Fernando Henrique jogou pelos dois alvinegros expulsos |
Aconteceu o que já era previsto na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas/MG, no jogo Atlético-MG 1 x 1 Ceará, pela 27ª rodada do Brasileirão 2011. O árbitro alagoano Francisco Carlos Nascimento complicou uma arbitragem que teria sido tranquila com um árbitro de melhor qualidade e quase influenciou diretamente no resultado final. O Ceará teve dois jogadores expulsos em campo e um no banco de reservas, mas até os mineiros reclamaram do árbitro.
Já comentamos essa situação aqui. A Comissão Nacional de Arbitragem paga para ver e, segundo minha saudosa mãe, Dona Nissinha, "quem espera pra ver, vê demais, e não gosta". Lamentável é que a Conaf segue indiferente com tantas lambanças de árbitros ainda despreparados para apitar jogos mais complexos. Os equívocos desencadearam as expulsões de Michel, João Marcos e Róger.
Não vou utilizar os equívocos do árbitro para recorrer ao surrado jargão: "juiz ladrão!". Não é o caso. Prefiro afirmar que o árbitro não melhorou, tomando como base vários jogos que já assisti com o alagoano no apito. Ele inverte as faltas, exagera na dose de rigor, vê falta onde não há e termina criando um clima tenso entre os jogadores das duas equipes. Foi o que aconteceu nesse jogo nervoso por natureza.
O Atlético abriu o placar, aos 13', com um gol do lateral direito Carlos César, em lance de indecisão da defesa do Ceará. Aliás, espelhando a pressão atleticana, Carlos César foi o melhor atacante deles, mesmo como defensor. O goleiro Fernando Henrique defendeu o pênalti cobrado pelo artilheiro Magno Alves, aos 34', e deu gás ao time. O jogo ficou mais truncado, veio o gol de empate de Leandro Chaves e a expulsão de Michel, aos 46' do jogo.
Os dois times voltaram nervosos para o 2º tempo por motivos óbvios. O Ceará com um jogador a menos tentaou segurar o empate e o Atlético aumentou a pressão. Aos 7', Chicão aplicou cartão amarelo em João Marcos e, segundo ele, o expulsou por xingamentos. O jogo ficou parado por quase cinco minutos e a "pilha" aumentou.
Com dois jogadores a menos, pressão total do Atlético, equívocos do árbitro, ocorreu uma sequência de episódios que prejudicaram a arbitragem. O Ceará já havia sido punido com um cartão amarelo que tirou o volante Rudnei do próximo jogo, contra o Figueirense, por ter acumulado o terceiro cartão da série. No finalzinho, o atacante Róger (substituído) foi expulso no banco de reservas, segundo o árbitro, por ter desrespeitado um dos assistentes.
Jogadores mineiros e o técnico Cuca também reclamaram do árbitro Francisco Carlos Nascimento. Aliás, o técnico Estevam Soares deu um abraço de solidariedade no técnico Cuca, mostrando a insatisfação dos dois. O jogo terminou assim, com insatisfação geral. O que ficou de bom foi a exibição espetacular do goleiro Fernando Henrique, que fez inúmeras defesas e garantiu o empate.
É inevitável destacar que o pobre futebol do Atlético justifica a 17ª posição, dentro da zona de rebaixamento, tendo perdido mais uma posição na rodada. O time mineiro jogou 35 minutos com dois jogadores a mais e não conseguiu furar o bloqueio alvinegro. O Ceará segue na 15ª posição. São as duas faces da medalha.
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