Que esse ok seja pra valer |
Em pouco mais de quatro anos de carreira (surgiu tarde no amadorismo), o atacante Vavá já fez e desfez esse gesto em algumas oportunidades, inclusive, para o próprio Fortaleza, que acaba de anunciá-lo como contratado (só falta assinar) para as disputas da Série C do Brasileirão. Por causa dessa instabilidade, o goleador já enfrentou dificuldades no Ceará e não veste a camisa do tricolor do Pici há mais tempo.
As conflitantes transferências de Vavá, desde que saiu de Crateús/CE, em 2007, até agora, no Ceará Sporting, dão a impressão que trata-se de um jogador veterano. Nada disso. Exatamente na segunda-feira, dia 18, o cidadão Vágner Paulo da Silva completou 29 anos. Um dia depois, o atacante Vavá ganhou do alvinegro como presente a rescisão do contrato que só terminaria no fim do ano.
Foi a primeira vez na carreira que Vavá encerrou uma história sem novela. Antes, "estrelou" uma novela longa para se transferir do Uniclinic, clube que o trouxe de Crateús, tendo sido emprestado ao Ceará, voltado à Lagoa Redonda, e emprestado mais tarde ao Mogi Mirim/SP para, finalmente, retornar ao Ceará e conseguir dar um fim ao 'melodrama'.
Nesse meio tempo, enquanto Uniclinic, Ceará e o empresário Fábio Vieira disputavam os direitos federativos e econômicos dele, amargou contusões e isolamentos por falta de atividade. Se no Uniclinic era goleador, no Ceará ele não deslanchou e sofreu com as contusões. O apelido "Vavazim de Açúcar" passou a ter duplo sentido: carinho e crítica ao mesmo tempo.
No auge das polêmicas, o Fortaleza fez pelo menos duas incursões para levar o artilheiro, mas o Ceará barrou as investidas. O próprio Vavá, em uma dessas oportunidades, teria dado marcha a ré nas negociações, deixando os tricolores irritados. E já fez o mesmo com Icasa e Ferroviário.
Somente em 2010, livre de polêmicas e emprestado pelo alvinegro ao América de Natal/RN, Vavá pôde provar que sabe fazer gols. Voltou e foi emprestado ao Treze de Campina Grande/PB, onde foi bicampeão 2010/2011 e confirmou sua condição de artilheiro. Em 2010, foi artilheiro com dez gols e fez os dois gols do título. Virou ídolo da torcida do Galo da Borborema.
Agora, quando esperava-se que o Ceará o emprestasse de novo ao Treze ou o aproveitasse, eis que veio a liberação, presente tão esperado por Vavá. Ao Fortaleza cabe realizar um velho sonho, desde a época em que Ribamar Bezerra era presidente tricolor, e foi ele mesmo quem cuidou de fechar a ida do artilheiro para o Pici.
Assim, fica provado que não existe "grupo fechado", como andaram dizendo o presidente Osmar Baquit e o técnico Ferdinando Teixeira. Pode até existir "corpo fechado", na terra do saravá, mas no grupo sempre cabe mais um quando os resultados não estão sendo satisfatórios.
Por falar nisso, ainda podem desembarcar, no Pici, o meia carioca Tony, ex-Ceará, e o volante/zagueiro Erandir, revelado pelo próprio Fortaleza no início da década passada. "Fechem o corpo" e "abram o grupo" se não quiserem permanecer no purgatório da Segunda Divisão Brasileira.
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