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    domingo, 12 de junho de 2011

    Júnior Pipoca anunciado pelo Bahia


    O Bahia empatou, em 1 x 1, com o Atlético mineiro, no Estádio de Pituaçu, e anunciou a contratação do atacante Júnior Pipoca, atualmente no Ceará. A reação de parte da crônica esportiva baiana e parte da torcida tricolor não foi positiva. O resultado colocou o Bahia na zona e gerou uma onda favorável à demissão do técnico Renê Simões e desfavorável à contratação do atacante.

    A goleada sofrida pelo Ceará, por 4 x 1, para o Atlético goianiense, também gerou reações contra o técnico Vágner Mancini. É sempre assim. O time perde e o técnico é o culpado. É verdade que os técnicos têm lá suas parcelas de culpa. Eles são os responsáveis pela arrumação da equipe, escolhendo os melhores, definindo o esquema e treinando posicionamento tático, mas não mandam sozinhos.

    No caso do Bahia, os dirigentes trocaram três técnicos em seis meses. Como pode dar certo? No caso do Ceará, a diretoria ignorou a necessidade de qualificar o time, empurrou as contratações com a barriga ao sabor do título estadual 2011 e agora reclama que as pedidas estão fora da realidade financeira do clube. E quem paga é o técnico?

    O time do Ceará foi como eu já previa. Fragilizado na marcação (por isso, Mancini recorreu a três volantes), pouco criativo pelo meio (apenas o meia Thiago Humberto para armar jogadas), sem forte presença de área (Iarley voltou ao ataque, mas não é atacante de área, e Nicácio esqueceu o caminho do gol depois que ganhou a briga pelos R$ 60 mil), enfim.

    O tal equilíbrio entre os setores (defesa, meio e ataque) que os técnicos tanto falam não é observado no time do Ceará. Há desequilíbrio nas laterais, Fabrício saiu da zaga e fez falta, o meio não cria e o ataque tem enormes dificuldades. A diretoria sabe que precisa contratar cinco os mais jogadores de boa qualidade, mas não contrata, inclusive, por falta de dinheiro, e o treinador é o culpado?

    Júnior Pipoca por R$ 80 mil

    A torcida do Ceará ficou frustrada com a falta de gols de Júnior Pipoca. O atacante chegou do Vitória com a marca de 30 gols na temporada passada, mas foi "definhando" até chegar ao posto de terceira opção do ataque alvinegro. Perde para Osvaldo, Marcelo Nicácio, Washington e até Iarley (que é meia-atacante).

    A torcida do Bahia está irritada com a notícia da contratação de Júnior, chamado de Diabo Louro pela torcida do Vitória, porque foi o carrasco dos Ba-Vis nos quais atuou. Quer dizer, o Júnior não está conseguindo agradar a ninguém. Que fase ruim. O rapaz perdeu o pai há cerca de 4 meses e deve estar enfrentando outros problemas particulares que atrapalham seu desempenho.

    O que dizer? Não sei. Apesar de tudo, prefiro acreditar que Júnior vai dar a volta por cima. Ele não é o primeiro atacante a sofrer com o jejum de gols. Difícil é acreditar que estamos próximos de ver dirigentes capazes de contratar pouco e bem por conta de uma boa divisão de base, que dê sustentabilidade ao time.           

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