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    quinta-feira, 15 de outubro de 2009

    MARADONA EM VERSÃO DUNGA MANDA QUE 'CHUPEN'

    "Diego está que vuela". Foi uma das manchetes do Jornal Olé, um popular periódico argentino, em sua edição na internet, após a classificação da Seleção de Maradona (foto), em pleno Uruguai, para o Mundial de 2010, na África do Sul. Dizer que Maradona estava flutuando foi poético em relação ao que ele próprio disse à imprensa: "Que la chupen y que la sigan chupando. Que la mamen".

    Parecia uma versão argentina do técnico Dunga, após o empate sem gol com a fraca Venezuela, perante mais de 23 mil pagantes, no estádio Morenão, em Campo Grande (MS). Por aqui, Dunga só não mandou a imprensa chupar..., mas voltou a ser malcriado, pedante e respondão. Sobre possíveis experiências até a Copa, ele insinuou que a imprensa quer escalar quem não joga no exterior, como se jogar lá fora fosse pré-requisito.

    Dunga não teria sobrevivido na Seleção Brasileira caso tivesse tido uma trajetória parecida com a de Maradona na equipe argentina. É verdade que sofreu restrições gerais por não ter experiência como treinador, mas desbancou a desconfiança com números expressivos, bastando lembrar as conquistas da Copa América, Copa das Confederações e classificação antecipada em três jogos para o Mundial, com desempenho de 75%.

    Diego Maradona enfrentou a imprensa para sustentar uma briga com Riquelme, fez trapalhadas na escalação da equipe, perdeu jogos importantes e ganhou descrédito geral. Diferente, não. Antes da vitória apertada sobre o Uruguai, com um gol salvador do reserva Bollati, aos 40' do 2º tempo, uma pesquisa do Olé mostrou que a torcida não acreditava na classificação com vitória (26,4%) e sim com empate (28,8%).

    A imprensa "fritou" Maradona e respirou aliviada. Disse o Olé: "Foi uma vitória histórica. Enfim, terminou o sofrimento. Agora, é trabalhar para o Mundial". Maradona explodiu de euforia, abraçou Carlos Bilardo (secretário técnico), chorou e defendeu os jogadores. Rebatendo as críticas, disse estar consagrado como técnico. Essa versão caberia bem no Dunga, mas ele prefere ser revanchista.

    Maradona começou com apôio, brigas e trapalhadas, mas termina convicto de que passou na prova final e está aprovado; Dunga começou sob protestos, driblou bem os conflitos, foi vitorioso, mas termina com a sensação de quem não amadureceu. De forma grosseira, Diego mandou a imprensa chupar..., mas não deixou passar a oportunidade de "flutuar". Que o Dunga aprenda, pelo menos, que o mal-humor também tem limite.

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