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    sexta-feira, 29 de abril de 2011

    Fortaleza anuncia o paredão Bonan

    "Um bom time começa por um grande goleiro", diria o amigo De Assis, apaixonado torcedor tricolor, caso fosse debater com ele a formação do novo time do Fortaleza Esporte Clube para disputar a Série C do Brasileirão 2011. Não pensa diferente o presidente Osmar Baquit, que acaba de confirmar a contratação do goleiro Marcelo Bonan, ex-Ceará Sporting, e ex-Ituano na Série A1 do Paulstão 2011.
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    Houve quem não gostasse, também. O repórter Aloísio Lima noticiou, no final da tarde, que outros oito jogadores estão acertados e serão anunciados nas próximas horas. Se o "cartão de visitas" não impressionou tanto, a diretoria tricolor tem tempo suficiente para causar impacto na galera. Osmar Baquit deve estar sentindo como não é fácil contratar com pouco dinheiro.

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    O torcedor, geralmente apaixonado, é assim mesmo. Nunca está plenamente satisfeito, mesmo quando o time está ganhando tudo. Imaginem quando o time está dissolvido e a diretoria promete uma "máquina" arrasadora para recuperar a imagem desgastada do clube.
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    A impressão que tenho é que são lançados os balões para avaliar a reação da torcida. No caso dos goleiros, falaram em Lopes, Michel e Bonan, todos ex-alvinegros. A torcida e parte da imprensa reprovaram Lopes, deixaram Michel em posição de dúvida e começaram a fazer comparações com Bonan. A diretoria contratou Bonan. Pode não ter sido, mas parece uma decisão politicamente correta.
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    Nas últimas horas falaram tanto em nomes de ex-jogadores do Ceará Sporting, que alguns torcedores chegaram a ficar irritados. O nome do atacante Wellington Amorim foi um deles. Aqui para nós, trata-se de um tipo de contratação arriscada, duvidosa, cheia de incertezas. A impressão é que o gerente Jurandir Júnior está utilizando uma lista antiga que encontrou no bolso do uniforme que usava em Porangabuçu.
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    O Fortaleza corre o risco de repetir os mesmos erros do ano passado, quando trocou de treinador às vésperas da decisão do campeonato, ganhou o tetra, acreditou que aquela troca tinha resolvido todos os problemas e não qualificou o time para a Série C. Agora, a diferença é que não ganhou o penta, mas ficou sem time. Nas duas oportunidades, a diretoria só tem improvisado e tomado decisões na base da emoção.

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