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    domingo, 29 de novembro de 2009

    EVO E CRISTINA DARIAM JEITO EM CAMBISTAS

    Quem diria!
    O presidente da Bolívia, Evo Morales, está preocupado com a qualidade do futebol boliviano e anuncia que vai estatizar o esporte em seu país, depois das eleições gerais de dezembro, quando espera ser reeleito. Na Argentina, o governo da presidente Cristina Kirchner já deu sinal da estatização no futebol para democratizar a transmissão esportiva pela TV. Aqui, o governo evita interferir em questões que prejudicam o futebol com medo da palavra estatizar.
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    Não há verdade absoluta. No Brasil, no entanto, criam essas verdades com base em fatos passados, reforçando bandeiras políticas ou pseudo-ideológicas. Sustentam a tese de que o governo não pode criar regulamentações porque seria uma intromissão, como se fosse um pecado criar mecanismos para corrigir erros ou acabar com a má-fé de aproveitadores.
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    Vou direto à questão desses cambistas, contratados por dirigentes inescrupulosos, que escondem os ingressos dos grandes jogos e exploram os torcedores atrasados com ágios absurdos. Os espertalhões estavam cobrando R$ 300 para quem chegou em cima da hora, no estádio Brinco de Ouro, em Campinas (SP), nesse domingo, para assistir Corinthians e Flamengo.
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    A torcida do Ceará Sporting pagou caro para participar do jogo festivo, no estádio Castelão, na última rodada da Segundona, contra o América. Um dia antes do jogo, na sexta-feira, o ingresso que custava R$ 20 na bilheteria já estava sendo vendido por mais de R$ 30. A irregularidade está no fato de que o cambista não comprou o ingresso.
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    Muita gente foi explorada, muita gente desistiu de ir ao estádio. Os dirigentes anunciam venda total dos ingressos, mas quando o borderô é apresentado aparecem ingressos devolvidos. Fica claro que alguém desviou ingressos da bilheteria para os cambistas, ficou caracterizado um ato criminoso (alguém, deslealmente, tirou vantagem de inúmeras pessoas), mas ninguiém se manifesta contra.
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    E não é só isso. Transferências abusivas de jogadores das divisões de base dos clubes, burlando órgãos do fisco, burlando os próprios clubes. Enfim, começamos a precisar de Evos e Cristinas por aqui para moralizar o futebol brasileiro.

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