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    sexta-feira, 29 de abril de 2011

    Fortaleza anuncia o paredão Bonan

    "Um bom time começa por um grande goleiro", diria o amigo De Assis, apaixonado torcedor tricolor, caso fosse debater com ele a formação do novo time do Fortaleza Esporte Clube para disputar a Série C do Brasileirão 2011. Não pensa diferente o presidente Osmar Baquit, que acaba de confirmar a contratação do goleiro Marcelo Bonan, ex-Ceará Sporting, e ex-Ituano na Série A1 do Paulstão 2011.
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    Houve quem não gostasse, também. O repórter Aloísio Lima noticiou, no final da tarde, que outros oito jogadores estão acertados e serão anunciados nas próximas horas. Se o "cartão de visitas" não impressionou tanto, a diretoria tricolor tem tempo suficiente para causar impacto na galera. Osmar Baquit deve estar sentindo como não é fácil contratar com pouco dinheiro.

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    O torcedor, geralmente apaixonado, é assim mesmo. Nunca está plenamente satisfeito, mesmo quando o time está ganhando tudo. Imaginem quando o time está dissolvido e a diretoria promete uma "máquina" arrasadora para recuperar a imagem desgastada do clube.
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    A impressão que tenho é que são lançados os balões para avaliar a reação da torcida. No caso dos goleiros, falaram em Lopes, Michel e Bonan, todos ex-alvinegros. A torcida e parte da imprensa reprovaram Lopes, deixaram Michel em posição de dúvida e começaram a fazer comparações com Bonan. A diretoria contratou Bonan. Pode não ter sido, mas parece uma decisão politicamente correta.
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    Nas últimas horas falaram tanto em nomes de ex-jogadores do Ceará Sporting, que alguns torcedores chegaram a ficar irritados. O nome do atacante Wellington Amorim foi um deles. Aqui para nós, trata-se de um tipo de contratação arriscada, duvidosa, cheia de incertezas. A impressão é que o gerente Jurandir Júnior está utilizando uma lista antiga que encontrou no bolso do uniforme que usava em Porangabuçu.
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    O Fortaleza corre o risco de repetir os mesmos erros do ano passado, quando trocou de treinador às vésperas da decisão do campeonato, ganhou o tetra, acreditou que aquela troca tinha resolvido todos os problemas e não qualificou o time para a Série C. Agora, a diferença é que não ganhou o penta, mas ficou sem time. Nas duas oportunidades, a diretoria só tem improvisado e tomado decisões na base da emoção.

    quinta-feira, 28 de abril de 2011

    O que a Copa 2014 traz ao Brasil

    Ouça e opine sobre a palestra do ministro Orlando Silva a respeito da Copa 2014 no Brasil.

    segunda-feira, 25 de abril de 2011

    Baquit dá "vassourada" no Fortaleza

    O vice-presidente do Fortaleza, Osmar Baquit, assumiu o clube, na licença de 120 dias do presidente Paulo Arthur, dando uma verdadeira "vassourada". Dispensou 18 jogadores, recebeu os cargos de confiança e garante que seguirá promovendo mudanças. Ao mesmo tempo, sem perder o fôlego, anunciou que vai contar com ajuda de três empresários, entre eles, Raimundo Delfino e já tem dois goleiros contratados.
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    Baquit só não mandou embora os jogadores da casa: zagueiro Gilmak, lateral Guto, volantes Leandro e Régis; meias Bismarck, Eduardo e Edmar; atacantes Reginaldo Júnior e Vinícius. O atacante Léo Andrade ficou porque está com um dos joelhos operado e o goleiro Fábio Lima porque é uma aposta para o futuro.
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    Estão na lista dos dispensados: goleiros Fabiano e Nailson; laterais Felipe Almeida, Roniery e Henrique; zagueiros Rodrigo, Menezes, Rone Souza e Éverton; volantes Ricardo Baiano, Marcos Paulo e Gustavo; meias Cleiton e Luciano Henrique; atacantes Maiquel, Tatu, Itacaré e Felipe Klein.
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    O meia Adriano Pimenta e o lateral André Luiz vão permanecer caso aceitem as novas propostas do clube. A lista foi elaborada com participação de Ferdinando Teixeira, que será o treinador da Série C. O próprio Osmar Baquit vai conduzir as contratações porque o diretor de futebol, José Rocha, o Rochinha, também deixa o cargo por motivos particulares.
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    Além de estar contando com ajuda financeira de três empresários, Baquit receberá ajuda administrativa do ex-presidente do clube, Ribamar Bezerra, e do advogado Daniel Pessoa no departamento jurídico. A gerência continua com Jurandir Júnior - homem forte da diretoria de Paulo Arthur.
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    Os jogadores ganharam 15 dias de férias. Até a volta, o novo grupo deverá estar contratado e a casa reorganizada administrativamente. Durante o Fórum Esportivo dessa noite, aqui na http://www.radioglobofortaleza.com.br/, Osmar Baquit disse já ter dois goleiros praticamente contratados, mas guardou os nomes.
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    Disse ainda que a "vassourada" deixa o Fortaleza com uma folha de R$ 50 mil. A nova folha deve oscilar na casa dos R$ 350 mil. Para arrecadar dinheiro, logo, Baquit pretende lançar algumas ações que envolvam a torcida e espera receber R$ 490 mil do Poder Público - R$ 240 mil da Prefeitura de Fortaleza e R$ 250 mil do Governo do Estado, referentes a cotas de publicidade.
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    Até aí, tudo bem. Ao torcedor, no entanto, interessa o resultado final: time bom em campo e conquista de títulos. Esses dois fatores derrubaram Renan Vieira (apesar de ter conquistado o tetracampeonato) e Paulo Arthur. Baquit garante que vai formar um time bom, capaz de reconduzir o tricolor à Série B e levar o torcedor de volta às arquibancadas.
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    A torcida do Fortaleza reagiu timidamente. Uma parte se manifestou pelas redes sociais em apoio ao novo presidente. Outra parte dos tricolores quer ver as coisas na prática. O torcedor é assim mesmo, desconfia do discurso, cobra corpo e alma dos dirigentes. Não vai ser diferente com Osmar Baquit.
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    Perguntei qual seria a equação para resolver os problemas imediatos e, em tempo médio, criar meios para dar sustentabilidade ao clube. Baquit disse que vai contratar time bom, ganhar maior número de jogos possível e terá dinheiro no caixa. Acho que ele pensa, sim, em caminhar na direção do profissionalismo do clube ou correrá os mesmos riscos dos presidentes anteriores.
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    Além de tudo que disse Baquit, entendo que a missão de contratar será uma arte. Hoje, contratar certo com pouco dinheiro é como achar agulha no palheiro em ambiente escuro. O maior perigo é a influência de alguns empresários e amigos deles, quando indicam jogadores que o dirigente nunca viu jogar. Será a primeira armadilha que Baquit terá de se livrar.

    domingo, 24 de abril de 2011

    Horizonte segue como a bola da vez

    O Horizonte Futebol Clube aparece como a boa nova nessa reta final do Cearense 2011. Só não fechou a temporada com aproveitamento melhor porque não garantiu a vaga para a Série D do Brasileirão. Objetivo, agora, é ganhar o 2º turno, classificar para as quartas de final da Copa do Brasil e trocar a frase do rodapé da foto.
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    Ceará x Guarany (S) e Guarani (J) x Horizonte, em apenas um jogo, vão definir os finalistas do 2º turno no próximo final de semana. O Horizonte e o Ceará decidem suas vidas, no meio da semana, pela Copa do Brasil. As atenções estão voltadas para o Galo do Tabuleiro, que está ofuscando a campanha de liderança do Ceará no Cearense e a boa seqüência na Copa.
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    Depois do empate com o Flamengo, em 1 x 1, no Engenhão, o Horizonte continua sendo a primeira pauta. Chegaram até a insinuar que o Horizonte iria deixar esse último jogo, contra o Ferroviário, em segundo plano. Nada disso, o Horizonte venceu o jogo, por 3 x 1, e os atacantes Isaac (2) e Siloé voltaram a marcar.
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    No meio da semana, o Flamengo conheceu o Horizonte. Uma apresentação não desejada, muito menos esperada pelos rubro-negros. Agora, os que desdenharam do Horizonte vão ter a oportunidade de conhecer de perto como um time humilde, de uma cidade pequena, consegue ter harmonia e competência dentro de campo.
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    Se o Horizonte perder já terá feito um bom papel, mas ninguém pensa nessa possibilidade. O time e a cidade sabem qual é a importância desse momento vivido pelo futebol local. O estádio Domingão, com capacidade para 10.500 torcedores, virou estádio oficial da capital e o time aparece como o destaque cearense ao lado do Ceará Sporting.
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    Enquanto isso, o presidente interino do Fortaleza, Osmar Baquit, promete apresentar um plano para revitalizar o time que vai disputar a Série D do Brasileirão. A torcida está inconformada com a desclassificação no 2º turno e a diretoria dá sinais de fragmentação.
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    Os tricolores precisam realinhar o discurso, criar fontes alternativas de renda, redefinir metas, formar time de qualidade para voltar à posição de time grande. O sonho do pentacampeonato prejudicou as ações do Fortaleza em campo e fora de campo. A diretoria não teve maturidade para blindar a comissão técnica e os jogadores. Todos sucumbiram com a pressão da torcida.
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    Continuo com o mesmo pensamento de antes. O título estadual é bom para apimentar a rivalidade, mas não devolve a sustentabilidade que o clube precisa. Somente a volta para a Série B vai devolver melhor condição financeira, conseqüentemente, contratações de jogadores de melhor qualidade, mais investimentos na divisão de base, enfim.
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    Sem melhorar a condição financeira e a capacidade de investimento na equipe, não há como competir com o Ceará Sporting, hoje na Série A, com patrocínios valorizados, cota milionária de TV (R$ 12 milhões?), que, embora seja pouco em relação aos outros clubes, dá uma boa folga de caixa.
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    Por isso, entendo que o foco do Fortaleza deveria ter sido a montagem de uma boa equipe para a Série C. A disputa do título cearense seria uma conseqüência natural, mas a diretoria não poderia permitir que os fatores externos influenciassem no trabalho da comissão técnica.
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    A missão da diretoria é melhorar a qualidade da equipe, a missão da torcida é torcer, a missão da comissão técnica é formar e orientar a equipe, a missão da equipe é vencer. Acontece que as vitórias só acontecem, satisfatoriamente, quando a equipe tem qualidade. Não há mágica no futebol. A minha missão é insistir em afirmar que o Fortaleza desconsiderou pontos básicos.

    quinta-feira, 21 de abril de 2011

    Flamengo já conhece o Horizonte?

    Elanardo, Siloé, Alex e sua turma apresentaram o time do Horizonte ao Flamengo, nesta quarta-feira, no estádio Engenhão, em pleno Rio de Janeiro, pelas oitavas de final da Copa do Brasil 2011. Vanderley Luxemburgo e sua turma desdenharam, parte da crônica carioca zombou e a torcida do Flamengo nem deu importância ao jogo. Todas as atenções rubro-negras já estão voltadas para a próxima fase. Ninguém contava com o empate, em 1 x 1, construido no primeiro tempo com ajuda da frouxa marcação do Horizonte. O treinador Roberto Carlos "jogou" no intervalo e complicou a vida dos rubro-negros em campo. No segundo tempo, com acerto na marcação, Ronaldinho Gaúcho, Thiago Neves e Wanderlei não tiveram mais aquela boa vida de antes. Luxemburgo tentou sair da marcação com três alterações. A melhor delas foi a entrada de Rodrigo Alvin no lugar de Maldonado, passando Renato Abreu para o meio. Mas melhorou apenas na esquerda. Léo Moura e Negueba foram perdendo o fôlego lentamente. O Horizonte só saiu em contra-ataques bem encaixados e criou três boas oportunidades, poucas, é verdade, mas segurou o placar do primeiro tempo. O Flamengo perdeu força e ganhou nervosismo. Foi uma apresentação que não justificou a invencibilidade de 22 jogos (15 vitórias) com esse empate. Quem apostou em goleada, perdeu dinheiro. Quem foi ver espetáculo de Ronaldinho Gaúcho, viu a raça de Siloé. Os dois goleiros fizeram a parte deles e contribuiram para o empate. Acho que, agora, o Flamengo e os flamenguistas conhecem o Horizonte. O time de Luxemburgo pode até dar show de bola no jogo de volta e eliminar o Horizonte, mas deve ter aprendido o óbvio dito por Siloé aos repórteres cariocas: "Dentro de campo são 11 contra 11".

    quarta-feira, 20 de abril de 2011

    Bahia de Feira, Araguari e parcerias

    Acabamos de testemunhar uma história de parceria mal contada, no Ferroviário Atlético Clube, mas não é verdade que parceria se constitui numa relação fadada ao fracasso. A Associação Desportiva Bahia, fundada em 2 de julho de 1937, virou Associação Desportiva Bahia de Feira, em 1967, mas não conseguiu evitar o rebaixamento para a 2ª Divisão do futebol baiano alguns anos depois. Adormeceu ali mesmo, em Feira de Santana, e voltou à 1ª Divisão em 2009. Muitos questionamentos foram feitos na época por causa da chamada parceria com o Grupo Nobre de Ensino (Colégio e Faculdade) e a presença do ex-presidente do Esporte Clube Vitória e ex-gestor do Esporte Clube Bahia, Paulo Carneiro, na diretoria executiva. O tempo passou e o resultado do trabalho falou mais alto. O Bahia de Feira é semifinalista do baianão 2011, disputando a vaga de finalista com o Serrano, de Vitória da Conquista. Do outro lado, a dupla BA x VI faz uma decisão à parte. Quem passar vai à final. Aos 74 anos de vida, o Bahia de Feira tem a oportunidade de disputar o título BA x BA ou BA x VI - um BA x VI inédito. Lá de Araguari, nas Minas Gerais, a amiga Teresa Cristina informa que "a nova diretoria do Araguari Atlético Clube tornou público o projeto desenvolvido pelo grupo gestor, conhecido por "G4", para a reestruturação do glorioso 'Galo da Comarca', time com marcante passagem pelo futebol mineiro, profissional e amador, nas categorias masculino e feminino". Aliás, Araguari é o time pioneiro do futebol feminino no Brasil. A festa de lançamento do projeto contou com presenças ilustres de ex-jogadores, familiares do fundador Ney Montes e admiradores. Uma nova situação, em Araguari/MG, e em Feira de Santana/BA, chama a minha atenção: as mulheres estão presentes nas diretorias dos dois clubes. Se elas entendem de futebol, eu não sei. Mas tenho certeza que entendem de organização, seriedade, respeito e dedicação. Talvez tivesse faltado uma pitada desse "tempero" na mistura do Tubarão da Barra.

    terça-feira, 19 de abril de 2011

    Fortaleza renasce (...) na Páscoa

    Os resultados dessa 9ª rodada (com dois jogos pela 10ª rodada), pelo 2º turno do cearense 2011, confirmaram a expectativa que tinha desde o final do 1º turno. Chegaremos à última rodada com disputas pelas semifinais e para fugir da degola. A vitória do Tiradentes (6 x 5) sobre o Horizonte, a vitória do Ceará (1 x 0) sobre o Itapipoca e o empate (2 x 2) entre Guarany de Sobral x Guarani de Juazeiro abriram caminho para o Fortaleza, que não se fez de rogado e venceu o Quixadá, por 3 x 2, renascendo das cinzas em termos de classificação para as semifinais do turno. O Fortaleza ainda terá dois jogos a realizar, pode chegar a 21 pontos, caso vença Crato (aqui) e Icasa (lá), se classificando até na 2ª colocação caso o Guaraju não vença as duas partidas finais, contra o Ferroviário (lá) e Itapipoca (fora de casa). O Horizonte só chega a 20 pontos, caso vença o Ferroviário (lá), o Tiradentes só chega a 19 pontos, caso vença o Limoeiro (lá), e o Itapipoca também só chega a 19, caso vença o Guaraju (em casa). Ao Guarasol resta vencer as duas partidas finais (fora de casa), contra o Limoeiro e Ceará. A ressuscitação do Fortaleza pode ser letal para Horizonte e Tiradentes ou até Guaray de Sobral. Entenderam? Daí, o ânimo novo que tomou a torcida tricolor. O Ceará é o único que assiste a tudo de camarote porque já está classificado, na 1ª colocação, com 24 pontos, e não será atingido por nenhum concorrente. O Ceará, mesmo que quisesse, não teria como escolher o adversário das semifinais, mas poderá enfrentar o arquirrival nessa fase e, caso vença, marchar firme para a conquista do título arrastão. A situação poderia ser inversa, também, caso o Ceará perdesse nas semifinais para o arquirrival e tivesse de enfrentá-lo na final do campeonato. Esse imponderável do futebol é que mantém esse esporte vivo. Não cabe, portanto, ilasões de mentes doentias nem tramas de mentes desonestas na tentativa de mudar esse ou aquele quadro. No dia em que isso for permitido, o futebol não terá mais graça. Aliás, vejam como a rodada favoreceu somente ao Fortaleza e nem foi combinado.

    quinta-feira, 14 de abril de 2011

    Até o Papa Bento XVI é Fortaleza

    Tarefa de gincana: "Quem tem mais chances de atingir o objetivo para o qual foi contratato, Ferdinando Teixeira, no Fortaleza (e), ou Joel Comelli, no Ferroviário (d)?"
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    Não vale esperar até o final do Cearense 2011 para responder a tarefa. A hora é agora e não tem coluna do meio nem duas alternativas. Quem ainda tiver dúvidas pode consultar a tabela de classificação http://www.artilheiro.com.br/v2/aovivo.asp?camp=1 e fazer um juízo de valor mais apurado.
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    Caberá ao treinador Joel Cornelli tirar o Ferroviário do abismo do rebaixamento para a 2ª Divisão do Cearense. Na classificação geral, ganha apenas de Quixadá, Crato e Limoeiro - os três lanternas da competição. O Limoeiro está matematicamente rebaixado. Assim, as chances do Ferroviário cair ficam mais reduzidas. Restam três jogos, sendo dois fora de casa e um em casa, contra o Limoeiro.
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    Dessa forma, arrisco dizer que Joel Cornelli poderá evitar o rebaixamento, mesmo que o time não consiga reagir como espera. No 2º turno, o Ferroviário é o oitavo colocado, com 10 pontos, e não chegará mais às semifinais, a não ser que..., que..., que..., que eu prefiro nem quebrar a cabeça fazendo contas. Permanecer na 1ª Divisão já será uma vitória.
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    No Fortaleza, o professor Ferdinando Teixeira terá vida mais dura. O objetivo é classificar o time para as semifinais, alimentando a esperança da torcida tricolor de conquistar o tão sonhado pentacampeonato. Hoje, o Leão é o 7º colocado, com 12 pontos, tendo nove a disputar. Ainda que vença Quixadá (lá), Crato (aqui) e Icasa (lá), dependerá de combinações de resultados nas três rodadas finais.
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    Arrisco dizer que o time pode até conquistar os nove pontos, mas chegar às semifinais será um acerto de loteria, considerando que Guarany de Sobral (15 pontos) e Tiradentes (13 pontos) também estão lutando para chegar às semifinais. Mais acima, Ceará (21 pontos), Horizonte (17), Guarani de Juazeiro (17) e Itapipoca (16) estão, até agora, nas semifinais.
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    O torcedor do Fortaleza, portanto, não deve esperar apenas pelo desempenho do professor Ferdinando Teixeira, que tem a missão de fazer o time jogar mais que jogou até aqui. Deve esperar pelas combinações favoráveis, pela mística da camisa, pela sorte lotérica e pela fé. Aliás, o último jogo, que poderá ser a decisão, será na terra do Padim Ciço.
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    Pelo sim ou pelo não, vale a pena lembrar que até o Papa Bento XVI veste a camisa tricolor.

    terça-feira, 12 de abril de 2011

    Mancini solta o freio do Ceará

    O Ceará Sporting vingou-se com sobras, nesse último clássico da paz, da última goleada sofrida para o Ferroviário, por 4 a 1, no estádio Castelão. Na estreia oficial do treinador Wagner Mancini, o time mostrou mudanças na dinâmica de jogo, principalmente do meio para a frente. Às vezes, o Ferroviário era atacado por quatro jogadores: Marcelo Nicácio aberto pela direita, Iarley aberto pela esquerda, Thiago Humberto e Geraldo entrando pelo meio. Michel e João Marcos jogaram um pouco mais adiantados em relação aos zagueiros. Não sei qual será o comportamento, por exemplo, contra o Grêmio Prudente, pela Copa do Brasil, considerando que esse adversário tem melhor qualidade técnica que o Ferroviário. No segundo tempo, Mancini utilizou Heleno no lugar de João Marcos, diferente de Dimas Filgueiras que sempre utilizava o volante como um "falso" zagueiro. Quero ver contra o Grêmio Prudente qual será a postura tática do time alvinegro e a resposta do novo formato. Mancini deu sinais que não vai utilizar três zagueiros e dois volantes como vinha acontecendo. Assim, Thiago Humberto e Geraldo terão mais atribuições, além de armar as jogadas para os atacantes. Nesse jogo, contra o Ferrão, Iarley não teve de voltar tanto para buscar o jogo, o que rendeu-lhe boas jogadas e um gol. Em compensação, a defesa fica mais descoberta. Os zagueiros são mais exigidos. Trabalho redobrado, também para os volantes, a menos que os laterais estejam bem no apoio para forçar seguidas jogadas de ataque, pressionando o adversário no campo de defesa. Contra o Ferroviário, tudo funcionou, mas não é demais lembrar que o Ceará não encontrou dificuldades de forma alguma. Para Wagner Mancini, o teste de fogo começa na próxima quinta-feira, dia 21, em Horizonte, pela Copa do Brasil, contra o Grêmio Prudente.

    sexta-feira, 8 de abril de 2011

    Final infeliz entre GG e Ferroviário

    Lembram-se da primeira publicação dessa foto? Foi publicada, aqui mesmo, no dia 8 de novembro de 2010, exatos cinco meses atrás, no começo do "namoro" entre o Grupo Gestor (Mirandinha e Cia.) e o presidente do Ferroviário, Luiz Neto. Desde então restavam dúvidas sobre uma relação duradoura e sincera nessa união.
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    A derrota para o Guarany de Sobral, por 2 x 1, na Vila Elzir Cabral, nessa quinta-feira, foi a gota d'água para Mirandinha anunciar, no programa "As Últimas do Esporte", da Rádio Globo Fortaleza, que o Grupo Gestor está fora das decisões tomadas no Ferroviário, desde o dia 31 de janeiro, quando o presidente Luiz Neto decidiu assumir o departamento de futebol.
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    Vários episódios, alguns não divulgados, também contribuiram para a relação azedar. Para início de conversa, Rômulo deixou o Grupo Gestor e assumiu a condição de jogador, admitindo que estava gordo, com sete quilos a mais, apesar de ser titular da equipe. Mirandinha entregou o cargo de treinador, admitindo que contratou mal e fez um péssimo 1º turno.
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    De janeiro para cá eram três alas em conflito no Ferroviário: Grupo Gestor, Diretoria e Conselho Deliberativo. A comissão técnica, comandada por Filinto Holanda, e os jogadores "pagaram o pato". As indisciplinas do atacante Valdiran, perdoadas pelo presidente Luiz Neto, contra a vontade de Filinto Holanda, deram um empurrão no desgaste das relações internas no Ferrão.
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    Resumo da "opereta": Filinto Holanda entregou o cargo e Mirandinha formalizou o rompimento com o presidente Luiz Neto. O Grupo Gestor investiu R$ 260 mil e quer encontro de contas com o Ferroviário. Mirandinha admitiu que tem diferença a receber, mas não arriscou falar em valores. O acerto de contas pode terminar na Justiça.
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    Com o fim das chances de assumir a vaga da Série D, acabou a temporada 2011 para o Ferroviário, mas o pior é que o time ainda corre riscos de rebaixamento para a 2ª Divisão Cearense. Mirandinha avisou que, a partir de agora, o presidente Luiz Neto assume a conta com fornecedores, jogadores e funcionários.
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    Para Mirandinha, o presidente Luiz Neto interrompeu um trabalho planejado para três anos. Segundo ele, quando chegou ao Ferroviário, a estrutura física estava deteriorada, os salários estavam atrasados há quatro meses e a diretoria não tinha como contratar jogadores.
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    Anunciado o racha, Mirandinha disse que está disponível na praça como treinador. Não escondeu uma ponta de decepção e admitiu que vai comprar um título de sócio proprietário para concorrer à presidência do clube no futuro.
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    Ninguém esperava mais uma temporada tumultuada no time da Barra do Ceará. Que, ao menos, salvem o time da degola!

    quinta-feira, 7 de abril de 2011

    Fim da resistência de Flávio Araújo

    Um mês de preparação e três meses em ação. Foi o tempo que o treinador Flávio Araújo resistiu no comando do Fortaleza EC, nessa temporada 2011, frustrando o sonho de atravessar o campeonato estadual e reconduzir o clube à Segundona do Brasileirão. Duas derrotas, seguidas (3 x 1 para o Guaraju, no Romeirão, e 3 x 0 para o Horizonte, no Alcides Santos, em pleno Pici), levaram o próprio Flávio a entregar o cargo.
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    Em verdade, em verdade, Flávio Araújo vinha trabalhando sob pressão desde que chegou ao Pici, no final de novembro de 2010, quando foi contratado para montar o novo elenco do Fortaleza. Setores da imprensa (tricolor), alguns dirigentes e torcedores mais influentes não engoliam a presença de Flávio no comando do tricolor.
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    A cada tropeço, a pressão aumentava. O presidente Paulo Arthur sofreu fortes pressões nas derrotas dos clássicos, incluindo a perda do título do 1º turno. Lamentavelmente, foi o próprio irmão de Flávio, Júlio Araújo, quem iniciou a puxada de tapete com a vitória do Guarani, no último domingo, em Juazeiro do Norte.
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    A derrota dessa quarta-feira, pela 7ª rodada do 2º turno, em casa, para o Horizonte caiu como uma bomba na cabeça dos tricolores. Respingou no Flávio. No futebol é assim quando o clima não é de tranquilidade, quando as cobranças aumentam e quando o time não responde por falta de qualidade.
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    O Fortaleza sofreu duas derrotas, seguidas, para dois times com melhor qualidade técnica, mas o coração fala mais alto. O Guaraju marcha firme para conquistar a vaga da Série D do Brasileirão, o Horizonte passou para a 3ª fase da Copa do Brasil e vai jogar, exatamente, contra o Flamengo, time que eliminou o Fortaleza, no Castelão, na 2ª fase.
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    A diretoria tricolor teve uma noite para fazer reflexões, mas como o tempo não para, uma decisão será anunciada nessa quinta-feira. Imagino o "parafuso" que corroe a cabeça de cada um dirigente consciente do Fortaleza, que sabe da necessidade de não anunciar apenas uma, mas inúmeras decisões.
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    Tão difícil deve ter sido a tomada de decisão de Flávio Araújo quanto será a missão do novo treinador. Juntar os cacos, reorganizar a casa, recuperar a autoestima, vencer, vencer, vencer e vencer nas próximas quatro rodadas, ultrapassar as semifinais e ganhar o 2º turno. Pelo menos isso. E, se não ganhar o Cearense 2011 não terá feito nada, também.
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    Essa distância entre o desejo de título e a capacidade de conquistar, resultado da falta de poder (R$), sem a devida compreensão, pode transformar o ambiente tricolor em um barril de pólvora, sujeito a pequenas explosões. Nesse clima, já é difícil salvar o campeonato estadual, imagina reconduzir o clube à Segundona.
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    Quem será a próxima vítima, ou o próximo salvador?

    terça-feira, 5 de abril de 2011

    Fórum mostra quem é o Horizonte

    O Horizonte Futebol Clube já nasceu vencedor. Basta dar uma olhada, desde sua história de fundação, em 1933, quando os irmãos Horácio Domingos de Sousa e Joaquim Domingos Neto resolveram montar um time para desafiar os melhores da vizinhança da localidade de Olho d'Água de Venâncio, hoje município de Horizonte, a 42 km de Fortaleza.
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    O Galo do Tabuleiro seguiu sua saga de vencedor, a partir de 1989, quando aquela distante localidade ganhou emancipação política. Dos campos de areia para os gramados, o Horizonte foi tricampeão local em 1989, 1990 e 1991. Cansou das conquistas locais, chegou à 2ª Divisão do Campeonato Cearense de Futebol Profissional e foi campeão em 2007.
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    Em 2008, o Horizonte chegou cantando de "galo grande" e ficou com o 3º lugar do Cearense. Em 2010, com o 4º lugar. Ainda ficou com o título de Campeão do Interior (Taça Padre Cícero) depois de golear o Guarany de Sobral duas vezes: 7 x 0 e 5 x 2. E ganhou a Copa Fares Lopes, decidindo com o Icasa a segunda vaga cearense para a Copa do Brasil 2011.
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    A história do tempo presente foi contata, nessa segunda-feira, no Fórum Esportivo da Rádio Globo Fortaleza, das 20h às 22h, pelo treinador Roberto Carlos (com a prancheta nas mãos), 40 anos, torcedor do Ceará Sporting, natural de Aracoiaba/CE, e pelo presidente do clube, Paulo Wagner, ex-presidente do Ferroviário.
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    Roberto Carlos confessou que não esperava assumir o Galo do Tabuleiro, agora. Estava se preparando, desde 2007, com o então treinador Argeu dos Santos, mas a oportunidade chegou no mês de fevereiro passado com a saída de Filinto Holanda para o Ferroviário. Com ele, o time venceu quatro jogos seguidos, saiu das últimas posições, e chegou às semifinais. Na 6ª rodada do 2º turno já entrou no G-4 de novo (4ª colocação).
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    O BOLSO FORTE DE WAGNER
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    Paulo Wagner confessou que "enterrou" no Ferroviário Atlético Clube, somente em 2009, na Série C do Brasileiro, R$ 320 mil. Disse não ter feito conta dos prejuízos durante os seis anos em que esteve à frente do Tubarão da Barra do Ceará. No Horizonte, em quase três temporadas, Wagner garante que já está começando a colher os frutos do investimento.
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    Como poupança, tem 30% dos Direitos Federativos do atacante Léo Jaime, emprestado pelo Horizonte ao Bragantino paulista, e já começou a receber propostas pelo meia-atacnte Siloé, de 20 anos, cujo passe está estipulado em R$ 1,5 milhão. O Ceará Sporting é um dos interessados no futebol de Siloé. Claro que Paulo Wagner tem outras "poupanças".
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    Com uma folha de R$ 90 mil, o Horizonte chegou à 3ª fase da Copa do Brasil, vai enfrentar o Flamengo, no estádio Domingão, em Horizonte (10.500 torcedores), e no Engenhão, no Rio de Janeiro, em datas a serem sorteadas. O Horizonte embolsa a renda local e a cota de R$ 250 mil como premiação da CBF.
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    Empresas promotoras de eventos até tentaram comprar o jogo, mas Paulo Wagner garante que não tem negócio, e conta com apoio da Prefeitura local, que paga R$ 80 mil de patrocínio. A CBF vistoriou o Domingão, nessa segunda-feira, deixando recomendações nas áreas internas. O ingresso vai custar R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia).
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    O município de Horizonte, rico em festas regionais, nunca viu festa igual e nunca apareceu tanto no cenário nacional. Viva o Galo!

    sexta-feira, 1 de abril de 2011

    Wagner Mancini fez história em 2002

    O presidente do Ceará Sporting, Evandro Leitão, confirmou que está aguardando o treinador Wagner Mancini até sábado. A ideia é que ele assista ao jogo contra o Crato, em Horizonte, e assuma o comando da equipe na segunda-feira. Evandro disse, também, que só pretendia trocar o comando da equipe no Brasileirão 2011, mas Dimas Filgueiras pediu que a decisão fosse antecipada. Wagner Mancini é um treinador jovem, emergente, com menos de dez anos de experiência. Nesse curto período já teve passagens por grandes equipes como Grêmio, Santos e Vasco da Gama. Também treinou equipes medianas, ao nível do Ceará, como Vitória, onde foi campeão em 2008, e Guarani de Campinas (SP). Como jogador, a torcida alvinegra o conhece bem. Em 2002, Wagner Mancini participou da campanha que levou o Ceará a quebrar a seqüência de títulos do arquirrival Fortaleza. O Ceará havia conquistado um tetracampeonato (1996, 1997, 1998 e 1999). O Fortaleza engrenou um bicampeão (2000 e 2001). A participação de Mancini foi importante naquele ano, constituindo-se em mais um ídolo da galeria de craques do Vovô, e colocando a faixa de campeão no peito. Agora, o Fortaleza busca a conquista do pentacampeonato. Manicini está chegando quando o Ceará já tem um turno conquistado. Se conseguir quebrar a seqüência do Fortaleza vai fazer história, agora, como treinador.