Os dirigentes do Fortaleza continuam procurando um zagueiro de qualidade, dentro das pretensões salariais do clube, para "botar moral" na zaga tricolor. Ontem, o nome cotado era o de Gladstone, 24 anos, ex-Náutico; no início da noite, ganhou força o nome do zagueiro Antonio Carlos (foto), 26 anos, do Atlético paranaense. O primeiro, deixou o Náutico por não aceitar uma punição imposta pela diretoria; o segundo, está afastado para recuperar a forma física.
O carioca Antonio Carlos dos Santos Aguiar tem 1,84 m de altura e pesa 84 kg. Começou no Olaria, depois passou pelo Bangu e Fluminense (todos no RJ). Jogou no Ajaccio, da França, e voltou para defender o Atlético paranaense. Com a crise técnica do time no atual Brasileirão, o presidente do time, Marcos Malucelli, afastou, por deficiência técnica e física, o zagueiro Antonio Carlos, o volante Zé Antonio, o meia Netinho, o lateral-direito Alberto e o atacante Rafael Moura.
Fora de campo, reprovados. Galdstone parece ser um jogador "cabeça quente" para não o chamarmos de indisciplinado. Antonio Carlos parece um jogador "largado" para não o chamarmos de descuidado. São duas expressões usadas no dia-a-dia do futebol. Jogadores que criam problemas para o grupo não são mais aceitos pelas grandes equipes, mesmo que tenham boa qualidade técnica.
Dentro de campo, não podemos falar nada. Os curriculos mostram dois jogadores em plena atividade e com passagens por grandes clubes. Difícil mesmo é conseguir essa aliança: bom jogador-com salário compatível-disposto a se dedicar como verdadeiro atleta, a partir dos treinamentos diários.
Enquanto isso, o Fortaleza sai para um jogo importante, contra a Ponte Preta, em Campinas (SP), precisando ganhar para não afundar mais ainda na zona de rebaixamento. Por causa da defesa ruim, o tricolor é 17º colocado. A Ponte jogou oito partidas em casa - ganhou 5 e perdeu 3. O Fortaleza fora de casa não tem um histórico favorável. O recado está dado e o técnico Giba está convencido disso. Aliás, as indicações são dele. Só faltam as contratações.
VERGONHA NO APITO
O Tribunal de Justiça de São Paulo adiou, pela segunda vez, o julgamento da chamada "Máfia do Apito", que tem como pivô o árbitro Edilson Pereira de Carvalho (foto). Também com a ajuda do árbitro Paulo José Danelon, a máfia influenciou em resultados de vários jogos no Campeonato Brasileiro de 2005 para favorecer a apostadores. Após a denúncia, 11 jogos foram anulados.
Pois bem, não está sendo fácil para o Ministério Público sustentar as acusações feitas aos culpados, com base em provas, inclusive, escutas telefônicas autorizadas pela Justiça. Nagib Fayad, apontado como chefe do bando, foi indiciado por crime contra a economia, formação de quadrilha e estelionato. O advogado dele, Eduardo Melo Rodrigues, contestou e pediu suspensão da ação. Não ganhou, mas criou embaraços para a Justiça.
Os desembargadores Fernando Miranda (relator), Christiano Kuntz e Francisco Menin julgam o caso. O relator entendeu que estelionato não se encaixa na categoria de delito, após contestação da defesa. Francisco Menin pediu vistas do processo, isto é, vai estudar melhor os vários pontos confusos. Assim, a "Máfia do Apito" continua solta e pode até ficar livre da Justiça para sempre. Seria uma vergonha!
A vergonha maior é saber que o advogado do ex-árbitro, Edilson Pereira, é nada menos que o diretor jurídico do Corinthians, Sérgio Alvarenga. Não, não façam confusão. Não é o Corinthians de Alagoas ou de outro lugar qualquer, é mesmo o Corinthians paulista - o Coringão. Outra grande Vergonha!
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