O Ceará Sporting poderia ter vencido esse jogo.
O empate em 2 x 2 foi fruto da liberdade que os jogadores mais técnicos tiveram: Louco Abreu e Jobson de um lado; Magno Alves e Geraldo do outro. Tivesse o Ceará feito uma marcação mais forte sobre os dois "loucos" do ataque botafoguense e o resultado poderia ter sido diferente. Valeu pela superação das dificuldades e a certeza, rodada a rodada, que o rebaixamento está cada vez mais distante.
Mas esse jogo é passado. As atenções do Ceará saltam os limites do Brasileirão com a possibilidade de garantir uma vaga na Copa Sul-Americana. Ainda que esse objetivo não seja atingido, o alvinegro terá cumprido o papel de representante cearense no cenário nacional.
O presidente Evandro Leitão só precisa ter cuidado com o discurso quando fala da participação do Ceará nas competições regionais. Tem razão quando fala em valorizar as cotas que serão pagas pela Liga do Nordeste e pela Federação Cearense de Futebol, mas deve evitar as frases de efeito, de intimidação, beirando a arrogância, para justificar que vai exigir valores elevados.
Evandro já disse, por exemplo, que não vai disputar o Campeonato do Nordeste com as regras anunciadas pela Liga e não vai aceitar transmissão de TV nos seus jogos do Campeonato Cearense com as mesmas cotas pagas este ano. Pelo visto, o Ceará está certo que vai disputar somente o Brasileiro 2011, porque ainda não é certo que dispute a Copa do Brasil e a Sul-Americana.
Que exagero!
Todos sabem que em uma ou duas reuniões a Liga do Nordeste vai ajustar a tabela para não concorrer com os regionais. Mesmo desorganizada, a competição deste ano foi rentável e promete melhores cotas para 2011. Não houve foi interesse dos clubes, principalmente Ceará, Bahia, Vitória e Náutico.
Quanto ao Campeonato Cearense, os clubes nunca tiveram poder para renegar as míseras cotas que recebem da FCF, detentora dos contratos de televisamento dos jogos. Pior que reclamar das cotas é aceitar transmissões de jogos locais, inclusive clássicos, como aconteceu este ano.
O Ceará deve moderar o discurso e radicalizar na iniciativa de liderar um movimento junto aos demais clubes cearenses e nordestinos para endurecer o debate nos arbitrais. Fora disso, o presidente Evandro Leitão "vai dar bom dia a cavalo", isto é, vai bradar sozinho e vai ficar fora das disputas.
Não é o grito que vai decidir nada. Ou alguém acredita que vai? E caso o grito não resolva, o Ceará vai guardar as camisas e esperar o Brasileirão 2011? Claro, que não. Por isso, está na hora de trocar o discurso pela atitude líder de um clube que ganhou credenciais para endurecer o debate.
Um comentário:
O presidente Evandro Leitão só precisa ter cuidado com o discurso quando fala da participação do Ceará nas competições regionais... mas deve evitar as frases de efeito, de intimidação, beirando a arrogância, para justificar que vai exigir valores elevados.
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Perfeita essa sua colocação
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