Rudnei e Nicácio estão se escalando |
Se o Ceará perdeu força na marcação com as ausências de Michel e Heleno (nem cito de João Marcos), ganhou leveza e velocidade com as entradas de Edmilson e Eusébio, além do retorno de Thiago Humberto ao time. As dúvidas acabaram quando a bola rolou e o Ceará venceu o Grêmio por 3 x 0, no Estádio Presidente Vargas, pela 17ª rodada do Brasileirão. É o resultado de ter banco de reservas, mesmo que não funcione em algumas partidas.
Cada um de nós escalava um time para jogar contra o Grêmio. O técnico Vágner Mancini, no entanto, é o único que escala e guardou o segredo consigo enquanto pôde. Perdeu o meio campo e ainda tinha de mexer na zaga e no ataque. Não inventou, fez o óbvio e se deu bem. Retornou Sacomam e Thiago Humberto. Lançou Edmilson e Eusébio, as únicas novidades. Assim, pouco mexeu na estrutura do time.
A expectativa era ver os volantes que substituíam Michel e Heleno. Todos imaginavam dois volantes vigorosos como os ausentes. Nada disso. Com leveza, exercendo uma forte pressão no ataque e se defendendo em bloco, o Ceará foi um time ameaçador com a bola e seguro quando foi atacado. Ninguém sentiu saudades de Michel e Heleno, muito menos do chamado "trio de ferro".
Cada um fez o que tinha de fazer. Eusébio e Rudnei ainda exageraram na dose da missão. O primeiro fez um golaço da intermediária, aos 33', e o segundo voltou a "gastar" a bola em todas as posições do campo. Thiago Humberto voltou bem e foi substituído por Felipe Azevedo quando já não tinha mais fôlego. São as lições que o futebol nos dá.
O time do Grêmio sentiu-se sufocado no primeiro tempo. O técnico Celso Roth fez duas alterações no intervalo, colocou o time na frente e pressionou muito, mas o goleiro Diego cresceu com defesas espetaculares. E foi no segundo tempo, na contra mão da história do jogo, que o Grêmio sofreu mais dois gols: um na indecisão da zaga e outro na falha do goleiro Victor.
É bom lembrar que o goleiro gremista ainda operou importantes defesas na segunda etapa, impedindo uma goleada a favor do Ceará, embora Celso Roth não tenha reconhecido isso depois do jogo. O Grêmio cometeu falhas, sim. O Ceará se superou, sim. O saldo foi uma vitória com sobras, principalmente se não contabilizarmos um pênalti cometido pelo goleiro Victor em Osvaldo e não assinalado pelo árbitro mineiro Alício Pena Júnior.
Ficha do Jogo, às 19h30min, no PV
Ceará: Diego, Boiadeiro, Fabrício (Anderson Luis), Diego Sacomam e Egídio; Edmilson, Eusébio, Rudnei e Thiago Humberto (Felipe Azevedo); Osvaldo e Marcelo Nicácio (Róger). Técnico: Vágner Mancini.
Grêmio: Victor, Adilson, Vilson, Rafael Marques e Bruno Colasso; Gilberto Silva, William, Lúcio (Marquinhos) e Douglas; Leandro (Diego) e André Lima (Brandão). Técnico: Celso Roth.
Gols de Eusébio (33' do 1º tempo), Marcelo Nicácio (1' e 25' do 2º tempo).
Cartões amarelos: Adilson e Vilson (Grêmio); Osvaldo (Ceará), cartão injusto porque realmente sofreu pênalti. O árbitro entendeu que ele simulou a falta.
Árbitro: Alício Pena Júnior, auxiliado por Janete Mara Arcanjo e Eduardo Lincoln Neves (todos mineiros).
Um comentário:
Grande vitória do Ceará, que fez o que tinha que fazer: passou por cima de um time que erra demais, joga de menos e não tem o sangue nos olhos que um time gaúcho deveria primar. Esse Grêmio de 2011 é um fiasco completo. Venceu o melhor, simples assim.
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