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    segunda-feira, 28 de junho de 2010

    Argentinos em versão inglesa

    As cervejarias jogaram pesado em publicidade, este ano, na disputa pelo público-alvo durante os jogos da Copa da África do Sul. Os ingleses publicaram um comercial que antecipou o clássico Alemanha 4 x 1 Inglaterra, disputado no último domingo, pelas oitavas de final do mundial, embora tenham errado no placar. Os alemães levam vantagem na estatística, mas os ingleses acreditavam na vitória.

    No comercial, um homem e o filho, ingleses devidamente uniformizados, estão deixando o hotel em direção ao estádio. O homem caminha em direção ao elevador, cantando: "Duas guerras mundiais e uma copa do mundo. Inglaterra, Inglaterra..." Quando a porta do elevador abre, aparecem sete mal-encarados torcedores alemães e acabam a alegria do inglês. Numa boa, é claro!

    Já mostramos, aqui, uma peça publicitária de uma cerveja argentina. Eles passam uma mensagem de vitória e, de forma subliminar, sempre insinuam que vão vencer os brasileiros. Estamos a caminho de uma decisão entre brasileiros x argentinos. Basta que eles vençam seus próximos adversários. Aí, vamos ter um tira-teima real.

    Nesse comercial, os argentinos mostram que vários povos reconhecem suas qualidades, tais quais, o amor pelo futebol, a vibração da torcida, a raça e a doação total pela alegria da Pátria. No final, como toda boa criação comercial, a peça instiga o torcedor brasileiro. Veja o comercial e tenha muita atenção ao finalzinho. Que os argentinos sejam uma versão inglesa.

    quarta-feira, 23 de junho de 2010

    Copa, Dunga e overdose de futebol

    Depois de ter tomado uma overdose de futebol (de boa e de má qualidade), com pouco tempo para o blog, eis que estou de volta para alguns registros. Estive dividido entre os jogos da Copa do Mundo (todas as seleções), do Ceará Sporting e do Fortaleza Esporte Clube, válidos pelo Campeonato do Nordeste 2010. Tive alegrias e preocupações.
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    Primeiro, as alegrias, é claro!
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    A seleção brasileira não decepcionou nas duas primeiras rodadas como muitas 'aves agorentas' estavam desejando. Eu não tinha dúvidas quanto aos resultados. No primeiro jogo, desconfianças mil; no segundo jogo, reclamações por causa do gol sofrido. Ora, bolas! Depois acham ruim quando o Dunga ironiza.
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    Como estamos acostumados a observar nos momentos de grandes acontecimentos, boa parte da torcida já estava começando a ficar contra o Dunga, por conta do oba-oba de segmentos descontentes da imprensa, mas os resultados calaram os mais afoitos. Depois, a querela criada no último domingo, na entrevista coletiva, começa a ser desmascarada.
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    Uma publicação da Folha: www1.folha.uol.com.br revela que, na verdade, o repórter da Globo manifestava descontentamento por não ter conseguido entrevistas exclusivas com jogadores da seleção brasileira. Obviamente, a autorização foi negada pelo treinador, o que não teria agradado a produção televisiva.
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    Não discuto educação de A ou de B. Discuto a tentativa de envolver toda uma torcida contra alguém que desagrada interesses particulares. Eu já cobri atividades da seleção brasileira e sei como era ruim ter que competir, deslealmente, com as exclusividades de alguns que contavam com ajuda da própria CBF. Dunga acabou com isso em boa hora.
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    Que essa queda de braço só termine com a vitória da seleção brasileira. Que as pessoas comecem a aprender, por si só, a refletir sobre os acontecimentos. Às vezes, a população move-se como manadas, tocadas pelo disse-me-disse. É chato o que está acontecendo pelos colegas que não merecem isso. Mas tem muita gente reclamando respeito sem nunca ter respeitado.
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    Agora, o outro lado da moeda!
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    A parada no Campeonato Brasileiro, imposta pela Copa da África do Sul, não sinaliza como bom negócio para o Ceará Sporting. O time estava embalado, invicto, coeso, arrumado e motivado. Depois da parada, o treinador PC Gusmão 'bateu asas' para o Vasco da Gama e um time fraco foi colocado em campo para disputar o Campeonato Nordeste. Uma paranga.
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    O novo treinador Estevam Soares está começando a conhecer o grupo pela parte pior. Está trabalhando com jogadores com os quais não vai trabalhar no Brasileiro. Coisa sem pé nem cabeça. Vai estrear contra o Corinthians com um time recém-chegado de uma miniférias e terá sobre as cotas a responsabilidade de continuar invicto. Tomara que corra tudo bem.
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    E o Fortaleza EC, heim! A diretoria comemorou o tetracampeonato até quando a bola rolou no Campeonato Nordeste. Passada a euforia da conquista e encarada a realidade, a diretoria tricolor percebeu que muita coisa deve mudar para não encalhar na Série C do Brasileiro. Durante alguns dias, o Fortaleza viveu a 'enganação' do título estadual. Velho filme.
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    Nessa quarta-feira, o presidente Renan Vieira, colocou seis jogadores em disponibilidade: volantes Ricardo Baiano, Bruno de Jesus e Coquinho; o meia Alex Gaibu e os atacantes Claiton e Jhones. Ele garante estar diminuindo a folha em R$ 70 mil reais. O treinador Zé Teodoro garante estar reduzindo o grupo para 28 jogadores e quer qualidade.
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    Espero voltar, na próxima postagem, com alegria completa. Seleção 'voando', imprensa e Dunga mais calmos, Ceará Sporting arrumado de novo e Fortaleza EC reorganizado para encarar bem a Série C. Enquanto isso, vamos aprendendo com os erros e acertos da África do Sul que a Copa do Mundo de Futebol é mesmo uma locomotiva de negócios e oportunidades.

    sexta-feira, 18 de junho de 2010

    Erivélton não tem bigode, tem bolso

    A torcida do Fortaleza Esporte Clube não poderia esperar um final-de-semana tão azedo. E começou cedo. Logo na quinta-feira, a noite foi de pesadelo com a derrota para o Centro Sportivo Alagoano, por 3 x 2, no estádio Castelão, pelo Campeonato do Nordeste. Nessa sexta-feira, até o 'happy hour' avinagrou com o retorno do zagueiro Erivélton para o Ceará Sporting.
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    Os dois episódios, em cadeia, provocaram a ira de uma legião de tricolores que querem ver o presidente Renan Vieira pelas costas. Depois da derrota para o CSA, Renan criticou a torcida, que compareceu com apenas 3.218 pagantes, mesmo com a voz corrente que o preço do ingresso (R$ 40 e R$ 20) é caro para a qualidade do time.
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    Entendam uma confusão dessa. De um lado, uma torcida ausente cobra time bom e clube organizado; do outro, um presidente sem dinheiro, pede socorro, festeja a conquista de um tetracampeonato e diz fazer milagres. Eles não se entendem e o futuro do Fortaleza vai ficando cada vez mais incerto, afundado na Série C do Campeonato Brasileiro.
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    Renan Vieira apostava na contratação do zagueiro Erivélton para reforçar o time e estimular a torcida, mas a falta de dinheiro... Erivélton estava treinando no Pici, havia acertado tudo, mas aguardava o 'bendito' adiantamento. Não deu tempo. Bastou um encontro com o presidente do Ceará, Evandro Leitão, e o jogador não resistiu à tentação da cor do dinheiro alvinegro.
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    Renan Vieira cobra a palavra empenhada do jogador; o jogador cobra a falta de pontualidade do dirigente e diz que não poderia deixar escapar a oportunidade de jogar na Série A do Brasileiro. Renan esqueceu de observar que Erivélton não usa bigode, portanto, não poderia apostar em um fio de cabelo (palavra) do jogador.
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    Pegou mal para Erivélton quanto aos valores morais; pegou bem quanto aos valores financeiros. Elas por elas. O Fortaleza também já utilizou esse expediente no sentido inverso. Do lado de fora do jogo, poucos sentem-se ofendidos e fica somente nisso. Para mim, o pior é ter que continuar vendo esses jogadores beijando o escudo - símbolo 'sagrado' dos clubes. Pura hipocrisia.

    terça-feira, 15 de junho de 2010

    Dunga, dança e elefantes

    Um jornalista norte-americano andou escrevendo que "a dança está morrendo", referindo-se ao futebol lento que a seleção brasileira apresentou, nessa terça-feira, em boa parte do jogo de estreia da Copa 2010, na vitória sobre a Coreia do Norte, por 2 x 1, em Joanesburgo.
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    Se for para usar metáfora, eu prefiro escrever que "a dança maneira não cruzará uma manada de elefantes". E pior, essa "manada" não tem à frente uma fêmea como na realidade acontece. Que perguntem ao gajo Cristiano Ronaldo. Claro, é tudo brincadeira para fugir das broncas motivadas pelo desempenho da seleção do Dunga.
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    Mas, já que o jornalista americano teve esse sentimento em relação ao confronto Brasil x Coreia do Norte, eu passei a refletir sobre a Costa do Marfim - nosso próximo adversário, domingo que vem. Entendo que os norte-coreanos são baixinhos (nem tanto), mas são aplicados taticamente, rápidos no contra-ataque e sabedores das próprias limitações. Por isso, cumpriram um plano à risca.
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    O time do Dunga gastou "munição" e se desgastou nos primeiros quinze minutos, mas não acertou o alvo. Depois, houve equilíbrio e "a dança" do americano ficou mais lenta até terminar o primeiro tempo. Na volta do intervalo, já estava claro quem eram os norte-coreanos. O Brasil encostou mais, jogou pelos lados e fez dois gols. Dunga colocou um pouco de "balanço na dança" e melhorou.
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    Empolgar, não empolgou. Meio-campo fixo, Kaká cheio de receios e Luis Fabiano fora do jogo. Das três alterações, Nilmar entrou melhor. Lúcio começou a abandonar a defesa e colaborou com o gol de Ji-Yun Nam. Ainda bem que Jong Tae-Se (o Rooney coreano) não marcou. Teria sido castigo de praga porque ele jurou que ganharia o jogo.
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    Agora imagina, "a dança" lenta do time do Dunga competindo com as trombadas dos costa-marfinenses. É preciso acelerar, sim. Ao contrário dos norte-coreanos, Dunga e seus comandados já sabem o que vão enfrentar: adversário pesado, jogo trombado e maior perigo nas descidas ao ataque.
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    "A dança" não é o problema, eu diria ao jornalista norte-americano. O problema é encarar as trombadas da "manada". Se acelerar o passe, tudo bem. Se "dançar" lento é atropelo à vista. Apesar dos desacertos, o Brasil é líder do Grupo G. Vamos ver se a Espanha confirma, nessa quarta-feira, a liderança do Grupo H. Até agora, só a Alemanha "dançou" com rigidez de robô.

    segunda-feira, 14 de junho de 2010

    QUE EU NÃO ESTEJA ENGANADO

    Francamente, duas situações que não estão causando preocupação a mim: a campanha da seleção brasileira na Copa 2010 e a saída do treinador PC Gusmão do Ceará. Sabem o porquê?
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    Começo pela seleção do Dunga. Dos onze jogos realizados, até agora, vi um futebol competitivo da Alemanha; um futebol razoável da Argentina e um futebol "locomotiva" da Holanda. Nada que possa causar tanto desassossego a nós outros. Dessas que citei, a Alemanha é a melhor com sobras. Falta ver Espanha e Portugal.
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    Olha que não estou enaltecendo o futebol que gostaríamos de ver. Estou realçando o futebol força, competitivo dos alemães. Os argentinos não apresentaram, na estreia, o futebol arte/competitivo que conhecemos. França, Inglaterra e Itália produziram um futebol abaixo da expectativa.
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    Ainda bem que temos na retina, a fotografia do bom futebol, que nunca mais veremos ser jogado. O futebol também virou escravo do mercado, que cobra resultados, que descarta a arte para atender as tendências. O nosso futebol, hoje, infelizmente, não foge à regra. Até a bola rolar, não temos certeza do que vai acontecer, mas acredito que podemos superar a mediocridade do futebol jogado na Copa da África do Sul.
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    Lembram-se da Copa das Confederações? O lateral Daniel Alves (foto) terminou aparecendo como a grata surpresa. São as "sombras" do futebol. Que sejamos supreendidos, positivamente, mais uma vez. A seleção do Dunga terminou sendo uma "caixa preta" porque ele (Dunga) e parte da imprensa não conseguem se entender. Tomara que eu não esteja enganado.
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    Sai PC Gusmão; entre Estevam Soares
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    Mais cedo ou mais tarde, o treinador PC Gusmão deixaria o Ceará. A mesma expectativa deve ser mantida em relação a alguns jogadores, principalmente se o time continuar em alta no Brasileirão. O que eu não esperava era que a saída seria tão rápida, assim. O PC não resistiu à primeira tentação.
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    Todos estão lembrados que PC Gusmão deixou o Ceará logo após o acesso à 1ª divisão, porque não acertou valores financeiros, apesar do esforço dos dirigentes para atender aos números inflacionados que ele apresentou em nome dos auxiliares. Renê Simões foi contratado, PC seguiu desempregado. A curta passagem de Renê foi tumultuada e PC voltou.
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    Coisas estranhas aconteceram. Até dizem que PC manteve-se em sintonia constante com dirigentes próximos ao presidente Evandro Leitão, cavando seu próprio retorno. E retornou. Por tudo isso, aliado à boa campanha do time, esperava que ele valorizasse o trabalho. Ao contrário, valorizou a tentação. Agora, não há dúvidas quanto ao sentimento do treinador.
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    Conheço Estevam Soares (foto) desde que era zagueiro do Esporte Clube Vitória, em 1988, já no fim da carreira. O chamávamos de "capitão". Era o treinador dentro de campo e o real representante dos jogadores junto à imprensa e aos dirigentes. Era um líder nato. Bom caráter, trabalhador e cheio de empatia com a torcida.
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    A carreira de Estevam Soares começou em 1992, como treinador, e nunca mais parou. Já esteve no exterior, enfrentou tempos de crise no Palmeiras e, por último, assumiu um Botafogo em crise sem medo de ser feliz. Espero que Estevam possa dar sequência ao trabalho que está dando certo, contando com a lealdade dos jogadores e o apoio dos dirigentes.
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    Boa sorte! O mínimo que posso desejar.

    quarta-feira, 9 de junho de 2010

    Viva a Mamãe África do Sul

    A Copa 2010 é uma realidade.

    Para a FIFA, mais um desafio superado; para os sul-africanos, uma página escrita com galhardia. Um exemplo aos brasileiros que ainda duvidam que seja possível realizar uma Copa do Mundo aqui - um país em condições mais favoráveis. A África do Sul mostra-nos que precisamos melhorar muito, enquanto Nação, quando o assunto é trabalhar sério para uma coletividade.

    Vamos conhecer um pedacinho da Mamãe África.

    segunda-feira, 7 de junho de 2010

    CEARÁ E SUA FERRADURA III

    A campanha do Ceará Sporting no Brasileirão 2010 continua sendo motivo de comentários e gracejos por parte daqueles que não levam a crônica esportiva a sério. O time alvinegro chega à sétima rodada, invicto, com cinco vitórias (uma fora de casa) e dois empates (fora de casa) e a turma que brinca de ser cronista continua desdenhando em vez de pesquisar o "fenômeno" do Nordeste.
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    Outros destilam o ódio como se o time alvinegro estivesse espalhando um vírus letal. Somente os que estão entre esses dois extremos demonstram equilíbrio nas análises. Qualquer pessoa de bom senso sabe que o sucesso do Ceará é resultado do trabalho sério, árduo, rigoroso, aplicado que está sendo feito por jogadores e comissão técnica.
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    Volto a reforçar que não há mistério, não há genialidade, não há invenção alguma. O treinador PC Gusmão estabeleceu um sistema tático e conta com jogadores certos para o trabalho. Na sétima rodada, jogadores como Fabrício, Anderson, Michel e Misael (foto) podem ser apontados como operários da bola alvinegra. O meia Geraldo ainda não responde, positivamente, mas tem seu valor no contexto tático, que chamo de "ferradura".
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    Até quando a invencibilidade será sustentada? Ninguém sabe. Tenho dito que, provavelmente, até quando os adversários continuarem desdenhando. Futebol é simples assim. Um dia a derrota vai acontecer, inevitavelmente. E a "armadilha" tática precisará ser alterada caso o time não consiga mais vencer. Essas nuances são o tempero do futebol.
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    Quem nunca ouviu falar ou até viu um time ser campeão, invicto, em condições adversas? É possível, sim. Mas ninguém está cobrando que o Ceará seja campeão. Como é natural que o time que começa uma competição em alta possa ter oscilações em determinados momentos. Enfim, até parece que estamos discutindo o Império Bizantino.

    domingo, 6 de junho de 2010

    Lembranças do carnaval de 1986

    Graças ao empenho do historiador Marcos Niemayer, companheiro blogueiro das Minas Gerias, com quem tive o prazer de trabalhar na Rádio Sociedade da Bahia, na década de 1980, esse áudio foi recuperado. Em 1986, quando não tinhamos os recursos tecnológicos de hoje, conseguiamos deixar os ouvintes bem informados com uma programação de qualidade. Vale a pena recordar.

    quinta-feira, 3 de junho de 2010

    CEARÁ E SUA FERRADURA II

    Mal terminou o jogo do Ceará Sporting contra o Avaí Futebol Clube, no estádio Castelão, com mais uma vitória alvinegra, por 2 x 0, pelo Brasileirão, meu telefone começou a tocar. A insistente pergunta era repetida: "E agora, já dá para acreditar?". Esse sentimento é geral. Um dia após o jogo, a pergunta continua sendo feita por torcedores e cronistas de todo o país.
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    O torcedor apaixonado fica incomodado e não faz essa pergunta, ao contrário, reforça a confiança dizendo que o time é bom mesmo. Na verdade, não há desconfiança geral; há surpresa geral pela boa campanha. Até dormiu líder nessa rodada. Nos 16 anos em que esteve na Série B, o Ceará nunca fez uma campanha parecida. Durante anos, lutou seguidamente para escapar do rebaixamento.
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    Boa parte da imprensa nacional continua desdenhando porque não analisa o desempenho do time, apenas manifesta o sentimento de superioridade regional, como já escrevi em post anterior. A crônica comprometida com a verdade e com a boa informação começa a buscar explicações para entender o "fenômeno" Ceará, que chamo de "ferradura".
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    Não acontece nenhuma situação anormal. O Ceará não montou o "time dos sonhos". O treinador PC Gusmão não revela-se gênio do futebol. Os adversários é que não entenderam ainda como não caírem nas armadilhas táticas do time alvinegro. Na sexta rodada, o treinador do Avaí, Péricles Chamusca, foi o primeiro que chegou ao Castelão prevenido pelo que viu, mas seus jogadores desconcentraram no fim do jogo e levaram dois gols.
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    Péricles foi claro, na entrevista coletiva, que planejou jogar igual ao Ceará. Queria pouco desgaste no primeiro tempo. Por isso, o jogo foi feio, sem jogadas ofensivas. A proposta do Avaí era agredir mais no segundo tempo. E Chamusca cumpriu, mas esqueceu de avisar aos zagueiros que Misael não pode ter espaço. Ou avisou, mas eles cochilaram.
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    Seis jogos, quatro vitórias e dois empates. Marcou seis gols e sofreu apenas um. Está clara a proposta do treinador PC Gusmão, fielmente cumprida pelos jogadores. Não tem jogo bonito e, até tem, caso o adversário permita. Até quando vai durar? Ninguém sabe. Provavelmente, vai durar enquanto os adversários não levarem a zebra a sério.
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    Se for o caso, posso repetir que "uma ferradura tão sólida não será desmanchada com fogo brando".

    quarta-feira, 2 de junho de 2010

    Evaristo é relíquia do bom futebol

    Em um tempo em que a Televisão estava engatinhando em todos as aspectos, o atacante Evaristo de Macedo fez sucesso na Espanha. Foi ídolo dos rivais Real Madrid e Barcelona. Só não defendeu a seleção nacional porque não quis. Bastava que fosse naturalizado e teria sido convocado. Pena que a tecnologia não era tão avançada para testemunhar um futebol tão rico em craques.

    Evaristo de Macedo voltou ao Brasil e chegou a treinar a seleção brasileira em 1985 . Treinou grandes equipes no Brasil e no exterior. Foi campeão brasileiro de 1988, comandando o time do Esporte Clube Bahia, em pleno estádio Beira Rio, em Porto Alegre. Aos 77 anos, mora no Rio de Janeiro, após ter treinado o Santa Cruz em 2007.

    Momento relíquia do bom futebol.

    Bahia é freguês do Verdão

    Deu gosto ver a goleada do Icasa Esporte Clube sobre o Esporte Clube Bahia, por 4x0, no estádio Romeirão, em Juazeiro do Norte, Ceará. Foi um jogo eletrizante. O Verdão do Cariri dominou o Bahia nos dois tempos. Junior Xuxa fez dois gols na primeira etapa; Assiszinho e Marciano fizeram os outros dois gols na etapa final. O estádio estava lotado (capacidade para 10 mil torcedores), mas só divulgaram pouco mais de 4 mil pagantes. Única vergonha do jogo!

    Fosse o Bahia um time do sul ou sudeste, estava escorrendo um rio de lágrimas, "porque um time do interior do Ceará não pode ganhar um time tradicional de uma grande capital". Acabou a geografia do futebol. O Bahia perdeu os três jogos que já realizou, em Juazeiro do Norte, contra esse mesmo Icasa (2x1, em 2006, pela Série C - 3x2, em 2008, pela Copa do Brasil - 4x0, em 2010, pela Série B).

    O gostoso do futebol é que nada é definitivo. Por isso, a torcida deve vibrar bastante com os bons momentos. O Icasa caiu para a 2ª divisão cearense, em 2009, e voltou para a 1ª divisão este ano como campeão. Disputou a Copa do Brasil de 2009 rebaixado no cearense. Por todo esse sofrimento, a torcida do Verdão merece vibrar bastante. Cabe ao Bahia, nas próximas jornadas, evitar que a freguesia se estabeleça.

    Parabéns Verdão!