do Calouros do Ar, Martins Monteiro, esbanjou vitalidade. Naquela época, sobrava qualidade técnica, mas a preparação física deixava a desejar. Os massagistas aplicavam os famigerados "complexos" para aumentar a correria em campo e as agulhas contaminavam muitos jogadores.

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Centenas de ex-jogadores herdaram a Hepatite C, uma inflamação no fígado, que pode levar à morte toda pessoa que não iniciar logo o tratamento. Chinesinho faz parte dessa estatística e lembra bem dos "complexos" que tomou para aumentar o fôlego. O ex-lateral da Seleção Brasileira, Marinho Chagas, também lembra que "antigamente, os médicos usavam aquelas agulhas de ferro. Depois da primeira aplicação, continuavam aplicando em outras pessoas".

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O que antes era um "complexo" para esbanjar fôlego a milhares de torcedores, hoje virou pesadelo para esses ex-jogadores. Chinesinho, longe da plateia, assistido pela esposa, D. Rina Márcia, luta contra a doença com a ajuda de outros "complexos" e tratamentos caros. Não só a torcida desapareceu. No caso dele, felizmente a família o segue até hoje.

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O quadro de saúde de Chinesinho ficou mais grave há cerca de um ano. As dificuldades aumentaram. A Agap - Associação de Garantia ao Atleta Profissional, como a maioria dessas entidades, não tem ajudado na proporção da necessidade do ex-jogador. Para D. Rina, toda ajuda é válida, e disponibiliza até o telefone pessoal: 0xx-85-9625-6285.

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Fica o alerta aos que insistem em contrariar a lei natural do corpo e aos que se arriscam compartilhando drogas e seus métodos de uso.