Era para ser assim (à esquerda), mas terminou assim (à direita). O ECBahia segue feliz com a volta à Série A e o EC Vitória chora o rebaixamento para a Série B. Essa cena rara, vista em algum Ba x Vi, dificilmente será vista na temporada de 2011. O clima rubro-negro não é favorável, a estrutura emocional está abalada e sensível às gozações evidentes.
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É assim em qualquer lugar do mundo, quando um rival sobe e o outro desce o elevador da competição, seja local ou nacional. O torcedor é o único que paga caro, sofre sozinho e não pode fazer nada, afinal não joga nem administra. O jogador, mesmo os que sofrem, como Ueliton (foto), superam a dor com facilidade. Os "turistas" fingem que choram e vão embora.
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No caso específico do Vitória, os dirigentes podem falar em falha de planejamento, mas o torcedor pode apontar um montão de erros, embalados pela vaidade pessoal de alguns dirigentes. Eles podem devolver o time à Primeirona, mas dificilmente vão conseguir expulsar esses "demônios" que infernizam suas mentes e ajudam a empurrar os clubes para o buraco.
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Foi assim com o Vitória, com o Ceará Sporting, com o Fortaleza, com o Flamengo e com tantos outros. Esses "demônios" buzinam nos ouvidos dos dirigentes, ajudam a contratar jogadores ruins, estimulam a troca de treinador por prazer pessoal e não por critérios óbvios, azedam a relação de dirigentes mais próximos e contaminam a atmosfera do clube.
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O Vitória começou a cair, ao final da Copa do Brasil, quando os dirigentes demitiram o treinador Ricardo Silva, de forma desrespeitosa, para atender aos interesses do Sr. Carlito Arine, amigo do Sr. Toninho Cecílio. Os dirigentes bem que poderiam fazer diferente, motivando o grupo e contratando reforços de qualidade. Questões disciplinares são resolvidas de outras formas.
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Os "demônios" cearenses
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O Ceará não experimentou o mesmo veneno, mas os "demônios" também andaram soprando nos ouvidos dos dirigentes alvinegros. Contrataram jogadores ruins, trocaram treinadores em vez de contratar jogadores de qualidade e misturaram o clube com campanha política. Ainda bem que aqui, no Ceará, santo de casa (Dimas Filgueiras) faz milagres.
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O Fortaleza não teve a mesma sorte. Foi tentado, cuspiu para cima e perdeu o rumo. Até hoje, os dirigentes tricolores não explicam porque demitiram o treinador Luiz Müller, campeão do 1º turno do Campeonato Cearense, responsável pela montagem da equipe. Certamente deram ouvidos aos tais "demônios". Ganharam o tetracampeonato com o time de Müller, mas foram castigados com uma fraca campanha na 3ª Divisão.
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Os dirigentes do Icasa de Juazeiro do Norte e do Guarany de Sobral, ao que parece, usaram tampões nos ouvidos e não foram importunados pelos "demônios". Fizeram times modestos, mas eficientes, com treinadores locais e sem ajuda de empresários. O Guarany foi campeão da Série D e o Icasa continua na Série B. É uma questão de ouvir quem quiser e tomar as decisões corretas.
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Se o blog pudesse oferecer presentes de Natal aos dirigentes derrotados, do Vitória e do Fortaleza, não mandaria um saco de dinheiro, mandaria uma árvore de Natal, cheia de bom senso, equilíbrio, cautela, humildade para ouvir sem paixão e sem rancor, capacidade de avaliar o bom jogador sem precisar de palpites, independência dos empresários da bola, capacidade de se cercar de pessoas competentes e não de torcedores "doentes" na hora de decidir...
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