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    quinta-feira, 27 de outubro de 2011

    Adeus, Luiz Mendes "Minha Gente"!




    Cada familiar que nos deixa para a eternidade, dói muito.

    Cada amigo que nos deixa, dói também.

    Mesmo quando não é amigo nem familiar, dói do mesmo jeito.

    Quando não é familiar, não é amigo, mas está ligado a nós por algum motivo, não deixa de doer.

    A separação para sempre, dói em todos nós.

    Por isso, o Brasil está sentindo a dor da morte do comentarista esportivo, Luiz Mendes, ocorrida nesta quinta-feira, aos 87 anos de idade, em consequência de complicações decorrentes de uma leucemia linfocítica crônica. Deus foi generoso e não permitiu que Mendes passasse mais que nove dias internado no Centro de Tratamento Intensivo do Hospital São Lucas, em Copacabana, no Rio de Janeiro.

    Tudo foi longo na vida de Luiz Mendes. O casamento durou 64 anos com a radialista e atriz Daisy Lúcidi, com quem teve um filho. Foi fundador da Rádio Globo, em 1944. Saiu brevemente e voltou para ficar até o último minuto da sua vida. Nos últimos meses já não saia de casa, mas participava da programação esportiva da emissora por linha telefônica.

    Das 19 Copas do Mundo, participou de 16 como narrador e comentarista esportivo. Só não esteve nas Copas de 1930, 1934 e 1938 porque ainda era menino. Em 1950, nem imaginava que estava imortalizando a própria voz quando narrou o gol de Gigghia, no Maracanã, que deu o título aos uruguaios na fatídica Copa brasileira. É o único registro de voz (embargada) que resta daquele dramático momento.

    Luiz Mendes vai para a eternidade e deixa uma história de dedicação e profissionalismo. O maior exemplo para os cronistas foi torcer para o Grêmio e Botafogo, mas nunca ter utilizado a crônica para exaltar os clubes preferidos. Exemplo de Mestre, que não impediu a lembrança dos clubes queridos.

    Adeus, "Minha Gente"!

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