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    sábado, 29 de outubro de 2011

    Nem São Dimas segura o Ceará




    Convido o torcedor do Ceará Sporting, que não teve a oportunidade de ver o jogo Ceará 1 x 2 Fluminense, a dar uma olhada com atenção nesse compacto para não sofrer pela ansiedade.

    Antes, durante e depois do jogo, o torcedor não faz outra pergunta: "O Ceará vai cair, ainda tem jeito?". Eu respondo, sempre: "Se vencer, escapa, mas o time não esboça capacidade de reação (...)". Evito ir mais longe, porque não tenho capacidade de adivinhar.

    O óbvio que digo é reforçado, na maioria das vezes, pelos resultados da rodada. Nessa rodada, por exemplo, o Santos goleou o Atlético-PR, por 4 x 1, e o Botafogo ganhou o Cruzeiro, por 1 x o. Somente o Ceará não fez a parte dele. Só falta a rodada do domingo ser favorável ao Ceará também.

    Como posso eu ficar fixado na ideia que a presença "milagrosa" de Dimas Filgueiras vai resolver tudo? A "estrela" de Dimas não conta com um time lúcido, capaz, inteligente, qualificado... O gol de Felipe Azevedo saiu aos 7 minutos, fruto de um erro do zagueiro Márcio Rosário. A zaga do Flu deu mais dois gols e o Ceará não aproveitou. Faltou qualidade.

    Do outro lado, Deco não ia bem, o time andava nervoso e desencontrado. Quando Fred fez o papel de Deco, colocou Rafael Sóbis entre os zagueiros alvinegros. E no que deu? Gol de empate: 1 x 1. Eis a diferença estabelecida entre os dois times.

    No 2º tempo, o que se viu foi Fred meter bola no poste esquerdo de Fernando Henrique, perder boas jogadas de ataque e forçar o goleiro alvinegro a praticar defesa do tipo "pagou ingresso". O Deco também. Enquanto isso, contamos um chute perigoso (raspando o gol) de Eusébio, de fora da área, substituições e mais nada.

    Em relação aos jogos anteriores, o que mudou?

    Mudou a disposição, é verdade. Mas o "milagre" foi só esse? Quem não corria para Mancini e Estevam correu para Dimas! Definitivamente, para não cair, o Ceará precisará produzir mais. O meio campo continuou com a mesma dificuldade de criação e aproximação ao ataque. A bola vai e volta seguidamente.

    Jogando assim, tipo ping-pong, não há defesa que se sustente. O goleiro é o destaque do time quase sempre, mas não será imbatível sempre. Assim foi o jogo desse sábado, como tem sido há algum tempo. Quando o técnico resolve mexer na equipe, nada acontece. Então, está claro que o problema é carência de qualidade técnica no elenco (titulares e reservas).

    Não respondo mais a esta pergunta: "O Ceará vai cair?". O time terá de responder em campo com vitórias, mesmo que tenha de contar com o presença "milagrosa" de Dimas Filgueiras. Caso contrário...

    quinta-feira, 27 de outubro de 2011

    Adeus, Luiz Mendes "Minha Gente"!




    Cada familiar que nos deixa para a eternidade, dói muito.

    Cada amigo que nos deixa, dói também.

    Mesmo quando não é amigo nem familiar, dói do mesmo jeito.

    Quando não é familiar, não é amigo, mas está ligado a nós por algum motivo, não deixa de doer.

    A separação para sempre, dói em todos nós.

    Por isso, o Brasil está sentindo a dor da morte do comentarista esportivo, Luiz Mendes, ocorrida nesta quinta-feira, aos 87 anos de idade, em consequência de complicações decorrentes de uma leucemia linfocítica crônica. Deus foi generoso e não permitiu que Mendes passasse mais que nove dias internado no Centro de Tratamento Intensivo do Hospital São Lucas, em Copacabana, no Rio de Janeiro.

    Tudo foi longo na vida de Luiz Mendes. O casamento durou 64 anos com a radialista e atriz Daisy Lúcidi, com quem teve um filho. Foi fundador da Rádio Globo, em 1944. Saiu brevemente e voltou para ficar até o último minuto da sua vida. Nos últimos meses já não saia de casa, mas participava da programação esportiva da emissora por linha telefônica.

    Das 19 Copas do Mundo, participou de 16 como narrador e comentarista esportivo. Só não esteve nas Copas de 1930, 1934 e 1938 porque ainda era menino. Em 1950, nem imaginava que estava imortalizando a própria voz quando narrou o gol de Gigghia, no Maracanã, que deu o título aos uruguaios na fatídica Copa brasileira. É o único registro de voz (embargada) que resta daquele dramático momento.

    Luiz Mendes vai para a eternidade e deixa uma história de dedicação e profissionalismo. O maior exemplo para os cronistas foi torcer para o Grêmio e Botafogo, mas nunca ter utilizado a crônica para exaltar os clubes preferidos. Exemplo de Mestre, que não impediu a lembrança dos clubes queridos.

    Adeus, "Minha Gente"!

    sexta-feira, 21 de outubro de 2011

    Engoliram a Lei Geral da Copa 2014

    Joseph Blatter tem o poder paralelo

    A Lei Geral da Copa, um catatau de normas que regulam o funcionamento do Mundial 2014, descansa nas gavetas da Câmara dos Deputados, em Brasília, por um simples motivo: o político brasileiro pensa e repensa antes de tomar qualquer atitude quando percebe que não receberá palmas e tapinhas nas costas.

    Fosse uma atitude simpática aos brasileiros, a LGC já teria sido assinada, assim como aconteceu com o caderno de intenções, quando o Brasil pretendia ter aqui a Copa do Mundo da Fifa. Agora, não adianta dizer que ninguém sabia das regras impostas pela entidade patrocinadora da competição.

    Como é próprio do brasileiro, somente depois que assina o caderno de intenções, garantindo a realização da competição por aqui, as autoridades ficam embaraçadas para admitir publicamente que tinham conhecimento das regras. Se não tinham conhecimento, ficam embaraçadas de novo para admitirem que foram negligentes.

    As regras da Fifa são claras e ficam mais rigorosas a cada Mundial, afinal, a entidade persegue a qualidade, a organização e a consolidação de "melhor evento esportivo do planeta". A Fifa não anda de porta em porta pedindo licença para realizar a competição. Ao contrário, sobram concorrentes.

    Nas últimas horas, recebi xingamentos, provocações, cobranças e outros impropérios como se fosse eu o responsável pela vinda da Fifa ao Brasil com o Mundial 2014. Não tenho de responder nada. Perguntem aos governantes.

    Minha postura não é de defesa, nem de ataque. Sou expectador privilegiado. Entendo que as peculiaridades legais e os direitos do consumidor devem ser respeitados, mas o Poder não é meu, nem está comigo. Cabe a quem tem o Poder jurídico e político negociar os pontos que deveriam ter sido negociados antes da assinatura do contrato.

    O que pega mal é ouvirmos da Fifa que a Rússia, anfitriã da Copa 2018, já assinou a Lei Geral da Copa de lá, enquanto nós outros de cá não sabemos o que dizer ao povo sobre o que deixamos de fazer (defender os interesses do país no tempo certo) e ficamos protelando um compromisso legal por populismo.

    Aliás, na Alemanha, em 2006, e na África do Sul, em 2010, a Fifa negociou pontos da LGC. Cada país precisa discutir suas peculiaridades e as discute sem traumas. A diferença é que há cuidados com os compromissos e o estrelismo não toma o lugar da razão.

    O que posso pedir é que os governantes brasileiros deixem de chorar como coitados, digam ao povo o que realmente eles assinaram lá atrás, conversem com a Fifa e assumam o que tiverem de assumir. Em alguns casos, como meias entradas, o caminho será a negociação de valores e aplicar subsídios. Por que não assumem isso logo?

    Nem a Fifa quer mandar no Brasil, nem a presidente Dilma tem que ser mais realista que a rainha nesse episódio da Lei Geral da Copa. As regras são conhecidas e o Brasil já concordou com elas. Agora, é hora de ter habilidade para negociar. É apenas mais um ôba-ôba com o jeito brasileiro de fazer média nacional.             

    quarta-feira, 19 de outubro de 2011

    Chilenos dão 'banho' no Flamengo




    A verdade é que o time do Flamengo é sofrível.

    A goleada aplicada pelo time da Universidad do Chile, por 4 x 0, no Engenhão, demonstra o quanto o Flamengo precisa melhorar para não continuar passando a falsa impressão ao torcedor rubro-negro menos atento. O time dá para o gasto doméstico e só.

    O gol de Lorenzetti, fechando a goleada, foi uma aula de contra-ataque. Oportunismo, velocidade, frieza, precisão e competência na finalização. O placar poderia ter sido maior e a humilhação bem pior.

    Preferi postar os gols dessa goleada de 7 x 0, aplicada pelo Flamengo, em 1999, pela Copa Mercosul, para consolar a torcida rubro-negra. Melhor rever Caio, Romário, Marco Antonio e Rodrigo Mendes. O Flamengo até já perdeu para os chilenos, mas nunca com essa indiferença dos jogadores.

    Gostaria de ouvir explicações de Wanderley Luxemburgo sobre alguns jogadores nos quais ele aposta todas as fichas. O volante Airton, limitado e porradeiro, é um deles. Prefiro Ronaldo Angelim, apesar da idade. A experiência e a qualidade do magro superam a limitação técnica deles.

    sábado, 15 de outubro de 2011

    Ceará perde e reclama do apito



    Esse jogo não foi igual àquele que passou.

    O Ceará perdeu para o Flamengo, por 1 x 0, gol de Deivid, aos 41' do 1º tempo, e saiu de campo com outros prejuízos nessa 30ª rodada do Brasileirão. O volante Heleno foi expulso, aos 6' do 2º tempo, juntamente com Ronaldinho Gaúcho, depois que os dois trocaram cotoveladas em lance lateral ao campo. O atacante Osvaldo foi derrubado dentro da área, no finalzinho do jogo, reclamou a marcação do pênalti, mas recebeu cartão amarelo. Osvaldo insistiu na reclamação e recebeu o 2º cartão amarelo e, consequentemente, o cartão vermelho.

    Antes do início do jogo, já no estádio Presidente Vargas, o meia Rudnei não gostou de ter sido cortado da relação dos 20 concentrados e deixou o vestiário reclamando em voz alta e foi para casa. O dirigente Robinson de Castro não gostou do comportamento de Rudnei, mas admitiu que uma conversa com mais calma pode esclarecer a atitude do jogador. Apesar disso, o dirigente deixou claro que vai cobrar mais comprometimento do grupo.

    O árbitro André Luiz Castro exagerou nas expulsões de Heleno e Ronaldinho Gaúcho. Não havia motivos para cartão vermelho direto. O jogo perdeu a qualidade após as expulsões. O Flamengo saiu mais prejudicado, porque perdeu a articulação de Ronaldinho. O Ceará passou a pressionar mais, contudo seguiu errando na finalização das jogadas e o gol do empate não saiu.

    O técnico Wanderley Luxemburgo colocou Negueba e Diego Maurício na tentativa de puxar contra-ataques, ainda assim o Ceará seguiu com maior volume de ataque. As alterações do técnico Estevam Soares também não surtiram o efeito desejado. As entradas de Felipe Azevedo, Washington e Enrico também pouco acrescentaram na criação e na qualidade das jogadas de ataque.

    Enfim, o Ceará terá uma semana para administrar os problemas internos, se é que existem, uma vez que a diretoria os nega. O certo é que pelo menos Marcelo Nicácio e Rudnei terão de passar por conversas de pé de ouvido para que Estevam Soares receba ou não o sinal verde para aproveitá-los nos próximos jogos. O próximo compromisso será domingo, em Coritiba/PR, contra o Atlético.

    Ah! O meia Leandro Chaves recebeu o 3º cartão amarelo e está fora do time para o próximo jogo.

    Lembram-se da Copa do Brasil 2011?



    O Ceará enfrenta o Flamengo esta tarde/noite, no Estádio Presidente Vargas, pela 30ª rodada do Brasileirão, precisando vencer para fugir da zona de rebaixamento. O Flamengo precisa vencer para se aproximar do G-4.

    Será um jogo com características de decisão. Quando o jogo ganha esse clima, o time alvinegro costuma pregar peça nos adversários, como aconteceu nesse jogo da Copa do Brasil 2011. É o que todos esperam nessa jornada.

    quarta-feira, 12 de outubro de 2011

    Vovô dá presente 'gordo' ao Coelho


    No Dia das Crianças, o Coelho não poderia ter recebido presente melhor.

    Como franco atirador, o lanterna América/MG explorou os contra-ataques e venceu o Ceará Sporting, em Sete Lagoas/MG, por 4 x 1, na 29ª rodada do Brasileirão 2011. Acredite! O Ceará começou o jogo com um futebol displicente e desarticulado, foi surpreendido aos 25' do 1º tempo, com um gol de pênalti, e não conseguiu se encontrar mais em campo.

    Eu nunca acreditei que seria fácil vencer o América só porque o time mineiro está na lanterna. Sempre disse que esse seria o tipo do jogo perigoso. Foi sempre assim. O América vem trabalhando em busca da reabilitação e o dia D foi contra o alvinegro cearense.

    Um veterano técnico mineiro, chamado João Francisco, dava palpites sobre o placar do jogo logo que a bola rolava. E quando jogo começou, o Ceará não deu a impressão que faria uma boa partida. O time parecia disperso, desarticulado e não tinha motivos para isso, afinal, estava completo. João não erraria esse palpite.

    Aos 25 minutos, Leandro Chaves cometeu pênalti. Fábio Júnior cobrou e converteu, dando início ao pesadelo alvinegro. O primeiro tempo terminou sem uma tomada de atitude da equipe de Estevam Soares. Mesmo sem um futebol brilhante, o América seguiu jogando melhor.

    O panorama não mudou na segunda etapa. Estevam tentou melhorar a estrutura tática da equipe com alterações previsíveis e nada conseguiu. Rudnei deu lugar a Felipe Azevedo, Leandro Chaves deu lugar a Thiago Humberto e Róger deu lugar a Washington. Para cada alteração, um gol do adversário.

    Foram quatro gols nos últimos 25 minutos do jogo. Aos 20', Rodriguinho chutou de longe e fez o gol que começou a afundar, emocionalmente, o Ceará. O lateral Gilson entrou na área quase livre para fazer o 3º gol, aos 34'. Felipe Azevedo diminuiu para 3 x 1, aos 38', mas o time não reagiu como precisava.

    E quando todos esperavam um pouco mais de alma no time alvinegro, o América ganhou mais fôlego e fechou a goleada com o 4º gol, aos 45'. Os jogadores alvinegros não encontraram explicações para a goleada, mas os jogadores mineiros festejaram a vitória com o alívio de quem está reagindo na fuga do rebaixamento.

    O técnico Estevam Soares também não encontrou explicações para a derrota, mas o que mais intrigou foi a maneira como o time foi goleado. Estevam teve até o cuidado de explicar que o time chegou em Sete Lagoas/MG com antecedência para ninguém reclamar de cansaço. O que foi, então?             

    domingo, 9 de outubro de 2011

    Ceará 1 x 1 Figueirense. Replay

    Árbitro Wilton Pereira Sampaio andou exagerando no rigor 

    Ceará 1 x 1 Figueirense, pela 28ª rodada do Brasileirão, foi um filme repetido da rodada passada, em Sete Lagoas/MG, quando o árbitro alagoano Francisco Carlos do Nascimento comprometeu o bom andamento do jogo Atlético/MG 1 x 1 Ceará. Como sempre acontece, coincidência ou não, o time visitante terminou saindo com o prejuízo pelos equívocos do árbitro Wilton Pereira Sampaio/DF. O Ceará, por sua vez, não tirou proveito da vantagem numérica no 2º tempo.

    Logo, é bom lembrar que as decisões do árbitro candango não influenciaram, diretamente, no placar, mas deixaram o Ceará com dois jogadores a mais nos 20 minutos finais do jogo. Aos 19' do 2º tempo, o meia Maicon, que já havia recebido cartão amarelo, retardou o reinício do jogo e foi advertido com cartão e a expulsão em seguida. Aos 25', o lateral direito Bruno simulou falta dentro da área e foi punido com o 2º amarelo e a expulsão em seguida.

    A sequência de cartões também deixou o Ceará sem o zagueiro Fabrício para o próximo jogo fora de casa, contra o América/MG, pelo 3º amarelo da série. O jogo ficou prejudicado, a partir das expulsões, porque o árbitro começou a cometer equívocos, parando o jogo seguidamente e, assim, travando o ritmo das jogadas de ataque 

    - Como o árbitro pecou? Alguém perguntaria.

    O árbitro pecou no exagerado rigor das avaliações na aplicação dos cartões amarelos. Quando percebeu que estava estragando o jogo começou a usar de artifícios que todo árbitro (infelizmente) usa quando teme que pode influenciar no resultado, isto é, começa a parar o jogo. 

    Valeu pelo primeiro tempo. O Ceará foi melhor, criou inúmeras oportunidades de gol e Thiago Humberto foi quem mais desperdiçou chances de marcar. O Figueirense ficou atrás, jogando nos contra-ataques, e surpreendeu com uma jogada rápida do lateral esquerdo Juninho, aos 43'. O atacante Washington empatou três minutos depois, com um gol de cabeça, após cruzamento do lateral Vicente.

    Sobre o 2º tempo, o jogo seguia com ligeira vantagem do Ceará em ações ofensivas até que a sequência de expulsões estragou tudo. O Figueirense somou seis jogos sem perder fora de casa. O Ceará desperdiçou a oportunidade de subir na tabela e continua próximo da zona de rebaixamento, na 15ª posição, com 32 pontos ganhos.

    Apesar de ter jogado sem quatro titulares, o presidente do Ceará, Evandro Leitão, reconheceu que faltou competência ao time alvinegro para vencer o Figueirense e ficar mais próximo da classificação para a próxima temporada. E foi isso mesmo. Nem o desentrosamento prejudicou o alvinegro mais que a falta de pontaria nas jogadas de ataque.

    Depois do jogo, a polícia fez o registro de uma tentativa de morte contra o torcedor da Cearamor, Marcos Vinícius Cavalcante Costa, 35 anos, morador do Conjunto Ceará. Segundo os primeiros relatos, o ataque foi feito a tiros de revólver, nas proximidades do estádio PV, por dois homens que ocupavam uma moto. Marcos Vinícius chegou ao Pronto Socorro do IJF em estado grave e seguiu direto para a sala de cirurgia. Caso sob investigação policial.   

    sexta-feira, 7 de outubro de 2011

    Calendário 2012 premia as mulheres

    Ednaldo Rodrigues defende o fim da Série D

    O calendário do futebol para 2012 acaba de ser publicado pela Confederação Brasileira de Futebol sem maiores novidades que possam revolucionar o primeiro esporte nacional. A edição feminina da Copa do Brasil, de 3 de março a 12 de maio, aparece como a única atração realmente nova da próxima temporada. A CBF cumpre a promessa de investir no futebol feminino, mas as federações ainda estão na contramão.

    Os campeonatos estaduais vão começar mais tarde, de 22 de janeiro a 13 de maio, permitindo uma pré-temporada mais tranquila àquelas equipes que disputam o Brasileirão da Série A, que será disputado de 20 de maio a 2 de dezembro. A Copa do Brasil será disputada entre 7 de março e 25 de julho. As mulheres seguem ganhando espaço também no futebol, mas deveriam jogar nas preliminares como atrativo.

    As Séries C e D também cresceram, com disputas a partir de 27 de maio. A Série C termina em 7 de outubro e a Série D termina em 30 de setembro. A Série B será disputada entre 19 de maio e 24 de novembro. A CBF atende solicitação dos clubes quando aumenta o tempo de disputa da Terceirona, diminuindo um hiato que existia entre os estaduais e a competição. Agora, resta melhorar a competição na estrutura econômica.

    Mais uma vez, a CBF fica indiferente ao Campeonato do Nordeste que surgiu como real opção para movimentar as equipes da região em datas alternativas. O presidente da Federação Baiana de Futebol, Ednaldo Rodrigues, incentivador da competição, defende o fim da Série D por ser deficitária e até já sugeriu o preenchimento dessas datas com o Campeonato do Nordeste, mas a CBF faz ouvido de mercador.

    Até hoje não entendo porque os clubes abriram mão do processo indenizatório que moviam contra a CBF já que a entidade jamais deu demonstração de apoio ao Campeonato do Nordeste. O acordo deve ter sido bom para alguns, nunca para todos. Algo precisa ser feito para revitalizar agremiações de Belém, do Amazonas, da Paraíba, do Piauí, de Sergipe, de Maranhão no eixo Norte e Nordeste do país.

    Irrita saber que nas próximas eleições da CBF, o presidente Ricardo Teixeira voltará a defender os interesses dele, sem qualquer preocupação com os clubes ou com as regiões em desvantagem, e ainda assim terá forças para dirigir a votação. Por extensão, irrita saber que os clubes seguem os presidentes da federações, mesmo os que estão em estado de penúria, sem qualquer sinal de melhora.       

    quarta-feira, 5 de outubro de 2011

    Trailer Oficial Bahêa Minha Vida



    Uma homenagem aos tricolores da Boa Terra. Somente quem já esteve na arquibancada de um grande estádio de futebol em dia de clássico; somente quem já esteve lá dentro de campo, embalado por milhares de alucinados na arquibancada; somente quem já narrou essas emoções podem dimensionar os "exageros" que saem da boca de cada uma dessas pessoas.

    No fundo não há "exageros", há paixão mesmo!

    domingo, 2 de outubro de 2011

    Chicão complica, Fernando Henrique salva o Ceará

    Fernando Henrique jogou pelos dois alvinegros expulsos 

    Aconteceu o que já era previsto na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas/MG, no jogo Atlético-MG 1 x 1 Ceará, pela 27ª rodada do Brasileirão 2011. O árbitro alagoano Francisco Carlos Nascimento complicou uma arbitragem que teria sido tranquila com um árbitro de melhor qualidade e quase influenciou diretamente no resultado final. O Ceará teve dois jogadores expulsos em campo e um no banco de reservas, mas até os mineiros reclamaram do árbitro.

    Já comentamos essa situação aqui. A Comissão Nacional de Arbitragem paga para ver e, segundo minha saudosa mãe, Dona Nissinha, "quem espera pra ver, vê demais, e não gosta". Lamentável é que a Conaf segue indiferente com tantas lambanças de árbitros ainda despreparados para apitar jogos mais complexos. Os equívocos desencadearam as expulsões de Michel, João Marcos e Róger.

    Não vou utilizar os equívocos do árbitro para recorrer ao surrado jargão: "juiz ladrão!". Não é o caso. Prefiro afirmar que o árbitro não melhorou, tomando como base vários jogos que já assisti com o alagoano no apito. Ele inverte as faltas, exagera na dose de rigor, vê falta onde não há e termina criando um clima tenso entre os jogadores das duas equipes. Foi o que aconteceu nesse jogo nervoso por natureza.

    O Atlético abriu o placar, aos 13', com um gol do lateral direito Carlos César, em lance de indecisão da defesa do Ceará. Aliás, espelhando a pressão atleticana, Carlos César foi o melhor atacante deles, mesmo como defensor. O goleiro Fernando Henrique defendeu o pênalti cobrado pelo artilheiro Magno Alves, aos 34', e deu gás ao time. O jogo ficou mais truncado, veio o gol de empate de Leandro Chaves e a expulsão de Michel, aos 46' do jogo.

    Os dois times voltaram nervosos para o 2º tempo por motivos óbvios. O Ceará com um jogador a menos tentaou segurar o empate e o Atlético aumentou a pressão. Aos 7', Chicão aplicou cartão amarelo em João Marcos e, segundo ele, o expulsou por xingamentos. O jogo ficou parado por quase cinco minutos e a "pilha" aumentou.

    Com dois jogadores a menos, pressão total do Atlético, equívocos do árbitro, ocorreu uma sequência de episódios que prejudicaram a arbitragem. O Ceará já havia sido punido com um cartão amarelo que tirou o volante Rudnei do próximo jogo, contra o Figueirense, por ter acumulado o terceiro cartão da série. No finalzinho, o atacante Róger (substituído) foi expulso no banco de reservas, segundo o árbitro, por ter desrespeitado um dos assistentes.

    Jogadores mineiros e o técnico Cuca também reclamaram do árbitro Francisco Carlos Nascimento. Aliás, o técnico Estevam Soares deu um abraço de solidariedade no técnico Cuca, mostrando a insatisfação dos dois. O jogo terminou assim, com insatisfação geral. O que ficou de bom foi a exibição espetacular do goleiro Fernando Henrique, que fez inúmeras defesas e garantiu o empate. 

    É inevitável destacar que o pobre futebol do Atlético justifica a 17ª posição, dentro da zona de rebaixamento, tendo perdido mais uma posição na rodada. O time mineiro jogou 35 minutos com dois jogadores a mais e não conseguiu furar o bloqueio alvinegro. O Ceará segue na 15ª posição. São as duas faces da medalha.