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    sexta-feira, 18 de junho de 2010

    Erivélton não tem bigode, tem bolso

    A torcida do Fortaleza Esporte Clube não poderia esperar um final-de-semana tão azedo. E começou cedo. Logo na quinta-feira, a noite foi de pesadelo com a derrota para o Centro Sportivo Alagoano, por 3 x 2, no estádio Castelão, pelo Campeonato do Nordeste. Nessa sexta-feira, até o 'happy hour' avinagrou com o retorno do zagueiro Erivélton para o Ceará Sporting.
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    Os dois episódios, em cadeia, provocaram a ira de uma legião de tricolores que querem ver o presidente Renan Vieira pelas costas. Depois da derrota para o CSA, Renan criticou a torcida, que compareceu com apenas 3.218 pagantes, mesmo com a voz corrente que o preço do ingresso (R$ 40 e R$ 20) é caro para a qualidade do time.
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    Entendam uma confusão dessa. De um lado, uma torcida ausente cobra time bom e clube organizado; do outro, um presidente sem dinheiro, pede socorro, festeja a conquista de um tetracampeonato e diz fazer milagres. Eles não se entendem e o futuro do Fortaleza vai ficando cada vez mais incerto, afundado na Série C do Campeonato Brasileiro.
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    Renan Vieira apostava na contratação do zagueiro Erivélton para reforçar o time e estimular a torcida, mas a falta de dinheiro... Erivélton estava treinando no Pici, havia acertado tudo, mas aguardava o 'bendito' adiantamento. Não deu tempo. Bastou um encontro com o presidente do Ceará, Evandro Leitão, e o jogador não resistiu à tentação da cor do dinheiro alvinegro.
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    Renan Vieira cobra a palavra empenhada do jogador; o jogador cobra a falta de pontualidade do dirigente e diz que não poderia deixar escapar a oportunidade de jogar na Série A do Brasileiro. Renan esqueceu de observar que Erivélton não usa bigode, portanto, não poderia apostar em um fio de cabelo (palavra) do jogador.
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    Pegou mal para Erivélton quanto aos valores morais; pegou bem quanto aos valores financeiros. Elas por elas. O Fortaleza também já utilizou esse expediente no sentido inverso. Do lado de fora do jogo, poucos sentem-se ofendidos e fica somente nisso. Para mim, o pior é ter que continuar vendo esses jogadores beijando o escudo - símbolo 'sagrado' dos clubes. Pura hipocrisia.

    Um comentário:

    Renato Wanderley disse...

    É muito natural que o Erivélton tenha ido para o Ceará. A carreira de jogador é curta e todo profissional deve procurar o melhor para si. Concorda meu caro Lacerda? No mais, parabenizo a vc pelos comentários na Globo. Gosto muito de ouvir.