Quando perguntam-me para que time eu torço, logo explico: Vitória, na Bahia; Ferroviário, no Ceará; Flamengo, no Rio de Janeiro; Santos, em São Paulo; Sport, em Recife. Prefiro não apresentar uma lista nacional, porque aí já não é torcer. Imagina que já devo explicações quanto ao Bahia de Feira (Feira de Santana/Bahia), time que foi cuidado, heroicamente, por muitos anos pelo radialista Joel Magno.
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O Bahia de Feira, hoje uma filial do Esporte Clube Bahia (?), foi o primeiro time da minha simpatia. Ainda garoto, na década de 1970, ia ao estádio Jóia da Princesa, com meu pai (Seu Ângelo), para o clássico Bahia x Fluminense, mas não torcia apaixonadamente. Papai era Fluminense e ficávamos comportados na arquibancada geral.
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Passei a ter simpatia pelo Vitória bem mais tarde, quando já estava cronista, na década de 1990, mas sempre soube separar o cronista do torcedor moderado que sou. Quando a bola rola nas competições nacionais, não escondo de ninguém, minha preferência é pelos times do Nordeste. A explicação é a mesma do goleiro colombiano Viáfara, do Vitória: "O Nordeste merece e não serve só para as férias".
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Por isso, ninguém precisa perguntar para quem torci no jogo Santos 1 x 1 Ceará. Ninguém precisa perguntar para quem vou torcer nos dois jogos decisivos entre Vitória x Santos. É que sou um torcedor diferente, reconheço. Aliás, sou bem mais cronista que torcedor. Tanto assim, que logo respondo antes que perguntem sobre Ceará x Vitória, nesse domingo, no Castelão. Não vou torcer, vou trabalhar!
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Depois da resposta que o time do Ceará deu nos dois jogos iniciais do Brasileirão (1 x 0 sobre o Fluminense; 1 x 1 com o Santos, na Vila), deve-se fazer uma avaliação positiva para o terceiro jogo. O Vitória, por sua vez, está motivado com a classificação para a final da Copa do Brasil. Viáfara e Geraldo (fotos) são sinônimos de futebol de qualidade.
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Encanta ver o Vitória jogar com um time bem equilibrado. Quando goleou o Atlético goianiense, no Barradão, por 4 x 0, tinha quatro veteranos (Viáfara, 31; Vanderson, 30; Ramon, 37; Junior Pipoca, 33), quatro garotos da base (Wallace, 22; Reniê, 21; Uelliton, 22; Elkeson, 20) e os outros com 25 anos no máximo.
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O Ceará não segue a mesma filosofia, mas conta com jogadores de qualidade como Anderson, Heleno, Michel, Misael e Washington. Os experientes Fabrício e Geraldo dão equilíbrio ao time. Falta a juventude de jogadores da base como o zagueiro Pablo, que apareceu contra o PSV Eindhoven e desapareceu em seguida, para dar mais fôlego ao elenco.
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Depois da Copa da África do Sul, os "Garotos da Toca" vão enfrentar os "Meninos da Vila" em um jogo na Vila Belmiro e outro (final) na Toca do Leão, midiaticamente conhecido como estádio Manoel Barradas, disputando o título da Copa do Brasil. Será uma rara oportunidade para observarmos duas jovens academias do futebol. Será apreciar o futebol com o qual sonhamos.
Um comentário:
Jota Lacerda. Pela primeira vez acesso e comento no seu blogger. Acompanho o seu trabalho diariamente na rádio Globo. Quanto à sua explanação, cheguei à conclusão que a maior parte dos torcedores do Ferroviário é composta por profissionais da imprensa. É uma saída diplomática.kkkkk
Quanto a mim, torço somente um time no mundo: O FEC. E a Seleção, porém de 4 em 4 anos.
Um abraço e parabéns pelo trabalho. SOUSA
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