Ednaldo Rodrigues defende o fim da Série D |
O calendário do futebol para 2012 acaba de ser publicado pela Confederação Brasileira de Futebol sem maiores novidades que possam revolucionar o primeiro esporte nacional. A edição feminina da Copa do Brasil, de 3 de março a 12 de maio, aparece como a única atração realmente nova da próxima temporada. A CBF cumpre a promessa de investir no futebol feminino, mas as federações ainda estão na contramão.
Os campeonatos estaduais vão começar mais tarde, de 22 de janeiro a 13 de maio, permitindo uma pré-temporada mais tranquila àquelas equipes que disputam o Brasileirão da Série A, que será disputado de 20 de maio a 2 de dezembro. A Copa do Brasil será disputada entre 7 de março e 25 de julho. As mulheres seguem ganhando espaço também no futebol, mas deveriam jogar nas preliminares como atrativo.
As Séries C e D também cresceram, com disputas a partir de 27 de maio. A Série C termina em 7 de outubro e a Série D termina em 30 de setembro. A Série B será disputada entre 19 de maio e 24 de novembro. A CBF atende solicitação dos clubes quando aumenta o tempo de disputa da Terceirona, diminuindo um hiato que existia entre os estaduais e a competição. Agora, resta melhorar a competição na estrutura econômica.
Mais uma vez, a CBF fica indiferente ao Campeonato do Nordeste que surgiu como real opção para movimentar as equipes da região em datas alternativas. O presidente da Federação Baiana de Futebol, Ednaldo Rodrigues, incentivador da competição, defende o fim da Série D por ser deficitária e até já sugeriu o preenchimento dessas datas com o Campeonato do Nordeste, mas a CBF faz ouvido de mercador.
Até hoje não entendo porque os clubes abriram mão do processo indenizatório que moviam contra a CBF já que a entidade jamais deu demonstração de apoio ao Campeonato do Nordeste. O acordo deve ter sido bom para alguns, nunca para todos. Algo precisa ser feito para revitalizar agremiações de Belém, do Amazonas, da Paraíba, do Piauí, de Sergipe, de Maranhão no eixo Norte e Nordeste do país.
Irrita saber que nas próximas eleições da CBF, o presidente Ricardo Teixeira voltará a defender os interesses dele, sem qualquer preocupação com os clubes ou com as regiões em desvantagem, e ainda assim terá forças para dirigir a votação. Por extensão, irrita saber que os clubes seguem os presidentes da federações, mesmo os que estão em estado de penúria, sem qualquer sinal de melhora.
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