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    terça-feira, 29 de maio de 2012

    Ceará 2 x 2 Goiás: muito suor e pressão



    O Ceará festejou o empate com o Goiás, no estádio Presidente Vargas, em 2 x 2, na 3ª rodada da Segundona do Brasileirão. Apesar do progresso na 2ª etapa do jogo, o rendimento alvinegro continua longe do necessário para quem quer voltar à Série A. O time voltou a tomar dois gols em 16 minutos (Ramon aos 6' e Iarley aos 16') e repetiu erros. Empate alentador, mas ainda preocupante.

    O presidente Evandro Leitão, o vice Robinson de Castro e o treinador PC Gusmão saíram em defesa da equipe, valorizaram o empate e esbanjaram otimismo em relação ao futuro técnico e tático do time. Ao reconhecerem a fragilidade no capítulo marcação, os três confirmaram a contratação de um volante "brucutu".

    Pode até ser, mas o que será feito do Heleno? Não começou o jogo nem foi utilizado depois. PC Gusmão começou com Régis (autor do gol de empate aos 25' do 2º tempo) e Eusébio, garantindo espaço para os meias Tinga e Rogerinho, além dos atacantes Mota e Lima (autor do 1º gol aos 31' do 1º tempo).

    Será um volante melhor que Heleno? O nome de Lucas (Fortaleza) foi especulado e negado. Mais que volante, o Ceará sentiu a falta de consistência, conjunto, acertos no passe e finalizações. O empate foi arrancado com muita transpiração, depois de mudanças radicais, a ponto do volante Eusébio ter dado lugar ao atacante Misael. O Ceará terminou o jogo com um volante, dois meias e três atacantes.

    PC Gusmão arriscou tudo. No intervalo, já havia trocado o lateral esquerdo Márcio Careca pelo meia Reina, depois trocou a velocidade do lateral direito Apodi pelos cruzamentos do lateral Paulo Sérgio. Somaram-se às mudanças a disposição alvinegra e a diminuição gradual do fôlego do Goiás.

    Deu certo, em parte, porque foi um empate com gostinho amargo. Primeiro ponto conquistado em três jogos realizados, contando uma derrota em casa (América/MG) e outra fora (Guaratinguetá). Francamente, não entendi essa de contratar volante com tanta ênfase. Rogerinho gostaria de receber uma boa companhia e o atacante Lima, tão criticado, poderia ganhar uma companhia melhor que o Mota.

    São situações pontuais. O treinador PC Gusmão concordou comigo ao ter afirmado após o jogo que o Campeonato Cearense não é parâmetro para o Brasileiro, mesmo a Segundona, mas não planejou algo diferente. O resultado é cair na real, agora, quando terá de reformular a formação da equipe. E foi assim que chegou ao empate: com mudanças arriscadas e muito suor.           

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