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    terça-feira, 11 de maio de 2010

    DUNGA E O CHORO DAS VIÚVAS

    Muito chororô, muita implicância e pouco otimismo com a convocação do Dunga, técnico da Seleção Brasileira, para os jogos da Copa 2010 da África do Sul. Uma coisa ficou clara: Dunga seguiu suas convicções, manteve a coerência e não cedeu a pressões de interesses que já conhecemos bem. Em outros tempos, os chorões de hoje cobravam 'coerência', 'seriedade', 'critérios' e até 'honestidade'. E agora reclamam!

    Os mesmos que criticam o Dunga porque não convocou Neymar e Ganso, o criticam também porque não convocou Adriano. Onde estaria a coerência? Fora do lobby, Ronaldinho Gaúcho nem sequer foi lembrado pelos carrascos. Vingam-se com o goleiro Victor, do Grêmio, que se diz frustrado por não ter sido lembrado.

    Os que pedem mais criatividade e menos coerência são os mesmos que cobram resultados positivos nos jogos. Resultados positivos não são obtidos apenas com futebol arte. O equilíbrio faz uma equipe competitiva e alegre ao mesmo tempo. Como o Dunga ganhou tudo que disputou pela seleção, os carrascos perderam tal argumento.

    Dunga explicou todas as atitudes tomadas. Nessa hora, podemos discutir a formação de três ou quatro seleções porque temos quantidade de jogadores para isso. Questão de opção. A decisão, no entanto, é da comissão técnica. Seguramente, os brasileiros nunca estarão plenamente satisfeitos.

    Acho, por exemplo, que Nilmar joga mais que Robinho; que Fred merecia estar na seleção; que Diego Tardelli deveria estar no grupo; trocaria um marcador por Ganso, entre outras situações, mas não tenho poder de decisão. Não devo usar o poder da crítica para esfolar o técnico que escala o time.

    Alguns criticam até a postura nacionalista da dupla Dunga/Jorginho. Defendem o quê? O anarquismo de 2006, por certo! Aquela bagunça consentida pelo técnico Carlos Alberto Parreira agora é defendida? Só falta defenderem, intransigentemente, a convocação do indisciplinado Adriano.

    A seleção do Dunga trilha caminho parecido outras seleções. Foi assim em 1970, foi assim em 1994, foi assim em 2002 - os três últimos títulos brasileiros. Aliás, Felipão que fale sobre a pressão que recebeu para levar Romário e não o levou. Ninguém acreditava na "Família Scolari" sem Romário, mas todos esqueceram o episódio depois da copa.

    O futebol é mesmo assim. O Brasil tem quase 200 milhões de treinadores. Vai chegar o dia em que teremos eleições gerais para a escalação da seleção brasileira. Enquanto esse dia não chega, a autoridade é Dunga. Não temos outra saída a não ser confiarmos no elenco que vai à África do Sul. Boa sorte!

    Um comentário:

    Anônimo disse...

    Ótima postagem! Sua criticidade é foda, arrasou.