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    terça-feira, 30 de junho de 2009

    EFEITO COPA 2014 EVITA LIMINARES NA FCF. MUDANÇA JÁ?

    Não há como negar que grandes eventos ajudam qualquer povo no processo de civilização ou progresso. As carências de cada um é que vão determinar a direção do avanço. No caso do Brasil, penso que a Copa de 2014 vai nos dar um banho de civilização contemporânea. Mesmo que seja um aprendizado "forçado", imposto pelas exigências básicas da Fifa, como já citei em comentários anteriores. Aqui, no Ceará, esse efeito já chegou.

    A eleição para a escolha da nova diretoria da FCF - Federação Cearense de Futebol, que seria realizada no último sábado, dia 27/6, foi adiada por força de duas liminares impetradas pela chapa de oposição, encabeçada pelo deputado estadual, Idemar Citó. A oposição apontava irregularidades no processo eletivo.

    Após muito disse-me-disse, com liminares e trocas de farpas, a disputa acabou em acordo. Assim, as duas chapas concorrentes: a situação, encabeçada pelo atual vice-presidente da entidade, Mauro Carmélio; e a oposição, encabeçada pelo deputado estadual, Idemar Citó (PSDB), terão uma só composição.

    A chapa será formada com Carmélio na presidência e Citó na vice. A idéia partiu do secretário de Esporte do Estado, Ferruccio Feitosa, defendendo o fortalecimento e a visão profissional na entidade. Sobre boatos de interesses políticos na Federação, por conta da Copa de 2014, em Fortaleza, Ferruccio lembrou que a organização do evento não passa pela entidade.

    E é verdade. Mas a outra verdade é que o evento já despertou interesses outros (...). A chapa de oposição cobrava transparência, profissionalismo e modernidade na FCF. O líder oposicionista virou vice-situacionista com o dedo do Governo Estadual. Para quem não está lembrado, cabe aos Governos, também, o controle de fatores externos ao futebol, sob pena até de substituição de subsedes ou do próprio país como sede do Mundial.

    Que as preocupações não fiquem apenas no discurso. O futebol que vai sediar Copa do Mundo ainda precisa caminhar em muitas direções. Profissionalização e organização é apenas um desses caminhos. Veja que verdade escreve o advogado Francisco Ortega, com o título "A culpa é só dos clubes?", no blog http://www.futebolnegocio.wordpress.com/. A maioria das Federações nem sequer entendeu ainda a importância do mundo virtual, quanto mais...

    Em 2008, o Jornal O Globo publicou matéria, assinada por Felipe Awi, mostrando o surgimento de uma geração que se prepara para ser dirigente de futebol. O amadorismo não morrerá nunca, mas acabou o tempo do favor no esporte profissional. Segundo um dos mais jovens dirigentes do Flamengo, Pedro Trengrouse, de 29 anos, formado no prestigiado MBA da Fifa: "Não há outro caminho que não passe pela profissionalização da gestão esportiva".

    O choque entre profissionalismo e amadorismo pôs água no negócio em três anos, mas foi tempo suficiente para Trengrouse perceber o potencial da indústria do esporte. Formado em economia, com MBA em marketing, ele toca os programas de sócio-torcedor de Fluminense, Botafogo, Palmeiras e Coritiba. Além disso, administra lojas virtuais e reais com produtos licenciados de times de futebol.

    - Até 2014, os profissionais do esporte serão cada vez mais valorizados e o futebol será um produto cada vez mais consumido - assim, Pedro Trengrouse enuncia a lição. Se contarmos nos dedos, vamos confirmar cinco anos que nos separam da Copa 2014. Não é muito tempo, como parece, para construir, consertar, melhorar e, paralelo a tudo isso, aprender tanto para recuperar o tempo perdido.

    Mais uma vez, entra em cena o sobrenatural poder do povo brasileiro! Aos que não acreditam nele, estão abertas as portas do saber.

    domingo, 28 de junho de 2009

    CATEGORIA E TRADIÇÃO BRASILEIRA SUPERAM A ZEBRA

    A zebra não parou de rondar os arredores da Copa das Confederações. A seleção dos Estados Unidos venceu o primeiro tempo por 2 a 0, mas não suportou o talento dos brasileiros, no segundo tempo, e perdeu o jogo por 3 a 2. Mais de 50 mil torcedores, no estádio Ellis Park, em Johannesburgo, viram dois gols de Luis Fabiano e um gol de Lucio acabarem o sonho dos norte-americanos.
    Ninguém entendia como eles (EUA) fizeram 2 a 0 no Brasil, com gols de Dempsey e Landon Donovan. Tudo até os 26 minutos iniciais. Quem leu o que escrevi, dias atrás, sobre a evolução do futebol (soccer) norte-americano, após o Mundial de 94, começou a entender. Eles podem não ter talento, mas sabem aplicar bem os fundamentos do futebol.
    No intervalo, o técnico Dunga agiu com simplicidade, isto é, aplicou o "feijão com arroz" do futebol: a marcação foi o tema mais abordado. "Falei no vestiário que estávamos bem e só precisávamos corrigir detalhes de posicionamento. Conseguimos corrigir a marcação do cruzamento e o posicionamento na área", resumiu Dunga.
    Um dos pedidos do treinador foi para que as linhas de marcadores fossem adiantadas para atrapalhar a saída de bola dos Estados Unidos. "Ele corrigiu algumas falhas básicas de marcação e falou que precisávamos encostar mais lá na frente", comentou Luís Fabiano. Nada mais óbvio. Sofremos dois gols por erro de marcação.
    Agora, são três conquistas: 1997, na Arábia Saudita; 2005, na Alemanha; 2009, na África do Sul. Agora, o desafio da seleção brasileira é quebrar a escrita de que jamais o campeão da Copa das Confederações foi campeão no Mundial seguinte. Em 98, perdemos a Copa para a França. Em 2006, ficamos em quinto lugar.
    Também já falamos sobre a demora da Fifa em usar recursos que melhorem o desempenho dos árbitros. Caso o zagueiro Lucio não tivesse feito o terceiro gol, o assunto em pauta seria o gol de Kaká não validado, aos 15min / 2º t. A bola já havia passado da linha quando o goleiro Howard defendeu. O árbitro Martin Hansson e o auxiliar Henrik Andren não deram o gol.
    A superior qualidade técnica dos brasileiros, a aplicação tática do segundo tempo, a tradição e a largura (gíria-sinônimo de sorte no futebol) do técnico Dunga foram alguns ingredientes que apimentaram a conquista brasileira. Apesar das críticas ao Dunga, nós estamos sofrendo menos que nas épocas de Zagallo, Parreira e Felipão. Que assim seja até o final da Copa 2010.
    Ficha Técnica: Estados Unidos 2 x 3 Brasil
    Estados Unidos - Howard; Spector, DeMerit, Onyewu e Bocanera; Dempsey, Feilhaber (Kjestan), Clark (Casey) e Donovan; Davies e Altidore (Bornstein).
    Técnico: Bob Bradley.
    Brasil - Julio Cesar; Maicon, Luisão, Lúcio e André Santos (Daniel Alves); Gilberto Silva, Felipe Melo, Ramires (Elano) e Kaká; Robinho e Luis Fabiano.
    Técnico: Dunga.
    Gols - Dempsey aos 9 e Donovan aos 26 do primeiro tempo; Luís Fabiano, a 1 e aos 28, Lúcio aos 38 do segundo tempo.
    Cartões amarelos - Bocanegra; Felipe Melo, André Santos, Lúcio
    Estádio - Ellis Park, em Johannesburgo (África do Sul)
    Árbitro - Martin Hansson (Suécia)

    sábado, 27 de junho de 2009

    AFINAL, ACHAM QUE MAXI VAI ASSUMIR RACISMO SOZINHO?

    Continua causando muita polêmica e teatrinho o novo caso de racismo no futebol, envolvendo o apoiador Elicarlos, do Cruzeiro, e o atacante Maxi López (foto), do Grêmio, durante a derrota dos gremistas, no Mineirão, por 3 a 1, na última quinta-feira, pelas semifinais da Libertadores 2009. Os próximos capítulos da "trama" podem ser filmados no dia 2 de julho, em Porto Alegre, quando acontecerá o jogo de volta.
    Elicarlos acusou Maxi López de chamá-lo de macaco. A confusão em campo virou caso de polícia e se estendeu pela madrugada. Sem mostrar qualquer preocupação de se fazer entender, Maxi disse que as acusações de racismo, reveladas por Elicarlos, foram provocadas; que, em nenhum momento, usou a expressão “macaco” ou “macaquito” para se referir ao adversário.
    – Tudo foi exagerado, colocado fora de contexto para desestabilizar e criar clima para o segundo jogo – afirmou o argentino.
    No fim da década de 80, perguntei a Antonio Carlos dos Santos, o Vovô, fundador do bloco afro Ilê Aiyê, por que o bloco só desfilava com pessoas negras? A entrevista esquentou. Ele achou que eu tinha feito uma manifestação racista, mas enfatizou que a missão era manter as tradições culturais africanas na Bahia. Há uma forte associação cultural entre o bloco em si, o bairro da Liberdade (maioria negra), em Salvador, e a herança afro-descendente, é verdade.
    Vinte anos depois, no entanto, o bloco Ilê Aiyê entendeu que a tradição pode ser mantida sem dividir, ou sem punir aqueles que lembram, pela cor da pele, os semeadores dessa "praga" chamada racismo. Mudou, mas priorizou o "ouro U$". Passou a aceitar pessoas brancas, desde que fossem estrangeiras. No Brasil, o racismo é assim - velado. Ninguém o assume, mas poucos não são racistas. Não seria o argentino Maxi López o primeiro a assumir, em público, um gesto racista.
    Não trato racismo, apenas, quando a ofensa é contra a pessoa negra. Para mim, o racismo é um ato discriminatório de qualquer natureza. É claro, sempre se ouviu falar do domínio de raças. A raça branca sempre foi maioria, daí o conceito mais comum sobre racismo. Veja, por exemplo, o que cita o texto com o título "Um Olhar Afro-Americano Sobre a Questão Negra", publicado em http://gringostagarelas.blogspot.com/2008_05_01_archive.html
    OUTROS CASOS DE RACISMO NO FUTEBOL
    Grafite x Desábato
    Na Libertadores de 2005, o atacante Grafite foi expulso no jogo entre São Paulo e Quilmes (Argentina), após empurrar o rosto do zagueiro Desábato. Ao deixar o campo, Grafite explicou o motivo de sua atitude: foi ofendido pelo argentino, que o chamou também de macaco. Revoltado com a ofensa do adversário, o atacante são-paulino prestou queixa. Désabato acabou detido após o jogo e só foi liberado no dia seguinte.
    Tinga x Torcida do Juventude
    Em 2005, o volante Tinga, que defendia o Internacional, também ouviu ofensas racistas. Porém, os gritos de "macaco" saíram da torcida do Juventude, num jogo realizado no Alfredo Jaconi, pelo Brasileirão. Ao contrário de Elicarlos e Grafite, Tinga não levou o caso à polícia e preferiu deixar o relato do ocorrido na súmula da partida.
    Antônio Carlos x Jeovânio
    Em 2006, o zagueiro Antônio Carlos, do Juventude, teria chamado o volante Jeovânio, do Grêmio, de macaco. O primeiro foi expulso, após agredir o adversário com uma cotovelada, e, ao sair de campo, teria chamado Jeovânio de "macaco" - esfregou os dedos no braço para indicar a cor do volante gremista.
    Toró x Fernando Caballero
    Na pré-temporada do Flamengo, em Teresópolis, em 2008, durante um jogo-treino contra o Huracán Buceo, do Uruguai, os jogadores rubro-negros acusaram o zagueiro Fernando Caballero de ofensas raciais. No primeiro tempo, o uruguaio se desentendeu com Toró e houve bate-boca. Ibson, defendendo o companheiro, gritou: "Não vem de racismo aqui"! Toró confirmou a ofensa ao final da partida. A palavra usada pelo uruguaio teria sido "macaco".
    Eto'o x Torcida do Getafe
    Em 2004, o camaronês Eto'o foi alvo de insultos racistas na partida entre Barcelona e Getafe, pelo Campeonato Espanhol. Cerca de 50 torcedores do Getafe imitaram macacos cada vez que o jogador tocava na bola.
    Olisadebe x Torcida polonesa
    Em 2001, durante um amistoso entre a Polônia e a Islândia, torcedores poloneses jogaram bananas no campo. Olisadebe foi o primeiro jogador negro a vestir a camisa da seleção polonesa e, apesar de números impressionantes, como marcar oito gols nas Eliminatórias para a Copa de 2002, foi alvo de insultos.
    Balotelli x Torcida da Roma
    O atacante italiano Balotelli estava num evento com a seleção italiana sub-21, em Roma, quando torcedores da própria Roma atiraram duas bananas no jogador. Balotelli foi parabenizado pelo treinador Casiraghi por ter minimizado o caso em vez de reagir.
    Roberto Carlos x Torcida do Atlético de Madrid
    Em 2005, no clássico entre Real Madrid e Atlético de Madrid, a torcida do Atlético imitava sons de macacos quando alguns jogadores, entre eles, Roberto Carlos, pegavam na bola. O caso foi parar na Federação Espanhola de Futebol, pois o clube pode ter sido cúmplice ao permitir que o som da torcida fosse ouvido no sistema de som do estádio.
    Felipe x Paulo Carneiro
    O elenco do Corinthians se acostumou a reclamar de atos racistas. O goleiro Felipe, que já moveu processo contra o ex-presidente do Vitória, Paulo Carneiro, reclama constantemente de insultos racistas por parte de torcedores. No ano passado, chegou a dizer que o racismo é comum no estádio Alfredo Jaconi, do Juventude.
    Vamos parar por aqui. E para não ficar qualquer dúvida, digo logo que não estou de lado algum da questão. Gostaria que essas atitudes não existissem em lugar algum. Quem nunca foi incomodado por um "vigia-fiscal" durante suas compras em supermercados, em drogarias, até mesmo quando demora um pouco mais num estacionamento ou em frente a um prédio de luxo?
    Infelizmente, essa é a consequência do "lixo humano" que nós próprios alimentamos.

    sexta-feira, 26 de junho de 2009

    DANIEL ALVES É O CARA! ROGERINHO TAMBÉM É O CARA?

    O chute certeiro do lateral-direito Daniel Alves, depois de "hipnotizar" a bola, salvou a Seleção Brasileira das armadilhas da zebra sul-africana, nessa quinta-feira, no estádio Ellis Park, em Johannesburg, na África do Sul. O magro placar (1 a 0) deixa a turma do técnico Dunga na final da Copa das Confederações contra os Estados Unidos. Vale a pena manter todo cuidado, afinal a zebra continua rondando o estádio Ellis Park, local da decisão de domingo.
    Após a suada vitória sobre os anfitriões, o treinador brasileiro ainda culpou o gramado pela lentidão de seu ataque e fez elogios ao conterrâneo Joel Santana. Dunga não gosta de comentar detalhes do jogo e, quando comenta, o faz com mal humor. Se eu estivesse lá não teria deixado de perguntar por que Robinho não foi substituído, mesmo não estando bem.
    Certamente, Dunga não ficaria satisfeito com a pergunta. Ele tirou André Santos, que jogava bem pela esquerda, aos 36min do 2º tempo, e não mexeu naqueles que não conseguiam jogar, também pela forte marcação. O atacante Nilmar poderia ter entrado no lugar de Robinho, por exemplo, mas o "iluminado" Dunga anteviu o gol de outra maneira.
    "Foi justamente nisso que pensei. Eu precisava de um jogador com velocidade, agressivo naquele setor e especialista na bola parada. Ele treina quase todos os dias e a bola parada seria uma das poucas oportunidades que teríamos. Felizmente a falta aconteceu perto da área e ele foi perfeito", comentou o gol que saiu aos 42min do 2º tempo.
    Para justificar o baixo rendimento de Ramires, Kaká, Robinho e Luis Fabiano, Dunga prefeiru culpar o gramado: "Não tinha como dar velocidade nessa transição da defesa para o ataque. O campo não ajudou, era preciso dar dois ou três toques para dominar a bola", reclamou o treinador.
    Por tudo isso, avisem ao Dunga que a zebra está solta. E os americanos tomaram gosto pelo futebol como nós ficamos viciados pelo sanduíche.
    FORTALEZA TRAZ ROGERINHO DE VOLTA
    A diretoria do Fortaleza confirmou, na noite dessa quinta-feira, a contratação do meia-esquerda Rogerinho, aquele mesmo que esteve no clube em 2007. Aos 25 anos, Rogerinho retorna com a imagem de um jogador habilidoso, técnico e de boa movimentação. Ao lado do meia-direita Christian, recém-contratado, poderá dar a velocidade que o técnico Giba tem cobrado do atual meio-campo tricolor.
    Com 1,72 metros de altura e 68 quilos, Rogério Miranda da Silva começou a carreira no Clube do Remo, aos 12 anos, ficando por lá até o final de 2005. Depois, o jogador seguiu para o Figueirense (2005/06), Paysandu (2006) e Fortaleza (2007). Sua boa atuação no time cearense abriu a porta para o futebol árabe e, em 2007 e 2008, atuou no Al Wasl Sport Club, dos Emirados Árabes, retornando ao Brasil, no início deste ano, para jogar na Ponte Preta.
    CEARÁ PREPAROU ARMADILHA PARA PEGAR A RAPOSA
    A vitória sobre o São Caetano, por 2 a 1, na última rodada, deu um novo ânimo aos jogadores do Ceará. O resultado encerrou um jejum de 76 dias sem vitória, desde que o time derrotou o Horizonte, por 2 a 1, ainda pelo Estadual. A missão, agora, é continuar vencendo para deixar a zona de rebaixamento. O técnico PC Gusmão preparou a "armadilha" para tirar mais três pontos do Campinense, amanhã à noite, no Castelão, pela Segundona.
    Além de explorar as jogadas de finalizações, nos treinos da quarta-feira e de ontem, o treinador também liberou o meio-campista Esley da marcação, criando mais uma opção de ajuda aos atacantes Wellington Amorim e Preto. Os volantes Michel e Heleno terão funções redobradas na marcação. O meia Alex Gaibu, que substitui a Geraldo (suspenso), atuará mais próximo do ataque.
    O goleiro Lopes teve estréia confirmada por Gusmão no lugar de Adilson (machucado). No mais, o técnico promete surpreender o adversário. “Não posso ficar comentando sobre as minhas pretensões no jogo, pois posso estar passando dicas importantes para o adversário. Mas o Ceará vai jogar para cima, sim. Mesmo depois de marcar o primeiro gol”, comentou Gusmão.

    quinta-feira, 25 de junho de 2009

    CUIDADO! DEU ZEBRA, DEU RAPOSA, DEU RACISMO (?) ARGENTINO

    Deu zebra na África do Sul. A Seleção dos Estados unidos acabou o encanto da Espanha, quebrando uma invencibilidade de 35 jogos, com um recorde de 15 vitórias seguidas, nessa quarta-feira, em Bloemfontein. Com gols de Altidore e Dempsey (2 x 0), os americanos estão na final da Copa das Confederações. O adversário dos zebrões, na final de domingo, sairá da semifinal desta quinta, entre Brasil e África do Sul, em Johannesburgo.
    Ninguém esperava ver o que aconteceu, muito menos os espanhóis (foto), respaldados pela rica estatística. Recomendo que leiam o que escrevi, anteontem, sobre a evolução do futebol norte-americano, a partir da Copa de 94, nos EUA. Nesse jogo, eles souberam se fechar, usaram o contra-ataque e foram eficientes no passe - princípio básico dos fundamentos do futebol.
    A RAPOSA VENCE OS MOSQUETEIROS
    O Cruzeiro venceu o Grêmio por 3 a 1, nessa quarta-feira, no Mineirão, pela primeira partida da semifinal da Copa Libertadores da América 2009. Os gols da Raposa foram marcados por Wellington Paulista, Wágner e Fabinho. Souza descontou para os Mosqueteiros. Com o resultado, o Cruzeiro estará classificado para a final, mesmo que perca a partida de volta, dia 2 de julho, por 1 a 0.
    No duelo dos técnicos, Adilson Batista ganhou de Paulo Autuori. O árbitro Henrique Osses (Chile) se machucou, aos 30"/2º tempo, e foi substituído por Jorge Osório, também chileno. Num jogo corrido, emocionante e de disputas desleais, a contusão do árbitro foi até perdoável. Ele só cometeu pecados na parte disciplinar.
    Aliás, o atacante argentino Max Lopes, do Grêmio, irritado com a derrota, apelou para o jogo baixo e xingou o apoiador Elicarlos, do Cruzeiro, de macaco. A denúncia foi feita pelo jogador ofendido, logo que deixou o campo, substituído por Jeancarlos, aos 40"/2º tempo. O argentino (foto), no entanto, ao fim do jogo, preferiu dizer que "estava brincando, coisa do futebol".
    Brincadeira à parte, Elicarlos até incinuou perdoá-lo, mas se sentiu ofendido e não descartou a vontade de prestar queixa-crime. Max Lopes parece não ter visto as manifestações de ontem, antes do jogo entre EUA x Espanha, quando jogadores (sem cor de pele) pediam o fim do racismo. O líder sul-africano, Mandela, ficaria decepcionado se estivesse no Mineirão.
    Tomara que a Seleção Brasileira não cometa nenhum dos pecados cometidos pelos tidos como favoritos dessa quarta-feira. O técnico Joel Santana passou o dia explicando que conhece bem a forma de jogar dos brasileiros e não vai cair na tentação de querer vencer sem cuidar da forte marcação. Portanto, vai jogar de igual para igual.
    - Temos que, acima de tudo, jogar com orgulho, jogar com vontade, com raça. E será com esse espírito que vamos pra dentro de campo - completou Joel. No fim de uma das entrevistas coletivas, Joel Santana (foto) foi aplaudido pelos jornalistas.
    Aviso dado, não faz mal. Cuidado com a zebra. Ela está solta na África do Sul.

    quarta-feira, 24 de junho de 2009

    GIBA SE EQUILIBRA NO MELHOR ATAQUE E NA PIOR DEFESA

    Ufa! Ipatinga 0 x 1 Fortaleza, gol de Marcelo Nicácio aos 14 minutos do 2º tempo.
    A defesa do Fortaleza conseguiu jogar 96 minutos sem sofrer gol. O ataque - o mais positivo da Segundona - só marcou um gol, mas garantiu a terceira vitória consecutiva, depois que o técnico Giba chegou. O Ipatinga, depois de uma derrota em casa e dois empates fora de casa, segue sem vencer. Melhor para o tricolor de aço que se distanciou da lanterna ao ocupar a 13ª posição. No máximo perderá duas posições, ainda fora da lanterna, ao final da oitava rodada.
    Desde o campeonato cearense eu tenho dito que a defesa do Fortaleza é o setor mais crítico. A conquista do tricampeonato encobriu a fragilidade dos zagueiros. Incrível que o zagueiro Gilmack, o mais regular, parou no banco de reservas. Danilo, o mais técnico, cansou de ficar no banco e preferiu se transferir para o exterior. Resultado: o Fortaleza tem a segunda pior defesa da competição com 16 gols sofridos - o Campinense tem a pior defesa com 19 gols.
    No jogo dessa terça-feira, o time tricolor voltou a alternar bons e maus momentos nos dois tempos. No primeiro tempo criou pouco e desperdiçou as duas únicas oportunidades reais de marcar. No segundo tempo, aos 14 minutos, o artilheiro Nicácio não desperdiçou um cochilo do zagueiro Alessandro Lopes e fez 1 x 0. Um pouco antes, o árbitro goiano Luiz Alberto Bites deixou de marcar um pênalti sobre o próprio Nicário - puxado na camisa por Alessandro.
    Para garantir a vitoria, o técnico Giba tirou o meia Saulo e colocou o zagueiro Amarildo, trocou o atacante Wanderlei por Bismarck e o lateral-direito Neto por Maisena. A defesa passou a ter três zagueiros, constituindo-se na alteração mais eficaz. Dessa vez, parece não ter restado dúvida ao Giba sobre a fragilidade dos defensores do Fortaleza.
    Agora, resta fazer o time correr do início ao fim do jogo; fazer a turma do meio marcar com inteligência e ocupar melhor os espaços do campo. O ataque já está fazendo a sua parte, afinal marcou três gols a mais que os dois primeiros colocados e dois gols a mais que o 3º e 4º colocados. Portanto, alguns acertos e mais uma ou duas vitórias e o tricolor do Pici estará bem próximo das primeiras posições.
    E advinha quem será o próximo adversário? Sobre ele, o técnico Giba não se fez de rogado e disparou a seguinte explicação: "Temos que trabalhar muito, durante esse período, pois teremos uma partida que vale por dois campeonatos. Enfrentar o Ceará é válido pela Série B e também pelo campeonato cearense".

    Veja o gol de Marcelo Nicácio na vitória do Fortaleza sobre Ipatinga

    Ipatinga 0 x 1 Fortaleza - Estádio Ipatingão - dia 23 de junho de 2009 (terça-feira) - Oitava rodada da Segunda Divisão.

    terça-feira, 23 de junho de 2009

    ATÉ O SANDUÍCHE DO TIO SAM GANHOU COM A WORLD CUP

    A Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos, chamada originalmente de "World Cup USA 1994", pouco atraiu os americanos, embora os estádios estivessem sempre cheios. Estrangeiros de todo o mundo eram maioria nas arquibancadas. Os americanos gostam mesmo é de baseball, basketball, american football, sanduíche e coca-cola. Mas é inegável que a Copa serviu para mostrar novos caminhos ao esporte norte-americano, principalmente ao football soccer.

    Vinte anos antes, o rei Pelé tentou vender a mesma idéia, quando jogou no New York Cosmos, mas, sozinho, não conseguiu muito. Com a World Cup, o professor de Biologia, Steve Saylor, rompeu fronteiras com o futebol feminino, a partir de um contato com um dirigente, durante um treinamento da Seleção da Bulgária, no Parque Esportivo da Universidade de Dallas (University Park).

    Eu estava com o narrador Jair Cezarinho, com quem cobria a Copa para um pool de emissoras, quando encontrei o falante Steve (em bom português), na época com 51 anos, fanático por Pelé e técnico do time feminino Samba Soccer Califórnia. Com entusiasmo, contou-me que estudou técnicas de futebol, em São Paulo, de 75 a 79. Em 70, conheceu Pelé, depois de ter visto o Santos verncer o Corínthians, no Canindé, por 1 a 0, gol do rei.

    Em 1988, Steve Saylor retornou aos Estados Unidos, trocou a Biologia pelo futebol, mas viu os frutos se multiplicarem quando a World Cup desembarcou por lá. Antes, ele tinha 100 alunos por dia; depois da Copa, saltou para 250 alunos por dia. Cada um pagava a "bagatela" de U$ 230 por uma temporada de oito meses, com direito a academia de ginástica e aulas de fundamentos - teóricas e práticas.

    Bem ao lado da Universidade, numa área de treino de um estádio com grama sintética, estavam 44 crianças, inscritas no Project Summer Camp (Escola de Verão), orientadas por quatro instrutores. Um deles, o professor de Comunicação e História, Cody Shearoder, na época com 23 anos, explicopu que aqueles meninos e meninas, de 6 a 17 anos, ficavam residentes na Universidade durante uma semana, aprendendo técnicas de futebol.

    É verdade. E aqueles que fossem reprovados na avaliação não seguiam treinando. Com esse critério rígido e mecânico, a Escola de Verão já tinha lista de jogadores fazendo carreira. Cody falou com orgulho que abandonou o futebol, aos 19 anos, porque não jogava bem, veio ao Brasil e estudou na Academia de Futebol Brasileira, no Rio, com o técnico Renê Simões. Naquele instante, via um futuro melhor com The National Football League.

    É verdade, também, que não precisamos da Copa do Mundo para esse mesmo fim. Talvez, a Copa nos seja mais útil para melhorarmos a civilidade, a cidadania, a responsabilidade dos governos com metas e prazos. Talvez, a Copa possa ensinar aos governos que é possível fazer o básico no tempo certo, que é possível proporcionar conforto sem luxo, aplicando certo e honestamente a verba pública.

    É verdade, ainda, que cada um de nós poderá ganhar frutos com a Copa do Mundo. Eu disse ganhar frutos, a partir de alguma situação, que se resume em trabalho. O diabo é que o brasileiro ainda está longe de se livrar da maldita "lei da vantagem". De qualquer maneira, estão aí os exemplos. Pensem, ainda faltam cinco anos, e virem o jogo. Usem o "fair play" e ganhem com a Copa 2014, mesmo que o Brasil não vença, em terra natal, como venceu na terra do Tio Sam.

    domingo, 21 de junho de 2009

    Gols da Brasil 3 x 0 Itália, pela Copa das Confederações, em 2009

    MAMMA MIA! A ITÁLIA PERDE DE NOVO E AUMENTA A FREGUESIA

    Valeu Brasil!
    Com um show de bola e três gols no primeiro tempo, o Brasil lembrou bem os 30 anos do tricampeonato, no México. A Azurra não poderia ter sido adversário melhor.
    Nove títulos mundiais em campo e a repetição de um jogo que já decidiu duas Copas do Mundo. Com esse cartaz, Brasil e Itália entraram em campo, neste domingo, no estádio Loftus Versfeld, em Pretoria, após 15 anos em jogos oficiais. A goleada de 3 x 0 (2 gols de Luis Fabiano (foto) e 1 de Dossena - contra) confirmou a vantagem dos pentacampeões. Com o resultado, a turma do Dunga está na semifinal da Copa das Confederações.
    Em fevereiro, o Brasil venceu a Itália, por 2 a 0, em amistoso disputado disputado em Londres. O segundo triunfo, hoje, eliminou os italianos da Copa das Confederações. A equipe de Dunga terminou líder do grupo B com nove pontos e sete gols de saldo. Próxima quinta-feira, Brasil enfrenta a África do Sul. Estados Unidos venceu o Egito, por 3 a 0, e enfrenta a Espanha, na quarta.

    Foi a melhor apresentação da turma do Dunga na Copa das Confederações 2009. Maicon, André Santos e Ramires começaram o jogo nas vagas de Daniel Alves, Kléber e Elano, trio que iniciou o torneio entre os titulares. O zagueiro Lúcio, que terminou o jogo machucado, fez uma brilhante partida. O meia Kaká abusou nas jogadas de contra-ataque ao lado do meia Ramires. Pena que o atacante Robinho voltou a errar muito nas finalizações.
    O brasileiro Joel Santana, técnico da anfitriã África do Sul, preferia e vai enfrentar o Brasil, em jogo agendado para o estádio Ellis Park, em Johanesburgo. O vencedor do confronto encara na decisão o ganhador do duelo Espanha x EUA, jogo que acontece na próxima quarta em Bloemfontein.
    Joel Santana sabe que a Seleção Brasileira é favorita, mas não poderia ter teste melhor para avaliar sua equipe, que ficou com a segunda vaga do grupo A. Antes de mais nada, será uma festa para os sul-africanos, admiradores da ginga e arte do futebol brasileiro - características bem próprias do futebol africano.
    FICHA TÉCNICA
    Itália: Buffon; Zambrotta, Cannavaro, Chiellini e Dossena; Pirlo, Montolivo (Pepe), De Rossi e Camoranesi; Toni (Gilardino) e Iaquinta (Rossi) Técnico: Marcelo Lippilivo (Pepe)
    Brasil: Júlio César; Maicon, Lúcio, Juan (Luisão) e André Santos; Gilberto Silva (Kleberson), Felipe Melo, Ramires (Josué) e Kaká; Robinho e Luís Fabiano Técnico: Dunga
    Data: 21/06/2009 (domingo) Local: estádio Loftus Versfeld, em Pretoria (África do Sul)
    Árbitro: Benito Archundia (MEX) Auxiliares: Hector Vergara e Marvin Torrentera (MEX)
    Cartões amarelos: Chiellini, Dossena (ITA) Gols: Luís Fabiano, aos 36min e 42min; Dossena (contra), aos 44min do primeiro tempo.

    sexta-feira, 19 de junho de 2009

    MEIA CIEL ESTRAGOU, MAS A GOLEIRA DIDA SALVOU A SEXTA

    Eita sexta-feira reimosa, macho!

    Com este espanto, o repórter Kilmer de Campos, da Rádio Globo Fortaleza, entrou no estúdio da emissora com mais notícias esportivas ruins do que boas para o programa das 18 horas. E como se não bastasse a demissão do técnico Muricy Ramalho, o roubo no hotel da Seleção do Egito, a desistência do meia Jorge Henrique... Veio a primeira noitada do meia-atacante Ciel (foto) e o primeiro treino perdido para ferver a cabeça do técnico PC Gusmão, do Ceará.

    Partiu do técnico a palavra de crédito para a volta "regenerada" do jogador. Mesmo depois de ter sido preso, em Natal (RN), em mais uma de suas confusões em noitadas, Ciel jurou estar regenerado, casado e convertido ao Evangelho. A jura só durou 23 dias. Nesse período, só jogou 47 minutos (Ceará 2 x 1 São Caetano) com a camisa 33 (número que lembra a idade de Cristo).

    O presidente do Ceará, Evandro Leitão, deixou para decidir sobre o caso Ciel no expediente da segunda-feira, mas suspendeu o jogador das atividades do clube. Para completar o noticiário amargo do alvinegro, o meia Jorge Henrique trocou o Nordeste pelo exterior - não vem mais -, o zagueiro Henrique, os atacantes Branquinho e André Néris acertaram suas rescisões.

    ROUBARAM OS EGÍPCIOS

    Os egípcios fizeram os italianos chorar, na última quinta-feira, quando venceram a Azurra por 1 x 0, em Johanesburgo, pela Copa das Confederações. Quando voltou ao hotel onde estava hospedada, a Seleção do Egito chorou também, apesar de ter respirado aliviada mais tarde: saquearam cinco quartos da delegação, mas só levaram dinheiro de um deles.

    Foi o primeiro caso de roubo na história da Copa das Confederações. Como já estava previsto, a segurança é um ponto que merece atenção redobrada dos organizadores do Mundial 2010, na África do Sul. Por falar em roubo no futebol, eu nem me lembrava mais daquelas tardes em que o ponta esquerda do nosso time, apelidado de Caititu, roubava nossos últimos centavos enquando suávamos no "clássico baba das 5", relembrando minha infância baiana em baianês.

    QUEM DIRIA, CAI MURICY RAMALHO

    O técnico Muricy Ramalho foi demitido do comando do São Paulo, nesta sexta-feira, depois de muito suspense na Barra Funda. A saída de Muricy acontece após três anos e meio à frente da equipe tricolor, período em que ganhou três Campeonatos Brasileiros, mas tropeçou em quatro Libertadores da América - o título dos sonhos dos dirigentes.

    O aproveitamento de Muricy Ramalho, no São Paulo, foi de 63 % dos pontos disputados, mas ter sido eliminado quatro vez, na Libertadores, por equipes brasileiras, derrubou todos os números positivos do treinador. De forma até consagrada, silenciosamente Muricy Ramalho deixa o Morumbi.

    A trajetória que derrubou Muricy foi a seguinte: caiu para o Internacional na final, em 2006; para o Grêmio nas oitavas, em 2007; para o Fluminense nas quartas, em 2008 e para o Cruzeiro nas quartas deste ano. Em 2008, após sua terceira eliminação consecutiva, na Libertadores, Muricy sofreu forte pressão de alguns diretores, mas o presidente Juvenal Juvêncio o convenceu a ficar. Agora, não deu.

    PELO MENOS UMA NOTÍCIA BOA

    Salvou o noticiário, a notícia da convocação da goleira Ana Lúcia, a Dida, (foto) da Seleção Feminina de Caucaia (CE), para integrar a Seleção Brasileira que vai disputar o 15º Campeonato Sul-Americano Sub-17, em Santiago do Chile, de 23 a 28 deste mês. Dida é baiana, de Simões Filho, e veio ao Ceará em busca de espaço. Ganhou (por mérito) o melhor presente que todo atleta quer ganhar.

    Brasil 3 x 0 Estados Unidos Copa das Confederações em 18/06/09

    Os três gols do Brasil (Felipe Melo, Robinho e Maicon), em Pretória, África do Sul.

    quinta-feira, 18 de junho de 2009

    BRASIL VENCE FÁCIL E AZURRA CAI PARA OS EGÍPCIOS

    Mesmo poupando quatro jogadores (Juan, Kleber, Daniel Alves e Elano) o Brasil venceu os Estados Unidos, por 3 a 0, nesta quinta-feira, em Pretória, com boas atuações dos substitutos Miranda, André Santos, Maicon e Ramires. Felipe Melo, Robinho e Maicon fizeram os gols brasileiros. Dunga admite continuar poupando titulares nessa fase.
    Com seis pontos conquistados, o Brasil ainda não está classificado devido a derrota da Azzurra para o Egito, por 1 a 0. A derrota surpreendeu os italianos (foto) e crou expectativas para a rodada de domingo. Para se garantir na próxima fase, sem precisar fazer contas, os brasileiros (foto) poderão até perder por um gol de diferença.
    Itália e Egito fizeram um daqueles jogos impossíveis de se contar apenas com números. Os campeões mundiais chutaram mais a gol, tiveram mais posse de bola, obrigaram o goleiro El Hadary a fazer grandes defesas e, mesmo assim, saíram do estádio Ellis Park, em Joanesburgo, com a primeira derrota na Copa das Confederações.
    O Egito, mais eficiente, fez 1 a 0, gol de Homos, e levou a decisão dos classificados do Grupo B para a última rodada. O triunfo egípcio impediu que o Brasil se classificasse nas semifinais por antecipação.
    Com o resultado, Itália e Egito somam três pontos, contra seis do Brasil e zero dos Estados Unidos. Na rodada final do grupo, domingo, Brasil e Itália se enfrentam, em Pretória, enquanto EUA e Egito jogam, em Joanesburgo. A seleção brasileira pode até perder por um gol que ainda assim se classifica, seja qual for o resultado de EUA x Egito.

    Veja os gols de Brasil 3 x 0 EUA, pela Copa das Confederações, na África do Sul:
    http://www.youtube.com/watch?v=5MKY75pOb-E

    COPAS TAMBÉM SERVEM PARA MUDANÇAS E ESPERANÇAS

    Nada resiste ao tempo. Não seria o futebol a mais resistente das práticas ortodoxas. Aos poucos, a cada Copa do Mundo, as regras e os conceitos vão sofrendo graduais mudanças, ainda que lentamente. As Regras do Jogo, sujeitas a análises e aprovações da Fifa, sofrem mudanças a "conta-gotas". Os conceitos táticos, por exemplo, mudam pela liberdade de criação de cada profissional da bola - a exemplo do "carrosel holandês", em 1974.

    A Copa de 1994, nos Estados Unidos, acenou com várias novidades: as vitórias passaram a valer três pontos com o objetivo de evitar que se chegasse à segunda fase sem vitórias e os goleiros foram impedidos de segurar a bola recuada para aumentar o tempo de jogo. No entanto, até hoje, a Fifa não aprovou a cobrança de lateral com os pés.

    Ainda na Copa de 1994, as camisas dos jogadores foram personalizadas, isto é, receberam nomes dos artistas do espetáculo. A última mudança nesse aspécto havia ocorrido 44 anos atrás: foi na Copa de 1950, quando as camisas ganharam número. O Brasil usava a numeração de 1 a 11, mas algumas seleções recorriam até à ordem alfabética de nomes para numerar os jogadores.

    Por isso, em 1978, o goleiro argentino Fillol jogou com a camisa 6. Antes, em 1958, na Suécia, por desorganização da CBD, a numeração do Brasil foi aplicada por um cartola uruguaio. Resultado: o goleiro reserva Castilho recebeu a camisa 1, o ponta direita Garrincha recebeu a camisa 11 e o ponta esquerda Zagallo recebeu a camisa 7. Pelé recebeu a camisa 10.

    A partir dali, a camisa 10 virou sinônimo de craques como o argentino Kempes, o italiano Roberto Baggio e os brasileiros Zico, Rivaldo, Rivelino - só pra citar alguns. O meia Diego Maradona, exigia a camisa 10. O capitão argentino Daniel Passarela, no entanto, jogava com a 18. No Brasil, o apoiador Falcão jogava com a 5.

    Os olhares estão voltados, agora, para a África do Sul. Quais mudanças a Copa de 2010 poderá concretizar? Já tivemos uma sútil demonstração na última segunda-feira (15/6), quando o Brasil obteve uma vitória apertada (4 x 3) sobre o Egito pela Copa das Confederações. O árbitro inglês, Howard Webb, demorou mas marcou o pênalti claro que escapou aos seus olhos.

    Eram 43 minutos do segundo tempo, o egípcio, El Mohamadi, meteu o braço na bola. O goleiro El Hadary já estava batido. Boa parte do público que lotava o estádio Free State ficou em suspense. Jogadores brasileiros pressionavam até que o árbitro resolveu expulsar o infrator e marcar o pênalti. Essa mudança de atitude, respaldada pela razão, está anunciada.

    Assim como os treinadores imitaram o "carrosel holandês" para melhorar a tática do jogo, assim como os locutores esportivos já não anotam mais as formações dos times com números de 1 a 11, entre tantas mudanças, que a Copa da África deixe escrito que os árbitros (que já não se vestem de preto) não são os deuses do futebol ou os juízes do absurdo.

    Veja o lance dos momentos finais de Brasil 4 x 3 Egito:

    http://www.youtube.com/watch?v=9mPq3z_A4D4

    segunda-feira, 15 de junho de 2009

    RESPOSTA AO AMIGO-EDITOR PREOCUPADO COM A COPA 2014

    Na minha rotina diária de checar mensagens que chegam por e-mail eis que encontro um recado do jornalista responsável pela publicação da Revista Tá na Área. Na verdade, ele foi inspirado por uma brincadeira, sobre a Copa 2014, que recebi e o enviei.

    Leiam o recado como foi postado (ipsis litteris) no meu e-mail:

    - Falando nisso, meu camarada, convoco vc para mais um artigo na nossa Tá na Área. O tema é justamente a Copa em Fortaleza. Estarei trazendo, agora em junho, uma cobertura bem crítica sobre os desafios que a nossa capital enfrentará para receber o Mundial. Aguardo teu artigo, vc tem liberdade total. Fechamento da revista: quarta-feira (17/6). Abraços, Pepo Melo.

    Respondi ao dileto amigo-jornalista-editor, Pepo Melo, com as seguintes linhas:

    Você é contra ou a favor da realização da Copa do Mundo, em 2014, no Brasil?

    Claro que eu não sei qual é a sua resposta, caro leitor, mas imagino quantos questionamentos esta pergunta pode provocar. A cada dia que ficamos mais próximos da Copa surgem novos e desconfiados debates.

    Mas, por que isso?

    Como contestar um evento que vai gerar dinheiro?

    Até agora só ouvimos falar nos investimentos bilionários, mas é preciso lembrar que esses investimentos vão gerar ganhos, também, depois do período da Copa. Em Fortaleza, por exemplo, serão investidos R$ 9,4 bilhões em obras de infra-estrutura, abrangendo diversos setores da cidade.

    Segundo o governador, Cid Gomes, mais da metade do dinheiro já está assegurada. A iniciativa privada irá absorver boa parte dos investimentos, principalmente, nos setores de turismo, transporte e hotelaria.

    A verdade é que não precisamos construir outro Brasil ou as 12 subsedes, como queiram. Precisamos, sim, construir obras básicas, como transporte urbano mais ágil e confortável, estradas de verdade e complexos esportivos.

    Essas obras já existiriam se esse País fosse levado a sério. Do mesmo jeito, não precisaríamos melhorar hospitais, delegacias, aeroporto, escolas, áreas de lazer e moradias populares. Lamentável é saber que tudo isso pode ser feito em nome da Copa do Mundo.

    E qual é o pecado que a Copa nos traz?

    O pecado é a desconfiança. Historicamente, o povo aprendeu a desconfiar dos políticos brasileiros. O que mais incomoda, na verdade, é saber que muita gente não perderá a oportunidade de fazer farra com o dinheiro público. E o pior. Nada acontecerá depois.

    Nenhum país deixou de realizar Copa do Mundo por causa da pobreza ou da corrupção. São dois extremos que merecem ser tratados com justiça e rigor. É bom lembrar que a Fifa - Federação Internacional de Futebol não exige luxo; exige segurança, conforto e praticidade - condições básicas em qualquer lugar.

    Tomemos como exemplo o que disse John Kennedy, em 1961, quando tomou posse como presidente dos Estados Unidos da América: Não pergunte o que o seu país pode fazer por você, mas o que você pode fazer pelo seu país.

    Que venha a Copa. Que eles (governos, investidores e CBF) não envergonhem o Brasil. E, se o time político estiver fraco, teremos duas oportunidades (outubro/2010 e outubro/2012) para mexer. Aí, sim, como aconselhou John Kennedy, faremos a nossa parte.

    Ficou curioso? Mande-me um recado por e-mail e receberás o slide com a brincadeira.

    sábado, 13 de junho de 2009

    ERROS DEMAIS FORA DE CAMPO. BOLA MURCHA EM CAMPO

    Na sequência da sexta rodada da Segundona, o Fortaleza venceu o Juventude, por 3 a 2, no Castelão, com gols de Marcelo Nicácio (foto), Luiz Carlos e Cleisson. O resultado deixou o tricolor na l6ª posição na classificação. Depois do jogo, o repórter Aloísio Lima, da Rádio Globo, confirmou a contratação do meia Christian (esteve no clube em 2007) e do lateral direito Jailson (esteve no Paulista de Jundiaí no início do ano).
    Aliás, o presidente do Fortaleza, Lúcio Bonfim, admitiu, no meio da semana, que precisa resolver uma série de problemas internos para melhorar o rendimento do time em campo. Para justificar a troca de técnico, Bonfim recorreu ao velho chavão esportivo: "Não podemos dispensar 30 jogadores", mas pelo menos 2 foram dispensados a bem da produtividade e da disciplina.
    Bonfim confirmou as dispensas do lateral Felipe Soares (?), que ninguém conhecia porque nunca jogou em três meses de contrato, e do volante Álvaro (o Búfalo), que, embora titular, só engordava e embalava as noitadas. Perguntado sobre o peso do atacante Luiz Carlos (já chegou a oito quilos a mais), Bonfim disse esperar que ele chegue logo ao peso ideal.
    É fato que somente a troca de técnico não resolve todos os problemas. Mirandinha saiu e Giba chegou, mas é a diretoria quem tem o poder de contratar bem ou mal; de cobrar eficiência do DM - Departamento Médico na recuperação de jogadores machucados; de exigir disciplina e coibir as noitadas e, por fim, de entregar um elenco competente à comissão técnica.
    Mas isso é só a ponta do iceberg. O atacante Marcelo Nicácio ficou mais tempo sem jogar por causa da pressa. O jogador agravou uma lesão muscular porque retornou ao time antes de estar totalmente recuperado. E o volante Leandro? O DM esperou dois meses para decidir por uma cirurgia no púbis do jogador.
    O meia Rodrigo Mendes é um caso à parte. Em seis de contrato não conseguiu jogar quatro partidas inteiras. Viveu quase todo esse tempo tratando lesões no DM. Mendes foi embora e ficou a intrigante pergunta: O jogador já chegou machucado ou foi muita infelicidade?
    E o caso Adailton nunca ficou claramente explicado. No dia 19 de Fevereiro deste ano, os noticiários anunciavam "Reviravolta no caso Adaílton". "O Juiz da 1ª Vara do Trabalho de Fortaleza, Judicael Sudário, determinou que o atacante Adailton se apresente, imediatamente, ao clube para cumprir o contrato que tem até o final de 2010. O Juiz não aceitou o argumento do atleta de que está com três meses de salários atrasados, para solicitar a rescisão indireta de seu vínculo com o Fortaleza. Adaílton, que tem 18 anos de idade, deve voltar aos trabalhos de imediato, sob pena de multa diária de R$ 5 mil". Mas até agora, nem Adailton nem multa.
    E assim caminha a administração do nosso futebol pelo Brasil afora. É só dar uma olhada no Flamengo, que negociou dívida de R$ 18 milhões com o veterano Petkovic, levando-o de volta à Gávea. O Bahia contratou o atacante Joãozinho para resolver seus problemas de gols, mas terminou levando um paciente para o DM, antes mesmo da estréia.
    Não foi tudo. Foi só pra entender com quais pernas caminha o nosso futebol.

    sexta-feira, 12 de junho de 2009

    DECIDA: VAI VER O JOGO OU VAI PRESENTEAR A NAMORADA

    Você já abraçou sua (seu) namorada (o), hoje?
    Você já comprou o ingresso para o jogo desta noite?
    Você comprou o presente da (o) sua (seu) namorada (o)?
    Você comprou o presente do Dia dos Namorados?
    Você mandou uma mensagem romântica para a (o) sua (seu) namorada (o), hoje?
    Qual das perguntas acima você respondeu? Qual das perguntas acima ela (ele) gostaria que você tivesse respondido? Muitas vezes, o que estamos fazendo não é o que devemos fazer. Por isso, muito cuidado antes de se deixar embalar por apelos de datas festivas. Hoje, é Dia dos Namorados e não Dia dos Presentes. Cuidado!
    O Dia dos Namorados, ou, Dia de São Valentim em outras localidades estrangeiras, é uma data especial e comemorativa na qual se celebra a união amorosa entre casais. É comum a troca de cartões e presentes com simbolismo de mesmo intuito, tais como as tradicionais caixas de bombons.
    Além das trocas de presentes, estima-se que, mundo afora, bilhões de mensagens românticas são enviadas a cada ano, tornando esse dia um dos mais lucrativos. Também se calcula que as mulheres compram, aproximadamente, 85% de todos os presentes colocados à venda.
    No Brasil, a data é comemorada no dia 12 de Junho e, provavelmente, surgiu no comércio paulista. Depois foi assumida por todo o comércio brasileiro para reproduzir o mesmo efeito do Dia de São Valentim, isto é, incentivar a troca de presentes entre os apaixonados.
    Percebeu que até agora só houve relação entre namorados, trocas de presentes e mensagens com o objetivo comercial? Comecemos a virar esse jogo. Sua (seu) namorada (o) certamente ficará feliz com um belo presente, porém o mais barato e valioso deles não é vendido nem deve ser enviado em forma de mensagem.
    Antes de mais nada, valorizemos o verdadeiro sentido do Dia dos Namorados com uma manifestação do coração. Lembra-se da segunda pergunta? Você não comprou ingressos para penetrar no coração de sua (seu) amada (o). Pague com a mesma moeda.
    No segundo momento, o presente, a festa, a comemoração encerram esse dia. Mas tenha muito cuidado para não criar um círculo vicioso de trocas e, somente, trocas. Lembra-se da primeira pergunta? É o único círculo vicioso de trocas que se deve cultivar nas relações.
    Lembra-se da última pergunta? Hoje, depois do jogo, se for enaltecer a vitória do seu time e usar a expressão "eu amo esse time", faça questão de mandar uma mensagem mais carinhosa, ainda, a alguém que dá motivos de sobra para a sua felicidade.
    Sobre a terceira e quarta perguntas, prefiro que cada um faça uma reflexão. O presente e o valor do presente nem sempre têm o mesmo significado. Espero, por exemplo, que o amante do futebol receba, como presente, a vitória do seu time do coração. Infelizmente, o derrotado não receberá esse presente. E aí?
    Talvez esteja no futebol a forma mais simples de entender o presente não recebido (pelo torcedor) de alguém (o time) que jogou para vencer, mas perdeu. Apesar disso, o amor (do torcedor) jamais deixará de existir pelo seu time do coração. Esse é o verdadeiro AMOR.
    Feliz noite aos torcedores do Fortaleza!
    Feliz noite aos torcedores do Ceará!
    Feliz Dia dos Namorados!

    quinta-feira, 11 de junho de 2009

    MP PEGA DIRIGENTE QUE NÃO QUER ÁRBITRA EM JOGO "MACHO"

    Atenção Senhores!

    O aviso é direto para os dirigentes esportivos que não conseguem engolir as "barbeiragens" de árbitros e seus assistentes. A quantidade de erros nos jogos, pelo Brasil a fora, acumula material suficiente para montar um rico material de aprendizado. A Comissão de Arbitragem da CBF - Confederação Brasileira de Futebol não consegue melhorar o nível dos árbitros. O resultado é uma sucessão de erros e muita confusão. Mas tenham cuidado com o que falam.

    O Ministério Público do Trabalho - MPT anunciou, em Salvador, que indiciará, em inquérito civil público, o vice-presidente executivo do Vitória, Jorge Sampaio, por prática de discriminação sexual contra a árbitra de futebol, Márcia Bezerra Lopes Caetano (Fifa-RO). Na avaliação do Órgão, ela (foto) foi ofendida pelo dirigente após não validar, no último domingo, 7 de maio, um gol do Vitória contra o Palmeiras, pelo Campeonato Brasileiro.

    Para Jorge Sampaio, a assistente cometeu um erro grave ao não ver que o goleiro Marcos, do Palmeiras, pegou dentro do gol uma bola cabeceada pelo atacante rubro-negro, Roger. Após o jogo, Sampaio pediu o afastamento da arbitragem feminina nas partidas entre homens.

    "Quero um encontro com o Sérgio Corrêa (chefe da Comissão de Arbitragem) para mostrar à CBF que mulher tem que apitar e bandeirar jogo de mulher. Futebol feminino existe para isso. A bola entrou e não foi pouco. Pelo menos dois palmos", bradou o indignado dirigente.

    O indiciamento foi pedido pelo coordenador do Núcleo de Combate à Discriminação no Trabalho do MPT/BA, procurador Manoel Jorge e Silva Neto. Segundo ele, “é inadmissível que em pleno século 21 ainda persistam idéias discriminatórias com as referidas pelo dirigente de futebol do Esporte Clube Vitória”.

    Uma coisa é certa: a bola ultrapassou a linha antes da defesa do goleiro Marcos e o Palmeiras ganhou o jogo por 2 a 1. Ontem, o atacante argentino Tevez perdeu um pênalti e perdeu o jogo, por 2 a 0, para o Equador. Nenhum argentino reclamou, mas o árbitro chileno, Carlos Chandía, deveria ter mandado repetir a cobrança. O goleiro Elyzaga se adiantou e tirou vantagem.

    Palmas para o Ministério Público do Trabalho, que mostrou estar vigilante, pelo menos com o futebol. O dirigente terá de responder pela "discriminação sexual", enquanto a Comissão de Arbitragem da CBF continua de braços cruzados, assistindo a erros que chegam a alterar o resultado do jogo.

    O Ministério Público do Trabalho tenta manter o respeito social; a Comissão de Arbitragem joga embaixo do tapete da CBF o rosário de erros do seu quadro de árbitros. Também pudera. O que faz a Fifa - Federação Internacional de Futebol para melhorar a qualidade dos árbitros ou diminuir o índice de erros desses "poderosos"?

    Veja o vídeo com as declarações de Jorge Sampaio:

    http://www.youtube.com/watch?v=UdMOzLFMR-w

    quarta-feira, 10 de junho de 2009

    EQUADOR DÁ CHOCOLATE NA ARGENTINA E BRASIL É LÍDER

    A rodada desta quarta-feira, pelas eliminatórias do Mundial de 2010, na África do Sul, só apresentou um resultado surpreendente: Equador 2 x 0 Argentina de Diego Maradona (foto), apesar do jogo ter sido realizado na altitude de Quito - a 2.850 metros acima do nível do mar, uma das cidades mais elevadas do mundo. Com o resultado, os equatorianos somam 20 pontos, ocupam a quinta colocação e entram na zona da repescagem.

    Os jornais do Equador registraram a vitória, salientando que "está mais próximo o sonho da Copa da África do Sul". A imprensa local valorizou a imposição tática do Equador, que obrigou a Argentina a jogar nos contra-ataques de Messi. Teves perdeu um pênalti ainda no primeiro tempo. Em nove jogos, foi a terceira vitória do Equador.

    E a Seleção Brasileira assume a liderança, com 27 pontos, após a vitória sobre o Paraguai, com o placar de 2 x 1, de virada, no estádio do Arruda, em Recife, perante 56 mil torcedores. O artilheiro Cabañas abriu o placar aos 25 minutos e Robinho (foto) empatou aos 40. O artilheiro Nilmar desempatou aos 4 minutos do segundo tempo.

    Apesar das críticas à falta de conjunto e de jogadas ensaiadas, os jogadores brasileiros correram muito e conseguiram superar o futebol paraguaio - líder do primeiro turno. O técnico Dunga segue uma trajetória parecida com aquela de Carlos Alberto Parreira, em 1994, quando a Seleção vencia com dificuldades, mas terminou conquistando a Copa dos Estados Unidos.

    Resultados da rodada:

    Brasil 2 x 1 Paraguai

    Equador 2 x 0 Argentina

    Colômbia 1 x 0 Peru

    Chile 4 x 0 Bolívia

    Venezuela 2 x 2 Uruguai

    Classificação - (os cinco classificáveis)

    Brasil - 27 pontos

    Chile 26 pontos

    Paraguai - 24 pontos

    Argentina - 22 pontos

    Equador - 20 pontos

    ORA, BOLAS. USEM O FUTEBOL CONTRA O CRACK DO MAL!

    Todos dizem, a uma só voz, que o esporte é o melhor remédio para curar os doentes das drogas e o melhor alimento para ter uma vida saudável. Os governos também usam essa máxima, principalmente, em tempos de campanha eleitoral, mas a prática não é bem essa.
    -
    Em Santa Catarina, por exemplo, a reclamação é de que será suspenso, em julho, o repasse de verba a uma Ong responsável por um projeto que cuida dessas questões faz dez anos. Na capital Florianópolis, o projeto busca no esporte a alternativa para recuperar jovens dependentes de crack.
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    O padre Vilson Groh, líder comunitário, está convicto de que a adrenalina do esporte pode substituir a busca do prazer vivenciada pelos usuários do crack em mais de 10 comunidades da Grande Floripa, onde adolescentes e jovens estão ameaçados de morte pelas drogas e seus traficantes.
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    Ocorre que esse quadro é real, de Norte a Sul do Brasil, em todas as cidades. Apesar das providências apresentadas pelos governos, a situação é tão crítica que as drogas saíram dos becos, vielas, favelas e guetos e invadiram as residências e escolas. Ainda não é sentida uma mobilização capaz de conter o avanço da "maldita", quanto mais de eliminá-la.
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    Aqui, no Ceará, as autoridades reconhecem o problema e quem quiser pode constatá-lo nas ruas, em qualquer direção. O uso do crack resulta na perda de peso repentina, queimaduras nas mãos e na boca, faltas sucessivas às aulas e comportamento apático ou agitado demais. Depois, o viciado começa a roubar e vender tudo o que tem para comprar a droga.
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    Portanto, iniciativas pálidas não vão servir para nada. É urgente a necessidade de uma mobilização geral, a começar em cada lar (meu, seu e acolá), passando pelas escolas e retornando à comunidade em forma de ondas. Os governos podem gerir um megaprojeto, mas a sociedade civil deve ser a grande responsável pela coordenação, execução e avaliação.
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    E já passou da hora dos clubes de futebol entrarem em cena. Cada cidade, cada estado encontrará uma usina de geração de sonhos em seus clubes. Cada clube tem espaço e motivos de sobra para acolher centenas de jovens e adolescentes em suas dependências. Eles, por sua vez, terão motivos de sobra para suar por uma realidade palpável em vez de usar drogas.
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    O que falta, então? Temos tudo o que precisamos para colocar o plano em ação. Não quero ofender ninguém, ou melhor, todos aqueles que usam o título de autoridade nesse País. Mas parece mesmo que sobra discurso e falta vontade de arregaçar as mangas.
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    E tudo deve começar pelo Poder que do Povo recebe essa confiança. Não será bom se um dia o Povo precisar, por necessidade, encampar uma luta na contra-mão do Poder. Ou estou falando sozinho!?

    terça-feira, 9 de junho de 2009

    AIR FRANCE: PERITO NÃO QUER ENCONTRAR CORPO DA FILHA

    O bombardeio de notícias sobre o voo AF 447, da Air France, chegou até meus ombros. Ontem, fui convocado para entrevistar o engenheiro mecânico, aposentado, Marten Van Sluys, 76 anos, perito naval, pai de Adriana Sluij, 40 anos, uma das 228 vítimas desse enigmático desastre aéreo, ocorrido no último domingo de maio. Adriana, que nasceu na Holanda "por acaso", falava quatro idiomas e viajava como assessora da Petrobras para a Coréia do Sul, com escala na França.

    Na cidade portuária de Busan iria representar a empresa numa cerimônia de entrega de um navio plataforma pelos sul-coreanos. Meia hora antes do embarque, no Aeroporto Tom Jobim, no Rio de Janeiro, Adriana falou com o pai, por telefone, disse que estava feliz, mas tinha medo de atentados. Marden a tranquilizou: "Essa rivalidade entre as Coréias é encenação".

    Depois disso, a notícia do sumiço do avião. O engenheiro juntou-se a amigos dele, especialistas em voos internacionais, para entender o que pode ter havido. Enfim, chegaram a uma hipótese mais provável: "Houve desatenção da tripulação; em seguida, um forte e surpreendente impacto; despressurização e queda livre", concluem.

    Nada fora de série, mas são hipóteses que sossegam o veterano homem do mar. Para Marden Van Sluys, tudo acabou. Quer guardar apenas a lembrança de uma filha brilhante. "Peço a Deus para que o corpo dela não seja encontrado - será melhor assim", fala resignado.

    TRECHOS DA ENTREVISTA

    DESATENÇÃO - Antes de desaparecer dos radares, o Airbus da Air France foi acompanhado de perto por um avião da companhia espanhola Ibéria, que desviou de seu trajeto original para evitar uma forte turbulência. Por que a tripulação da Air France não tomou a mesma decisão?

    ROTA DE COLISÃO - Quando percebeu a área de turbulência à sua frente, o comandante do IB 6024 desviou da rota e não viu mais sinais do AF 447 em seu radar. No espaço aéreo do Senegal também já não havia sinal do avião francês.

    DEMORA - Para o veterano perito, houve demora na reação da tripulação para uma situação que estava prevista, isto é, forte tempestade. Por que a demora?

    DESPRESSURIZAÇÃO - O forte impacto provoca ruptura da fuzelagem do avião. Destroços e corpos podem ser atirados a quilômetros de distância. Geralmente aparecem uma semana depois, como está acontecendo.

    EMOÇÃO - Depois de ter perdido a esperança, o holandês Marten Van Sluys prefere que o corpo da filha não seja encontrado. "Assim, seria melhor", garante.

    CARREIRA BRILHANTE - Adriana Sluij falava Português, Holandês, Inglês e Espanhol. Era solteira, querida entre os colegas e amigos, deixou pai e três irmãos. Todos tinham orgulho dela.

    Esta é apenas uma das 228 histórias que recheiam as notícias do voo 447, que saiu do Aeroporto Tom Jobim, na noite do dia 31 de maio/2009, com chegada prevista ao Aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, na manhã seguinte, às 6h de Brasília. Todos ainda vivem a expectativa da notícia final.

    O Tribunal de Paris anunciou a abertura de um processo de "homicídio culposo", atendendo a pedido do Ministério Público local. De acordo com o tribunal, a investigação aberta não se dirige contra nada ou ninguém em particular. Salienta, ainda, que não foi indicado que haja qualquer evidência de criminalidade no caso.

    Colaboração e vídeo: Edinho Araujo.

    domingo, 7 de junho de 2009

    CULTURAIS (E NÃO ENTENDIDAS) RESENHAS DE BOTEQUIM

    Desculpem-me, caros internautas.

    Gotaria de ter escrito algo mais interessante nesse domingo de sol radiante aqui, em Fortaleza, cidade de clima tropical, no estado Ceará, que tem enfrentado um período muito chuvoso nos últimos oito meses - situação pouco comum nessa região do Brasil. Ocorre que não resisti ao convite do amigo Demyr Jack para visitarmos a casa do irmão dele, o Vilmar.

    O Demyr prometeu, mas não foi. Seguimos na frente (eu, professor-radiologista Zé Armando, Dr. Ronaldo e o artista plástico Filé, vulgo Rádio). Vilmar, músico pagodeiro, já nos esperava com carne assada, uma gostosa feijoada, bebida na mesa e clips sensacionais, entre eles, Clara Nunes, Beth Carvalho, turma da Mangueira e outras preciosidades.

    O Filé quase se converteu ao candomblé só de ouvir Clara Nunes, o Dr. Ronaldo ganhou uma coleção que trata da Hermenêutica Jurídica, de Alípio Silveira, e Zé Armando foi quem mais saboreou a feijoada. Eu aproveitei de tudo um pouco. Rara oportunidade.

    De volta, fim de tarde, quase entramos numa blitz do Detran. Zé Armando suou frio. Vilmar comentou a fortuna arrecadada pelos órgãos de trânsito (só a AMC - autarquia municipal - prevê arrecadar R$ 40 milhões este ano) e chegamos à conclusão que o governo ganha mais do que o povo. A arrecadação aumentou, mas o número de acidentes não diminuiu.

    E nem vamos falar das pistas esburacadas nas rodovias e nas cidades. O Fusca sobreviveu ao massacre dos buracos e chegamos ao Bar do Canecão, no Meireles, onde encontramos o zagueiro Bau, o professor Neiva, o distinto Tarzan e o "cantor" Queca. Nova resenha começou.

    Tarzan tinha um sapato usado dentro de uma embalagem nova e tentou vender ao Canecão como novidade. Estilo brutos, Canecão atirou a caixa no peito do Tarzan - assim conhecido pela fama de carregar objetos pesados. Tarzan deixou uma lição: Abaixo o preconceito! O último que ele derrubou foi o exame de próstata e, depois disso, já mudou alguns conceitos...

    Entre uma discussão e outra, sempre um aprendizado. O "cantor" Queca ensaiou alguns versos de uma canção de Antonio Marcos, com o título "Quem Dá Mais", cujo refrão diz: "Quem dá mais, por um cara que ousou acreditar nos seus / Quem dá mais, por um homem que insiste na palavra Deus / Quem dá mais, por um louco que discorda do computador / Quem dá mais, por um velho ultrapassado que ainda crê no amor".

    Estabeleceu-se uma grande confusão. Trocaram Deus por Zeus e vieram as explicações em torno da mitologia grega. "Zeus é o rei dos deuses, soberano do Monte Olimpo e deus do céu e do trovão. Seus símbolos são o relâmpago, a águia, o touro e o carvalho. É conhecido por suas aventuras eróticas, que resultaram em muitos filhos ilegítimos", ensinou Dr. Ronaldo.

    Mas não era nada disso, a música fala mesmo é de Deus. Tudo superado, aprendizados de botequim à parte, recados consultados no celular, consultas no blog e o mapa geovisite mostrava muitas visitas (obrigado). Resolvi escrever, embalado pela sargenta Soraya, que ficou de plantão e perdeu a cultura ambulante que as andanças nos dão.

    As mulheres nunca acreditam que aprendemos com os amigos, nas resenhas do botequim, enquanto elas se preocupam conosco. No final, voltamos para casa mais sábios. Mesmo assim, nenhum companheiro jamais conseguiu convencê-las de que gastamos todo esse tempo trocando idéias sobre temas que, provavelmente, não nos levarão a lugar algum.

    Atire a primeira pedra quem discorda de mim!

    sábado, 6 de junho de 2009

    "CARRASCO" URUGUAIO GHIGGIA VIVE PESADELO EM CASA

    A torcida uruguaia provocou, mostrou uma enorme bandeira (foto) com os anos "1950 e 2014", durante a execução do hino brasileiro. Queriam mesmo lembrar o fantasma da final da Copa de 1950, vencida pelo Uruguai, no Maracanã, com um gol de Ghiggia, que assistiu ao jogo desta tarde, no estádio Centenário. Queriam, também, esnobar vitória antecipada em 2014.
    A seleção deu o troco à altura, em campo, com a goleada de 4 a 0, gols de Daniel Alves, Juan, Luís Fabiano e Kaká, pela 13ª rodada das eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2010. Com o resultado, a Seleção Brasileira fica na liderança da competição com 24 pontos. O Paraguai, que tem o mesmo número de pontos, joga ainda neste sábado, contra o Chile, em casa.
    A seleção acabou com um jejum de 33 anos, após a realização de sete jogos sem vencer, no estádio Centenário. A seleção também voltou a vencer dois jogos seguidos nas eliminatórias. Nem assim, o técnico Dunga sorriu nos vestiários, mas pôde respirar aliviado mais uma vez.
    O gramado do estádio Centenário, muito castigado, terminou sendo um castigo para o goleiro Vieira (foto), que sofreu um "frango", no primeiro gol. As entradas desleais dos uruguaios não impediram a goleada brasileira. Não foi um grande jogo, mas valeu pela emoção.
    Na próxima quarta-feira, Brasil e Paraguai se enfrentam, no Recife, às 21h50min. Japão, Austrália e Coréia do Sul já estão classificadas para a Copa de 2010, na África do Sul.

    UM BOM "FEIJÃO COM ARROZ" APAGA A LANTERNA DO VOVÔ

    Os torcedores do Ceará não sossegam, desde a noite de ontem, quando o alvinegro perdeu para o Vila Nova (GO), no estádio Serra Dourada, por 1 x 0, gol de Washington, aos 11 minutos do primeiro tempo. Seja pelo telefone, pelo e-mail ou pessoalmente, a maioria expõe preocupação com o futuro do time na Segundona.

    O que cabe dizer, primeiro, é que o Ceará continua "comprando fiado" na caderneta do Vila Nova, numa conta antiga que já dura quatro anos. Segundo, que o alvinegro mantém o "jejum" de 21 meses sem vencer fora de casa. Foi uma jornada indigesta para o técnico PC Gusmão.

    Sobre o jogo, o Ceará merecia uma sorte melhor, sim. Depois que sofreu o gol, criou oportunidades e esbarrou na competência do goleiro Juninho e na própria incompetência nas finalizações. O empate já teria sido um placar mais justo.

    Sobre o técnico PC Gusmão, foi clara a melhora da equipe. Mais movimentação entre os setores (defesa, meio-campo e ataque), mais ação dos atacantes, mais segurança do goleiro Adilson e o fim do chamado "ataque cardíaco". Foram mais de dez chutes a gol nos 97 minutos de jogo.

    Claro que ainda não é o ideal, afinal a lanterna continua acesa, mas houve melhora, sim. Para apagar a lanterna, no entanto, é preciso que a defesa melhore o senso de colocação e o ataque melhore a competência nas finalizações. Futebol é o óbvio feijão com arroz.

    O HOMEM AVESTRUZ E SUA VORACIDADE

    Incrível! Este é o homem avestruz. Observem como ele ingere os alimentos, numa voracidade impressionante, com a gula de quem passa muita fome. Incomparável até com famintos em campos de isolamento...

    Alguém o conhece?

    FORTALEZA CEDE EMPATE E EXPÕE CONTRADIÇÕES

    O empate entre Fortaleza e Duque de Caxias, em 1 a 1, no Castelão, nessa sexta-feira, serviu para expor várias contradições. A ótica da imprensa fluminense viu o jogo com miupia e escreveu: "Resume o primeiro tempo o fato de o árbitro Rogério Lima da Rocha tê-lo encerrado antes mesmo do relógio marcar 45 minutos. Apesar de precisarem do resultado, as duas equipes se portaram mal".

    - O Fortaleza foi lento e incompetente nas finalizações, enquanto o Duque de Caxias dedicou-se apenas à marcação. No segundo tempo, a partida seguia morna, sem nenhuma chance capital quando, aos 40 minutos, a defensa cearense cochilou e, após bate-rebate na área, Edivaldo empurrou a bola para o gol, finalizou.

    Para a imprensa cearense, destaque para o gol de Luis Carlos, aos 4 minutos, aproveitando um passe preciso do meia Eusébio (foto), que entrara no lugar do volante Kiko. O atacante Bambam, cotado para a Seleção Brasileira Sub-20, que entrara no lugar de Bismarck, não rendeu como um pré-convocado.

    Lembram-se que o técnico Mirandinha, antes de deixar o Fortaleza, falou de baixo rendimento físico, escalou Eusébio no meio-campo para dar velocidade, tirou o lento Álvaro Búfalo do time, pediu contratações de qualidade e reclamou da individualidade do atacante Bambam?

    Depois de ter visto esses e mais alguns problemas, o técnico Giba não escondeu que quer dois ou três jogadores de qualidade para dar nova dinâmica ao time do Fortaleza. Giba ainda lamentou ter perdido Eusébio, por contusão, e reconheceu o cansaço da equipe.

    Que mal pergunte o torcedor:

    Por que tantos jogadores do Fortaleza estão, constantemente, sofrendo lesões musculares?

    Por que o time do Fortaleza se "arrasta" nos últimos 15 a 20 minutos do segundo tempo?

    quinta-feira, 4 de junho de 2009

    A IRA DA GUERRA PERDE PARA AS BESTAS-FERAS DO FUTEBOL

    Os deuses do futebol devem estar perguntando: Por que a bestialidade toma conta de torcedores que se dizem apaixonados pelos times que torcem? Nem a ira da guerra se compara a essas bestas-feras. Talvez, eles não saibam que, em 1969, uma sangrenta guerra civil parou, no antigo Congo Belga, para ver o futebol do genial Pelé, o Rei, durante uma excursão do Santos à África.
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    Talvez, eles não consigam entender como os conflitantes entraram num acordo e a guerra parou para que o jogo fosse realizado. O Santos realizou duas partidas na região (ganhou as duas e Pelé fez quatro gols) e a paz reinou no País naqueles dias, sem que nenhum tiro fosse disparado. Assim que a delegação, escoltada até o aeroporto, deixou o País, a guerra recomeçou.
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    Talvez, eles precisem ler e ouvir mais para, por exemplo, saberem que o Ministério das Relações Exteriores acaba de criar um departamento para utilizar o esporte como ferramenta na diplomacia do Brasil com outros países. A primeira ação seria levar o jogo entre Corinthians e Flamengo, dia 28 de novembro, para a Palestina, em uma área de conflito.
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    Exatos 40 anos depois daquele inusitado episódio em plena guerra civil, torcedores do Corinthians e do Vasco entraram em confronto, na última quarta-feira, na Marginal Tietê, em São Paulo, antes da partida semifinal da Copa do Brasil entre as duas equipes, no estádio do Pacaembu. De acordo com a Polícia Militar, uma pessoa morreu no conflito.
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    Ainda segundo a PM, após a partida, que acabou em 0 a 0 e classificou o Corinthians para a final do torneio, um ônibus da torcida do Vasco (foto) foi incendiado nos arredores do estádio municipal. Ninguém ficou ferido no incidente.
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    Se ainda restar vivo algum ex-combatente daquela guerra africana, e tomar conhecimento dessa bestialidade que acontece por aqui, certamente não entenderá como deixar de ver seus ídolos para se degladiar pelas ruas -verdadeiros campos abertos de uma besta guerra civil.