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    quinta-feira, 4 de junho de 2009

    A IRA DA GUERRA PERDE PARA AS BESTAS-FERAS DO FUTEBOL

    Os deuses do futebol devem estar perguntando: Por que a bestialidade toma conta de torcedores que se dizem apaixonados pelos times que torcem? Nem a ira da guerra se compara a essas bestas-feras. Talvez, eles não saibam que, em 1969, uma sangrenta guerra civil parou, no antigo Congo Belga, para ver o futebol do genial Pelé, o Rei, durante uma excursão do Santos à África.
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    Talvez, eles não consigam entender como os conflitantes entraram num acordo e a guerra parou para que o jogo fosse realizado. O Santos realizou duas partidas na região (ganhou as duas e Pelé fez quatro gols) e a paz reinou no País naqueles dias, sem que nenhum tiro fosse disparado. Assim que a delegação, escoltada até o aeroporto, deixou o País, a guerra recomeçou.
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    Talvez, eles precisem ler e ouvir mais para, por exemplo, saberem que o Ministério das Relações Exteriores acaba de criar um departamento para utilizar o esporte como ferramenta na diplomacia do Brasil com outros países. A primeira ação seria levar o jogo entre Corinthians e Flamengo, dia 28 de novembro, para a Palestina, em uma área de conflito.
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    Exatos 40 anos depois daquele inusitado episódio em plena guerra civil, torcedores do Corinthians e do Vasco entraram em confronto, na última quarta-feira, na Marginal Tietê, em São Paulo, antes da partida semifinal da Copa do Brasil entre as duas equipes, no estádio do Pacaembu. De acordo com a Polícia Militar, uma pessoa morreu no conflito.
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    Ainda segundo a PM, após a partida, que acabou em 0 a 0 e classificou o Corinthians para a final do torneio, um ônibus da torcida do Vasco (foto) foi incendiado nos arredores do estádio municipal. Ninguém ficou ferido no incidente.
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    Se ainda restar vivo algum ex-combatente daquela guerra africana, e tomar conhecimento dessa bestialidade que acontece por aqui, certamente não entenderá como deixar de ver seus ídolos para se degladiar pelas ruas -verdadeiros campos abertos de uma besta guerra civil.

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