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    quarta-feira, 31 de agosto de 2011

    Vasco vence Ceará embalado por Élton

    Élton foi decisivo na vitória vascaína

    Antes do início do jogo, o clima na Colina de São Januário/RJ era de sentimento de fraternidade entre torcedores e jogadores das equipes do Vasco da Gama e Ceará. Todos levaram faixas e oraram pela saúde do técnico Ricardo Gomes, que se recupera de um Acidente Vascular Encefálico Cerebral. Depois que a bola rolou, o jogo foi bom de ser visto e o Vasco construiu o placar de 3 x 1 nos últimos 45 minutos.

    Mesmo em horário atípico, às 18h, (mais uma das invenções da CBF), a torcida do Vasco da Gama compareceu a São Januário o suficiente para ajudar a empurrar a equipe nas jogadas de ataque. O Ceará, quase solitário, teve dificuldades para frear o ataque vascaíno e perdeu o jogo sem jogar um bom futebol.

    Nos primeiros 45 minutos, o Vasco pressionou mais que o Ceará. O trio Éder Luis, Diego Souza e Alecsandro perdeu três oportunidades reais e contribuiu para o empate sem gols no primeiro tempo. O Ceará pouco freqüentou a área do Vasco com real perigo. A saída do atacante Nicácio, aos 17’, facilitou a vida dos zagueiros vascaínos.

    O Vasco voltou do intervalo com Élton no lugar de Alecsandro. Sabe aquela alteração carimbada! Seis minutos bastaram para Élton abrir o placar. O Ceará saiu de trás um pouco mais e sofreu o 2º gol dez minutos depois em jogada de contra-ataque. Éder Luis fez 2 x 0, aos 16’.

    O time vascaíno é rápido e, por isso, o jogo seguiu elétrico, mesmo com um gol de Washington, aos 19’, aproveitando erro do goleiro Prass e diminuindo o placar para 2 x 1. Um minuto depois, Élton fez o 2º gol dele e aumentou a vantagem do Vasco para 3 x 1. As duas equipes seguiram alternando jogadas de ataque com velocidade até o final do jogo.

    Dessa vez, as alterações do técnico Vágner Mancini não surtiram o efeito esperado. Felipe Azevedo não conseguiu imprimir o ritmo que o time precisava para facilitar a presença dos atacantes na área. Já o técnico Cristóvão Borges acertou em cheio.

    O Vasco ainda teve um gol corretamente anulado e Thiago Humberto não conseguiu tocar a bola longe do alcance do goleiro Fernando Prass no ataque mais perigoso do alvinegro no segundo tempo. No geral, o Vasco foi melhor e mereceu vencer.

    Ficha técnica do jogo, realizado no Estádio de São Januário/RJ, às 18h, pelo Brasileirão.

    Vasco da Gama: Fernando Prass, Allan, Dedé, Renato Silva e Márcio Careca; Eduardo Costa, Rômulo, Juninho Pernambucano (Felipe Bastos) e Diego Souza (Bernardo); Éder Luis e Alecsandro (Élton). Técnico interino: Cristóvão Borges. Ricardo Gomes segue internado.

    Ceará: Diego, Patrick (Edmilson), Fabrício, Erivélton e Vicente; Michel (Felipe Azevedo), Heleno, Eusébio e Thiago Humberto; Marcelo Nicácio (Washington) e Osvaldo. Técnico: Vágner Mancini.

    Gols: Élton, aos 6’ e aos 20’; Éder Luis, aos 16’ (Vasco da Gama); Washington, aos 19’ (Ceará), todos no segundo tempo.

    Cartões: Nenhum.

    Renda: R$ 85.510,00 para o público pagante de 3.468. Público total de 5.428.

    Árbitro: Emerson de Almeida Ferreira (MG), auxiliado por Marcelo Carvalho Van Gasse (SP) e Fabrício Vilarinho da Silva (GO).

    terça-feira, 30 de agosto de 2011

    Palmas aos (injustiçados) goleiros



    Não é preciso escrever nada para expressar a missão desse jogador que só é lembrado quando perde.

    segunda-feira, 29 de agosto de 2011

    Ademir Fonseca assume o "foguete"



    O vídeo foi sugerido por um torcedor para descontrair. Segundo ele, Fonseca sabe o que vai fazer aqui.


    Depois de algumas horas de pesquisa minuciosa e várias propostas rejeitadas, o presidente do Fortaleza, Osmar Baquit, anunciou a terceira comissão técnica desde que começou a preparação para o Brasileiro da Série C. O técnico Ademir Fonseca, 48 anos, topou o desafio de comandar o time tricolor nas duas partidas restantes da competição com remotas possibilidades de classificação e mais chances de rebaixamento para a Série D.

    Segundo nota publicada no site oficial do clube, Osmar Baquit foi procurado, na noite de sábado, pelo superintendente Jurandi Júnior, pelo técnico interino Márcio Rocha, pelo preparador físico Bruno Barbosa e pelo fisiologista Marco Aurélio. Na oportunidade, os profissionais entregaram os cargos. A partir daquele momento, começou a busca pela novo treinador.

    No final da tarde, o Fortaleza anunciou a contratação de Ademir Fonseca e a dispensa de quatro jogadores, entre eles, o atacante Wellington Amorim. Os outros nomes ainda não foram divulgados pelo clube. Semana passada já foram dispensados o zagueiro Bonfim, o volante Luciano Sorriso, o meia Lelê, os atacantes William Fabro, Rodrigo Dantas e Léo Andrade.

    O técnico Ferdinando Teixeira começou a preparação da equipe com uma pré-temporada de 40 dias, foi substituído por Arthur Bernardes, que está sendo substituído por Ademir Fonseca, um técnico que chega com o rótulo de "bom de acesso". A principal conquista dele, no entanto, foi em 2002 quando levou o Ituano ao título paulista. Como jogador, teve passagem destacada pela zaga do Botafogo/RJ.

    Fonseca dirigiu o Joinville, em 2003, na Série B do Brasileirão, dirigiu a Internacional de Limeira/SP, em 2005, no Campeonato Paulista, comandou o Paysandu, em 2006. Teve uma passagem meteórica pelo América/RJ, em 2008. Deixou o cargo logo após ter sido derrotado pelo Duque de Caxias, por 5 x 2, na estreia do estadual. Em agosto de 2010 assumiu o Vila Nova/GO.

    Boa sorte é o que mais precisam Ademir Fonseca e auxiliares.

    domingo, 28 de agosto de 2011

    Ceará "broca" Bahia três vezes no PV

    Edmilson fez golaço de falta

    E Júnior Pipoca nem "brocou", mas andou próximo. O goleiro Diego foi o responsável pelo artilheiro não ter feito o gol prometido contra o ex-clube dele. Aliás, Diego contribuiu muito para a vitória do Ceará sobre o Bahia, por 3 x 0, esta tarde, no Estádio Presidente Vargas, na última rodada do primeiro turno do Brasileirão. Osvaldo foi decisivo na jogada do segundo gol, depois de várias tentativas frustradas.

    O Bahia foi melhor no primeiro tempo e no segundo tempo endureceu o jogo, mas foi surpreendido pelo contra-ataque de Osvaldo, aos 35", que serviu a bola na "bandeja" para Felipe Azevedo fazer o segundo gol. Aquele gol foi decisivo, porque esfriou a "fervura" que o Bahia havia colocado no jogo. Quatro minutos antes do gol, Diego fez duas defesas à queima-roupa em ataque trabalhado por Lulinha e Júnior Pipoca.

    Se o Bahia tivesse empatado o jogo àquela altura do segundo tempo, seguramente a história seria outra, ainda que o Ceará chegasse à vitória. O Bahia lutou muito, desde o momento em que sofreu o gol de Thiago Humberto, aos 16'. Somente Júnior Pipoca teve três boas oportunidades para empatar o jogo ainda no primeiro tempo.

    Depois que sofreu o gol de Felipe Azevedo, o Bahia "gelou". Marcelo Nicácio ainda acertou o poste direito do goleiro Tiago antes do terceiro gol, fruto de uma cobrança de falta milimétrica de Edmilson. Do ponto de vista do Bahia, não será exagero se disserem que o placar foi injusto. Prefiro dizer, no entanto, que o Ceará foi oportunista e eficiente diante de um time que batalhou, mas foi ineficiente.

    O técnico Vágner Mancini mexeu bem no time no segundo tempo. Trocou Boiadeiro por Patrick, Thiago Humberto por Felipe Azevedo e Marcelo Nicácio por Edmilson. A primeira alteração não surtiu tanto efeito porque Renê Simões anulou Patrick com a entrada de Maranhão no lugar do lateral esquerdo Dodô. No geral, as mudanças na defesa surtiram efeito.

    O Bahia retornou para Salvador à beira do abismo, na 16ª colocação, com 20 pontos, enquanto o Ceará ficou na 13ª posição, com 25 pontos. A derrota agitou a torcida tricolor e a imprensa baiana deixou o PV dando a demissão do técnico Renê Simões como certa.

    Ficha do jogo no Estádio Presidente Vargas, às 16h, pelo Brasileirão.

    Ceará - Diego, Cléber, Fabrício e Erivelton; Boiadeiro (Patrick), Michel, Eusébio, Thiago Humberto (Felipe Azevedo) e Vicente; Osvaldo e Marcelo Nicácio (Edmilson).

    Bahia - Marcelo Lomba (Tiago), Marcos, Paulo Miranda, Tite e Dodô (Maranhão); Marcone, Fabinho, Diones (Reinaldo) e Lulinha; Jones e Júnior Pipoca.

    Gols - Thiago Humberto, aos 16' minutos (1º tempo); Felipe Azevedo, aos 35'; Edmilson, aos 46' (2º tempo).

    Cartões amarelos - Marcelo Lomba, Tite, Fabinho e Lulinha (todos do Bahia).

    Renda - R$ 133.297,00 para um público pagante de 18.923.

    Árbitro - Wilton Sampaio (DF), auxiliado por Erich Bandeira (PE) e Fábio Pereira (TO).
         

    Júnior Pipoca avisa que vai "brocar"




    No Vitória ele era chamado de Júnior "Diabo Loiro", quando veio jogar no Ceará disse que havia deixado o apelido em Salvador e não gostava de ser chamado de "Júnior Pipoca", apelido que herdou na época em que jogou no Fortaleza, por volta de 1997. Agora, de volta para jogar no Bahia, é chamado de "Anjo Tricoloiro".

    O artilheiro deixou saudades no Vitória, onde fez 30 gols na temporada de 2009, mas na passagem pelo Ceará não repetiu a artilharia, marcou apenas cinco gols, saiu e não deixou saudades. Nesse domingo, Júnior ou "Anjo Tricoloiro" volta à Fortaleza como titular do Bahia e, veladamente, ao falar para a imprensa baiana, prometeu "brocar".

    Na verdade, Júnior Pipoca, 35 anos, quis dizer que vai fazer gol no Ceará, tomando emprestado o termo utilizado pelo locutor baiano, João Andrade, da Rádio Metrópole FM. Mesmo dizendo que não tem rancor do Ceará, o artilheiro fez queixas por ter sido pouco aproveitado no Vozão.

    Avisou Júnior: "Sempre é uma tristeza quando não somos aproveitados. Aprendi muito com essa situação e estou no Bahia agora. Virei rival e não vou dar moleza. Espero continuar nesse ritmo e brocar lá".

    Ao mesmo tempo, o artilheiro reconheceu que não é fácil enfrentar o Ceará no Estádio Presidente Vargas. Advertiu: "O Bahia não pode se afobar. Você pensa que eles vão vir pra cima, mas isso não acontece. O time gosta de esperar. Precisamos ser inteligentes".

    E disse mais: "Vai ser uma guerra. A torcida enche e canta o tempo todo. A gente não pode ter medo disso. Chegou a hora do nosso time engrenar e começar o segundo turno forte".

    A torcida do Ceará vai agradecer se Júnior "pipocar" em vez de "brocar".

    quinta-feira, 25 de agosto de 2011

    São Paulo classifica na pressão

    Cícero abriu o caminho da vitória sampaulina


    O regulamento da Copa Sul-Americana, com o peso dois para o gol fora de casa, é um convite à tal convenção conhecida com a expressão “jogar pelo regulamento”. Assim, nesse jogo de volta, no Morumbi/SP, o São Paulo foi pressão total e o Ceará Sporting se defendeu mais que atacou. O alvinegro só suportou um tempo e terminou perdendo por 3 x 0. São Paulo classificado para a próxima fase. 

    Apesar da pressão sampaulina, o Ceará suportou bem no primeiro tempo. Dagoberto e Fernandinho foram os que mais incomodaram a defensiva alvinegra, mas jogada perigosa mesmo, apenas uma, aos 24’, quando Fernandinho dominou e conseguiu chutar diante de três defensores do Ceará. A bola bateu na rede pelo lado de fora.

    Aos 30’, Fernandinho saiu machucado e Cícero entrou. A pressão diminuiu e o lateral Boiadeiro começou a encontrar espaço para jogar. O Ceará cresceu e o São Paulo diminuiu a pressão. O meia Lucas andou sumido do jogo, sobrecarregando Casemiro e Carlinhos Paraíba, o que facilitou para os defensores alvinegros.

    No segundo tempo... Bom, a conversa foi outra. O São Paulo voltou com mais pressão ainda e o Ceará seguiu jogando pelo regulamento, afinal o empate garantia a classificação alvinegra. Além da pressão, os atacantes sampaulinos começaram a chutar em direção ao gol. Logo aos 2’ o goleiro Diego fez uma defesa arrojada em jogada de Cícero.

    E nenhum time suporta pressão o tempo inteiro. Cícero insistiu e recebeu uma bola de presente, aos 10’, em cruzamento da esquerda. O zagueiro Anderson Luis não alcançou a bola e Cícero ajeitou no peito para abrir o placar. Aquele resultado já desclassificava o Ceará. Aí, os treinadores entraram em cena e o Mancini foi mais infeliz.

    Seis minutos depois que Boiadeiro deu lugar a Felipe Azevedo, o Ceará sofreu o segundo gol. Lucas tirou a bola do volante Edmilson e chutou forte no canto direito do goleiro Diego, sem chances de defesa. Nem deu tempo de mandar um dos três volantes para a direita, adiantando Felipe Azevedo.

    Aos 20’, Dagoberto recebeu um passe longo pela esquerda e chutou cruzado para fazer 3 x 0. A partir daquele momento, a vantagem passava a ser literalmente do São Paulo. Os planos de Vágner Mancini caíram por terra. Adilson Batista colocou Rivaldo para fazer a bola correr com mais velocidade e o time dele ganhou mais espaços para jogar.

    A força do São Paulo foi buscar a classificação. Apesar das dificuldades do primeiro tempo, os comandados de Adilson Batista conseguiram a classificação com força, determinação e qualidade. Deu a lógica e a tradição, apesar da luta alvinegra.

    Ficha técnica do jogo, no Estádio Morumbi, às 21h50min, pela Sul-Americana:

    São Paulo: Rogério Ceni, Piris, João Filipe, Rhodolfo e Juan; Wellington, Casemiro (Jean), Lucas (Rivaldo) e Carlinhos Paraíba; Dagoberto e Fernandinho (Cícero). Técnico: Adilson Batista.

    Ceará: Diego, Boiadeiro (Felipe Azevedo), Fabrício, Anderson Luis e Egídio; Michel, Heleno, Edmilson (Róger) e Thiago Humberto (Eusébio); Osvaldo e Marcelo Nicácio. Técnico: Vágner Mancini.

    Gols: Cícero, aos 10’; Lucas, aos 16’; Dagoberto, aos 20’, todos no segundo tempo.

    Cartões amarelos: Dagoberto (São Paulo); Heleno e Edmilson (Ceará).

    Renda: R$ 319.440,00 para um público pagante de 23.800. Ingressos a R$ 10.

    Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (Fifa-RJ), auxiliado por Dibert Pedrosa Moisés (RJ) e Erich Bandeira (PE).  

    terça-feira, 23 de agosto de 2011

    Flávio Júnior no pódio da 400 Light

    Estação Pastel fez bom circuito

    Flávio Júnior (Estação Pastel) voltou ao pódio, pela segunda vez consecutiva, no Campeonato Cearense de Kart. A prova, disputada no final de semana, marcou a quarta etapa e serviu para o piloto da Kinho Kart Racing evoluir ainda mais no seu primeiro ano no esporte. Em um dia de calor intenso, o Kartódromo Júlio Ventura, no Eusébio/CE, registrou duas baterias onde as mudanças nas colocações ocorriam a cada passagem pela linha de chegada.

    Flávio enfrentou dificuldades na primeira bateria, quando ainda na primeira volta, para não bater na traseira de outro kart, travou os freios e rodou, caindo para a última posição. O que se viu, a partir de então, foi uma corrida de forte pegada em busca da recuperação.

    Mesmo com os pneus desgastados, Flávio superou três adversários e encerrou a primeira bateria na zona de pontuação. "Não podia deixar de marcar nesta corrida. Eu estava determinado a voltar ao pódio. Sei que ainda falta muito para minha primeira vitória, mas vou buscar, cada vez mais, uma melhor preparação", disse.

    Com o somatório da segunda bateria, Flávio ficou na quinta colocação geral, completando o pódio dos cinco primeiros na Fórmula 400 Light. Com 12 pontos marcados, Flávio Júnior (Estação Pastel) ocupa a sétima colocação na tabela de classificação.

    A próxima etapa da competição acontece no dia 17 de setembro, também no Kartódromo Júlio Ventura, na Região Metropolitana de Fortaleza.

    Confira a classificação do campeonato na Fórmula 400 Light:

    1º  -  Marcus Vinícius, o Kinho - 34 pontos
    2º  -  Diego Zeballos - 23 pontos
    3º  -  Breno Almeida - 22 pontos
    4º  -  Net Alencar - 21 pontos
    5º  -  Felipe Salgueiro - 19 pontos
    6º  -  Gibson Francisco - 13 pontos
    7º  -  Flávio Júnior - 12 pontos
    8º  -  Igor Ribeiro - 9 pontos
    9º  -  Daniel Aires - 4 pontos

    Texto e fotos de Robério Lessa do site http://www.carrosecorridas.com.br

    domingo, 21 de agosto de 2011

    Guarany 1 x 1 Fortaleza. Sem emoção


    O que era cantado em verso e prosa como "jogo de vida e morte", Guarany de Sobral 1 x 1 Fortaleza, no Estádio do Junco, pela Série C do Brasileirão, terminou sendo um empate alentador para o tricolor e não foi tão bom para o Guarasol. Mesmo na 4ª colocação, com cinco pontos, o Fortaleza continua dependendo dele mesmo, principalmente nos jogos contra América/RN, lá, e contra o CRB/AL, no PV.

    O jogo tinha clima de final, mas quando a bola rolou não teve futebol de final. O Guarany não jogou bem, sofreu um gol, aos 15', em raro lance bem trabalhado pelo ataque tricolor e não melhorou ao longo do jogo, mesmo com as três alterações processadas pelo técnico Oliveira Lopes. Esley fez o gol do Fortaleza e mais nada. O time jogou muito atrás, o que dificultou a articulação na saída para o ataque.

    O Fortaleza também não jogou bem, mas tirou proveito da melhor oportunidade que teve. O goleiro Lopes e o ala esquerdo João Victor foram os melhores no primeiro tempo. No Guarany, o meia Eliomar jogou com três volantes e teve dificuldades para se aproximar dos atacantes. No 2º tempo, o vento forte (da serra da Meruoca para o centro da cidade) foi o principal "reforço" do Guarasol.

    E foi com o maior volume de jogo do Guarany que o Fortaleza cedeu escanteio. Clodoaldo cobrou e o zagueiro Lima cabeceou para empatar o jogo, aos 34'. Somente depois do gol sofrido foi que o técnico Arthur Bernardes trocou o lateral direito Márcio Gabriel pelo atacante Wellington Amorim. O volante Luciano Sorriso foi para a direita e o time ganhou mais volume de jogo no ataque.

    O Fortaleza estava jogando com mais jogadores atrás que do meio para a frente e não precisava. O meia Esley, por exemplo, limitava-se a ajudar os volantes e o lateral direito Márcio Gabriel. Muito pouco para um meia que precisava ajudar os atacantes. Perguntado sobre a função tática, Esley disse que era orientação do técnico Bernardes.

    No final, não foi o jogo dos sonhos dos dois times nem do torcedor que compareceu ao Junco. Para o Fortaleza, dos males o menor. Para o Guarany, lamentações por não ter vencido o jogo. Para o espetáculo, a sorte do árbitro Gleysto Gonçalves não ter influenciado no placar. Ele foi fraco disciplinarmente e acompanhou os assistentes Armando Lopes e Samuel Oliveira em marcações equivocadas.

    Fortaleza: Lopes, Dezinho, Preto e Lino; Márcio Gabriel (Wellington Amorim), Escobar, Rogério, Esley (Luciano Sorriso) e João Victor; Vavá (Zé Augusto) e Carlinhos Bala.

    Guarany de Sobral: Ricardo, Ângelo, Jr. Alves, Lima e Neilton; Ricardo Baiano, Peter (Rafael), Rodolfo Potiguar (Tiago Granja) e Eliomar; Isaac e Niel (Clodoaldo).

    Gols: Esley (Fortaleza), aos 15' do 1º tempo. Lima (Guarany), aos 34 do 2º tempo.

    Cartões amarelos: Lima e Neilton (Guarany). Preto, Rogério, Esley, João Victor e Vavá (Fortaleza).

    Árbitro: Gleysto Gonçalves, auxiliado por Armando Lopes e Samuel Oliveira. Joaquim Webster foi o 4º árbitro. O trio cometeu erros na marcação e o árbitro perdeu o controle disciplinar por ter deixado de aplicar um cartão amarelo para um dos zagueiros do Guarany no início do jogo. A partir dali, todos  os cartões  que aplicou foram contestados.

    Renda: R$ 66.270,00 para 5.174 torcedores pagantes no Estádio do Junco.            

    sábado, 20 de agosto de 2011

    Guarasol x Fortaleza em clima de final

    Árbitro Gleysto Gonçalves virou o pomo da discórdia

    Tudo que se espera nesse domingo, aqui em Sobral/CE, é que Guarany x Fortaleza, no Estádio do Junco, pela Série C do Brasileirão, seja um jogo digno da importância e da categoria de um clássico rico em números estatísticos. Durante a semana, o que se viu foi um acirramento dos ânimos por causa do anúncio do árbitro Glesto Gonçalves para apitar o jogo.

    Justifica-se a pressão da diretoria do Fortaleza, apesar de entendermos que há um histórico de litígios entre o árbitro e dirigentes tricolores. O América/RN é o líder da competição, seguido pelo CRB/AL, ambos com 9 pontos. O Guarany é o terceiro colocado com seis pontos, enquanto o Fortaleza é o quarto com quatro pontos, a mesma pontuação do Campinense/PB.

    Essa classificação não estava nas contas dos dirigentes tricolores. Somente uma vitória nesse jogo manterá o Fortaleza com boas chances de brigar por uma vaga para a próxima fase. Ao Guarany também não resta outra alternativa se quiser ter vida mais facilitada na competição. Essa condição, por si só, cria um clima decisivo para o jogo.

    Farpas à parte, chegamos em Sobral e encontramos um Fortaleza cheio de interrogações. O técnico Arthur Bernardes não revela o time que vai jogar, embora admita que não vai mexer muito na estrutura da equipe. O  técnico Oliveira Lopes também não confirma o time do Guarany. Na cidade, circula a informação que o polivalente Carlos não deve jogar, o que seria um desfalque importante para o Guarasol.

    Enfim, ninguém está tranquilo. O gerente do Fortaleza, Juradi Júnior, convidou o narrador Júlio Sales para dirigir algumas palavras de incentivo aos jogadores tricolores. O veterano Sales falou objetivamente e tocou no centro da questão. Segundo ele, o time precisa jogar com garra, ser atento, determinado e obstinado a vencer o jogo. Coincidentemente, esse tem sido o tema das preleções no Pici.

    Os dirigentes do Guarany, por outro lado, usam o velho e surrado estilo da pressão, via microfones das emissoras de rádio, destilando provocações e prometendo tratamento nada cordial aos visitantes. Para começar, o que se sabe é que a torcida do Fortaleza terá dificuldades para comprar ingressos, além do ágio no valor. O preço deve chegar a R$ 40.

    O Guarany defende uma invencibilidade de 14 jogos no Estádio do Junco pelo Brasileiro. São 10 vitórias e quatro empates com 33 gols marcados e oito sofridos. Um histórico impressionante. Este ano, o Fortaleza já foi derrotado, por 3 x 1, no Junco. No distante 2003, o Fortaleza obteve as duas últimas vitórias, no Junco, com placares de 2 x 0.

    Nos últimos 27 anos, as duas equipes realizaram 21 jogos, sendo nove vitórias do Fortaleza, sete empates e cinco vitórias do Guarany. Como pode-se observar, fora a invencibilidade do Guarasol, os confrontos são equilibrados. Como todo clássico, não é comum ter goleada e quando houve foi o Fortaleza quem goleou: 5 x 0 em 1993 e 4 x 1 em 1996, aqui em Sobral.

    Eu, o narrador Júlio Sales e o repórter Aloísio Lima chegamos em Sobral, na manhã desse sábado, e encontramos a cidade com o clima de um clássico decisivo. Que assim seja!    

    quarta-feira, 17 de agosto de 2011

    Ceará vence o Grêmio e dá lições

    Rudnei e Nicácio estão se escalando

    Se o Ceará perdeu força na marcação com as ausências de Michel e Heleno (nem cito de João Marcos), ganhou leveza e velocidade com as entradas de Edmilson e Eusébio, além do retorno de Thiago Humberto ao time. As dúvidas acabaram quando a bola rolou e o Ceará venceu o Grêmio por 3 x 0, no Estádio Presidente Vargas, pela 17ª rodada do Brasileirão. É o resultado de ter banco de reservas, mesmo que não funcione em algumas partidas.

    Cada um de nós escalava um time para jogar contra o Grêmio. O técnico Vágner Mancini, no entanto, é o único que escala e guardou o segredo consigo enquanto pôde. Perdeu o meio campo e ainda tinha de mexer na zaga e no ataque. Não inventou, fez o óbvio e se deu bem. Retornou Sacomam e Thiago Humberto. Lançou Edmilson e Eusébio, as únicas novidades. Assim, pouco mexeu na estrutura do time.

    A expectativa era ver os volantes que substituíam Michel e Heleno. Todos imaginavam dois volantes vigorosos como os ausentes. Nada disso. Com leveza, exercendo uma forte pressão no ataque e se defendendo em bloco, o Ceará foi um time ameaçador com a bola e seguro quando foi atacado. Ninguém sentiu saudades de Michel e Heleno, muito menos do chamado "trio de ferro".

    Cada um fez o que tinha de fazer. Eusébio e Rudnei ainda exageraram  na dose da missão. O primeiro fez um golaço da intermediária, aos 33', e o segundo voltou a "gastar" a bola em todas as posições do campo. Thiago Humberto voltou bem e foi substituído por Felipe Azevedo quando já não tinha mais fôlego. São as lições que o futebol nos dá.

    O time do Grêmio sentiu-se sufocado no primeiro tempo. O técnico Celso Roth fez duas alterações no intervalo, colocou o time na frente e pressionou muito, mas o goleiro Diego cresceu com defesas espetaculares. E foi no segundo tempo, na contra mão da história do jogo, que o Grêmio sofreu mais dois gols: um na indecisão da zaga e outro na falha do goleiro Victor.

    É bom lembrar que o goleiro gremista ainda operou importantes defesas na segunda etapa, impedindo uma goleada a favor do Ceará, embora Celso Roth não tenha reconhecido isso depois do jogo. O Grêmio cometeu falhas, sim. O Ceará se superou, sim. O saldo foi uma vitória com sobras, principalmente se não contabilizarmos um pênalti cometido pelo goleiro Victor em Osvaldo e não assinalado pelo árbitro mineiro Alício Pena Júnior.

    Ficha do Jogo, às 19h30min, no PV

    Ceará: Diego, Boiadeiro, Fabrício (Anderson Luis), Diego Sacomam e Egídio; Edmilson, Eusébio, Rudnei e Thiago Humberto (Felipe Azevedo); Osvaldo e Marcelo Nicácio (Róger). Técnico: Vágner Mancini.

    Grêmio: Victor, Adilson, Vilson, Rafael Marques e Bruno Colasso; Gilberto Silva, William, Lúcio (Marquinhos) e Douglas; Leandro (Diego) e André Lima (Brandão). Técnico: Celso Roth.

    Gols de Eusébio (33' do 1º tempo), Marcelo Nicácio (1' e 25' do 2º tempo).

    Cartões amarelos: Adilson e Vilson (Grêmio); Osvaldo (Ceará), cartão injusto porque realmente sofreu pênalti. O árbitro entendeu que ele simulou a falta.

    Árbitro: Alício Pena Júnior, auxiliado por Janete Mara Arcanjo e Eduardo Lincoln Neves (todos mineiros).   

    segunda-feira, 15 de agosto de 2011

    Yatta Júnior também nos deixa



    O cara era um profissional e tanto. Manuel Simão Cardoso narrava futebol, fazia reportagem, apresentava programa jornalístico ou de entretenimento. Além disso, era amigo e pau para toda obra. Tinha um problema: fumava muito e foi, provavelmente, o que abreviou-lhe a vida. Irriquieto, era teimoso cardiopata safenado.

    Trabalhei com Yatta Júnior, o Locutor Emoção,  na Rádio Sociedade da Bahia, da década de 1980, e na Rádio Cristal, também em Salvador/BA, na década de 1990. Foram períodos curtos, mas prazerosos. Ele havia saído da Bahia para trabalhar em Recife/PE e voltou a convite de Jorge Samartin, que comandou a inauguração da Cristal.

    Yatta Júnior tinha 57 anos, era paulista de Marília, trabalhou em grandes emissoras do Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Pernambuco e fazia parte da vibrante equipe de esportes da Rádio Jornal de Recife/PE. Morreu na tarde desse domingo, depois de ter trabalhado pela manhã.

    O amigo deixa três filhos e a esposa Berenice Cruz (2º casamento). O marcante é que a morte aconteceu quando a torcida do Santa Cruz festejava a vitória (1 x 0) sobre o Santa Cruz/RN, no Dia dos Pais e quando a crônica pernambucana lembrava os 17 anos da morte do narrador Ivan Lima.

    No dia 29 de maio de 2009, o também fumante Adilson Couto foi golpeado pelo coração. Vão embora os amigos e ficam os exemplos. Cabe a cada um de nós fazer a nossa parte para evitar novas ocorrências.   

    Boa viagem, Iata!

    domingo, 14 de agosto de 2011

    Ceará empata com o faro de Rudnei

    O faro de Rudnei garantiu o empate

    Corinthians 2 x 2 Ceará, no Pacaembu/SP, pela 16ª rodada do Brasileirão, foi um empate que refletiu exatamente o comportamento tático das duas equipes. No primeiro tempo, o Coringão teve muito espaço para jogar e não se fez de rogado, marcou dois gols. No segundo tempo, o Ceará diminuiu o espaço e atacou mais, por isso, chegou ao empate.

    O próprio técnico, Vágner Mancini, havia advertido que seria perigoso dar espaços ao rápido time do Corinthians, mas os jogadores alvinegros não deram ouvidos ao comandante. Antes do gol de Paulinho, aos 24', o goleiro Diego salvou o Ceará duas vezes.

    A reação alvinegra só ocorreu após o gol sofrido. Seis minutos depois, o atacante Osvaldo tirou proveito de uma indecisão da zaga e empatou. O Corinthians desempatou um minuto depois, aos 31', com um chute de Alex, de fora da área, e seguiu melhor em campo. Fora o gol, o Ceará ficou limitado a dois lances perigosos de área na primeira etapa.

    A mudança de postura do Ceará aconteceu no vestiário. Na segunda etapa, os papeis foram invertidos. O Ceará jogou no campo adversário, não permitiu os toques rápidos do Coringão na saída de bola e criou mais chances de gol. O empate aconteceu, aos 39', fruto de uma jogada ensaiada na cobrança de escanteio. Na sobra da bola, Rudnei fez o gol.

    Tivesse o Ceará tido a mesma postura durante todo o jogo, o resultado poderia ter sido outro. Por isso, não dá mais para ficar rotulando jogo fora e jogo em casa. O placar terminou sendo razoável para o alvinegro e ruim para o Corinthians, que perdeu a oportunidade de descolar dois pontos do Flamengo na liderança do campeonato.

    O saldo negativo foram os terceiros cartões de Michel e Heleno, exatamente os dois homens de marcação. Perder os dois marcadores não estava na conta de Vágner Mancini para o jogo da quarta-feira, no PV, contra o Grêmio. O saldo positivo foi a quebra da sequência de derrotas, iniciada com a vitória sobre o São Paulo, no meio da semana, pela Sul-Americana.

    O Ceará desse jogo não teve a mesma eficiência do jogo passado, mas mostrou mudança de comportamento tático, determinação e coragem para enfrentar o líder da competição. O goleiro Diego andou cometendo algumas falhas, Boiadeiro atacou pouco e o número de passes errados atrapalhou o desempenho da equipe. No geral, no entanto, o alvinegro jogou um futebol razoável.     

    sábado, 13 de agosto de 2011

    É proibido comer, beber e coisa e tal

    Comer espetinho de "gato" virou luxo no  PV

    Definitivamente, após a reforma, o novo Estádio Presidente Vargas ficou bonito, colorido, moderno, pouco funcional e não preservou suas principais características. Localizado no bairro da Gentilândia, um braço do Benfica, beneficiado pela boa cobertura do transporte coletivo e pela proximidade do centro da cidade, o PV era ponto de encontro não só para ver o jogo, mas para a boa conversa, para a comilança e para bebemorar. Hoje, já não dá para fazer o mesmo de tempos atrás!

    Com a reforma no "Gigantinho do Benfica", os espaços que sobravam na parte interna do estádio (ao redor da arquibancada) ganharam edificações, a bebida (mesmo a cervejinha gelada) já não é encontrada a uma distância de 100 metros do PV e lá dentro os preços são absurdos para quem gosta de comer e beber refrigerante. Até a necessária água mineral tem preços "salgados".

    O "PV de açúcar", assim chamado por muitos, perdeu as características de estádio aconchegante e prazeroso nas tardes de domingo ou mesmo no meio da semana, após um dia estafante de trabalho, sem tempo para trocar a roupa formal pelo uniforme do time preferido. O papo, agora, é restrito à arquibancada ou, depois do jogo, nos bares da redondeza.

    Comer e beber, dentro do PV, também não tem mais o mesmo prazer e charme. Acabou o espetinho fumegante, gostoso e "no preço", assim como desapareceram aquela pipoca quente e cheirosa no carrinho, aquele vendedor do amendoim, da laranja, do cafezinho, da macaxeira, do rolete de cana, do algodão doce, do churro, do picolé, entre outras bugigangas.

    Quem não consegue ficar sem comer e beber por um longo período, como este cronista, tem que se render aos preços abusivos e aos mesmos produtos vendidos pelas lanchonetes do estádio. Não há escolha. Come sanduíche ou sanduíche. Se procurar, é possível encontrar o famoso "pratinho", um pequeno recipiente descartável com baião, arroz, carne ou frango e farofa. O espetinho sumiu. Agora, tem carne na chapa elétrica.

    Com a modernidade, o PV virou um palco interessante para o espetáculo futebol, mas perdeu o charme e o romantismo que envolvia o torcedor. É chegar, torcer pelo time preferido e voltar para casa. O torcedor de ontem (sem saudosismo) encontra um cenário que não o satisfaz e o torcedor de hoje vive a realidade do mundo contemporâneo, marcado pelo consumismo, custo elevado, produtos industrializados e violência.

    Algumas das perdas simbólicas são consequências da violência promovida pelas "torcidas organizadas". Pena que as autoridades não acabaram com elas, acabaram com o prazer daqueles que gostam de torcer, fazendo do futebol uma festa. Por exemplo, o torcedor não tem mais o direito de tremular a bandeira, vestir a camisa do time que ama e bebemorar com cerveja.

    A única esperança é que o gramado do PV continue sendo palco de grandes espetáculos para o apaixonado torcedor cearense. Afinal, dar show de bola no PV ainda não é proibido e é possível.              

    terça-feira, 9 de agosto de 2011

    Walter Abrahão reforça a TV celeste


    Morreu, em São Paulo, aos 80 anos, nessa segunda-feira, o narrador esportivo Walter Abrahão, inventor do replay na TV. Abrahão sofria com um câncer no pulmão e estava internado no Hospital Nove de Julho.

    Walter Abrahão fazia parte da galeria de craques do microfone brasileiro. Narrou seis Copas do Mundo, de 1962 a 1986, tendo passado pelas TVs Tupi, SBT e Manchete. Foi na Copa de 66 que criou o termo bilance, mais tarde chamado de replay. O jargão "oxo" também foi criado por ele para se referir ao jogo empatado em zero a zero.

    O narrador Walter Abrahão era viúvo e pai de três filhos. O corpo dele merece as honras de ser velado na Câmara Municipal de São Paulo, onde atuou como vereador no período de 1988 a 1992. Com a morte de Abrahão, desaparece uma das testemunhas da história da televisão brasileira.

    Na Copa de 1970, quando o Brasil conquistou o tricampeonato mundial tão esperado, apesar das dificuldades tecnológicas, Walter Abrahão tirou proveito dos recursos que a TV brasileira dispunha para deixar o torcedor bem informado com reportagens dos bastidores da Seleção Canarinha.

    Boa viagem, Abrahão!

    domingo, 7 de agosto de 2011

    Muricy Ramalho 1 x 0 Ceará

    Borges teve força e rapidez na hora do gol

    Um "toque" de Muricy Ramalho e o Santos ganhou o Ceará, por 1 x 0, gol de Borges, aos 32', no Estádio Pacaembu/SP, pela 15ª rodada do Brasileirão. Eram 27 minutos do 1º tempo quando o meia Diogo entrou em campo no lugar do lateral direito Leandro Silva. Parecia estranho, mas o técnico santista queria ganhar o meio-campo e dificultar a saída esquerda do Ceará. O resultado foi um gol cinco minutos depois e a vitória.

    Com a alteração, Arouca passou a ocupar a direita, com liberdade para apoiar, impedindo as avançadas do lateral esquerdo Egídio. E foi com um passe de Arouca, após armação da jogada por Elano, que Borges fez o único gol do jogo. A bola dividida com o goleiro Diego sobrou para o atacante santista antes da chegada do zagueiro Fabrício. Borges teve força e agilidade para marcar.

    Cabia ao Ceará explorar o lado esquerdo com Osvaldo, mas já não tinha a passagem do Egídio, nem a chegada eficiente do meia Thiago Humberto. Ao contrário, o Santos cresceu com Arouca e com Diogo. O time do Ceará começou a ficar sufocado. Aos 40', Paulo Henrique Ganso ainda perdeu um gol, embaixo das traves, após um passe de Arouca.

    A melhor oportunidade do Ceará, no 1º tempo, foi desperdiçada pelo zagueiro Anderson Luiz com a cabeça,  aos 19', após cobrança de falta por Thiago Humberto. No 2º tempo, um chute de Egídio para uma boa defesa do goleiro Rafael, aos 46', foi a melhor jogada ofensiva do Ceará. Produção irrisória, convenhamos. A melhora do time alvinegro só aconteceu nos últimos 15 minutos.

    Os santistas saíram de campo dizendo que o time não jogou bem. Ora, imaginem se tivesse jogado bem. E o Ceará, o que dizer? O time funcionou do goleiro até os volantes, mas foi inoperante dali em diante. Esse é um problema que o técnico Vágner Mancini precisa corrigir para o próximo jogo do alvinegro, domingo, contra o Corinthians, no Pacaembu.

    Ficha do jogo no Pacaembu:

    Santos: Rafael, Leandro Silva (Diogo), Edu Dracena, Durval e Pará; Arouca, Ibson (Adriano), Elano e Paulo Henrique Ganso; Henrique e Borges (Bruno Aguiar). Técnico: Muricy Ramalho.

    Ceará: Diego, Boiadeiro (Felipe Azevedo), Fabrício, Anderson Luiz e Egídio; Michel, Heleno, Rudnei e Thiago Humberto (Enrico); Osvaldo e Róger (Washington). Técnico: Vágner Mancini.

    Árbitro: Fabrício Neves Correa (RS) usou de dois pesos e duas medidas, aplicando cartões amarelos para o Ceará e relevando as jogadas faltosas dos jogadores do Santos. Auxiliares: Júlio Cézar Rodrigues Santos (RS) e Luiz Antonio Muniz de Oliveira (SP).

    sábado, 6 de agosto de 2011

    Fortaleza leva Baquit às lágrimas

    Carlinhos Bala comandou o tricolor

    O Guarany de Sobral/CE abriu o placar, aos 7', com gol de Eliomar, desperdiçou um pênalti, aos 28', com o lateral esquerdo Panda chutando para fora, e perdeu o jogo desta tarde, no Estádio Presidente Vargas, por 3 x 1, de virada, para o Fortaleza. Foi a primeira vitória tricolor em três jogos pela Série C do Brasileirão, aliviando a forte pressão que vinha incomodando jogadores e dirigentes.

    O meia-atacante Carlinhos Bala estreou bem, fez o gol da virada, aos 28' do 2º tempo, e contrariou a avaliação física ao permanecer em campo até o final do jogo. Antes, aos 44' do 1º tempo, Esley empatou o jogo com uma bola chutada da entrada da área. A bola bateu no travessão e bateu nas costas do goleiro Ricardo antes de parar dentro do gol.

    A vitória tricolor foi concretizada com um gol do lateral esquerdo Guto, aos 31' do 2º tempo, logo após a entrada do meia-atacante Clodoaldo no time do Guarasol. A torcida do Fortaleza deixou o PV aliviada, o presidente Osmar Baquit passou mal e os rubro-negros deixaram o campo lamentando o pênalti perdido pelo lateral Panda.

    "A bola castiga", disse o técnico do Guarany, Oliveira Lopes, ao comentar a derrota no vestiário. Por outro lado, o presidente do Fortaleza, Osmar Baquit, agradeceu a vitória aos jogadores com lágrimas. Foi um jogo de emoções porque estava em jogo a "morte" prematura do Fortaleza na competição e a pretensão do Guarasol de encostar no líder do Grupo B, América/RN (9 PG).

    Com a primeira vitória, o Fortaleza chegou à terceira colocação (3 PG e melhor saldo de gols feitos), abaixo do CRB (6 PG). O Campinense/PB, próximo adversário do Fortaleza, no próximo domingo, em Campina Grande, é o quarto colocado (3 PG) e o Guarany de Sobral passou a ser o lanterna (3 PG).

    O técnico Arthur Bernardes comemorou a superação de Carlinhos Bala, que não deveria ter jogado 90 minutos, segundo avaliação física, e explicou a substituição de última hora, trocando Wellington Amorim por João Victor. O técnico temia que Amorim ficasse sobrecarregado com as "calculadas" deficiências físicas de Vavá e Bala. Por isso, trocou a experiência de Amorim pelo vigor de João Victor.

    A vitória também serviu para desabafos e agradecimentos. O auxiliar-técnico do Guarasol, Teco-Teco, disse que o time dele "ressuscitou" o Fortaleza. Já o técnico tricolor, Bernardes dedicou a vitória ao antecessor dele, Ferdinando Teixeira, ressaltando as qualidades do amigo e as dificuldades enfrentadas por ele no início da competição.

    O Fortaleza jogou com Lopes, Márcio Gabriel, Dezinho, Preto e Guto; Escobar, Rogério, Esley e João Victor; Carlinhos Bala e Vavá (Vinícius). O Guarasol jogou com Ricardo, Thiago Granja, Jr. Alves, Lima e Panda; Carlos, Ângelo (Clodoaldo), Piter e Eliomar; Niel; Maciel e Cleiton (Niel). Renda: R$ 199.469,00 com público de 10.632. 

    Foi uma vitória da "lavagem de roupa".             

    quinta-feira, 4 de agosto de 2011

    Copa 2014: Justiça manda parar VLT

    Governador Cid Gomes pilota o VLT de Juazeiro do Norte/CE

    A juiza Karla de Almeida Miranda Maia, da 7ª Vara da Justiça Federal, decretou a ilegitimidade ativa do Ministério Público Federal para questionar desapropriação envolvendo o Estado do Ceará e imóvel de particular. A decisão foi assinada na tarde desta quinta-feira, com a consequente extinção do processo, sem resolução de mérito, na forma do art. 267, inciso VI, do Código de Processo Civil. 

    Com isso, qualquer ação relacionada às obras do VLT - Veículo Leve sobre Trilhos, em Fortaleza, só deve ser considerada legal após a finalização do procedimento de licenciamento ambiental da obra. O Governo do Estado tentou dar agilidade ao processo, antecipando as desapropriações, mas esbarra em reclamações de comunidades que margeiam a linha férrea. O Ministério Público entrou em ação e deu um freio de arrumação no processo.    

    Tudo foi motivado pelas reclamações de centenas de moradores, questionando a forma e os baixos valores das desapropriações de imóveis nas regiões por onde vai passar o VLT - Veículo Leve sobre Trilhos, uma das principais intervenções na cidade para melhorar a mobilidade urbana, conforme o caderno de intenções aprovado para a realização da Copa do Mundo 2014 no Brasil.   

    Para entender o caso:


    O Ministério Público Federal entrou com ação civil pública, no último dia 20 de julho, pedindo que o Governo do Ceará suspendesse desapropriações para obras do VLT - Veículo Leve sobre Trilhos, meio de transporte a ser construído, em Fortaleza, como parte das obras de mobilidade urbana para a Copa do Mundo 2014.


    O pedido do MP incluiu a avaliação de imóveis, o levantamento de valores de indenizações, a realização de acordos administrativos, além de pagamentos agendados. Segundo o procurador da República e autor da ação, Alessander Sales, todos esses passos só deveriam ser dados após finalizado o procedimento de licenciamento ambiental da obra do VLT na linha Parangaba-Mucuripe.


    O Governo do Ceará já elaborou o projeto básico e o submeteu a licenciamento ambiental perante a Secretaria do Meio Ambiente do Estado do Ceará. Este procedimento está no início e, segundo o Ministério Público, a proposta é "irrisória" e impossibilita indenização justa a danos de imóveis.


    Para o procurador da República, Alessander Sales, além da suspensão do trabalho de desapropriação, também seria necessária a suspensão imediata dos termos do acordo firmado entre o Governo do Ceará e a Caixa Econômica Federal para a execução de obras, em Fortaleza, no valor de R$ 170 milhões.


    A seguir, trechos do questionamento do Ministério Público:

    "Suspensão imediata dos efeitos do Decreto nº 30.263, de 14 de julho de 2010, devendo ser suspensa, por parte do Estado do Estado do Ceará, toda e qualquer atuação administrativa tendente a conferir concretude a qualquer ato de desapropriação, como a avaliação de imóveis, levantamento de valores  de indenizações,  realização de acordos administrativos e respectivos pagamentos, até que seja finalizada o procedimento de licenciamento ambiental da obra do VLT Parangaba-Mucuripe."


    "Suspensão imediata da eficácia dos termos do ajuste financeiro firmado, em 08/10/2010, entre o Governo do Estado do Ceará e a Caixa Econômica Federal, denominado de contrato de financiamento e repasse destinado à execução de obras/serviços no Município de Fortaleza/CE, no âmbito do Pró-Transporte (programa voltado para ações de obras de infraestrutura de transporte coletivo urbano) no valor de R$ 170.000,000 (cento e setenta milhões de reais), devendo a CEF abster-se de repassar qualquer valor ao Estado do Ceará enquanto não concluída o licenciamento ambiental definitivo da obra do VLT Parangaba-Mucuripe."


    A seguir, trechos da decisão da juiza:
                    
    "Julgamento de procedência da presente demanda, condenando o Estado do Ceará a somente realizar qualquer ato do procedimento administrativo de desapropriação após o encerramento do licenciamento ambiental da obra do VLT Parangaba-Mucuripe, anulando, em conseqüência, todo e qualquer ato que tenha sido praticado antes da concessão da licença ambiental para o empreendimento."


    "Julgamento de procedência da presente demanda, obrigando a Caixa Econômica Federal a somente repassar para o Estado do Ceará qualquer recurso financeiro decorrente do contrato firmado para o financiamento da obra do VLT Parangaba-Mucuripe, após o encerramento de todas as etapas do licenciamento ambiental da obra, com a concessão da respectiva licença de instalação e após a superação de todas as pendências apontadas pelo MPF no que diz respeito ao pagamento das indenizações das desapropriações porventura realizadas."


    Essa decisão se constitui na baixa mais considerável que o governo cearense sofre na construção da Copa 2014 em Fortaleza. Antes, o Governo Cid Gomes conseguiu minimizar os efeitos dos problemas ocorridos no período da abertura de concorrência para a licitação das obras da Arena Castelão. Dessa vez, sem previsão da liberação do licenciamento ambiental pela Semace, o calendário das obras de mobilidade urbana pode comprometer os planos da Secopa para a Copa das Confederações em 2013.

    quarta-feira, 3 de agosto de 2011

    Ceará derrapa no 'mamão' Avaí

    Expulsão de Vicente prejudicou a equipe

    O futebol do Ceará Sporting, na derrota de 3 x 0 para o Avaí, no Estádio Presidente Vargas, nessa quarta-feira, pelo Brasileirão 2011, foi um misto do 1º tempo contra o Atlético-PR e do 2º tempo contra o Fluminense do Rio. Até o placar é um resultado das somas e subtrações dos gols dos dois jogos. Além disso, a expulsão do lateral esquerdo Vicente, aos 21' do 2º tempo, prejudicou a equipe.

    Após o jogo, o presidente em exercício, Robinson de Castro, voltou a falar sobre a punição pecuniária ao volante Heleno em consequência da expulsão no jogo contra o Fluminense, mas não fez citações à expulsão de Vicente. Para o dirigente, Heleno foi imprudente naquele jogo. Vicente não foi imprudente, mas recebeu o 2º cartão amarelo no momento crítico do jogo.

    O técnico Vágner Mancini já havia feito duas alterações e teve dificuldades para reorganizar a equipe. Edmilson e Thiago Humberto saíram no intervalo para as entradas de Enrico e Felipe Azevedo. Restou-lhe trocar Boiadeiro por Rudnei. Com um jogador a mais, o técnico Alexandre Galo reforçou o meio campo com a entrada de Fabiano no lugar de Pedro Ken e fez mais dois gols. 

    No primeiro tempo, o Ceará desperdiçou boas oportunidades, principalmente através de Osvaldo, foi lento e vacilante na saída de bola. Foi assim, com vacilo na saída entre Sacoman e Edmilson, que aconteceu o primeiro gol, bem marcado pelo atacante William, aos 19 minutos.

    No segundo tempo, o Avaí só marcava atrás até que Vicente foi expulso. Aos 36', um contra-ataque proporcionou o segundo gol, através do atacante Rafael Coelho. Aos 48', Rudnei errou na saída da bola pelo meio e Cleverson chutou de longe para surpreender o goleiro Diego.

    Enfim, não sei o que a comissão técnica pode dizer, oficialmente, mas o técnico Mancini ensaiou falar em desgaste físico após o jogo. Robinson de Castro falou em desequilíbrio e prometeu apurar o que está acontecendo com a equipe. Seja lá o que for, é preciso melhorar o rendimento da equipe.

    Mesmo com o esforço da diretoria para qualificar a equipe com as recentes contratações, Mancini não contou com o banco de reservas no jogo de hoje. O zagueiro/volante Edmilson não entrou bem e as alterações não resolveram. Por isso, mesmo punido no bolso, o volante Heleno volta ao time. O Lateral Egídio também volta e o zagueiro Erivelton deve substituir Diego Sacoman (3º cartão). 

    Domingo, na Vila Belmiro, tem os amigos do Neymar. Até lá!        

    terça-feira, 2 de agosto de 2011

    Nem desculpas nem perdão a Clodô

    Clodô passou a calar os ex-fãs

    Clodô na década de 2000 / ídolo









    Parece provocação.


    Depois do episódio Carlinhos Bala, outra ala de torcedores tricolores do Pici resolvem iniciar uma campanha pela volta do meia-atacante Clodoaldo ao Fortaleza. Talvez, os mesmos que o condenaram, em 2005, quando deu um "calote" no então presidente Ribamar Bezerra.

    Clodoaldo era ídolo da torcida tricolor, mas resolveu atravessar a avenida José Bastos, mesmo com R$ 18 mil no bolso, que havia recebido no Pici, para assinar um polêmico contrato com o Ceará Sporting. Em meio à polêmica, nunca mais cumpriu a promessa de devolver "as luvas" recebidas. Do Pici à Porangabuçu, Clodoaldo apagou uma história de quase 10 anos de amor platônico.

    Ribamar Bezerra jurou que Clodoaldo nunca mais pisaria na calçada do Pici (coincidentemente, não pisou nem para jogar por outras equipes). Clodô ou Clocô, como queiram, saiu e voltou ao Ceará em ritmo de "tapas e beijos", mas não conseguiu reabrir a porta tricolor no caminho de volta. E não foi por falta de tentativas.

    Eis que o presidente Osmar Baquit foi surpreendido esta semana com mais uma campanha "Volta Clodoaldo", liderada pelo vereador Leonel Alencar, torcidas organizadas e programas de rádio. Há quem aposte que a campanha pode ter um final feliz, parecido com o episódio Carlinhos Bala, mas Baquit bradou um "NÃO" firme, no programa Fórum Esportivo dessa segunda-feira, na Rádio Globo Fortaleza.

    Segundo o presidente tricolor, para voltar a jogar no Fortaleza, Clodoaldo teria de pedir desculpas à nação tricolor, mas nem assim voltará porque a palavra do agora conselheiro, Ribamar Bezerra, está mantida. Beirando os 33 anos de idade, dispensado pelo Ceará, com rápida passagem pela 2ª divisão do futebol baiano, Clodoaldo já estaria pronto para pedir perdão e retornar ao Pici com salários de R$ 7 mil/mês.

    É incrível como um craque de bola escolheu enterrar a carreira da forma como todos testemunhamos Clodoaldo enterrar. Eu era repórter da Rádio AM do Povo/CBN, em 1998, quando o Esporte Clube Vitória devolvia ao Fortaleza um menino baixinho, que jogava uma bola de gigante. Motivo: indisciplina e gosto pela boemia.

    Nilton Mota, diretor da categoria de base rubro-negra, ainda ofereceu R$ 50 mil para ficar com o "Baixinho" e passá-lo adiante, mas o então presidente, Osvaldo Azim, queria R$ 100 mil com argumento que tratava-se do maior craque da década, revelado pelo clube. Não houve negócio porque Mota não acreditava que aquela irreverência de Clodô fosse apenas fruto da idade. E acertou. De lá até agora, não se tem notícias de mudanças significativas.

    No auge da carreira, ainda no Fortaleza, Clodoaldo foi capas de revistas, manchetes de jornais, aberturas e encerramentos de programas de televisão, tema de músicas cantadas pelas torcidas (dos dois rivais) em ritmo rap e "objeto de desejo" até de dirigentes alvinegros e tricolores. O simples atravessar da avenida José Bastos com o sinal ($) fechado deu fim precoce a uma história que poderia ser tão longa quanto a vida do protagonista.

    Uma história como tantas outras. O sábio Mané Garrincha, hoje lembrado como exemplo a não ser seguido, chamava seus adversários de "Joãos". Driblou todos eles, mas esbarrou na própria irreverência. Hoje, não saberia dizer se Clodoaldo é nosso "João" ou nosso "Mané". Se ainda conseguir driblar Baquit, justamente, poderemos chamá-lo de nosso "Mané".