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    segunda-feira, 30 de agosto de 2010

    Um passeio pela nova Fonte 2014

    Confesso que senti uma ponta de frustração por não ter acompanhado de perto a implosão do Estádio da Fonte Nova, em Salvador/Bahia, no último domingo pela manhã. Dali, testemunhei momentos espetaculares do futebol baiano. Não quero ressaltar momentos tristes nem alegres porque a minha visão era neutra. Era triste para quem perdia, alegre para quem ganhava.

    O fato de não ter raízes de infância na cidade nos dá essa condição ímpar de não sofrer com a paixão clubística. Mesmo depois, quando já sentia a contaminação rubro-negra no sangue, minha condição profissional jamais foi afetada. Testemunhei conquistas incríveis do EC Bahia assim como testemunhei a ressurreição do EC Vitória, entre o fim da década de 1980 e o início da década de 1990.

    Testemunhei as maiores conquistas da minha geração: o Bahia construiu, na Fonte Nova, a campanha do título brasileiro de 1988, embora a ousadia do time tivesse garantido duas vitórias decisivas fora de casa (2 x 1 no Fluminense, pela semifinal, e 2 x 1 no Internacional, no jogo final). A Seleção Brasileira também construiu, na Fonte Nova, a conquista do Copa América de 1989.

    A torcida baiana mostrou sua força de protesto e reagiu às indiferenças do treinador Sebastião Lazaroni, que não convocou o meia-atacante Bobô e não aproveitou o convocado atacante Charles - ambos da campanha do título tricolor. A reação foi tão forte que o quarto jogo da primeira fase foi levado para o Estádio do Arruda, no Recife, para fugir dos protestos.

    Agora, vão para a história as quatro datas mais importantes do Estádio Octávio Mangabeira: 25 de fevereiro de 1942 - pedra fundamental; 28 de janeiro de 1951 - inauguração; 25 de novembro de 2007 - rompimento da arquibancada, sete mortos, dezenas de feridos e interdição; 29 de agosto de 2010 - implosão do anel superior, última etapa da demolição do estádio.

    A torcida baiana merece receber, em 2012, um moderno estádio, funcional, confortável e ecológico. Quero merecer de Deus a oportunidade de estar presente ao nascimento da nova Fonte Nova para compensar a ausência ao 'desaparecimento' da velha Fonte Nova. Quero ser testemunha de mais uma etapa dessa história.

    domingo, 29 de agosto de 2010

    Ceará erra; Fortaleza cansa

    O que deu na cabeça (ou nas pernas) do zagueiro Anderson?
    A bola tocada em direção ao gol do Ceará SC poderia ter sido recuada ou chutada para o lado, mas o zagueirão deu uma canelada, o atacante Wesley agradeceu, não perdoou o erro e virou o placar: 2 x 1 para o Grêmio Prudente, ainda no primeiro tempo, em pleno Castelão.
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    Não fosse o zagueiro Anderson um jogador com créditos e a torcida não o perdoaria. Mário Sérgio também o perdoou e não mexeu na zaga. No primeiro gol, também de Wesley, houve mais oportunismo do atacante que falha dos zagueiros.
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    O Ceará chegou ao empate, no finzinho do jogo, com outro gol de oportunismo do meia Careca, em cobrança de escanteio. O primeiro gol, de Washington, também foi 'suado', a ponto do atacante ter sido atingido na lateral posterior do joelho direito. Nem comemorou direito de tanta dor e terminou substituido por Wellington Amorim.
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    Desse jeito, o Ceará deixou escapar mais uma oportunidade de faturar três pontos. Apesar disso, o alvinegro não perdeu posição - continua na sétima colocação do Brasileirão. Deixou de ganhar em casa, vai ter de ganhar fora de casa se não quiser descer e até correr o risco de ficar fora da zona da Sul-Americana.
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    Tomara que Vicente possa jogar logo para acabar com as improvisações de Mário Sérgio pelo lado esquerdo da defesa. O time fica torto, frágil pela esquerda porque o zagueiro Diego Sacomam não tem qualquer habilidade para sair jogando.
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    Fortaleza 2 x 1 São Raimundo (PA)
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    Que alguém responda. Por que o time do Fortaleza EC só joga pouco mais de 30 minutos? O meia Éder não suporta um tempo de jogo, o atacante Tatu pediu para sair no segundo tempo e os que se omitem na fala ou nos gestos simplesmente param de correr.
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    Para o atacante Finazzi, os companheiros dele relaxaram depois que fizeram os dois gols, no primeiro tempo; para Zé Teodoro, são muitas oportunidades desperdiçadas e no final vem o sufoco; para o presidente Renan Vieira, o time não tem problemas físicos; para Tatu, foi cansaço mesmo.
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    Acho que Tatu foi o mais sincero e Zé Teodoro falou a realidade do jogo de hoje. O time foi bem escalado, no 4x4x2, com goleiro, dois laterais de ofício, dois zagueiros, dois volantes, dois meias e dois atacantes. Fez dois gols (16 e 35 minutos) e desperdiçou inúmeras oportunidades. Mas quase todo o time parou de correr nos últimos 10 minutos.
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    No segundo tempo... O time do São Raimundo 'alugou' a intermediária do Fortaleza, obrigou o goleiro Douglas a fazer boas defesas, fez um gol e não fez mais porque os jogadores chutaram mais para fora que na direção do gol.
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    O Fortaleza só conseguiu uma pálida reação quando Jeff Silva entrou no lugar do lateral-esquerdo Guto e o lateral-direito Peter ganhou novo fôlego (não sei de onde). O volante Régis ficou tão sobrecarregado que começou a cometer faltas e foi expulso de campo. Aliás, Peter merece o troféu Pulmão de Leão - foi o melhor fisicamente.
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    O treinador Zé Teodoro conseguiu escalar o time certo, o melhor que ele tem no Pici: Douglas, Peter, Leomar, André Turato e Guto; Régis, Danilo Portugal (enfim, estreou de verdade), Paulo Isidoro e Éder; Finazzi e Tatu. Agora, precisa fazer com que o time corra os 90 minutos.
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    Já que ninguém admite problemas de ordem física é preciso que descubram logo o motivo de tanto cansaço e resolvam antes que chegue a segunda fase da 3ª Divisão. Os adversários terão melhor qualidade técnica e física e os jogos serão eliminatórios.
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    Está aí uma tarefa de gincana para ajudar o Leão a sair da 3ª Divisão.

    sexta-feira, 27 de agosto de 2010

    Fonte Nova: estádio urbano

    O Estádio Octávio Mangabeira, a Fonte Nova, faz parte da paisagem de Salvador - uma cidade cheia de belezas naturais. Localizada na Ladeira da Fonte, entre os bairros de Nazaré e Brotas, às margens do Dique do Tororó e seus orixás, a Fonte do Futebol está entre as poucas paixões dos baianos: música, futebol, praia, religiosidade, prazer em viver bem e trabalho.

    Vamos fazer um pequeno tour aéreo e um pit stop no futuro para entendermos a relação entre a cidade e esse equipamento que será implodido nesse domingo, dia 29 de agosto, às 10h, com data marcada para renascer mais imponente e mais luxuoso com a missão de receber o povo mais apaixonado (do planeta) pelo futebol.

    Quem sabe, um dia nos encontraremos aí!

    quarta-feira, 25 de agosto de 2010

    Relax Ana Paula ao Ceará

    Não restou-me opção melhor, depois de ver o treinador Mário Sérgio colocar o time do Ceará SC em campo, contra o Botafogo/RJ, no estádio Engenhão/RJ, pedindo para perder e perdeu, por 1 x 0, com gol de Jóbson, aos 5' do segundo tempo.

    Bastava Mário Sérgio repetir o esquema tático que venceu o Grêmio, domingo passado, no estádio Castelão, por 2 x 1. Poderia ter mexido no time, no máximo, em duas posições para acertar os lados e a ligação do meio-campo. Não fez nada disso.

    Meteu Oziel na lateral-direita (improdutivo), improvisou Diego Sacomam na lateral-esquerda (torto) e manteve Camilo no meio (sem efeito). O time não foi bem no primeiro tempo; o Botafogo também. Aí já viu. Primeiro tempo fraco. Na volta do vestiário, Joel Santana acertou o time e logo Jóbson abriu o placar.

    Quando Mário Sérgio acordou e entendeu que só ganha quem busca o caminho do gol, era tarde demais. Colocou Geraldo e Magno Alves e, mais tarde, Ernandes para corrigir a linha da defesa. O Ceará cresceu no jogo, mas não conseguiu furar o bloqueio do Botafogo.

    Enfim, Mário Sérgio esqueceu a aula que deu no último domingo. Cometeu os mesmos erros, tentou corrigi-los, quase acertou e perdeu o jogo. O Ceará volta para Porangabuçu com uma derrota boba. Resta que Mário Sérgio não cometa mais os mesmos equívocos nos jogos futuros.

    Esperança! Enquanto isso, melhor ver a beleza de Ana Paula que a prancheta de Joel.

    segunda-feira, 23 de agosto de 2010

    Nova Fonte Nova em 2014

    Uma tragédia em 2007 e a Copa 2014 determinaram o fim do Estádio Octávio Mangabeira (a Fonte Nova), às margens do Dique do Tororó, em Salvador. Nesse domingo, dia 29 de agosto, o estádio será implodido - vai virar pó. No mesmo local será erguida uma arena, no padrão Fifa, para abrigar jogos do Mundial brasileiro.

    O 'sepultamento' da Fonte Nova foi decretado, naquele dia 25 de novembro, quando as comemorações pelo retorno do EC Bahia à Série B do Brasileiro deram lugar a uma tragédia que resultou em comoção nacional e luto da torcida tricolor. Sete pessoas morreram e 40 ficaram feridas após o rompimento de um pedaço da arquibancada do anel superior.

    Construído na década de 1950, a última reforma havia sido realizada há 39 anos. Três anos depois da tragédia, ninguém foi punido. As autoridades interditaram a Fonte Nova, o Governo da Bahia reformou o Estádio de Pituaçu, em tempo recorde, e decretou o fim do velho estádio logo que o Brasil foi confirmado como sede da Copa 2014.

    O futebol baiano, agora, acumula histórias do velho Campo da Graça, que deu lugar a luxuosos edifícios residenciais, no nobre bairro da Graça, e do aconchegante Estádio da Fonte Nova, cujo local foi mantido por conta de ser central, de fácil convergência em relação aos demais bairros, proximidade da linha do metrô e da Estação da Lapa - principal estação de transbordo do transporte coletivo da cidade.

    Veja a demolição antes dela acontecer.

    domingo, 22 de agosto de 2010

    Ufa! Aliviados Ceará e Fortaleza

    Torcedores cearenses (tricolores e alvinegros) viveram semana de aflição, mas ficaram aliviados, após a conclusão da rodada. Finazzi salvou o Fortaleza EC de uma semana mais tensa e Geraldo salvou a pele de muita gente do Ceará SC.
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    Ceará 2 x 1 Grêmio
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    Foi um jogaço, no estádio Castelão, respondendo ao post anterior. Mário Sérgio interferiu diretamente na forma de jogar do Ceará. É o tipo de situação que pode-se observar o trabalho do treinador. Não faltaram críticas às ausências de Ernanes, Heleno, Geraldo e Tony. Da mesma forma, surpresas com as presenças de Junior Cearense, Diego Sacomam, Camilo e Wellington Amorim.
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    A verdade é que o time jogou de forma diferente, com posicionamento tático bem definido, jogando de igual para igual, sem aqueles contra-ataques estressantes. O time não jogou mal, mas faltava ligação pelo meio e a esquerda não funcionava. Dois gols contra e o placar de 1 x 1 nos primeiros 45 minutos. A resposta veio no segundo tempo.
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    De novo, o treinador interferiu visivelmente. As entradas de Geraldo e Heleno corrigiram a marcação atrás e a ligação pelo meio. O meia Douglas ficou preso entre quatro zagueiros alvinegros e o Grêmio não criou outras opções de criação. O time do Ceará alugou o meio e a defesa gremista por boa parte do segundo tempo.
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    Mário Sérgio agiu como mágico e tirou a última peça da cartola para provocar o delírio da plateia. O atacante Magno Alves entrou no lugar de Wellington Amorim e mudou o jogo. Traduziu o volume de jogo em ofensividade inteligente. Na quarta tentativa, Magno levou a bola para o fundo do campo e cruzou (na bandeja) para Geraldo desempatar.
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    O gol caiu como um bálsamo. Alívio para a torcida alvinegra, alívio para Mário Sérgio, alívio para os dirigentes candidatos e, por fim, alívio para Geraldo. Todos eles estavam 'ardendo' no caldeirão alvinegro. A semana começa com bandeira branca em Porangabuçu.
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    Paysandu 1 x 1 Fortaleza
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    O treinador Zé Teodoro faz um discurso correto, mas é bem diferente na prática. Escalou o time com três zagueiros, três volantes, um meia e um atacante. Os dois laterais (Rafael e Jeff Silva) esqueceram a marcação e o lateral-esquerdo Guto, improvisado pelo meio, foi alheio ao jogo.
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    Com essa formação, o Fortaleza cedeu espaços aos atacantes do Paysandu. Thiago Potiguar jogou como quis, deu o passe para o gol de Paulão, aos 18' do 1º tempo, e criou vários problemas aos defensores tricolores. Mesmo desorganizado, o Fortaleza ainda chegou ao empate, com Finazzi, mas o assistente maranhense, Antonio Fernando Santos, anulou o gol (errado).
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    Somente no desespero, Zé Teodoro resolveu colocar o time na frente. Voltou do intervalo com Rinaldo e Éder, mais tarde colocou Tatu. Tirou os dois laterais e um volante. O Paysandu cansou, não saiu mais de trás e cedeu o empate, aos 40' do 2º tempo, quando Fávaro rebateu uma bola chutada por Éder. Finazzi empatou. E pareceu impedido, mas valeu.
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    O empate não resolveu nada em termos de classificação, porém, permitiu ao Fortaleza continuar com o controle da situação. Tem dois jogos em casa, contra o São Raimundo/PA, dia 29, e contra o Rio Branco/AC, dia 11 de setembro, para garantir a classificação e evitar o sufoco no último jogo, em Marabá/PA, contra o Águia.
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    Todos salvos, afinal!

    sexta-feira, 20 de agosto de 2010

    Ceará x Grêmio nostálgico

    No dia 11 de dezembro de 1983, no estádio Nacional de Tóquio/Japão, o Grêmio Foot-Ball Portoalegrense decidia o título do Mundial Interclubes jogando contra o Hamburger Sport-Verein e. V., mais conhecido como Hamburgo, com sede em Hamburgo, na Alemanha. Era a primeira decisão mundial dos gremistas contra um time acostumado a grandes decisões.
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    Renato Gaúcho escreveu o nome dele na história do Grêmio, naquele dia, com letras garrafais. Fez o primeiro gol, aos 37 minutos. O alemão Schröder empatou faltando cinco minutos para terminar o jogo. Na prorrogação, aos três minutos, Renato Gaúcho desempatou. Bravamente, os gremistas seguraram a vitória até o final.
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    Naquele dia, o Grêmio jogou com Mazaropi, Paulo Roberto, Baidek, Hugo de León e Paulo César Magalhães; China, Osvaldo (Bonamigo) e Paulo César Lima - o PC Caju (Caio); Renato Gaúcho, Tarciso e Mário Sérgio. O treinador era Valdir Espinoza.
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    Enfim, naquela conquista estavam juntos Renato Gaúcho (agachado à direita da foto) e Mário Sérgio (agachado à esquerda da foto). Eram jogadores de características diferentes dentro de campo: Renato mais explosivo, Mário mais driblador. Fora de campo, um pouco parecidos: gostavam de vida agitada - eram "craques indisciplinados.
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    O tempo passou, penduraram as chuteiras, viraram treinadores e mudaram o jeito de ser. Renato adota o tipo meio-termo, próximo da amizade e longe da indisciplina. Mário Sérgio ganhou fama de durão, tipo "ou vai ou racha". Por isso, os dois acabam de ser contratados por times que estão em quedra livre.
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    Ceará e Grêmio jogam, nesse sábado, às 18h30min, no estádio Castelão, buscando a reabilitação na tabela de classificação. Renato Gaúcho já conquistou três pontos, na estreia, contra o Goiás (2 x 0); Mário Sérgio perdeu três pontos, na estreia, contra o Flamengo (1 x 0).
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    O Grêmio subiu para a 15ª posição, com 15 pontos, e pode continuar subindo caso consiga mais uma vitória. O Ceará caiu para a 6ª posição, com 21 pontos, e pode até retornar ao G-4 se voltar a vencer nessa 15ª rodada.
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    A vida é bem assim. Promove um reencontro histórico, 27 anos depois, momento em que os dois estão em posições e condições diferentes. Não trata-se de tira-teima. Apenas um reencontro casual, agora, com objetivos opostos. Não deixa de ser um desafio, um confronto, com o sabor de quem aprendeu mais.
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    Em campo, os jogadores dão o ritmo do jogo. Do banco, os treinadores ditam os caminhos da vitória. Quem é mais quem, Grêmio ou Ceará, Renato Gaúcho ou Mário Sérgio?

    Vitória perde para fantasmas

    Aqui para nós, o EC Vitória perdeu para o atacante Tadeu (foto), com ajuda do fantasma do ex-goleiro colombiano Higuita, conterrâneo de Viáfara. O gol de Marcos Assunção, cobrando falta, no momento crítico do jogo, foi um prêmio à competência e um alívio ao sofrimento do torcedor rubro-negro, que já esperava a decisão por pênaltis.
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    O time do Vitória entrou em campo com a vantagem de dois gols, mas dava a impressão que estava na desvantagem. A defesa 'rifando' a bola, o meio-campo nervoso e o ataque isolado. O Palmeiras entrou com a proposta definida e começou a tirar a vantagem no finalzinho do primeiro tempo, porque procurou o caminho do gol.
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    Faltou atenção no primeiro gol do Palmeiras, que estava ligado em todos os detalhes. No segundo gol, Viáfara brincou com fogo e se queimou. 'Recebeu' o espírito de Higuita e prendeu a bola em cima da linha lateral do campo para depois armar o contra-ataque do Palmeiras. Tadeu não estava ali para brincadeira e fez os dois gols 'facilitados'.
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    Ainda restava a última saída, que era a disputa nos pênaltis, mas o time do Vitória desacelerou, perdeu força e cometeu uma falta ingênua na entrada da área. Ficou fácil para Marcos Assunção. Nessa, ninguém teve culpa. Méritos para a cobrança.
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    Essa derrota devolve a velha discussão sobre a troca de treinador, sabe-se lá porque. Ricardo Silva foi afastado (ele é funcionário do clube) por não ter conquistado a Copa América, embora tenha vencido o Santos no Barradão. Toninho Cecílio também venceu o Palmeiras no Barradão, mas perdeu a decisão num jogo previsível.
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    É complicado fazer comparações, mas essa decisão da Sul-Americana tinha um caminho inverso e favorável ao Vitória. Faltou competência para administrar a vantagem. A competência começa com a estratégia montada nos treinos e no vestiário. Quando a bola rola, o treinador não tem o controle do jogo no campo, mas pode tentar mudar a dinâmica do jogo. Faltou isso ao Cecílio.
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    Viáfara assumiu a derrota, o restante... O Vitória ainda não amadureceu o suficiente para vencer importantes competições. É preciso dizer que já está na hora. É preciso dizer, também, que o amadurecimento cobrado começa pelas atitudes dos dirigentes. O saldo vem dos resultados em campo.
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    Parabéns, Palmeiras!

    quarta-feira, 18 de agosto de 2010

    "Banho de loja" em BH para 2014

    Belo Horizonte, capital dos mineiros, já está acostumada a receber caravanas de turistas e de empreendedores por ser um polo turístico e industrial. A rede de hotéis atende com 19 mil leitos, portanto, preparada para grandes eventos.

    A cidade vai receber um verdadeiro 'banho de loja", com duplicação de avenidas centrais, criação de novas vias de ligação entre o Complexo da Pampulha (onde está o estádio Mineirão), centro e principais bairros, além da linha de Metrô passando pela Pampulha.

    O estádio Mineirão já está recebendo as primeiras intervenções. As áreas de acesso serão melhoradas, o gramado será rebaixado (como pede a Fifa), a estrutura interna ganhará telões, sistema de segurança moderno e ampliação dos assentos para 70 mil lugares.

    Do lado de fora, criação de mais 10 mil vagas de estacionamento de veículos (existem apenas 4.500 vagas), reconstrução da urbanização ao redor do Complexo da Pampulha e reforma do ginásio Mineirinho para receber o Centro de imprensa.

    Bem no jeito mineirinho, uai!

    terça-feira, 17 de agosto de 2010

    Mário Sérgio aponta 12 'apóstolos'

    Ora, bolas! A diretoria do Ceará SC roda, roda, roda e cai no lugar comum. Como nos idos tempos das crises produzidas, a torcida alvinegra vive momentos de incerteza e os recomeços de sempre. Um filme com enredo, cenário e 'the end' conhecidos. A única diferença dessa série são os protagonistas e o sugestivo título: Os 12 'apóstolos' de Porangabuçu.
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    Os dirigentes alvinegros precisaram de 60 dias, desde que o treinador PC Gusmão foi contratado pelo Vasco da Gama, para ouvir do novo treinador, Mário Sérgio, que o elenco tem jogadores demais e pouca qualidade; que precisa 'enxugar' a folha e contratar jogadores para suprir carências no meio-campo e ataque.
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    O primeiro relatório de Mário Sérgio (preparado pelos assistentes Serginho e Fernando Paiva) afasta 12 jogadores, aponta a necessidade de contratar 4, 5, 6..., avisa que vai continuar avaliando o grupo e decreta esquema quartel (portões fechados).
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    Até aí, nenhuma novidade. Ainda com PC Gusmão, o grupo já estava 'inchado' (quase 40 jogadores), precisava ser qualificado com meias e atacantes e já mantinha o esquema quartel para a imprensa. Aliás, PC adotou também o esquema mordaça para os jogadores.
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    Minha avó sempre dizia: "Quem isso usa, disso cuida". A frase talvez explique a atitude desses treinadores, principalmente Mário Sérgio, que só adotou postura de respeito e disciplina depois que encerrou a carreira de jogador de futebol.
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    Mas, vamos lá!
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    Mário Sérgio mandou um time treinar em horários diferentes. Os goleiros Adilson, Jean e Elves (os dois últimos são da base); os laterais Arlindo Maracanã, Andrezinho, Pimentel e Gabriel; os zagueiros Erivelton e Renato (o último é da base); os meias Ailton e Érick Flores e o atacante Clodoaldo.
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    Não foram avaliados, o ala Eusébio e o meia Luisinho (ambos saindo do departamento médico). O meia Reina e o atacante Magno Alves acabaram de ser contratados. Por falar em deficiência técnica ou seja qual for a explicação, pergunta-se pelo volante Bóvio e pelo lateral Diogo.
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    Resumo da opereta bufa: Mário Sérgio ficou com 27 jogadores. Goleiros Diego (titular), Michel Alves e Dionantan; laterais Oziel (titular) e Ernandes (titular), Diogo e Eusébio; zagueiros Fabrício (titular) e Anderson (titular), Jorge Luiz, Diego Sacomam e Pablo; volantes Michel (titular), Heleno (titular) e João Marcos (titular), Careca, Junior Cearense e Bóvio; meias Geraldo (titular), Camilo, Reina e Luizinho; atacantes Misael (titular) e Washington (titular), Tony, Wellington Amorim e Magno Alves.
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    Vamos aguardar, agora, a sequência. Mais contratações, mais dispensas, igual a endividamento com rescisões e futuro incerto. O foco não é o mesmo da temporada passada, quando somente uma campanha para emergir à 1ª divisão interessava. Assim, funcionou. Este ano, com o foco dividido com a campanha política, voltam os desacertos e as dúvidas.
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    Que pena!

    segunda-feira, 16 de agosto de 2010

    Fortaleza quer semifinal da Copa

    Aos poucos, os projetos apresentados para a Copa 2014 vão ficando mais próximos da realidade.

    Fortaleza é uma das poucas cidades-sede que não enfrentam problemas de caixa e está apostando forte na condição de semifinalista do Mundial brasileiro porque tem um estádio (o Castelão) com menos problemas que os demais. Situação parecida com a Arena da Baixada (Curitiba), Mineirão (Belo Horizonte), Beira Rio (Porto Alegre) e Maracanã (Rio de Janeiro).

    A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará acaba de aprovar a mensagem que autoriza o Governo a contratar empréstimo no valor de R$ 352 milhões junto ao BNDES para as reformas a ampliações no estádio Plácido Aderaldo Castelo. Com as modificações, o Castelão estará em condições de sediar um jogo semifinal, obedecendo as exigências da Fifa.

    O próximo passo será o anúncio da empreiteira vencedora da concorrência para que as obras sejam iniciadas até o final do ano. Algumas das obras que constam do caderno de encargos já estão em andamento, como a conclusão de uma linha do Metrofor. Falta muito, é verdade, mas ainda há tempo suficiente. Esperamos não faltar competência, cumprimento de prazos e lisura.

    Cabe a cada um de nós não abrir mão do direito de fiscalizar e cobrar.

    sexta-feira, 13 de agosto de 2010

    Overdose de jogos inúteis

    Os dirigentes cearenses vivem questionando a ausência do torcedor nos estádios ao invés de recorrerem a ferramentas de pesquisa que podem apresentar respostas convincentes. O blog está perguntando aos amigos internautas sobre as campanhas do Ceará SC (1ª divisão), Icasa EC (2ª divisão), Fortaleza EC (3ª divisão) e Guarany SC (4ª divisão) no Brasileirão. Os torcedores do Ceará são os mais otimista, mas nem tanto.
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    Alvinegros acreditam na melhor campanha com 54 % dos votos, torcedores do Verdão Icasa são os segundos mais otimistas com 27 %, tricolores do Fortaleza estão na terceira colocação com 18 % e os rubro-negros do Guarasol não aparecem.
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    Os torcedores também responderiam a outras perguntas para 'matar' a curiosidade dos dirigentes, mas eles preferem não perguntar. Em outras oportunidades, torcedores do Fortaleza já responderam que não são motivados pelo time fraco, pelo ingresso caro, pela desorganização no estádio, entre outras reclamações.
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    A overdose de jogos soma-se a tantos motivos desestimuladores da galera. Observem a programação dos cearenses na semana que vem, principalmente para o Fortaleza: dia 18/8, quarta-feira - Fortaleza x Confiança, às 20h, no Pici, pelo Nordestão, com time B.
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    No dia seguinte, quinta-feira - Ceará x Tiradentes, às 20h15min, em Maranguape, pela Copa Fares Lopes, com time B; Fortaleza x Horizonte, às 20h15min, no Pici, pela mesma competição, com time C. No sábado - Ceará x Grêmio, às 18h30min, no estádio Castelão; Icasa x Náutico, às 16h, no estádio Romeirão (Juazeiro do Norte).
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    No domingo - Sampaio Corrêa x Guarany de Sobral, às 16h, em São Luis do Maranhão; Paysandu x Fortaleza, às 16h, em Belém do Pará, com time A. O Fortaleza participa de três competições ao mesmo tempo. Como conseguirá utilizar três equipes uma vez que não consegue realizar campanha razoável na Série C?
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    É primário, mas é verdadeiro. O futebol brasileiro é um sanduiche misto, com quatro camadas, mas somente a primeira pode ser digerida com pouco prazer; a segunda começa a engasgar; a terceira dá náusea, vertigens e todo tipo de mal-estar; a quarta é como fugir do fogo do inferno com os olhos vendados.
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    Poucos estão preocupados em melhorar a conjuntura do futebol brasileiro porque falta interesse em democratizar o nível das equipes. Nos próximos quatro anos, as preocupações com a Copa 2014 vão desviar a atenção dos dirigentes, levando as preocupações para o 'congelador', afundando mais uma centena de clubes pequenos e afastando o torcedor dos estádios.
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    Enquanto isso, viva o sofá!

    quarta-feira, 11 de agosto de 2010

    Coritiba dá o primeiro exemplo

    Por que alguns colegas da crônica esportiva preferem fazer eco com aqueles que defendem as mazelas do futebol?
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    Desde que foram aprovadas as medidas que reforçam e legitimam o Estatuto do Torcedor como instrumento jurídico para devolver a paz aos estádios, os comentários desalentadores estão goleando os otimistas. Afinal, será que é melhor continuar como está?
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    Incrível é lembrar que "gregos e troianos" cobravam, todos os dias, medidas punitivas para devolver a paz aos verdadeiros torcedores. Agora, ouço e leio que será impossível acabar com cambistas, que será ridículo punir alguém que xingar o árbitro, que será impossível cadastrar milhares de torcedores das "organizadas" e tantas outras contradições.
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    Acabo de ler a seguinte manchete no Lancepress: "Fotógrafo está proibido de ir a jogos do Coritiba". Sabem o que ele fez? Xingou o árbitro Alício Pena Junior de "ladrão". Sabem o que ele fazia? Trabalhava no site da torcida do Coritiba, o Coxonautas, e estava no campo de jogo.
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    O árbitro denunciou o fotógrafo Gilmar Pinto à Polícia Militar, que foi encaminhado ao Projeto Justiça Presente, na própria Arena Joinville, em Joinville/SC, julgado e punido. Durante três meses, nos dias de jogos do Coritiba, em vez de ir ao estádio, Gilmar irá à delegacia.
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    Não há mistério. Tudo é muito simples quando há Lei, Autoridade (em todos os níveis) e boa vontade para manter a ordem. Quem defende melhorias no futebol (dentro e fora de campo) não pode estar defendendo as "gangs organizadas", as maracutaias entre dirigentes e cambistas, os agressores de árbitros e jogadores, entre outras incivilidades.
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    Os paranaenses deram o primeiro exemplo de como cumprir a Lei. E nem precisava usar essa expressão "cumprir a Lei". Entendo que é uma necessidade urgente-urgentíssima de devolver a paz ao futebol fora de campo. Temos quatro anos para mostrar a nós mesmos que somos os melhores do mundo nesse "negócio" chamado futebol.
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    Fico as "orelhas de molho" com algumas figuras que mudam de opinião rapidamente. Já tem gente defendendo cambistas, organizadas e criticando a Lei. Leiam a matéria completa: http://msn.lancenet.com.br/noticias/10-08-11/806559.stm?futebol-fotografo-esta-proibido-de-ir-a-jogos-do-coritiba .

    2014: Curitiba está quase pronta

    A cidade de Curitiba prima pela qualidade de vida de seus habitantes e visitantes. Esse é o principal rótulo da capital paranaense para atrair turistas e não será diferente para receber os torcedores que vão acompanhar os jogos da Copa 2014 na Arena da Baixada.

    Quem não conhece Curitiba nem faz ideia do encontra quando chega lá. É, realmente, uma cidade aconchegante pelo seu jeito europeu de ser com traços brasileiros. Dá prazer um passeio pelo centro da cidade, uma viagem de ônibus (no Ligeirinho), um tour pelos museus e parques...

    A Arena da Baixada pertence ao Atlético Paranaense, foi construída em 1999, e consumirá 138 milhões de reais para ficar novo de novo - bem menos que os demais projetos. Curitiba tem uma situação relativamente tranquila em relação às demais cidades-sede do mundial brasileiro.

    Vale a pena conferir e opinar!

    terça-feira, 10 de agosto de 2010

    Faltam os outros 'Mários Sérgios'

    O Ceará SC confirmou a contratação do treinador Mário Sérgio Pontes de Paiva, 60 anos (fará aniversário no dia 7 de setembro), para substituir Estevam Soares no Brasileiro. Mário Sérgio deve comandar o time, no próximo jogo, contra o Flamengo, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), onde nasceu.
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    A vida tem dessas coincidências. Por que será?
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    Mário Sérgio nasceu carioca para a vida e baiano para o futebol. Cansado de esperar por uma oportunidade no Flamengo, Vesgo (apelido) desembarcou no EC Vitória, em 1971, onde fez história até 1975. Teve uma rápida passagem pelo Fluminense e escreveu o nome no Botafogo entre 1976 e 1979, cuja camisa está vestindo na foto.
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    Passou pela Seleção Brasileira, jogou no exterior, voltou ao Brasil e jogou nos dois melhores clubes gaúchos (Grêmio e Inter), onde também deixou sua marca. Era um craque em campo e indisciplinado fora dele. Criador de polêmicas. Assim, encerrou a carreira pelo Bahia, em 1987, e nasceu como treinador do Vitória logo a seguir, instigando a rivalidade entre os baianos.
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    Poucos torcedores do Ceará devem ser testemunhas oculares das duas fases de Mário Sérgio. Confesso que o preferia como jogador. Como treinador, acumula bons desempenhos sem títulos. Em 2007, foi vice-campeão da Copa do Brasil pelo Figueirense; em 2009, reergueu o Inter e classificou o time colorado para a Copa Libertadores 2010.
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    Uma coisa é certa: Mário Sérgio não tem boas recordações do futebol cearense. Em 2009, era treinador da Portuguesa, perdeu para o Icasa, em pleno Estádio do Canindé, e foi demitido. Ainda em 2009, coincidentemente em agosto, foi procurado pelo Fortaleza EC, acertou tudo com o diretor Fernando Moraes e foi 'demitido' horas depois pelo presidente Lúcio Bonfim.
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    Polêmicas à parte, Mário Sérgio chega ao Ceará para fazer o time vencer. De cara, recebe o artilheiro Magno Alves (Estevam não teve a mesma sorte) e deve estar pedindo mais jogadores de qualidade. O próprio Mário Sérgio sabe que somente a disciplina não faz um time vencedor. Como ele não joga faz tempo, precisa de outros 'Mários Sérgios'.
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    Boa sorte, Vesgo!

    segunda-feira, 9 de agosto de 2010

    Cartolas erram, Eles pagam o pato!

    Respondam rápido: Antonio Carlos Zago (à esquerda) e Toninho Cecílio (à direita) são treinadores com histórico de vitórias comprovadas, sim ou não?
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    Fiz a pergunta por uma questão de implicância, mas não era preciso. E fiz porque não acreditei no que andei lendo e ouvindo a respeito das trocas de treinadores pelo Ceará SC e EC Vitória, anunciadas nessa segunda-feira, sendo que Toninho Cecílio já está contratado pelo rubro-negro. Lembro-me bem dele como jogador, como treinador...
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    A diretoria do Ceará não confirma a contratação de Antonio Carlos Zago, mas observo um lobby muito forte para colocá-lo no alvinegro de Porangabuçu no lugar de Estevam Soares, demitido por dirigentes que não conseguem administrar o clube sem interesses político-partidários.
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    O Vitória demitiu Ricardo Silva com a alegação das duas derrotas no Brasileiro (para Botafogo e Vasco da Gama). Rapidamente esqueceram do tetracampeonato estadual e da campanha na Copa do Brasil - apesar de não ter conquistado o título. Infelizmente, os valores morais e as qualidades profissionais desaparecem ante os interesses comerciais.
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    O Ceará demitiu Estevam Soares com a alegação da ausência de vitórias após o intervalo da Copa 2010. Estevam iniciava uma mudança da forma de jogar, saindo dos contra-ataques para um futebol competitivo, mas os atacantes não encontraram mais o caminho do gol. Sobrou para ele, às vésperas de receber o artilheiro Magno Alves.
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    Os dirigentes podem alimentar suas 'pirações', mas deveriam ter um pouco mais de cuidado ao tomar essas decisões. A diretoria do Vitória deixou a decisão com o gerente de futebol, Carlito Arine, amigo pessoal de Toninho Cecílio, que só esperava uma oportunidade para 'derrubar' Ricardo.
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    Não sei de quem partiu a decisão no Ceará. O presidente tem derrapado em algumas decisões por causa de algumas alianças. Quem demite Estevam Soares não pode estar satisfeito com Antonio Carlos Zago. Antes de falar em Geninho, Sillas e outros nomes é preciso pensar no time que tem, cujas carências já deveriam ter sido supridas bem antes da Copa.
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    Até o fim dessa postagem, o Ceará não havia confirmado a contratação de treinador. A torcida está dividida quanto a demissão de Estevam. A diretoria parece vacilante e deve estar enfrentando dificuldades para contratar o novo treinador. Afinal, o treinador responsável não vai aceitar o rótulo de 'milagreiro'.
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    O Vitória sentiu, de novo, o gostinho da glória e, com toda razão, quer mantê-lo. Daí, trocar Ricardo Silva por Toninho Cecílio não parece uma aposta acertada. O Ceará quer retomar o caminho das vitória com justa razão. Daí, demitir treinador sem melhorar o time não parece a decisão mais coerente.
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    Os nossos dirigentes não mudam, mesmo!
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    'Meter os pés pelas mãos' é próprio de quem dirige um negócio que gira altas cifras em dinheiro, mas não presta contas ao torcedor, aquele que paga caro para ver jogos de qualidade duvidosa. Em qualquer outro negócio, a qualidade do produto pode ser questionada no Procon, diferente do futebol.
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    Viva a bagunça dos cartolas!

    sábado, 7 de agosto de 2010

    Amazônia é a Copa ecológica

    Você já sobrevoou a Amazônia? É fascinante.

    É o primeiro impacto que a região causa aos visitantes. Ver a mata de cima é algo indescritível, uma sensação ímpar, um encanto. Quando o avião desce e os visitantes começam a vivenciar a natureza do lugar, as emoções são sucessivas. Quem for à Copa 2014, na Amazônia, terá inúmeros motivos para não esquecer mais do Brasil.

    A estrutura do antigo estádio Vivaldo Lima já está demolida. O consórcio contratado para a construção da Arena Amazônia promete cumprir os prazos e entregar o novo estádio bem antes do Mundial. Veja a reportagem e compare com as outras cidades-sede.

    terça-feira, 3 de agosto de 2010

    Que título vale mais?

    O EC Vitória pode até não ser campeão da Copa do Brasil 2010, contudo os jovens talentos rubronegros enchem a torcida de orgulho com garra, profissionalismo, cidadania e respeito ao clube onde nasceram. Claro, o título nacional é o principal objetivo do jogo dessa quarta-feira, no estádio Barradão, contra o Santos FC, mas os valores morais também são tesouros.
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    O Santos colocou a vantagem no placar com os dois gols da Vila Belmiro. Os 'Meninos da Vila' deram show de bola, é verdade. Neymar esnobou na cobrança do pênalty, faltou com o compromisso profissional e quase teve motivos para 'tirar sarro' do goleiro Lee - como costuma fazer com seus adversários ou com criadores de cachorros.
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    O Vitória não jogou um bom futebol, na Vila Belmiro, mas o jogo tem 180 minutos. Faltam 90 minutos. Os times vão trocar de lado, vão trocar de campo e vão trocar de torcida. O calor humano que aqueceu os 'Meninos da Vila' é o mesmo que vai aquecer os 'Meninos da Toca'. Tudo isso alimenta o direito de sonhar dos jogadores e torcedores rubro-negros.
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    Até aqui, o show dos craques formados nas divisões de base do Vitória, fora de campo, tem sido de maior valor que as trapalhadas e confusões produzidas pelos 'Meninos da Vila'. Não vamos perder tempo com detalhes que todos já conhecem, via twitter.
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    Enquanto isso, o zagueiro Wallace responde aos estímulos da torcida com essa carta carinhosa e cheia de brios:
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    "Para muitos torcedores que não me conhecem, vou contar um pouco da minha história e o que o clube representa para mim. Tenho 22 anos, mas metade foi dentro do Vitória. Cheguei em 15 de novembro de 2000, de Conceição do Coité.
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    Quando cheguei, feio, seco e cheio de esperança, uma delas era jogar no Barradão lotado, ver os Imbatíveis gritarem meu nome. Como sonhei com isso. Mas caímos para a Série B, no ano seguinte pra a C, e aí o que iria fazer? Seis meses sem receber um tostão. Mas como falam, Deus escreve certo por linhas tortas. Ao contrário do profissional, minha geração ganhava tudo: Anderson Martins, Neto Coruja, Uelliton, Marcelo Moreno, David Luiz e eu. Logo subimos para o profissional, conseguimos o acesso para as séries B e A. Fomos tetracampeões baiano, classificamos o time duas vezes para a Sul-Americana, mas faltava algo.
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    Essa coisa que faltava era a Copa do Brasil e aí estamos tendo uma oportunidade de conseguir esse título tão importante não só para nós, jogadores, mas pra essa torcida que encarou dois dias de ônibus até Santos.
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    Nossa, foi de arrepiar! 'Nunca na história desse país', já dizia Lula, vi algo desse tamanho. Mas a minha história se confunde com a do Vitória. Tudo o que sou e que tenho agradeço a esse clube que me formou, e nada mais justo de que retribuir esse amor que me foi dado durante tantos anos com o título.
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    Nação rubro-negra, não tenha dúvida alguma de que quarta-feira você não irá ver guerreiros, mas gladiadores. Sei que nós jogadores vamos suar sangue.
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    Queria agradecer a todos os torcedores, sem exceção, pelo apoio e confiança demonstrados. O que estou escrevendo, sem hipocrisia nenhuma, é de um filho para o pai que tanto espera a retribuição de seu filho. AHhhhhhhhhh, a todos os meus irmãos rubro-negros, obrigado pelo amor ao VITÓRIA.
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    JUNTOS SOMOS FORTES, UNIDOS SOMOS IMBATÍVEIS!"
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    Coloquei a carta na íntegra e vou fazer três esclarecimentos: 1 - Conceição do Coité é uma cidade do interior da Bahia; 2 - Imbatíveis é uma torcida organizada; 3 - o zagueiro David Luiz é esse mesmo que joga no Benfica (Portugal) e acaba de ser convocado para a Seleção Brasileira.

    Gigantão da Beira Rio em 2014

    O projeto do Internacional portoalegrense tem gerado debates acalourados entre torcedores colorados e gremistas. A rivalidade fala alto, mas o interesse dos gaúchos pela Copa 2014, no Brasil, termina eliminando essas diferenças. Conheço o estádio da Beira Rio assim como o estádio Olímpico. As churrascarias (dos dois estádios) sempre ganharam a minha presença antes e depois das transmissões esportivas, sem esquecer as galerias de troféus, lojinhas de souvenirs e a sala de imprensa para o bom papo com os companheiros cronistas dos pampas. É um projeto ousado. Apesar disso, acredito nos gaúchos. E você?