O Fortaleza Esporte Clube deve contratar, por indicação do seu novo treinador, Nedo Xavier, o atacante Sebá, um jovem atacante de 19 anos. O que chama a atenção de qualquer observador é a experiência do jogador, apesar de ainda ter idade para divisão de base, por conta de estar sendo preparado desde os 9 anos de idade.
O baiano Sebá chegou ao Cruzeiro em 2008, depois de ter feito 11 gols, no Baianão de 2007, pelo time da ABB/BA. Ele tinha apenas 15 anos, mas vinha de uma preparação que começou em 2001, no Esporte Clube Vitória. Antes da notável artilharia na ABB, Sebá ainda jogou no Esporte Clube Bahia, de 2004 a 2007.
O atacante não ganhou destaque por acaso. Desde 2004 conquista títulos nas categorias de base, senão vejamos: Copa Tricolor sub-14 2004, Gothia Cup sub-16 2008, Copa Macaé sub-17 2009, Copa Integração sub-17 2009, Campeonato Mineiro Juvenil 2009 e Copa Integração sub-20 2010.
São pequenos detalhes, para alguns, que fazem a grande diferença. Sebá fez carreira na base, onde teve tempo de aprender fundamentos e corrigir os eventuais defeitos. Claro, ainda não é o artilheiro que todo time grande procura, mas está bem à frente dos nossos garotos da base.
O Sebá pode servir de modelo. Assim como não se monta um time em dias, não é possível formar um bom jogador em meses, sem disputar competições com graus diferentes de dificuldades e sem tempo para corrigir os defeitos naturais de todo aprendiz.
Aqui, bem embaixo do nosso nariz, o trabalho feito por Fortaleza, Ceará e Ferroviário precisa apenas de planejamento mínimo, investimento em todos os setores da base e valorização daqueles jogadores que se destacam em campo com atenção à família e contratos diferenciados.
Essa é outra fronteira imaginária que o futebol cearense precisa atravessar.
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