O colunista da Folha Online, Humberto Peron, não se fez de rogado e usou o espaço da sua coluna para fazer uma confissão: "sou viciado em futebol. Dizem que quando você é viciado em algo, acaba mudando sua vida, larga seu emprego, sua carreira. E foi o que eu fiz. Larguei uma carreira para começar outra e poder ficar mais perto do futebol...".
Mas Humberto fez questão de advertir: "não confunda vício com fanatismo. O fanático não se importa com o que acontece com o futebol como um todo, ele só tem olhos para o seu clube. Tudo que contrarie seu clube é tratado como conspiração. Basta ler ou ouvir algo para ficar ofendido, para falar que ninguém entende de futebol, a não ser ele e os torcedores de seu time. O viciado, não".
Para Humberto, uma diferença fundamental "é que o fanático, de uma hora para outra, abandona o futebol e esquece seu clube. Quase sempre volta a acompanhar o time, mas para ele esses meses ou anos que esteve ausente não existiram na história do futebol. Sem dizer que todo fanático pensa que é craque de futebol nas peladas, enquanto o viciado joga apenas para se divertir".
Fanatismo, do francês fanatique ou do latim fanaticus é qualquer coisa extremista, muito exagerada. Uma pessoa fanática tem comportamentos excessivos, particularmente por uma causa religiosa ou idéia ou política ou até mesmo atos extremos, ou com um entusiasmo obsessivo para uma postura ou um passatempo.
O fanatismo pode estar presente em qualquer ato do ser humano, não restringindo nenhum. Porém culturalmente, os fanatismos são referenciados apenas na religião, ou na política porém isso não é bem verdade vários atos podem ser considerados fanatismo.
Convenhamos, o fanatismo está presente no futebol, sim. Como definir três torcedores do Fortaleza detidos, em Natal, na terça-feira, 26/05, antes da partida contra o ABC/RN? Cerca de 60 torcedores de uma torcida uniformizada do clube cearense foram abordados na altura do município de Macaíba, a 18 Km de Natal. No micro-ônibus, que levava os torcedores, foram encontrados fogos, bombas de fabricação caseira, drogas e um revólver. O restante do grupo foi liberado.
Na Bahia, o governador Jaques Wagner admitiu publicamente que major "antivitória roxo" faltou com profissionalismo. O major da 17ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), Francisco César Cunha Bonfim, foi exonerado na noite de quinta-feira (21/05), após ter hasteado a bandeira do Vasco da Gama no lugar da bandeira do Estado.
No futebol é assim. Todo mundo tem um pouco de tudo e não seriam os fanáticos os excluídos, embora eles terminem sendo algozes dos seus próprios times. Quando não ficam presos, levam os times, para os quais torcem, à duras punições impostas pela Justiça Desportiva.
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