Confesso que não tenho maiores informações sobre essa mudança radical, à qual chamamos transação no mundo da bola.
Soube, apenas, que o ECVitória estaria investindo cerca de R$ 3 milhões de reais no Bahia de Feira/Bahia.
Seja lá quanto for, a verdade é que o rubro-negro comprou a marca, a enterrou, passou a patrol na história do clube e fez nascer um novo clube com o nome de Esporte Clube Feira de Santana. Foi um verdadeiro golpe de rival. No passado, o Tremendão tinha ligações com o ECBahia.
Fica a lembrança daquele Bahia de Feira que ainda passeia na minha memória, embora não seja dos mais tradicionais, nem dos mais apaixonados torcedores do Tremendão. Posso citar o radialista J. Magno como um deles. Foi com ele que aprendi a gostar do Tremendão.
Ainda me lembro de jogadores como Pedro Carlos, Luis Didão, Newton, Hélio Abacate, Maromba, Manoelzinho, Laerte (morto precocemente em acidente de veículo), entre outros que o tempo apagou da minha lembrança. Tempos em que, ainda criança, ia ao Jóia da Princesa com papai (Seu Ângelo).
O treinador Antonio Conceição também está na minha trôpega memória. Contam até uma história ou estória (não sem bem), segundo a qual ele passou instrução para que Pedro Carlos começasse o jogo com Luis Didão, que acionaria Hélio Abacate, que acionaria o atacante (não me lembro quem) e daí sairia o gol. Depois daquele silêncio sepulcral... eis que alguém perguntou: "Já combinamos com o adversário?"
Não consigo me lembrar do nome de um chefe de torcida, que morava pelas proximidades da Escola de Menores, trecho da avenida Maria Quitéria, bastante animado. Todos os jogos, levava bandeiras e charanga ao Jóia da Princesa nos dias de jogo. Infelizmente, morreu assassinado durante uma confusão.
Também gosto do antigo hino do Tremendão. Graças à internet poderei ouvi-lo quando desejar, mas já não fará sentido. As cores, a história, tudo será uma questão de tempo até desaparecer de vez.
Mas uma coisa é fato: a história se encarregará de guardar a memória do Tremendão Bahia de Feira.