Ainda bem que nesse domingo, de um jeito ou de outro, sai o campeão cearense de 2012, de preferência com gol ou gols, no clássico-rei Ceará x Fortaleza, no estádio Presidente Vargas.
Coisa sem graça é decisão sem gol.
O Ceará joga com a vantagem do empate, mas não deverá ser tão cauteloso quanto no primeiro jogo. A proposta do Ceará é clara: esperar o erro do Fortaleza e contra-atacar com a velocidade de Rogerinho.
E o treinador Nedo Xavier sabe disso. Desa forma, o Fortaleza também foi cauteloso no primeiro jogo e conseguiu o objetivo inicial que era não permitir ao Ceará aumentar a vantagem.
Domingo não tem jeito. Um dos dois será campeão. A cautela terá limites.
Um gol do Ceará será como um palito de fósforo aceso num paiol. O Fortaleza ficará incendiado, sairá da posição cautelosa para a pressão total. Afinal, terá missão dobrada. Só a vitória interessa.
Um gol do Fortaleza colocará fervura no "banho-maria" do Ceará. Ainda que numa situação desfavorável, a marcação de apenas um gol devolverá a quase certeza do título. Afinal, basta um empate.
Será assim, um xadrez.
Os treinadores terão a capacidade de mudar o quadro, a favor ou contra. Qualquer movimento errado poderá ser fatal. O banco de reservas pode ser a chave da vitória, mas não será fácil mexer na equipe.
Por essas nuances, prefiro um jogo com gols, ainda que o primeiro aconteça no início. Se for assim, o torcedor será premiado com mais tempo de um futebol bem disputado.
Se o gol sair no final, o torcedor vencedor, certamente, não será premiado com uma boa disputa. O único gol que poderia levar o torcedor ao êxtase, mesmo acontecendo no final, seria do Fortaleza porque daria o título buscado.
Como o torcedor quer título, o gol (contraditoriamente) passa a ficar em segundo plano. No início ou no fim, o gol do título será apenas o motivo para justificar o troféu, principalmente se for o Ceará o campeão.
Não me peçam para dar palpites. Se soubesse fazer isso, montaria uma tenda na avenida Beira Mar, venderia água de coco e ganharia uma boa grana.
Que os jogadores confirmem o que penso: "Clássico só presta com gol".
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