Só era o que faltava para fugir das guerras de gangues nos estádios. Quem não comprar ingresso antecipadamente não terá como fazê-lo, nesse domingo, no estádio Castelão, para assistir ao clássico Fortaleza x Ceará. A Polícia Militar teria sugerido o fechamento das bilheterias para administrar melhor a entrada dos torcedores tricolores e alvinegros. O Ceará não teria gostado, mas o mando de campo é do Fortaleza.
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A falta de firmeza das autoridades para acabar com a baderna das torcidas organizadas terminará com estádios vazios em dias de clássicos. Como Pilatos, autoridades e dirigentes vão chegar à conslusão que será melhor confinar o torcedor em casa, e transmitir o jogo pela TV, para evitar os confrontos bestiais entre as facções travestidas de torcidas organizadas.
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É como "matar o boi por causa do carrapato". Perde-se a boiada e a família do carrapato segue viva. Decisões acomodadas, de pouco efeito prático, que criam a impressão de trabalho árduo para resolver o problema. Sem ingressos nas bilheterias, os cambistas estão vibrando. Terão campo livre para atuar, longe dos olhos da fiscalização (inexistente), mesmo proibidos que são, como prevê o Código do Torcedor.
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Quem vier do interior do Estado e quem decidir em cima da hora que vai ao clássico, e não estiver informado, vai dar de cara com bilheterias fechadas e vai cair no colo dos cambistas exploradores. Duvido que essa medida evite confrontos entre baderneiros nas proximidades do Castelão. E nem é preciso lembrar que a avenida Dedé Brasil é o palco preferido deles, sem nenhum combate policial.
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Esse é um problema antigo, em nada mudou. Só aumentou o número de baderneiros com o passar do tempo. Não existia Lei. O Código do Torcedor chegou com promessas de endurecer, mas é muito brando. Eles espancam, roubam, vendem drogas, depredam, matam e nada acontece. Agora, as autoridades querem "matar o boi" para fugir do "carrapato".
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Alagoas aplica o rigor da Lei
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Em Maceió, por determinação da Justiça, as torcidas organizadas "Mancha Azul" (do CSA) e "Comando Alvirrubro" (do CRB) estão proibidas de acompanhar os jogos da 1ª divisão do Campeonato Alagoano de 2011. Com a decisão judicial, o policiamento foi reforçado e tem ordem de prisão para quem desobedecer.
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A liminar está em vigor desde o último domingo (23), quando jogaram CSA x Murici, seguiu valendo para CRB x Corinthians, na última quarta-feira (26), CSA x ASA, nesse domingo, e CRB x ASA, no dia 6 de fevereiro.
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A reação ocorreu após um confronto entre torcidas organizadas do CSA, CRB e Santa Cruz, no último dia 15, com o saldo de um torcedor morto. O jovem Adriano foi golpeado com barras de ferro e pedaços de madeira. Em outubro de 2010, outro torcedor foi assassinado pela torcida do CRB, com três tiros, dentro de um ônibus. O corpo da vítima ainda foi arrastado e espancado na rua.
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Nesses casos quase nada acontece. Ninguém é condenado. Lá, em Alagoas, diferente daqui, pelo menos as autoridades não se apressaram em "matar o boi". A tática é sufocar o "carrapato". A força policial é, naturalmente, maior que a força das torcidas organizadas. Com decisão firme não dá para esperar que o "carrapato" vença e determine a "morte do boi". Pelo menos em Alagoas.
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