Foi um jogaço, dentro das minhas expectativas, cheio de alternativas e lições. O Ceará Sporting está classificado para as semifinais da Copa do Brasil sem contestações. Ganhou do Flamengo, no Rio de Janeiro, por 2 x 1, e empatou aqui, no Estádio Presidente Vargas, em 2 x 2, sem nenhum lance nem gol contestado.
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As reclamações dos jogadores do Flamengo e do treinador Wanderley Luxemburgo, no intervalo do jogo, não procediam. Na verdade, eles invadiram o gramado e ostilizaram os árbitros, o que seria motivo de punição caso fosse atitude de uma equipe de menor peso na CBF.
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O Flamengo fez o que precisava fazer. Pressionou os primeiros 12 minutos até que o Ceará fez o primeiro ataque. Voltou a pressionar até abrir o placar, aos 19', através Thiago Neves, que aproveitou uma bola lançada por Ronaldinho. Aos 28', chegou aos 2 x 0, depois de jogada individual de Thiago Neves e um chute de longe. Até aí, tudo certo.
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Acontece que o treinador Vagner Mancini resolveu mudar tudo, rápido. Talvez, uma mudança programada para aquela situação. Tirou o lateral Vicente e meteu o rápido Osvaldo no jogo. Diego Macedo foi para a esquerda e João Marcos foi para a direita. Boiadeiro já havia saído, machucado, aos 9 minutos. Jogo é jogo e deu certo.
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Finalmente, jogo equilibrado e o Ceará reagiu bem. Washington diminuiu para 2 x 1, bem ao estilo dele, de cabeça, aos 35 minutos. O Flamengo começou a ficar frágil, aos 38', com a expulsão de Ronaldo Angelim. Quatro minutos depois, Washington aproveitou uma sobra de bola, dentro da área, e empatou: 2 x 2.
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Daí para a frente houve equilíbrio até terminar o 1º tempo. O Flamengo reclama que houve toque de mão no segundo gol do Ceará. O "olho fiel" da TV não viu irregularidade alguma. Houve uma disputa de bola. Houve invasão de campo pelos reservas e pela comissão técnica do Flamengo só não ocorrendo agressões por causa da intervenção policial.
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Aliás, por aqui, o que se dizia era que a CBF estava beneficiando o Flamengo quando escalou o árbitro candango Sandro Meira Ricci (Fifa) para apitar o jogo. Foi o contrário. O árbitro Fifa deu garantias ao jogo. Para questionar o 2º cartão amarelo de Ronaldo Angelim, teríamos de questionar erros do árbitro que beneficiaram o Flamengo, também. Pura lenga-lenga.
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No 2º tempo, o Flamengo já não tinha a mesma força física, apesar de seguir exercendo pressão no ataque. O jogo, naturalmente, ficou equilibrado e o time do Ceará chegou ao ataque com mais perigo que o Flamengo. As mudanças de Mancini surtiram mais efeito que as mudanças de Luxemburgo, compensando a melhor resistência física do Flamengo.
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Fora tudo isso, algumas considerações: Nicácio saiu, Mancini escolheu Washington e ele fez dois gols. Ainda no 1º tempo, aos 47', o Flamengo fez um rally e a bola bateu no travessão e no poste direito de Fernando Henrique no mesmo lance. O Ceará estava com a sorte?
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No Flamengo, Luxemburgo optou por Angelim na esquerda. Perdeu Angelim, por expulsão, e Egídio terminou no jogo sem comprometer, mas não ajudou a reverter o quadro. O Flamengo foi um verdadeiro bonde descendo a ladeira, mas desgovernado. O Flamengo estava com o azar?
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Pensem o que quiserem pensar, mas a competência em campo garantiu a classificação alvinegra. Levando-se em conta que o jogo teve 180 minutos, o placar foi 4 x 3 para o Ceará. Dizer, também, que o jogo foi decidido no Rio, é chover no molhado. A ordem não altera nada.
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A palavra é PARABÉNS alvinegros!
Um comentário:
Como falei no twitter, para mim você é o melhor, sabe fazer a leitura o jogo...parabéns!!!
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