Bahia e Santa Cruz jogaram, nessa terça-feira, pelo Campeonato Nordeste, no Estádio Alberto Oliveira, o Jóia da Princesa, no bairro Sobradinho, em Feira de Santana (BA). Se a intenção era levar atração à cidade Princesa do Sertão, o marketing falhou. O estádio estava vazio.
Lá, o torcedor só sai de casa para ver o Fluminense de Feira. Os outros clubes locais não têm o mesmo prestígio, nem mesmo o Bahia de Feira - para o qual eu torço. Acho até que o ECVitória tem mais prestígio que o ECBahia com o torcedor feirense.
Nessa época do ano, a temperatura costuma ser baixa. Para uma cidade sertaneja, os termômetros chegam a marcar bem abaixo dos 20º centígrados. Às vezes, chove. Não foi o caso dessa terça-feira, mas o torcedor feirense preferiu ficar em casa.
Acompanhei o jogo pelas emissoras de rádio. Matei saudades ao ouvir as Rádios Sociedade e Subaé. Não consegui ouvir as Rádios Cultura e Carioca de Feira. Meu começo no rádio, entre 1979 e 1980, deu-se na Rádio Subaé.
Minha primeira entrevista foi realizada no estádio Jóia da Princesa sob um sol escaldante do meio-dia. O entrevistado foi o saudoso Geraldo Pereira, à época, treinador interino do Fluminense de Feira, o que geralmente ocorria nos períodos de "vacas magras".
O registro que não esqueço jamais: "Esqueci de acionar o botão 'rec' e não gravei nada". Já estava de volta para a emissora, caminhando, quando resolvi conferir o trabalho. O gravador Nathional, grande e pesado, permanecia mudo. Voltei, assustado, suado, e encontrei o "Seu GP".
Não posso fazer queixas do início. Foi atropelado, mas generoso. Aquele mulato, alto, voz pausada, brincalhão, banho tomado, bateu nas minhas costas e não negou a reentrevista. Precavido, no entanto, o paciente GP, pai do treinador cearense Lula Pereira, conferiu se o gravador estava gravando. Deu certo até hoje.
Obrigado, "Seu GP"!
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